Buscar

18 Tcc y

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Obesidade na adolescência e os impactos na vida adulta	Comment by Sandra: Retirar a numeração consecutiva do lado esquerda do textoPaginar o artigo iniciando pela capa 
Obesity in adolescence and the impacts on adulthood
Impactos na saúde cardiovascular
Atividades Práticas Supervisiionadas – APS	Comment by Sandra: Manter para APS 
Cristiane Tiyemi Nakamura¹, Wilson Augusto Machado Pereira¹, Yasmin Harumi Kubo¹, Jackeline Venâncio Carlos Rodrigues¹, Sandra Regina Bicudo da Silva¹.
¹Curso de Nutrição em Universidade Paulista - UNIP. Campus Sorocaba. Avenida Independência, 210. Éden, Sorocaba, SP. 
Autor correspondente: 
Prof. Jackeline Venâncio Carlos Rodrigues. Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba, SP. Avenida Independência, 210. Éden, Sorocaba, SP. Email: jackeline.rodrigues@docente.unip.br.
Declara-se a inexistência de conflitos de interesse associados a esta publicação. 
Área específica do artigo: Nutrição Clínica
Resumo 
Objetivo: Analisar se os fatores determinantes da obesidade durante a adolescência podem gerar impactos capazes de agravar a saúde cardiovascular na fase adulta. Métodos: Estudo qualitativo realizado por meio de revisão bibliográfica, através da busca de literatura em bases de dados PubMed, Scielo, Bireme, Portal Regional da BVS, Lilacs e Google Acadêmico, sendo alguns dos descritivos: “obesidade na adolescência”, “obesidade e impactos na vida adulta”, “excesso de peso e aterosclerose”. Resultados: No modelo de vida atual, o sedentarismo em junção ao consumo alimentar baseado em fast-foods e alimentos industrializados hipercalóricos são fatores primordiais no início precoce do desenvolvimento de aterosclerose, diabetes e hipertensão arterial. As Doenças Crônicas não Transmissíveis – DCNT na adolescência geram grande potencial de agravo na saúde cardiovascular. Conclusão: Ainda que o processo aterosclerótico seja lento e muitas vezes imperceptível até um maior estado de agravamento, conclui-se que os jovens com sobrepeso ou obesidade possuem maiores chances de enfrentar problemas cardíacos na fase adulta.
Palavras-chave: doença cardiovascular, obesidade na adolescência, aterosclerose, Doenças Crônicas não Transmissíveis.
Abstract
Objective: To analyze whether the determinant factors of obesity during adolescence can generate impacts capable of aggravating cardiovascular health in adulthood. Methods: Qualitative study conducted through a literature review, through the search for literature in Databases PubMed, Scielo, Bireme, Regional Portal of the VHL, Lilacs and Google Academic, some of which are descriptive: "obesity in adolescence", "obesity and impacts on adulthood", "overweight and atherosclerosis". Results: In the current life model, sedentary lifestyle in conjunction with food consumption based on fast-foods and hypercaloric industrialized foods are key factors in the early onset of the development of atherosclerosis, diabetes and hypertension. Chronic non-communicable diseases - NCDs in adolescence generate great potential for disease in cardiovascular health. Conclusion: Although the atheosclerotic process is slow and often imperceptible until a greater state of worsening, it is concluded that overweight or obese young people are more likely to face heart problems in adulthood.
Key words: cardiovascular disease, obesity in adolescence, atherosclerosis, chronic non-communicable diseases.
1. Introdução 
A obesidade constitui uma das doenças crônicas mais comuns nos períodos de infância e adolescência, trata-se de um distúrbio nutricional ocasionado por aspectos não modificáveis e modificáveis, sendo considerado multifatorial¹, pode ser definida como o excesso de deposição de gordura corporal ocasionado pelo desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético². Afetando pessoas no mundo todo, constitui-se um grande problema de saúde pública que se associa a outros distúrbios, sendo estes metabólicos, endócrinos, gastrointestinais, cardiovasculares, entre outros; possui grande relação com o estilo de vida adotado¹. 
Um indivíduo adulto pode ser diagnosticado obeso quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) atinge valores a partir de 30, esta determinação pode ser classificada em três graus de obesidade³. Em relação às crianças e adolescentes até os 19 anos, a antropometria é feita através de análises das curvas de crescimento presentes nos gráficos de acompanhamento do estado nutricional propostos pelo Ministério da Saúde (MS)³.
No atual ambiente considerado “obesogênico” caracterizado pela forte presença da indústria de alimentos principalmente no que se refere ao fast food, juntamente à ampla circulação de informações e propagandas4 crescem cada vez mais os casos de hábitos alimentares inadequados associados ao sedentarismo, ambos são os principais fatores os quais vem proporcionando o aumento cada vez mais significativo do número de obesos no Brasil5. O hábito crescente de comer fora de casa, tempo reduzido para o preparo das refeições e aspecto social em torno da alimentação sugerem um aumento ainda maior na procura por alimentos de alta densidade calórica, sendo consumidos em maiores quantidades, gerando uma sobrecarga energética6.
Segundo dados registrados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) a cada três crianças uma apresenta excesso de peso, o país está atualmente ocupando a quarta posição entre os que se encontram com maior prevalência de casos de obesidade5. 
Tendo o excesso de peso como importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis - DCNT como a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e Doenças Cardiovasculares (DCV), o mesmo pode ser considerado um sério perigo à saúde adulta5. A carga de indivíduos apresentando enfermidades coronárias tem sofrido um aumento significativo nos últimos tempos7, além da mortalidade na fase adulta por doença cardiovascular, ocasionada em grande parte pelo elevado IMC e desenvolvimento de aterosclerose durante a adolescência8. 
De acordo com pesquisas a aterosclerose se inicia nas primeiras fases da vida, e o surgimento das doenças coronarianas ocorre em torno de uma década depois9, ainda que seja precoce o início de eventos ateroscleróticos, não são presenciados sinais ou sintomas relacionados à doença cardíaca ainda nessa fase8. 
A Obesidade na infância e na adolescência pode desencadear impactos que afetam a produtividade, economia e principalmente a saúde. Dados apontam uma prevalência de 19,5% no aumento da obesidade na adolescência, em todo o brasil, ocasionando limitações no desenvolvimento, aprendizado e o aparecimento futuro de doença cardiovascular. Estas informações auxiliam no desenvolvimento do programa preventivo de combate à obesidade¹. 
A finalidade desta pesquisa é analisar os aspectos da obesidade infantil e adolescente, quais riscos estão associados a elas, e ainda os possíveis impactos causados a saúde dos indivíduos na vida adulta.
2. Métodos
A presente pesquisa bibliográfica foi realizada através do método qualitativo de revisão de literatura contemplando o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) solicitado pelo curso de graduação em nutrição na Instituição de Ensino Universidade Paulista – UNIP, de acordo com o tema “Obesidade na adolescência e os impactos na vida adulta”. Sua finalidade foi estudar a associação entre tais fatores, abordando o assunto de forma descritiva e voltada especificamente aos impactos referentes ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A população com a qual se executou a pesquisa não amostral refere-se aos indivíduos no período da adolescência, se estendendo até a fase adulta conforme evolução do processo de desenvolvimento.
O desenvolvimento teórico foi executado com base nas normas Vancouver de formatação. De acordo com o tipo metodológico citado, foram realizadas análises de conteúdo, o qual constitui dados e informações contidos em materiais de apoio bibliográficos. 
A seleção de artigos foi executada por meio de buscas em basesde dados como PubMed, Scielo, Bireme, Portal Regional da BVS, Lilacs e Google Acadêmico, utilizando os descritivos “obesidade na adolescência”, “obesidade e impactos na vida adulta”, “fatores de risco para doenças cardiovasculares”, “excesso de peso na adolescência” e “excesso de peso e aterosclerose”; tanto para artigos na língua portuguesa, como na língua inglesa. Já os consensos e diretrizes também utilizados concernem ao Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da Obesidade na Saúde Suplementar³, Diretrizes Brasileiras de Obesidade9 e Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular4, e os sites utilizados são relativos ao Ministério da Saúde5.
3. Revisão da Literatura 
A obesidade é um agravo complexo de saúde e de difícil enfrentamento, devido ao grande número de fatores capazes de ocasioná-la, podendo estes serem exógenos, como fatores ambientais e socioculturais e/ou endógenos, como a genética e hábitos alimentares, que se potencializam e inter-relacionam mutuamente desencadeando em si a obesidade (Figura 1)10.
Figura 1: Etiologia da Obesidade.
Fonte: Adaptada pelos autores, 2021.
Fatores como sexo, metabolismo de repouso, idade, tabagismo, insulina e níveis do hormônio leptina levam a mudanças na composição corporal. Trombetta enfatizou que os ambientais são a principal causa da obesidade devido ao aumento de alimentos ricos em gorduras e a preferência por lanches rápidos e práticos em vez de refeições saudáveis, ​​fatores afetados pela publicidade11. Aspectos socias e hábitos alimentares no século XXI, como o grande avanço tecnológico, permitem passar mais tempo nas redes sociais, levando ao sedentarismo, outros fatores que podem desencadear o ganho de peso são o tratamento medicamentoso, ansiedade, depressão entre outros12. Sendo assim, o estilo de vida adotado pelo indivíduo, contendo uma alimentação rica em calorias e açúcares, além da falta de exercício físico, é totalmente capaz de promover um quadro de obesidade¹³.
Trata-se de um distúrbio do metabolismo energético que causa armazenamento excessivo de energia na forma de triglicerídeos no tecido adiposo, está relacionada a mudanças nas funções fisiológicas e bioquímicas que desencadeiam alterações no balanço energético. Certos componentes estão envolvidos na regulação do peso, como o hormônio da saciedade (leptina), o qual desempenha um papel importante na homeostase energética produzida no tecido adiposo em pessoas obesas, o qual aumenta sua capacidade de sintetizar adipocitocinas, atua no hipotálamo e promove redução da ingestão alimentar e aumento do gasto energética13.
Campos destacou que a falta de leptina pode ser uma das causas do excesso de peso e diabetes, além de estar envolvida no balanço energético¹². 
Alguns estudos têm demonstrado que o segundo componente envolvido na regulação do peso corporal é um hormônio produzido pelo trato gastrointestinal na região do estômago, a grelina, responsável por aumentar o apetite e reduzir a saciedade. Devido à comunicação com o hipotálamo, também está relacionada ao balanço e ingestão de energia13. A atuação da grelina demonstrada na figura 2 é antagônica da leptina, a sua concentração em indivíduos obesos é menor do que em indivíduos eutróficos, já que a regulação da massa corporal faz com que tenha um aumento dos níveis plasmáticos, levando a entender que há uma compensação do déficit energético13.
Figura 2: Atuação do Hormônio da fome
Fonte: Adaptado de Rosana Radominski,2021.
A Obesidade na adolescência traz inúmeras repercussões clínicas, onde pode desencadear morbidade leve, moderada ou potencialmente letal; as consequências do problema vêm de complicações de caráter anatômico, psicológico, comportamental e metabólico16.
Encontra-se entre um dos mais prevalentes problemas de saúde desenvolvidos precocemente, no mundo, aproximadamente 20% dos escolares apresentam sobrepeso, enquanto 10% são diagnosticados com obesidade. Crianças e adolescentes nessas condições podem desenvolver diversos fatores de risco à saúde, tais como, hipertensão arterial, dislipidemias, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, apneia do sono, além de doenças mentais e ósseas, entre outras17.
Jovens com sobrepeso têm 5 vezes maior risco de excesso de adiposidade na idade adulta com alto risco de comorbidades relacionadas à obesidade. As comorbidades associadas à obesidade podem ser debilitantes, e a morte prematura e a morbidade, principalmente relacionadas à doença cardiometabólica. 	Comment by Sandra: Faltou citação 
Um grande conjunto de evidências liga a obesidade infantil a futuras doenças cardiovasculares adultas19, além do grande risco de surgimento de HAS, por isso influencia diretamente na saúde e na qualidade de vida das crianças e adolescentes e evidencia a importância do diagnóstico precoce dos casos de obesidade, a fim de evitar futuras complicações, uma vez que ao reduzir o peso corporal, consequentemente, são diminuídos os níveis pressóricos 20.	Comment by Sandra: Cuidado com o ponto final do parágrafo, não pode ficar sobrescrito 
O excesso de peso na população jovem é capaz de gerar diversos impactos negativos na saúde adulta, sendo decisiva durante o período que se inicia18. Aspectos psicossociais também estão relacionados aos impactos gerados pelo peso excessivo, dentre eles dificuldades de socialização devido discriminações, menor capacitação física e recusa em empregos, tais fatores são preocupantes já que podem ser motivos de depressão, baixa autoestima, isolamento social, entre outros prejuízos21
A obesidade gera em âmbito geral péssima qualidade de vida em jovens e adultos, quando comparados aos indivíduos eutróficos22. De acordo com a diversidade de impactos à saúde adulta, são essenciais ações em prevenção primária de forma precoce para prevenir e combater a doença23, visto que o estilo de vida do adulto, é reflexo de seu comportamento desde a infância. Em relação aos métodos de prevenção, atualmente já sabemos que a taxa de sucesso se relaciona diretamente com a idade, sendo que as crianças têm um resultado melhor24.
Dada a prevalência da obesidade e suas graves consequências, é importante a ampliação de políticas de saúde com educação nutricional, desenvolvimento e infraestrutura apropriada para práticas recreativas e de exercícios físicos, legislação específica para a rotulagem de alimentos e publicidade e propaganda de alimentos. Além disso, é fundamental a atuação do pediatra, por meio de atendimento individualizado, especialmente se a criança ou adolescente já apresenta excesso de peso25.
A implementação regular do exercício físico para crianças e adolescentes contribui para melhorar o quadro clínico e reduzir a prevalência de obesidade e consequentemente doenças cardíacas e psicológicas. É mais provável que uma criança fisicamente ativa se torne um adulto também ativo com melhor qualidade de vida, o que reduz ainda, a ocupação de leitos hospitalares25. O consenso internacional afirma que a prevenção é a abordagem mais realista e com a melhor relação custo-benefício de controle do problema de obesidade infantil26.
O tratamento da obesidade deve ajudar a alcançar um saldo energético negativo. A rota preferida para conseguir isso é através da redução do consumo calórico e do aumento do gasto energético. Essa estratégia está em congruência com a primeira lei da termodinâmica. A intervenção dietética (terapia nutricional) é o pilar da redução da ingestão calórica e da resposta à insulina que promove a deposição excessiva de energia no tecido adiposo. Dietas de energia reduzida, independentemente da composição de macronutrientes, resultam em perda de peso clinicamente significativa em adultos27.
Através da dietoterapia cada paciente recebe uma orientação nutricional individualizada e adaptada as suas próprias necessidades. Para a redução de peso, aos pacientes deve ser recomendadas formas de nutrição que, por um tempo suficiente, levem a um déficit energético, mas não prejudiquem a saúde. Para reduzir o peso corporal, o objetivo deve ser seguir uma dieta que produzirá um déficitenergético de cerca de 500 kcal/dia, ou mais em casos individuais28.
A associação do exercício físico à dieta ameniza a composição corporal e reduz os fatores de risco cardiometabólicos. Tal mudança (em particular a redução da gordura) em vez da redução do IMC é sensível à avaliação da eficácia do exercício. Evidências demonstram que a combinação de exercícios aeróbicos e de resistência resulta em redução de massa gorda, especialmente com programas de pelo menos 2 sessões semanais e duração maior que 60 minutos19.
A cirurgia bariátrica é o tratamento de escolha quando todas as outras intervenções falham. Independentemente do tipo de cirurgia bariátrica realizada, seus efeitos na perda de peso e nas comorbidades associadas são superiores quando comparados com intervenções não cirúrgicas. O Estudo Sueco de Obesidade (SOS) é um dos maiores estudos prospectivos até o momento fornecendo dados observacionais sobre o impacto da cirurgia bariátrica na obesidade e nos desfechos a longo prazo. Relatou maior grau de perda de peso no grupo cirúrgico do que no grupo controle, bem como grandes melhorias nas comorbidades relacionadas à obesidade. De fato, a cirurgia está emergindo como a opção de gestão mais econômica para pacientes com comorbidades relacionadas à obesidade30.
4. Discussão
A obesidade na infância ou adolescência traz inúmeras repercussões clinicas, as consequências vêm de complicações de caráter anatômico, psicológico, comportamental e metabólico16. Com a incidência do aumento da obesidade precoce, tem sido relatada na literatura um aumento no risco de mortalidade, em especial doenças coronárias em adultos devido a obesidade durante a adolescência16.
Estudos recentes ligam a obesidade infantil a futuras doenças cardiovasculares adultas como, doença coronariana estável, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, arritmias cardíacas e morte cardíaca súbita 19-32.	Comment by Sandra: Correto é inserir virgula entre as citações
As consequências mais significativas no contexto patológico incluem, surgimento de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, síndrome metabólica e eventos clínicos relacionados a aterosclerose, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral18-31-17.
A associação entre obesidade e hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemias e síndrome da apneia do sono também tem sido demonstrada para aumentar a incidência de doenças cardiovasculares32.
Diversos são os métodos de tratamentos para a obesidade, vão dos mais simples até os mais invasivos 27. Porém vale destacar que por mais agressivo que seja mesmo cercado de riscos e possíveis eventos colaterais, o tratamento não deve ser deixado de lado, visto que a obesidade também irá apresentar diversos fatores preocupantes a saúde humana30.
Dada a prevalência da obesidade e suas graves consequências, é importante a implementação de medidas de prevenção e promoção de saúde ainda na infância16. O consenso internacional é de que a prevenção, é a abordagem mais realista e com a melhor relação custo-benefício de controle a problemática da obesidade infantil 25.
5. Conclusão
O excesso de peso precoce impacta a saúde cardiovascular adulta em grande proporção, tendo o desenvolvimento da aterosclerose mediado por inúmeros aspectos relacionados à tal problema, de forma lenta e progressiva. 
Afirma-se a necessidade cada vez maior de ações para o controle da obesidade infantil e adolescente, principalmente no que se refere à busca pelo estilo de vida saudável através da autonomia, visto que fatores de influência externos adquirem ao longo do tempo ainda mais destaque.
Referências 
1. 	Freitas LKP, Júnior ATC, Knackfuss MI, Medeiros HF. Obesidade em adolescentes e as políticas públicas de nutrição. Ciência & Saúde Coletiva. 2014 Jun; 19 (6).
2. 	Barroso TA, Marins LB, Alves R, Gonçalves ACS, Barroso SG, Rocha GS. Associação Entre a Obesidade Central e a Incidência de Doenças e Fatores de Risco Cardiovascular. International Journal of Cardiovascular Sciences, 2017 Mai; 30 (5) 416-424.
3. 	ANSS. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da Obesidade na Saúde Suplementar Brasileira. 2017. 
4. 	SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Prevenção Cardiovascular. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2013. 	Comment by Sandra: Correto é iniciar com a sigla
5. 	Brasil. Ministério da Saúde. A obesidade infantil é um problema sério e traz riscos para a saúde adulta. 2019. 	Comment by Sandra: Correto: Brasil
6. 	Botelho G, Lameiras J. Adolescente e obesidade: considerações sobre a importância da educação alimentar. Acta Portuguesa de Nutrição. 2018 Dez.
7. 	SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2019. 
8. Chacra APM. A Importância da Identificação de Fatores de Risco na Infância e na Adolescência. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 2019; 112 (2). 
9. 	 Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Diretrizes Brasileiras de Obesidade 2016. 2016. 
10. Enes, CC, Slater B. Obesidade na adolescência e seus principais fatores determinantes. Revista Brasileira de epidemiologia, 2010 13 (1) 163-171.
11. Trombetta IC. Exercicio físico e dieta hipocalórica para pacientes obesos: vantagens e desvantagens. Rev Bras. Hipertens. 2003;10. 
12. Miranda JMQ, Ornelas ME, Wichi BR. Obesidade infantil e fatores de risco cardiovasculares. Conscientiae Saúde. , 2011 Mar. 10 (1) 175-180.
 
13. Oliveira LH, Pablo A. obesidade: aspectos gerais dos fatores, tratamento e prevenção. Voos Revista Polidisciplinar Eletrônica da Faculdade Guairacá, 2012 Dez. 4 (2) 34-46.
14. Silva FAL, Bezerra JAX. Benefícios da atividade física no controle da obesidade infantil. Revista Campo do Saber. 2017 Mai; 3 (1) 201-218.
15. Campos MA. Musculação: Diabéticos, osteoporóticos, idosos, crianças, obesos. 2011.
16. Carvalho AE, Simão MTJ, Fonseca MCA, Ferreira MSG., et al. Obesity: epidemiological aspects and prevention. Revista Med 2013 23(1), 72-80.
17. Gaya AR, Brand C, Leme VB, Dias AF, Fochesatto CF, Pedretti A. Sobrepeso e obesidade precoce e o risco à saúde cardiometabólica e musculoesquelética em crianças. Ciência & Saúde, 2019. 
18. CORRÊA VP, PAIVA KM, BESEN E, SILVEIRA DS, GONZALES AI, MOREIRA E, FERREIRA AR, MIGUEL FYOM, HAAS P. O impacto da obesidade infantil no Brasil: revisão sistemática. RBONE - Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento 2020 Out. 177-183.	Comment by Sandra: Errado 
19. Chung ST, Onuzuruike AU, Magge AS. Cardiometabolic risk in obese children. Annals of the New York Academy of Sciences.2018 Jan. 1411 (2) 74-82. 
20. Welser, L. Hipertensão arterial e fatores de risco cardiometabólicos associados em crianças e adolescente - Curso de Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde, 2020.
21. Scherer PT, Santos AM, Bado F, Cardoso VC, Barreto JB. Sintomas da obesidade: exclusão e impactos no trabalho. Seminário Regional Políticas Públicas Intersetorialidade e Família da PUCRS 2014.
22. Azevedo FR, Brito BC. Influência das variáveis nutricionais e da obesidade sobre a saúde e o metabolismo. Revista da Associação Médica Brasileira. Nov/Dez 2012, 58(6) 714-723. 
23. Beck CC, Lopes ADS, Giuliano IDCB, Borgatto AF. Fatores de risco cardiovascular em adolescentes de município do sul do Brasil: prevalência e associações com variáveis sociodemográficas. Revista Brasileira de Epidemiologia 2011.
24. Weihrauch BS, Kromeyer HK, Graf C, Widhalm K, Korsten RU, Jodicke B. Current guidelines for obesity prevention in childhood and adolescence. Obesity facts, 2018 11(3),263-276. 
25. Onis MD,  Preventing childhood overweight and obesity. jornal de Pediatria, 2015 Mar. 
26. Gungor NK, Overweight and obesity in children and adolescents. Journal of clinical research in pediatric endocrinology. 2014, 6(3), 129.
27. Wirth A,WabitschM, Hauner H. The prevention and treatment of obesity. Deutsches Ärzteblatt International. 2014. 111 (2) 705-2014. 
28. LEITNER, Deborah R. et al. Obesity and Type 2 Diabetes: two diseases with a need for combined treatment strategies - easo can lead the way. Obesity Facts, [S.L.] 2017. 10 (5), 483-492. 	Comment by Sandra: Errado 
29. Valério G, Maffeis C, Saggese G, Ambruzzi MA, Balsamo A, Bellone S Diagnosis, treatment and prevention of pediatric obesity: consensus position statement of the Italian Society for Pediatric Endocrinology and Diabetology and the Italian Society of Pediatrics. 2018 Jul. 44 (1) 44-88. 
30. Ruban A, Stoenchev K, Ashrafian H, Teare J. Current treatments for obesity. Clinical Medicine. 2019 Mai. 19(3) 205-212.
31. 	Arruda, EA, et al. Impacto da obesidade precoce na qualidade de vida e índices espirométricos de crianças e adolescentes. Revista Eletrônica Acervo Saúde, [S.L.], 12 (11), 4836, 27 nov. 2020. 
32. Csige, Imre et al. The Impact of Obesity on the Cardiovascular System. Journal Of Diabetes Research, 2018 1-12, 4 nov. 2018. 
Anexos
Relatório do copyspider
Exógenos 
Ambientais
Socioculturais 
Endógenos 
Genéticos 
Hábitos alimentares 
OBESIDADE 
17

Continue navegando