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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

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Falas importantes da Tutora Lilian do Valle 
 
Se a filosofia é essencial para a educação, não é porque ela antecipa todas as respostas que devem ser 
encontradas, é justamente por quê E quando ela se faz compromisso de interrogação permanente, e é 
desta forma que ela é prática de emancipação, 
 que ela é terreno de luta pela autonomia. 
 
As concepções filosóficas da educação ainda interessam é porque ela nos ajudam a descortinar franjas 
enormes daquilo que ainda não se pensou daquilo que ainda não interrogamos em nossa atividade 
cotidiana. É numa luta permanente contra a tendência à acomodação do pensamento, contra 
assintomática preferência pelas respostas, ao invés de perguntas. 
 
Eis porque conceder filosoficamente a educação é, antes de mais nada, entendê-la como terreno de 
permanente questionamento, de interrogação aberta. É assim que a filosofia investe a educação, e não 
oferece um menu de concepções a ser escolhidas com o nosso prato feito educacional. 
Pretendemos demonstrar que, dada a natureza desse objeto, qualquer definição da filosofia da educação e 
de suas exigências só podem nascer da interrogação da própria prática da educação, e dos sentidos que 
para elas são praticamente produzidos. 
Em particular a elucidação filosófica da natureza prático-poiética da Educação com 2 A reflexão filosófica a 
consagrar um lugar central a uma dimensão que apenas subsidiariamente interessa e ciências: a criação e a 
autocriação necessariamente envolvidas na educação. nesse sentido a tarefa da filosofia da educação se 
define também como luta contra a tendência de reduzir a educação a mero campo de aplicação de teorias 
ou de técnicas. 
 A filosofia é, assim, esse compromisso com a interrogação que não quer se fechar, e é dessa forma que ela 
é prática de emancipação, que ela é terreno de luta pela autonomia. 
 
 
Porém, no caso do humano, nunca é possível dizer inteiramente o que é, nunca se poderá prever 
totalmente seu comportamento, pela simples razão que o modo de ser do homem, sua existência, toma a 
forma de autocriação incessante. Por isso não há, para ele, um conhecimento preciso e infalível. Não se 
pode dizer o que o homem será ao nascer, nem ao menos aquilo em que se tornará, a partir daí. Sempre 
haverá, entre a legítima necessidade de compreender o humano e a realidade, uma enorme fenda, e esta 
fenda se chama criação. Por isso, a educação é um enigma. 
Autonomia --> liberdade --> criação humana --> (O humano cria, e sua primeira criação é a si próprio. 
Historicamente, essa evidência - de que "o modo de ser" próprio da espécie humana é a criação - foi e vem 
sendo sistematicamente ocultada. A isso (Castoriadis) chama de heteronomia : a alienação individual e 
coletiva. uma sociedade heteronoma tende a produzir indivíduos que desconhecem e alienam esse poder 
criador em si mesmo. Isso se reflete Na tentativa de controle no campo educacional, equivocada noção de 
que o processo educativo pode ser inteiramente explicado e seus resultados preditos pelas teorias, 
conquistados pela rigorosa aplicação dos métodos, concretizadas no recurso sistemático as teorias. e dessa 
forma na ausência da Autonomia social individual a educação fica reduzida ao que não é: ao espaço de 
mera aplicação de teorias e de procedimentos pensados a priori. Como essas teorias e procedimentos não 
são postos em questão, disso resulta a resistência ao controle sobre a qual falávamos vai ser interpretada 
como erro, vai ser explicada pela identificação de culpados: de um lado, o aluno - que é rebelde, que é 
indisciplinado, que é incapaz... De outro, o professor - que é incompetente, que falha em sua tarefa. 
Na educação, o projeto de autonomia depende da atualização de um poder poder ser. Explique-se: este 
«poder poder» ser significa que não há um conteúdo objetivo para definir como o humano é determinado 
desde o nascimento, não há uma virtude específica, uma predisposição particular que definam o que o 
humano é ao nascer. Esse modo de conceber a educação, que entende sua tarefa como a de simples 
atualização de germens, das «potencialidades» que estão presentes em cada indivíduo é, sem dúvida, 
muito corrente em educação. É com base nessa concepção que, desde Aristóteles, considerou-se que os 
mestres deviam «avaliar» o potencial de seus 
discípulos, para determinar aqueles que deveriam ser objeto de maior ou de menor investimento e 
atenção educacionais. Além de altamente perigosa, pelos preconceitos e injustiças que acaba por 
legitimar, esta posição apóia-se em uma falsa antropologia. Se ela fosse 
consistente, o humano nada criaria, apenas teria a opção de desenvolver, ou não, talentos rigidamente 
determinados por sua disposição natural. Mas são muitas as evidências de que a natureza humana é 
infinitamente mais rica, e deve ser definida como possibilidade de criar suas próprias possibilidades como 
ser. A esse poder, chamamos, justamente, criação. 
Uma vez que, por envolver seres humanos, cada situação educativa é única, o educador, por mais que 
apoiado nas teorias, nos métodos e técnicas que tem a seu dispor, está sempre diante desse grande 
enigma, de uma interrogação que não lhe cabe desvendar, nem responder, 
porque esta interrogação refere-se ao ser do outro, à sua liberdade. 
[10:27, 2/9/2018] lcontarini: A auto-alteração dos indivíduos, que a educação ajuda a provocar e de que 
deve tornar cada aluno consciente, nunca é, em suma, o resultado da aplicação de uma teoria, «produto» 
de um fazer técnico. Mas cabe à educação cuidar para que o aluno tome consciência de sua autonomia; de 
que ele não está, apesar das aparências, inteiramente condicionado pelas determinações sociais, 
biológicas, históricas e educacionais. 
Da mesma forma, analisando as condições educacionais colocadas em ação, pode-se até avaliar mais ou 
menos objetivamente o que o aluno aprendeu, mas jamais se poderá prever aquilo que fará, ou explicar 
aquilo no que se tornou como resultado direto de uma ação 
educativa objetivada. 
No entanto, elucidar aquilo que somos, ou aquilo em que nos tornamos é perceber que o que somos não 
resulta de uma fatalidade, mas sempre, também, de uma escolha, de uma deliberação. A elucidação é a 
tomada de consciência de que o papel de cada um, diante de si mesmo e diante da sociedade, nunca é 
passivo, é a tomada de consciência de seu poder criador. 
Como conjunto de construções teóricas com pretensões explicativas, a educação dá forçosamente lugar a 
um conhecimento que é sempre, como diz Castoriadis, fragmentário, incompleto, provisório. Como prática 
de atuação, a educação é uma recriação constante dos procedimentos, dos métodos, do modo como nos 
relacionamos com as técnicas pedagógicas e instrucionais, mas é também o terreno em que se operam 
essas e outras deliberações mais importantes, que não podem ser garantidas ou determinadas a priori, 
legitimadas pela autoridade teórica ou técnica. 
Elucidar o que é e o que se pensa que deve ser a educação é concebê-la filosoficamente. A filosofia tem 
esse papel importante, e ineliminável, em toda educação que se quer emancipadora: tal como a teoria, ela 
não fornece à prática educacional garantias, ela não pode 
justificar nem antecipadamente nem posteriormente as nossas ações, ela não pode se substituir à 
iniciativa que é sempre a do professor; mas ela é o instrumento pelo qual se pode ganhar consciência da 
liberdade, da necessidade de deliberação frente à questão: «o que penso que deve ser a educação?» Ela 
permite tomar consciência e prestar contas daquilo que se faz de si mesmo mim e de sua prática e, desta 
forma, permite participar de modo sempre próprio e específico da construção coletiva do sentido da 
educação. A filosofia é instrumento para elucidação dos sentidos que a educação veio adquirindo e adquire 
em cada contexto social e histórico particular, e ela permite identificartodas estas questões como 
essenciais para a prática da educação. 
E, assim, fica claro que a concepção filosófica da educação é uma tarefa de auto-reflexão individual e 
coletiva, e que seu objeto parte e tem como fim a emancipação humana e, portanto, a construção de uma 
sociedade democrática. 
O momento do cativo é momento de liberdade e construção de autonomia. a função emancipadora da 
educação deve ser de possibilitar que o indivíduo passe a ser adotado pela reflexão, de tomar consciência 
de seu poder de deliberar. Deliberar é uma atividade criadora que cabe ao educador. A filosofia é o 
instrumento questionador que permite ao educador refletir e deliberar, de forma fundamentada, sobre a 
prática pedagógica, afim de uma educação que leva o indivíduo a autonomia e emancipação. 
 
 
AP1 filosofia da educação 
1-discuta a afirmação de Antonio gramsci de que "somos todos filósofos"a partir dos argumentos 
apresentados no texto 1 sobre a definição filosófica da Educação. 
 
2-"atitude de interrogação a que Visa a filosofia fundamenta-se, não não poder de uma racionalidade 
humana e impessoal, mas na convicção do Poder da criação humana que, decerto, se manifesta na cultura 
que nos procede e que supera os limites de nossas experiências, mas que também se manifesta em nossa 
própria existência" (texto 2) 
Explique o excerto acima relacionando ao compromisso da filosofia com a formação humana. 
https://www.passeidireto.com/arquivo/16896519/filosofia-da-educacao----pedagogia-uerj-cederj-
material-completo 
 
 
Filosofia da Educação 
 
Ao compreender Castoriadis e sua atividade filosófica como a concretização de um compromisso de 
interrogação ilimitada sobre o que se é e se vive no espaço socialhistórico, para fundamentar ação 
consciente e deliberada do humano, ela reafirma sua coerência com a definição que ele apresenta de 
filosofia: “[…] compromisso com a totalidade do pensável” (p. 17), que se expressa na “[…] atitude de levar 
a sério a convicção que fez nascer a filosofia: a de que tudo o que vivemos e concebemos pode e deve ser 
objeto de nossa interrogação.” (VALLE, 2008, p. 495-496). 
 
 
Uma delas remete à própria definição do que é Filosofia e sua finalidade: “[…] compromisso com a 
totalidade do pensável” (CASTORIADIS, 1999, p. 17), “[…] para salvar nosso pensamento e nossa coerência” 
(idem, p. 15). A encarnação dessa definição torna objeto de interrogação tudo o que se vive e se concebe, 
para a construção refletida, consciente e deliberada de sentidos do mundo coletivo e individual. Tal 
concepção traz implícito que a filosofia é uma disposição que não é pura, nem espontânea, mas que deve 
ser criada pelo nomos e pela paidéia e preservada continuamente. Portanto, embora não encarnada por 
todos, nem todos filosofam e interrogam-se, ela existe como possibilidade. Ela não é também, 
disposição/atribuição específica dos experts, produtores de teoria, que refletem sobre os outros e sua 
prática e não sobre si próprio. 
 
 
Assim, a filosofia da educação é compromisso de interrogação incessante para a construção da autonomia. 
 
 
AP1 filosofia da educação 
1-discuta a afirmação de Antonio gramsci de que "somos todos filósofos"a partir dos argumentos 
apresentados no texto 1 sobre a definição filosófica da Educação. 
 
 
«Todos somos filósofos», diz Gramsci. No entanto, temos de distinguir o "filósofo" que todos somos, que 
ocasionalmente filosofa espontaneamente, do filósofo que sabe do ofício, o filósofo intencional, que 
concebe uma visão do mundo e da vida, que incessantemente persegue a busca de fundamentos para as 
suas ideias, princípios e concepções, que toma posição crítica sobre tudo o que ocorre. Enfim, o filósofo é o 
profissional que luta contra os preconceitos, o que está estabelecido, os dogmatismos e cepticismos, o 
laxismo e o facilitismo, procurando elucidar, por meio da reflexão, todos estes estados de espírito. 
 
A Filosofia não é, portanto, uma amálgama de teses sem relação, um conjunto de ideias desarticuladas. A 
Filosofia é um estado de alma, um produto da inteligência humana. Se a Filosofia é um estado da alma 
humana, o filósofo é aquele que se bate pela autonomia da razão; é aquele que, pela reflexão crítica, 
esclarece o seu pensamento e toma posição perante o mundo e a vida, procurando incessantemente o 
caminho da verdade. (António A. B. Pinela, Horizontes da Filosofia ). 
 
Todo homem é filósofo 
"É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a 
atividade intelectual própria de uma determinada categoria de cientistas especializados ou de filósofos 
profissionais e sistemáticos. É preciso, portanto, demonstrar preliminarmente que todos os homens são 
"filósofos", definindo os limites e as características desta "filosofia espontânea", peculiar a "todo o 
mundo", isto é, da filosofia que está contida: 1) na própria linguagem, que é um conjunto de noções e de 
conceitos determinados e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo; 2) no 
senso comum e no bom senso; 3) na religião popular e, consequentemente, em todo o sistema de crenças, 
superstições, opiniões, modos de ver e de agir que se manifestam naquilo que geralmente se conhece por 
"folclore". 
 
Após demonstrar que todos são filósofos, ainda que a seu modo, inconscientemente -já que, até mesmo na 
mais simples manifestação de uma atividade intelectual qualquer, na "linguagem", está contida uma 
determinada concepção do mundo-, passa-se ao segundo momento, ao momento da crítica e da 
consciência, ou seja, ao seguinte problema: é preferível "pensar" sem disto ter consciência crítica, de uma 
maneira desagregada e ocasional, isto é, "participar" de uma concepção do mundo "imposta" 
mecanicamente pelo ambiente exterior, ou seja, por um dos muitos grupos sociais nos quais todos estão 
automaticamente envolvidos desde sua entrada no mundo consciente (e que pode ser a própria aldeia ou 
a província, pode se originar na paróquia e na "atividade intelectual" do vigário ou do velho patriarca, cuja 
"sabedoria" dita leis, na mulher que herdou a sabedoria das bruxas ou no pequeno intelectual avinagrado 
pela própria estupide… 
 
 
Reflexão Filosófica : Todos somos Filósofos? 
 
" Todos somos Filósofos"! Esta é uma afirmação do Pensador Antonio Gramsci. 
 Eu penso que somos filósofos quando buscamos o conhecimento, o desejo e a vontade de adquirir novos 
horizontes, amante da sabedoria, aquele que nunca está contente ou satisfeito com o que está pronto. É 
aquela pessoa que busca sempre o conhecimento, é um aprendiz em seu aprendizado. 
 A palavra FILOSOFIA é atribuída ao pensador e matemático grego Pitágoras de Samos, do século VI a.C., 
sendo assim a palavra Filosofia é grega. Ela é composta por duas outras: philo e sophia. Philo deriva-se de 
philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela 
vem a palavra sophos sábio. Assim a palavra FILOSOFIA tem o sentido etimológico de "Amor à sabedoria". 
Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber. 
 Assim, filosofia indica um estado de espírito, da pessoa que ama, isto é, que deseja o conhecimento, a 
estima, a procura e a respeita. 
Comumente gosto de enfatizar que a FILOSOFIA não é uma matéria ou disciplina, mas sim uma atividade. 
Para que você compreenda melhor, quando você estuda biologia, matemática, física, letras, etc., isto sim é 
uma disciplina . Já a Filosofia não é estudo de alguma coisa específica, mas sim uma forma de pensar e de 
estudar toda e qualquer coisa que se queira. Todos nós raciocinamos sobre a vida e sobre o que há no 
mundo e em nossa volta. 
 Não somos obrigados saber tudo e nem precisamos, porém, não devemos ignorar novos conhecimentos, 
não devemosestar a mercê de pessoas que pensem por nós. Renné Descartes, filósofo e matemático 
francêsdisse: Cogito ergo sum; penso, logo existo. Desta afirmação cartesiana podemos extrair esta 
importante consequência: o pensamento (consciência) é algo mais certo do que a própria matéria 
corporal. Note que é a partir do "penso" que ele conclui "logo existo". 
 Todos nós temos algo que jamais alguém poderá aprisionar, a liberdade de pensar, desta forma 
carregamos este trunfo onde podemos sonhar, formular ideias, percorrer caminhos perigosos, alimentar 
esperanças, em fim, temos livre-arbítrio. Quando Gramsci diz que todo homem é filósofo, ele quer dizer 
que cada um é ao seu modo de ser, e concordo plenamente, uma vez que a filosofia não é meramente 
para aqueles que se encontram absortos em livros, devemos ver que a FILOSOFIA é uma atividade e por 
isso todo aquele que pensa e busca o desejo do conhecimento verdadeiro é um filósofo. (Jaime 
Pavanelli) 
 
 
Filosofia da Educação - perguntas: 
 
2-"A atitude de interrogação a que visa a filosofia fundamenta-se, não no poder de uma racionalidade 
humana e impessoal, mas na convicção do poder da criação humana que, decerto, se manifesta na cultura 
que nos procede e que supera os limites de nossas experiências, mas que também se manifesta em nossa 
própria existência" (texto 2) 
 
Explique o excerto acima relacionando ao compromisso da filosofia com a formação humana. 
 
 
É importante perguntar: como avaliar as circunstâncias? Que critérios definem o que é benéfico ou 
maléfico para a humanização do humano? O que é mesmo um bom humano? O que é formação humana 
boa? A pergunta inicial se amplia: não apenas o que é formação humana, mas o que é formação humana 
boa. Isto remete à questão antropológica básica: o que é o humano? Trabalhar filosoficamente esta 
questão é uma das principais contribuições da Filosofia para a Educação. A principal pergunta é a que diz 
respeito ao ser humano e ao significado de sua existência. 
 (...) de um ponto de vista mais fundante, pode-se dizer que cabe à filosofia da educação a construção de 
uma imagem do homem. (...) Trata-se do esforço com vista ao delineamento do sentido mais concreto da 
existência humana. (...) Como tal, a filosofia da educação constitui-se como antropologia filosófica. 
(SEVERINO, 1994, p. 21). 
 Não uma antropologia abstrata, mas “uma antropologia filosófica capaz de apreender o homem existindo 
sob mediações histórico-sociais, sendo visto então como ser eminentemente histórico e social” (idem, 
1994, p. 21). A partir destas ideias Severino diz, também, da formação humana, ao responder à pergunta: 
“O que vem a ser essa formação? ” (2002, p. 185). Sua resposta; “Nós nos formamos quando nós nos 
damos conta do sentido de nossa existência, quando tomamos consciência do que viemos fazer no 
planeta, do porquê vivemos” (idem, p. 185). Tomada de consciência que é a dimensão subjetiva que exige 
o desenvolvimento de sensibilidades que a constituem: as sensibilidades epistêmica, ética, estética e aos 
valores políticos (consciência social). Pois, é nisso que a formação humana faz diferença em relação aos 
dados naturais, por certo, imprescindíveis, mas não suficientes para a constituição humana. 
 
A vivência subjetiva não se dá descolada das circunstâncias históricosociais. No humano não há dissociação 
do biológico e do cultural e nem do que é individual e do que é social. O humano é formado na 
complexidade destas relações. “A educação não é apenas um processo institucional e instrucional, seu lado 
visível, mas fundamentalmente um investimento formativo do humano, seja na particularidade da relação 
pedagógica pessoal, seja no âmbito da relação social coletiva” (SEVERINO, 2006, p. 2). Neste investimento 
a filosofia tem um papel importante, pois, a formação humana não se dá sem a contribuição da formação 
filosófica: “É por tudo isso que não pode haver educação, verdadeiramente formativa, sem a participação, 
sem o exercício e o cultivo da filosofia em todos os momentos da formação das pessoas… 
 
 
Filosofia = atividade de reflexão 
 
Se, todavia, a filosofia tem um papel central na formação dos educadores e dos pesquisadores em 
educação é porque a natureza do fazer educativo impõe à teoria ser muito mais do que uma série de belos 
desenvolvimentos, e mais também do que um corpo coerente de explicações previamente organizado. 
Diante dos enigmas que a existência humana e social colocam para a educação, qualquer teoria fracassará, 
se não for acompanhada de um contínuo questionamento, se não for vivificada pela constante reflexão. E, 
para isso, a filosofia pode certamente ajudar: pois de seu passado ela pode nos oferecer não somente 
conceitos e teorias, mas igualmente as interrogações de que se originaram. 
 
E, de fato, a filosofia dizia Cornelius Castoriadis, é compromisso com a totalidade do pensável. Não apenas, 
portanto, com a totalidade daquilo que já foi pensado mas, sobretudo, com tudo que ainda há para pensar. 
 
Filosofia da Educação - perguntas: 
 
2-"A atitude de interrogação a que visa a filosofia fundamenta-se, não no poder de uma racionalidade 
humana e impessoal, mas na convicção do poder da criação humana que, decerto, se manifesta na cultura 
que nos procede e que supera os limites de nossas experiências, mas que também se manifesta em nossa 
própria existência" (texto 2) 
 
Explique o excerto acima relacionando ao compromisso da filosofia com a formação humana. 
 
Para resposta ver texto 2 - pg.3 
A atitude de interrogação a que visa a filosofia se fundamenta não no poder de uma racionalidade humana 
impessoal, mas na convicção do poder da criação humana, que decerto se manifesta na cultura que nos 
precede e que supera os limites de nossas experiências, mas que também se manifesta em nossa própria 
existência. 
Logo, essa atitude implica uma responsabilidade para consigo mesmo, para com seu meio, sua época, sua 
espécie; e implica, igualmente, a capacidade de manter sob constante exame crítico suas próprias 
limitações. Em outros termos, essa atitude só se justifica por um projeto de autonomia que sempre 
começa pelo questionamento do mito de uma razão controladora e todo-poderosa cujas «teorias», ao 
invés de liberar nossa reflexão e criatividade, nos tornam mais alheios a nosso próprio pensamento, mais 
conformados com o instituído, imobilizados. 
 
A filosofia é, assim, esse compromisso com a interrogação que não quer se fechar, e é dessa forma que ela 
é prática de emancipação, que ela é terreno de luta pela autonomia. 
 
 
Assim, se a «concepção filosófica da educação» nos interessa é porque, remetendo àquilo que foi um dia 
pensado, ela nos ajuda a descortinar franjas enormes daquilo que ainda não pensamos, daquilo que ainda 
não nos interrogamos em nossa atividade cotidiana. É numa luta permanente contra nossa tendência à 
acomodação, nossa preferência pelas respostas, ao invés de perguntas, contra nosso desejo de reconforto 
– de que as verdades acabadas se alimentam, que o pensamento tenta se fazer. É isso que as grandes 
páginas da filosofia nos ajudam a perceber, nos ensinam. 
 
Eis como conceber filosoficamente a educação pode significar entendê-la como terreno de permanente 
questionamento, de interrogação aberta. E é assim que a filosofia pode colocar se a serviço da educação e 
da valorização do professor – mas não oferecendo uma espécie de «menu» de concepções a serem 
escolhidas para compor nosso prato feito educacional 
 
 
 
Questões da FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO: 
 
Leia os excertos abaixo - retirados dos textos trabalhados no decorrer do curso e escolha dois deles para 
desenvolver ao máximo as ideias principais e as possíveis reflexões que as mesmas engendram (não se 
esqueça de identificar na argumentação quais foram os textosescolhidos). Escreva no mínimo 20 linhas. 
 
1 - Ora, da insistência - anteriormente metafísica e, científica - na identificação de fontes legítimas para a 
explicação, o controle e a predição do sentido humano e social resulta incapacidade de lidar com o que 
não pode ser inteiramente determinado, definido de antemão, resulta também a tendência querer 
eliminar totalmente do horizonte de nossas preocupações o processo pelo qual o homem cria, continuar 
mente, social e coletivamente, as determinações para o seu modo de existência individual e coletiva. 
(Texto 1 - Por uma definição filosófica da educação) 
 
2 - O conhecimento escolar não é produzido na Escola, mas isso não quer dizer que a Escola não produza 
saber: ela decerto produz, por meio da reflexão e das deliberações que a prática requer do professor, um 
saber prático, o «saber-fazer» da Escola. Não faria sentido se fosse 
diferente: uma Escola que veiculasse um saber inteiramente produzido em seu próprio interior seria uma 
instituição fechada sobre si mesma, que não poderia ter por finalidade senão sua perpetuação, e não a 
construção da sociedade – uma espécie de gueto, uma espécie de seita. É, portanto, importante frisar a 
natureza social dos conhecimentos escolares: uma das mais primordiais finalidades do modelo em que se 
baseia a educação escolar atual, a Escola pública, sempre foi justamente a de fazer com que todos 
participassem de uma mesma cultura – condição e exigência da vida comum. (Texto 3 - O Conhecimento 
Escolar). 
 
3 - Em seu anonimato cotidiano, o professor precisa, urgentemente, descobrir que suas questões não são 
extemporâneas, nem isoladas; que seu fracasso talvez não seja o seu, mas de um modelo que ignorou a 
força da liberdade humana. Ao anônimo professor, jamais foi dada a possibilidade dessa simples 
interrogação, tão antiga quanto a filosofia: sobre o que posso intervir, qual é o espaço para a deliberação 
social e individual? (Texto 6 - O Papel da Filosofia da Educação - elucidação e crítica) 
 
 
Paulo Freire: Não sou apenas objeto da História, mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da 
cultura, da política, constato não para me adaptar, mas para mudar. [...] Constatando, nos tornamos 
capazes de intervir na realidade, tarefa incomparavelmente mais complexa e geradora de novos saberes 
do que simplesmente a de nos adaptar a ela. (FREIRE, 2009, p. 77, grifos do autor). 
O que se quer com o trabalho educativo? Ajudar crianças e jovens apenas a constatarem o que ocorre e os 
conhecimentos já sabidos relativos ao que ocorre? Não cabe, ao ajudá-los a constatarem o que aí está e os 
conhecimentos já sabidos, incentivá-los, também, a pensar o que pode ainda faltar na realidade, a pensar 
o que mais se poderia saber além do já sabido, a buscar saber sobre o que não está bem no mundo no qual 
entraram e no qual viverão? Não cabe fazer uma educação que, além da busca da conservação do “antigo 
bom”, incentive a busca pelo que falta, a busca pelo “novo bom”, pela boa inovação e quiçá pela 
necessária revolução? 
 
 Um bom e necessário caminho inovador deve ser o do desenvolvimento da consciência crítica. O que 
fazer, ou o que se pode fazer no tocante à imperiosa necessidade de desenvolvimento de consciências 
críticas e autocríticas?

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