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Manejo de Crise - Jornada de Prevenção do Suicídio (1) (1)

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Prof.ª M.ª Júlia Gouveia
Identificação e
Manejo de Crise
Suicida
O tratamento
psicoterapêutico
e as fases do
tratamento
Fase inicial Fase intermediária Fase final
Fase inicial: coleta do contato de emergência, contrato terapêutico;
colaborativa, exceto quando há identificação de risco à vida
Atenção a sinais ao longo do atendimento:
frases como "eu queria que Deus me
levasse", "queria dormir e não acordar"
Falas explícitas da pessoa a respeito de
como gostaria de se matar
Indícios de comportamento autolesivo
Desesperança (bandeira vermelha para
maior investigação)
Identificação
de risco
Intervenção direta: você identifica em si mesmo
pensamentos de morte? Você já teve vontade de cometer
suicídio? Você possui algum plano de se matar? 
no ambiente terapêutico, não reproduzir tabus a
respeito do suicídio
"se eu falar em suicídio, vou colocar isso na
cabeça da pessoa" (mito) 
Quando se evita tocar no assunto, geramos mais
culpa na pessoa e contribuímos para o aumento
do preconceito ao tema. Oferecer para o paciente
espaço de fala é terapêutico, pois auxilia na
estabilização emocional
Intervenção
Avaliar a existência de ideação
suicida, de possível plano, busca da
ação (a execução do plano) e de
tentativa
Deixar a pessoa falar 
Não tentar abafar o discurso
Encaminhar para ajuda especializada 
Público leigo
Em caso de identificação de risco:
falar com a família do paciente ou contato de
emergência por ele escolhido (Art. 9° e 10° do
Código de Ética Profissional do Psicólogo)
Indicar o paciente para acompanhamento
psiquiátrico
Investigar fatores de risco (possíveis fatores
desencadeantes) e de proteção (motivos para
viver) 
Acompanhamento psiquiátrico e psicoterapêutico
em conjunto diminuem consideravelmente o risco
de crise
A psicoterapia tem o papel de psicoeducar a
respeito da importância da medicação
Intervenção
em
identificação
de risco
"O que você precisa?"; "O que você já fez no passado
para lidar com situações semelhantes?"; "Repete o que
eu acabei de falar? Quero ter certeza de que você
entendeu"
Uma tentativa de suicídio pregressa já piora o
prognóstico da pessoa
É necessária uma intervenção enérgica desde a
primeira identificação, na busca pela remissão dos
sintomas
Transtornos mentais são crônicos, não se fala de
cura. Porém, é possível a depender do caso
alcançar a remissão parcial ou total dos sintomas
Intervenção
em
identificação
de risco
(cont.)
Risco baixo: acolher o sofrimento do paciente e
acionar a rede de apoio
Risco médio: focar nos sentimentos de ambivalência,
fazer o contrato de vida (verbal ou por escrito),
encaminhar a pessoa a psiquiatra, acionar a rede de
apoio e psicoeducá-la sobre medidas de prevenção ao
suicídio. Caso a pessoa não concorde com o
procedimento, psicoeducá-la e prosseguir com o
procedimento de segurança. 
Avaliação de
risco
Risco alto: não deixar a pessoa sozinha, remover
meios de suicídio do ambiente (comprimidos, faca,
armas, venenos). Fazer um contrato de vida (ganhar
tempo), entrar em contato com um profissional de
saúde, providenciar uma ambulância, informar a
família. Considerar internação
A internação não é um tratamento, é um momento
pontual de proteção à integridade do indivíduo.
Indicado para:
alto risco, juízo crítico prejudicado, recusa do
tratamento, impulsividade, necessidade de
vigilância contínua
Avaliação de
risco
Sexo masculino
Baixa autoeficácia 
Pouca habilidade na regulação das emoções
Comportamento impulsivo/agressivo
Humor instável
Vítimas de abuso físico/sexual na infância
Desesperança 
Falta de suporte familiar 
Fatores de
Risco
Pandemia 
Confisco das poupanças (Collor) 
Entre outros
Fatores
Desencadeantes
Manejo de Crise
Crise 
Estado de desequilíbrio emocional
e desorganização, com reação
emocional intensa
A crise não é restrita ao paciente
com transtorno mental, e pode ter
um desfecho positivo (aumento do
leque de estratégias" ou negativo
Não é desejado que situações de
crise sejam totalmente evitadas,
pois são importantes para o
desenvolvimento de cada
indivíduo
Manejo de Crise
Prezar SEMPRE pela minha
segurança e pela segurança da
equipe primeiro, e DEPOIS pela
segurança do paciente
Preparar-se (informar-se
sobre a situação de crise,
sobre a situação de segurança
e de proteção no local)
Observar (olhar a situação,
localizar-se na cena)
Escutar (ouvir as pessoas a
respeito do que se
passa/passou)
Aproximar-se (sempre
apresentando-se primeiro -
nome e profissão)
Manejo de Crise
Não permitir que a pessoa se agrida ou
que agrida o outro (se ocorrer, fim da
negociação e início da contenção)
Não confrontar, julgar ou debater
NUNCA desafiar a pessoa a se suicidar
Responsabilizar a pessoa pelos seus atos
e não aceitar a transferência de
responsabilidade para o profissional
"Eu não quero que você tome essa
decisão, mas se tomar é uma
responsabilidade apenas sua"
Apoiar a parte no indivíduo que deseja
viver (ambivalência)
Manejo de Crise
NUNCA conter o paciente e deixá-lo de
barriga para baixo (risco de parada
cardiorrespiratória e morte)
A contenção correta é feita pelas
articulações, tórax e cabeça (com ao
menos 5 pessoas na equipe)
JAMAIS ficar sozinho com o paciente ou
dar as costas
NÃO fazer anotações (distração que
coloca o profissional em risco)
Deixar o paciente de costas para a
parede, atender próximo à porta
Não atender próximo a objetos que podem
ser utilizados como armas
Autoridades de Saúde
SAMU (192)
Bombeiros (193)
Apoio Imediato de
Médico Especializado
Pessoas com lesões sérias e/ou com risco de
morte
Pessoas que podem ferir a si mesmas ou a outras
pessoas
CVV - 188
https://www.cvv.org.br/

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