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RESUMO DA AP1 DE IMAGEM, CULTURA E TECNOLOGIA

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RESUMO DA AP1 – DE IMAGEM, CULTURA E TECNOLOGIA 
 
AULA 1: O QUE É O REAL? O QUE É A IMAGEM? COMO SE ATRAVESSAM E SE 
ALTERAM? 
Selfies. Links. Lives. Vídeos. Fotografias. Noticiários. Publicidade. Quantas imagens somamos ao 
final de um dia? Em que elas ajudam a construir o que chamamos de "vida real"? O que nossa imagem diz 
de nós ao circular com tanta intensidade nas redes sociais? Como nossa vida privada foi se tornando pública 
nessa circulação? Como ensinar e aprender foram ganhando novos contornos? 
O propósito desta disciplina é indagar sobre a produção e circulação de imagens em nossa sociedade. 
Em que medida o avanço das tecnologias de informação e comunicação transformaram a produção e a 
circulação de imagens? No que isso afeta a nossa forma de perceber o mundo social? 
Um primeiro convite que fazemos é o de pensar sobre o cotidiano e de anotarem com quantos tipos 
de imagens vocês se relacionam no dia a dia. São tantas, que muitas vezes ocupam nossa vida sem que 
tenhamos tempo de pensar um pouco sobre elas. A ideia central desta Disciplina é um convite a esse pensar, 
a um desnaturalizar das imagens cotidianas. Indagar sobre como as imagens são produzidas, que sentidos 
provocam, o que tornam visível e o que visibilizam. Observe as imagens nas redes sociais, nas mídias 
eletrônicas, nos livros infantis, nos livros didáticos. De que cultura tratam? Que rostos mostram? Que 
estéticas padronizam? Em que imagens você se sente representado/a? 
A ideia é colocar as imagens em condição de questionamento. De forma enfática, porém, com leveza. 
E para fechar este primeiro encontro, trazemos um vídeo com esculturas do artista Robin Wight. Construídas 
em metal desenham um verdadeiro balé ao vento - desafio de leveza que procuraremos manter nesta 
disciplina no diálogo com a arte. 
 
TEXTO 1: A Mágica da Imagem, de Jorge Furtad, dezembro de 1995. 
O texto fala sobre a proibição de fazer imagens e adorá-las, como ensinado no Livro do Êxodo. Ele 
destaca como a humanidade tem sido fascinada pelas imagens ao longo da história, desde desenhos em 
cavernas até a tecnologia moderna. Discute-se o impacto das imagens na vida contemporânea, apontando 
sua influência na sociedade, política e cultura, bem como suas consequências, como a falta de contato com a 
realidade e a superficialidade das relações humanas. 
O autor questiona o propósito das imagens, destacando questões como a busca pelo lucro, vaidade e 
manipulação das massas. Também argumenta sobre a necessidade de democratizar o acesso à informação e 
de valorizar a diversidade e a autenticidade na representação das pessoas. Por fim, defende o poder 
transformador das imagens, quando utilizadas com responsabilidade e em prol do enriquecimento humano. 
O texto aborda diversos conceitos relacionados à criação e ao uso de imagens, bem como suas 
implicações na sociedade contemporânea. 
 
 
Principais conceitos: 
1. Proibição de fazer imagens: O texto faz referência à proibição encontrada no Livro do Êxodo, onde é 
instruído que não se deve fazer imagens e adorá-las. 
2. Atração das imagens ao longo da história: Desde os primórdios da humanidade, as imagens têm fascinado 
as pessoas, desde pinturas em cavernas até tecnologias modernas como a televisão. 
3. Motivações para criar imagens: O texto explora diversas motivações para a criação de imagens, incluindo 
a busca por lucro, vaidade, engano, e controle sobre o objeto representado. 
4. Impacto das imagens na sociedade: As imagens têm um poder significativo na sociedade contemporânea, 
influenciando a forma como percebemos o mundo e nos relacionamos com ele. 
5. Democratização do acesso às imagens: O autor destaca a importância de democratizar o acesso à 
informação e às imagens, especialmente em um contexto onde o controle dos meios de comunicação pode 
gerar desigualdades. 
6. Dívida das imagens com a sociedade: O texto aponta que as imagens têm uma dívida com a sociedade em 
representar de forma mais autêntica e diversificada a realidade, bem como em valorizar a importância das 
palavras e da poesia. 
7. Transformação através das imagens: O autor argumenta que as imagens têm o potencial de transformar o 
espectador e, consequentemente, o mundo, destacando a importância de utilizá-las de forma responsável e 
ética. 
 
 
AULA 2: CULTURA, CULTURAS – CONHECER E SE RECONHECER 
A cultura é o elo que nos liga aos outros, nos diferentes tempos e espaços. Práticas, produtos, modos 
de perceber, registrar, comunicar. Tradição e descartabilidade. Padrões de comportamentos, crenças, 
saberes, tecnologias. Encontros, desencontros, alteridades, relações de poder. Pertencimento. Exclusão. Ser 
singular numa vida plural. Ser plural, sendo um só. Ser (in)justo na (des)igualdade. Como ser inteiro se 
sabendo apenas parte? 
A ideia de cultura é bastante ampla e complexa. Varia, conforme as épocas e as sociedades. Como 
nos tornamos o que somos? Quantas vozes ecoam naquilo que dizemos? Para que é para quem produzimos 
nossas práticas? Que ingredientes selecionamos e acrescentamos a esse complexo caldo chamado cultura? 
 
TEXTO 1: A Cultura, de Marilena Chauí. 
O texto fala sobre como a cultura é importante na sociedade, pois ela influencia nossas ideias, valores 
e modo de viver. Chauí destaca que a cultura não é algo fixo, mas sim dinâmico, sempre em transformação. 
Ela aborda como a cultura é construída por meio das relações sociais e como ela pode ser usada para 
oprimir ou libertar as pessoas. Chauí também discute a ideia de cultura popular e erudita, questionando as 
hierarquias entre elas. 
No geral, o texto enfatiza a complexidade e a influência da cultura em nossas vidas. 
Principais conceitos: 
1. Cultura como construção social: Chauí destaca que a cultura é produzida e compartilhada pelas relações 
sociais, sendo um fenômeno dinâmico e em constante transformação. 
2. Influência da cultura na sociedade: A autora discute como a cultura influencia nossas ideias, valores e 
modos de vida, permeando todas as esferas da sociedade. 
3. Diversidade cultural: Chauí ressalta a diversidade cultural e a multiplicidade de expressões culturais 
presentes na sociedade, questionando hierarquias e valorizando diferentes manifestações culturais. 
4. Cultura como instrumento de poder: Ela aborda como a cultura pode ser utilizada tanto para oprimir 
quanto para libertar as pessoas, destacando os aspectos políticos e ideológicos envolvidos na produção 
cultural. 
5. Relação entre cultura popular e erudita: Chauí discute as relações entre cultura popular e erudita, 
questionando hierarquias e enfatizando a importância de reconhecer e valorizar todas as formas de expressão 
cultural. 
 
TEXTO 2: Cultura e Democracia, de Marilena Chauí. 
O texto fala sobre como a cultura é importante para a democracia. Ela destaca que a cultura é o 
conjunto de valores, costumes e conhecimentos compartilhados por uma sociedade. Chauí argumenta que 
uma cultura democrática promove a igualdade, a diversidade e o respeito mútuo entre as pessoas. Ela 
também discute como a cultura pode ser usada para fortalecer ou enfraquecer a democracia, dependendo de 
como é praticada e difundida. 
No geral, Chauí enfatiza a importância de uma cultura que promova os princípios democráticos para 
o bom funcionamento da sociedade. 
Principais conceitos: 
1. Cultura como base da democracia: Chauí destaca a importância da cultura como um elemento 
fundamental para a existência e a sustentação da democracia. Ela argumenta que uma cultura democrática é 
aquela que promove valores como igualdade, liberdade e diversidade. 
2. Democracia como processo cultural: A autora discute como a democracia não é apenas uma forma de 
governo, mas também um processo cultural que envolve a participação ativa dos cidadãos na vida política e 
social. 
3. Relação entre cultura e poder: Chauí analisa como a cultura pode ser usada tanto para fortalecer quanto 
para minar a democracia,dependendo de quem detém o poder de produzir e difundir os discursos culturais 
dominantes. 
4. Cultura como instrumento de inclusão: Ela enfatiza a importância de uma cultura que promova a 
inclusão social e o respeito à diversidade, garantindo que todos os grupos e indivíduos tenham voz e 
representação na sociedade. 
5. Educação como promotora da cultura democrática: Chauí discute o papel da educação na formação de 
uma cultura democrática, destacando a importância de uma educação crítica e emancipadora que capacite os 
cidadãos a participarem ativamente da vida democrática. 
 
TEXTO 3: Infância, Docência e Cultura, de Rita Marisa Ribes Pereira (Coordenadora da disciplina). 
O texto fala sobre como a infância, o ensino e a cultura estão conectados. Pereira destaca a 
importância de entender a criança como um ser ativo na construção do conhecimento e na sua relação com a 
cultura. 
Ela argumenta que os professores precisam reconhecer e valorizar a diversidade cultural das crianças, 
adaptando suas práticas de ensino para atender às necessidades de cada aluno. Pereira também discute como 
o contexto cultural influencia a maneira como as crianças aprendem e se desenvolvem. 
Em resumo, o texto aborda a interseção entre infância, docência e cultura, enfatizando a importância 
de uma abordagem inclusiva e sensível às diferenças culturais no processo educacional. 
Principais conceitos: 
1. Infância como construção social: Pereira discute como a infância não é apenas uma fase do 
desenvolvimento, mas sim um conceito moldado pelas interações sociais e culturais, variando de acordo 
com o contexto histórico e cultural. 
2. Docência sensível à diversidade: A autora destaca a importância de os professores reconhecerem e 
valorizarem a diversidade cultural das crianças, adaptando suas práticas de ensino para atender às 
necessidades e experiências individuais de cada aluno. 
3. Cultura como contexto educativo: Pereira enfatiza como o contexto cultural influencia a maneira como 
as crianças aprendem e se desenvolvem, defendendo uma abordagem educacional que leve em consideração 
as diferentes formas de expressão cultural presentes na sala de aula. 
4. Participação ativa da criança: Ela argumenta que as crianças não são apenas receptáculos passivos de 
conhecimento, mas sim agentes ativos na construção do seu próprio entendimento e na sua relação com a 
cultura. 
5. Inclusão e equidade: A autora ressalta a importância de uma abordagem educacional inclusiva que 
reconheça e valorize as diversas identidades e experiências culturais dos alunos, promovendo a equidade no 
acesso ao conhecimento e oportunidades educacionais. 
 
 
AULA 3: TANTAS IMAGENS, TANTOS PONTOS DE VISTA 
Quantas imagens vemos a cada dia? Quem as produz? De onde elas vêm? Que histórias pretendem 
contar? 
As imagens são sempre um diálogo entre quem as produz e quem dialoga com elas. Por isso mesmo, 
quando uma imagem é produzida há, no mínimo, DUAS posições que precisam ser destacadas: aquela que a 
própria imagem mostra em sua materialidade e aquela que quem a produziu está ocupando, ou seja, de que 
lugar ele olha. Uma imagem é sempre um recorte da realidade social escolhido por quem a produz para 
mostrar. 
Quem produz as imagens que vemos? O que quer nos mostrar? O que vemos? 
O que está em jogo quando diferentes pontos de vista são colocados em cena? Que diálogos são 
possíveis? Que relações de poder explicitam ou escondem? 
Que pontos de vista são mais recorrentes? Que pontos de vista não são considerados? Por quê? 
Que visões de mundo nos interpelam todo dia, sem que nem nos demos conta? Em que medida essas 
visões vão se tornando "naturalizadas" em nós, como verdades inquestionadas? 
Para exemplificar, trazemos um pouco da nossa história, contada pelos livros escolares: 
Essa imagem da chegada dos portugueses ao Brasil, retratada pelo pintor Oscar Pereira da Silva, 
estampa muitos livros escolares e povoa o nosso imaginário desde a infância. Ela ganha outros contornos 
quando complementada pela célebre Carta de Pero Vaz de Caminha. 
No entanto, quando vamos pensando que as imagens e as histórias que elas contam apresentam UM 
ponto de vista sobre a realidade social, não podemos deixar de indagar: Que outro ponto de vista há para 
contar essa história? Em que linguagens? 
De quantas maneiras essa história da chegada dos Portugueses ao Brasil poderia ser contada? Como 
será que os marinheiros contariam essa história? E como contariam os índios que habitavam estas terras? 
Como você (re)conta essa história? Já parou para pensar que ela é a sua história? Você se reconhece 
nela? O que fazer para se reconhecer nas histórias contadas? Como é a nossa história quando ela é contada 
do ponto de vista dos outros? Como contar a nossa história a partir do nosso ponto de vista? 
E hoje, passados mais de 500 anos, como produzimos e narramos a história? Que histórias 
construímos sobre nós e sobre o mundo em que vivemos a partir das imagens e discursos que nos chegam? 
Que histórias do Brasil são contadas, hoje, na escola? Nos livros? Nas diferentes mídias? O que 
mudou - tecnologicamente, politicamente, culturalmente - desde os tempos da pintura de Pereira da Silva até 
hoje? Em que histórias do Brasil nos reconhecemos? Que histórias você conta com as imagens que produz? 
Para refletir sobre a importância dos ângulos de visão e das histórias que se produz a partir deles, 
sugerimos assistir ao vídeo da escritora Chimamanda Adichie intitulado "O perigo da história única". A 
transcrição desse discurso encontra-se abaixo, entre os textos de leitura obrigatória. 
 
 
AULA 4: A IMAGEM E QUEM (NÃO) A VÊ 
O que é a imagem para quem não a vê? Como as aulas desta disciplina podem dialogar com quem 
não vê suas imagens? Estas perguntas são de extrema importância numa sociedade marcada pelo apelo 
visual. Neste semestre, temos entre nós, nesta disciplina, alunos não veem. Nosso desafio, então, é ainda 
maior, pois não apenas temos um tema complexo para tratar, como também precisamos construir uma 
sensibilidade que passe por outras formas de linguagens para a construção do diálogo. 
Esta situação não é inusitada nem única: ela faz e fará parte de nosso cotidiano na vida e na escola. 
Então? Que fazer? Nesta disciplina - como na vida - precisamos conversar sobre isto, pois entendemos que 
traz um desafio ético. Mais que isso, este é um tema crucial para a educação e para o viver em sociedade. 
Procuraremos construir um diálogo singular de acordo com as necessidades, sem esquecer que a imagem é 
um tema central da disciplina. 
Precisamos indagar: a imagem é apenas para quem a vê? Quem nos ajuda a enfrentar essa pergunta é 
Eugen Bavcar, um fotógrafo esloveno, que é cego, e que inventa muitas maneiras para fotografar. 
Bavcar costuma dizer que as pessoas se surpreendem com ele e costumam perguntar COMO ele consegue 
fotografar. Para contrapor, Bavcar diz que a pergunta certa deveria ser POR QUE ele, sendo cego, 
fotografa? Para ele, fotografia não é apenas uma superfície de papel: fotografias são também as histórias de 
sua produção, as histórias que se deseja guardar, as histórias que queremos inventar e, principalmente, as 
histórias que queremos compartilhar. 
A imagem precisa contar uma história, e essa história, pode ser contada de várias maneiras. Não é a 
imagem que dá sentido às pessoas e suas histórias, mas as histórias trocadas entre as pessoas que vão dando 
sentido às imagens. 
 
Exercícios de ver/não ver na escola 
Inspiradas pela experiência de Bavcar, Rita e Ivana, professoras desta disciplina, certa vez 
organizaram um projeto de produção de fotografias com jovens cegos e com baixa visão. O projeto se 
desenvolveu no Instituto Helena Antipoff, da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro. 
Para conhecer mais sobre esse Projeto e sobre os desafios desse trabalho, leia o texto "Imagens 
Transvistas" que se encontra logo abaixo, entre ostextos recomendados. O projeto foi um trabalho 
semelhante ao de todo professor que em suas turmas se depara com o desafio de lidar com os limites da 
cultura visual e a desigualdade que fica invisibilizada em meio à infinidade de imagens que circulam. 
Indagações, desafios e utopias como essas ajudarão a construir uma reflexão sobre os sentidos da 
imagem na cultura contemporânea. Para conhecer melhor o trabalho de Eugen Bavcar, autor e modelo da 
imagem que abre está aula, trazemos alguns de seus trabalhos: 
 
TEXTO 1: O Cego Estrelinho, de Mia Couto. 
O texto narra a história de Estrelinho, um cego que depende de Gigito Efraim, seu guia, para se 
locomover. Gigito descreve para Estrelinho um mundo cheio de detalhes e fantasia, mesmo que o cego não 
possa enxergar. 
Quando Gigito é levado para a guerra, Estrelinho se sente perdido. Ele encontra conforto na 
companhia de Infelizmina, a irmã de Gigito, que passa a ser sua nova guia. Infelizmina é mais realista em 
suas descrições, o que faz com que o mundo de Estrelinho perca um pouco de sua magia, mas ele encontra 
nela um novo tipo de conforto. 
Eventualmente, eles se apaixonam e Estrelinho encontra uma nova maneira de ver o mundo. Quando 
Gigito morre, Estrelinho conforta Infelizmina, levando-a para fora de casa e mostrando-lhe o mundo através 
de suas palavras. 
O texto termina com Estrelinho convidando Infelizmina para segui-lo em uma jornada para explorar o 
mundo juntos. 
Principais conceitos: 
O texto trata de temas como amizade, confiança, imaginação e superação. 
1. Dependência e Confiança: Estrelinho depende de Gigito Efraim para se orientar no mundo. Ele confia 
em Gigito, mesmo que suas descrições sejam fantasiosas. 
2. Imaginação e Realidade: Gigito descreve o mundo para Estrelinho de forma imaginativa, criando uma 
realidade alternativa que o cego aceita por não ter visão. 
3. Medo e Solidão: Estrelinho enfrenta o medo e a solidão quando Gigito é levado para a guerra. Ele se 
sente perdido e sozinho, sem sua mão guia. 
4. Amor e Afeto: Infelizmina passa a ser a nova guia de Estrelinho. Com ela, ele experimenta novas 
sensações de amor e afeto, além de uma nova forma de ver o mundo. 
5. Superando a Adversidade: Mesmo após a morte de Gigito, Estrelinho encontra forças para ajudar 
Infelizmina a superar sua tristeza, mostrando-lhe o mundo através de suas palavras. 
 
TEXTO 2: Imagens Transvista, de Ana Elisabete Rodrigues de Carvalho Lopes e Rita Marisa Ribes 
Pereira 
O texto fala sobre a importância de ver as coisas de diferentes perspectivas. Elas explicam como a 
visão das coisas muda conforme o ponto de vista, e como é necessário entender e respeitar as diferentes 
formas de enxergar o mundo. 
O texto destaca que cada pessoa tem sua própria maneira de ver as coisas, e que é importante aceitar 
e valorizar essa diversidade. Em resumo, enfatiza a importância da empatia e da abertura para entender o 
mundo através dos olhos dos outros. 
Também trata da exploração das imagens na literatura infantil, principalmente as imagens que 
desafiam ou transgredem estereótipos de gênero. 
As autoras discutem como as ilustrações em livros infantis podem influenciar a forma como as 
crianças percebem e constroem sua identidade de gênero, e como os autores e ilustradores podem utilizar 
essas imagens para promover a diversidade e a inclusão. 
Elas enfatizam a importância de oferecer representações diversas e inclusivas nas imagens dos livros 
infantis, de modo a refletir a realidade e permitir que as crianças se identifiquem e se sintam representadas. 
Enfim, nos leva a refletir sobre a importância de considerar diferentes pontos de vista e promover 
uma cultura de respeito à diversidade de visões. 
 
 
Principais conceitos: 
1. Perspectivismo: O texto destaca a ideia de que a forma como vemos o mundo é influenciada pela nossa 
perspectiva única e individual. Cada pessoa tem sua própria maneira de interpretar e compreender as coisas 
ao seu redor. 
2. Diversidade de visões: Os autores ressaltam a importância de reconhecer e valorizar a diversidade de 
perspectivas existentes na sociedade. Cada pessoa traz consigo experiências, crenças e valores que moldam 
sua visão de mundo, e é fundamental respeitar essas diferenças. 
3. Empatia: O texto incentiva a prática da empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro para compreender 
suas visões e experiências. Isso ajuda a promover um entendimento mais profundo e respeitoso entre as 
pessoas, mesmo quando têm pontos de vista diferentes. 
4. Tolerância e respeito: Os autores enfatizam a importância de ser tolerante e respeitoso com as diferentes 
perspectivas e opiniões das pessoas. Isso contribui para um diálogo mais construtivo e uma convivência 
mais harmoniosa na sociedade. 
 
 
AULA 5: A IMAGEM E AS ARTES 
 Qual a função da arte? – Pergunta o escritor uruguaio Eduardo Galeano. 
 Ajudar a olhar, diz o menino Diego, não como quem responde visando resolver a questão. Sua fala 
traz a grandeza da pergunta, tão grande quanto mar, e a indicação de que o olhar e a emoção são 
experiências sociais. 
Acostumados que estamos à cultura digital, numa sobreposição de imagens que se substituem 
intermitentemente, nosso olhar talvez esteja mais acostumado à velocidade da troca das imagens, do que a 
atenção que cada uma delas espera de nós. Vemos não-vendo. 
Qual foi a última vez que você, nesse fluxo incessante de imagens, parou para dar atenção a uma 
imagem em particular? O que tinha nessa imagem? Das tantas imagens que compartilhamos nas redes 
sociais, qual delas, realmente, vimos juntos? Qual delas você precisou ajuda para ver melhor? 
Problematizar a realidade vivida e/ou imaginada tem sido uma das funções da arte. Convidar a olhar, 
também. 
Não existe imagem por si só. Toda imagem foi produzida por alguém e é vista por alguém. Há um 
encontro que é mediado pelas imagens. A Arte, enquanto um campo de saber, constrói sua história e suas 
metodologias de produção. 
Que tal um breve olhar às pinturas rupestres para deslocar o olhar dos nossos hábitos e indagar sobre 
o desafio histórico que é a construção da comunicação através das imagens. 
Um pouco dessas transformações no universo da pintura, já como uma arte moderna, podem ser 
acompanhadas no vídeo "Mona Lisa Descending a Staircase", de Joan Grtiz, produzido nos Estados Unidos 
em 1992 e que fez parte do Festival Anima Mundi. 
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Uma história da fotografia é também uma história dos modos como vemos e recriamos o mundo! E, 
depois de acompanhar essas produções que convidavam a uma relação mais lenta com o tempo, que tal 
assistirmos "Pixel", vídeo do artista Patrick Jean, para nos trazer de volta ao mundo dos pixels? 
 
TEXTO 1: Artes Visuais e os diferentes modos de ver, de Ana Elisabete Lopes. 
O texto fala sobre como as artes visuais podem ser interpretadas de diferentes maneiras por 
diferentes pessoas. Lopes destaca que cada pessoa tem sua própria perspectiva e experiência, o que 
influencia na forma como elas veem e entendem uma obra de arte. 
Ela enfatiza a importância de considerar essas diferentes visões para uma compreensão mais 
completa e rica das obras de arte. Em resumo, o texto nos lembra que não existe uma única maneira "certa" 
de ver as artes visuais, e que a diversidade de interpretações enriquece nossa experiência com a arte. 
Principais conceitos: 
1. Interpretação subjetiva: Lopes destaca que a interpretação das obras de arte é subjetiva e varia de 
pessoa para pessoa, pois cada indivíduo traz consigo suas próprias experiências, sentimentos e bagagem 
cultural que influenciam na forma como percebem e compreendem a arte. 
2. Multiplicidade de perspectivas: A autora ressalta a importância de considerar e valorizar a diversidade 
de perspectivas na apreciação das artes visuais. Cada pessoa tem uma visão única e particular, o que 
enriquece o entendimento das obras de arte e contribui para um diálogo maisamplo e inclusivo sobre elas. 
3. Diálogo entre espectador e obra: Lopes enfatiza a importância do diálogo entre o espectador e a obra de 
arte. Ela destaca que a interpretação das artes visuais não se limita apenas ao que é representado na obra, 
mas também envolve as experiências e sensações do espectador ao interagir com ela. 
4. Contexto histórico e cultural: A autora também menciona a influência do contexto histórico e cultural 
na interpretação das artes visuais. Ela sugere que é importante considerar o contexto em que a obra foi 
produzida e as circunstâncias que a envolvem para uma compreensão mais completa e contextualizada da 
mesma. 
 
 
AULA 6: ARTE, IMAGENS E PONTOS DE VISTA 
Convidar a olhar. Ajudar a olhar. Vamos explorar essas funções da Arte, expressas na poesia de 
Eduardo Galeano? 
 
Ver o mesmo e ver diferente. 
Durante os anos de 1893 e 1894 o pintor impressionista francês Claude Monet produziu vários 
quadros com pinturas da Catedral de Rouen, feitos em horários diferentes, com diferentes incidências de luz. 
Com isso, nos convida a ver a Catedral a partir de várias nuances de cor e de muitos pontos de vista. 
Aprendemos com ele, por exemplo, que toda imagem produzida é fruto de um determinado ângulo 
de visão. Assim como Monet escolhia diferentes ângulos a partir dos quais registrava a Catedral, em nosso 
dia a dia também fazemos essas escolhas. Como nos colocamos quando vamos fotografar? Quando 
decidimos que um determinado ponto de vista está bom? 
 
O olhar e o ângulo de onde se olha. 
Um outro artista que nos ajuda a mostrar que a Arte é um convite a experimentar um ponto de vista é 
o francês contemporâneo Bernard Pras. Sua instalação, que apresentamos em vídeo logo abaixo se chama 
"Retrato de Facteur Ferdinand Cheval". Desde os anos 60 Bernard Pras vem construindo instalações 
inspiradas em pinturas famosas de outros artistas, reconstruindo-as em forma de instalações, a partir de uma 
junção de objetos heteróclitos (mala, guitarra, cabeceira da cama, sofá, carrinho de mão) que inicialmente 
sugerem um amontoado caótico. 
Esse suposto amontoado, entretanto, quando observado de um determinado ponto de vista reconstitui 
a forma originariamente apresentada na pintura. Para provocar esse efeito, Bernard Pras complementa suas 
instalações com fotografias ou vídeos produzidos a partir desse exato ponto de vista de onde se torna 
possível não apenas a reconstituição, mas o compartilhamento do ponto de vista que o artista propõe. 
Fazendo uso de diferentes perspectivas e anamorfoses a intenção do artista é fazer um jogo entre a 
bidimensionalidade dessas pinturas e as suas possibilidades tridimensionais, desafiando os nossos modos de 
percepção dessas dimensões. 
 
Abrir o ângulo, expandir o olhar. 
Istvan Banyai é um ilustrador e animador húngaro. As imagens do vídeo acima compõem o livro de 
imagens "Zoom", publicado aqui no Brasil pela Editora Brinque-Book. É de sua autoria também o livro de 
imagens "Do outro lado" que, diferentemente de "Zoom", desafia-nos a perceber como as coisas são vistas 
diferentemente de outros ângulos, por outras pessoas. 
Depois de tantas e tão diferentes imagens, pense sobre sua relação com elas. Em que a Arte pode 
ajudar a olhar? 
 
Sugestão de texto literário: Palomar, de Ítalo Calvino. 
Palomar é um personagem inspirado num grande telescópio, mas, surpreendentemente, o interesse 
dele são as coisas miúdas e supostamente sem valor: uma onda do mar, as plantinhas do gramado, o amor 
das tartarugas, o cantar dos pássaros.... É um livro de literatura, com muitos contos que podem ser lidos 
separadamente. O autor nos convida a observar coisas provavelmente nunca pensadas... Boa Leitura! 
 
TEXTO 1: Palomar, de Ítalo Calvino. 
"Palomar" é um livro do escritor italiano Ítalo Calvino que conta a história de um homem chamado 
Palomar. Ele passa por experiências e reflexões enquanto observa o mundo ao seu redor. Palomar está 
sempre pensando sobre a natureza, o universo, as pessoas e até mesmo sobre si mesmo. Ele tenta entender 
melhor o que vê e como isso se relaciona com sua própria vida. 
O livro explora temas como a percepção, a existência humana e a busca pelo significado da vida. É 
uma obra que nos convida a refletir sobre nossas próprias experiências e sobre o mundo ao nosso redor, obra 
rica em conceitos e reflexões sobre a natureza humana, o universo e a existência. 
Principais conceitos: 
1. Observação e Percepção: O protagonista, Palomar, está constantemente observando o mundo ao seu 
redor e refletindo sobre o significado das coisas que vê. Ele questiona como percebemos e interpretamos o 
mundo à nossa volta. 
2. Complexidade da Existência: Calvino explora a complexidade da existência humana, as interações entre 
os seres humanos e seu ambiente, e as questões existenciais que surgem dessas interações. 
3. Consciência e Autoconhecimento: Palomar busca entender a si mesmo através de suas observações do 
mundo. Ele reflete sobre suas próprias experiências, emoções e pensamentos, buscando alcançar um maior 
autoconhecimento. 
4. Relação com a Natureza: O livro aborda a relação entre os seres humanos e a natureza, explorando 
temas como a conexão com o meio ambiente, a beleza natural e a importância de preservar a natureza. 
5. Busca pelo Sentido da Vida: Calvino levanta questões sobre o propósito e o significado da vida, 
explorando as diferentes maneiras pelas quais as pessoas tentam encontrar sentido em suas experiências e 
existência. 
 
 
AULA 7: POLÍTICAS DO OLHAR 
Desde o início da disciplina temos buscado aprofundar uma reflexão sobre a produção e a circulação 
de imagens, assim como toda a comunicação em que essas imagens estão inseridas. Frisamos a importância 
de saber que toda imagem tem uma autoria e uma intenção de comunicação. E toda imagem apresenta um 
ponto de vista sobre o mundo a partir do olhar de quem a faz. Mas como esse ponto de vista se relaciona 
com a verdade? Há uma verdade para cada ponto de vista? A verdade é o que nos agrada? Que é a verdade? 
Quais são os seus limites? 
Um antigo comercial de sabonete ajuda-nos a problematizar a relação da imagem com a verdade. 
Uma imagem, portanto, é mais que uma apresentação do real. É a criação de uma realidade. Que realidade 
queremos criar com as imagens que produzimos ou fazemos circular? O que há de verdade nelas? O que elas 
fazem ver? O que elas pretendem esconder? Em que medida as tecnologias envolvidas na produção de 
imagens se comprometem com a busca da verdade? Em que medida querem escondê-la? 
Historicamente, o campo da publicidade costuma recorrer a muitas estratégias para a apresentação de 
seus produtos e discursos, resultando, muitas vezes, numa imagem falsa do produto que pretende vender. 
Observe alguns desses truques... 
Com a expansão da internet e das redes sociais, a preocupação com a veracidade das informações 
passou a ser também uma preocupação. A ânsia de publicar de imediato os acontecimentos faz com que eles 
sejam compartilhados sem tempo de pensar sobre o que, de fato, aconteceu. Isso favorece a criação e 
circulação de informações apressadas, distorcidas e, mesmo, falsas. 
Ainda que as redes sociais tenham trazido à tona o conceito de "fake news", essa prática é velha 
conhecida. A narrativa sobre a "descoberta" do Brasil pelos portugueses como marco de nossa história talvez 
seja nossa primeira "fake news". Já tratamos disso na aula 3. 
As mídias, em geral, quando assumem o papel de narrar à sociedade os acontecimentos, tanto 
escolhem seu ponto de vista, de acordo com os valores e princípios que defendem, como também criam 
subterfúgios para levar os leitor/espectador a acreditar em fatos que jamais aconteceram. 
Para fazer o exercício de um olhar apurado, observe os jornais abaixo: Num primeiro olhar, 
poderíamos dizer que o fato noticiado é a fuga de um narcotraficante. Certo? Não. Trata-se de uma capa 
publicitária cujofato é o lançamento de um novo seriado de televisão. 
Esta era apenas uma estratégia publicitária. Mas é os jornais e suas linhas editoriais? Trazemos 
abaixo duas formas distintas de problematizar o tema da verdade no jornalismo. A primeira é uma antiga 
propaganda de jornal: A segunda, é a criação de uma paródia ao mesmo jornal, questionando sua forma de 
lidar com a verdade. 
O que aqui trazemos exclusivamente como conteúdo para frisar a importância de se buscar sempre 
mais de um ponto de vista, bem como avaliar como as diferentes informações lidam com a verdade, foi 
também objeto de uma longa disputa judicial entre a empresa jornalística e os criadores da paródia. 
Por fim, fechamos esta unidade reforçando a importância de observar com atenção as imagens e 
notícias que produzimos, acessamos e fazemos circular. Sejam as notícias e imagens das grandes mídias, 
sejam as conversas cotidianas, supostamente banais. O que pretendemos fazer existir com aquilo que 
compartilhamos? Como nos responsabilizamos com isso?

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