Buscar

História do Brasil - FB Online - Material de apoio completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 164 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 164 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 164 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
PROFESSOR(A): DAWISON SAMPAIO
ASSUNTO: EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA E PERÍODO PRÉ-COLONIAL
FRENTE: HISTÓRIA
OSG.: 117255/17
AULA 1
EAD – MEDICINA
CIÊNCIAS HUMANAS 
E SUAS TECNOLOGIAS
Resumo Teórico
EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA
1. Introdução
• Contexto histórico: Transição do Feudalismo × Capitalismo
Feudalismo Capitalismo
Economia Agrária, 
Subsistência
Comercial – 
Urbana
Renascimento 
comercial e 
urbano.
Sociedade,
Trabalho
Estamental, 
trabalho servil
Com mobilidade 
social, trabalho 
assalariado
Burguesia, 
artesão, 
trabalhador livre.
Política Descentralização 
política
Estado 
centralizado
Estado Moderno 
Absolutismo.
Cultura Teocêntrica Antropocêntrica
Renascimento 
cultural.
2. O que foi: Período em que as nações europeias iniciaram um 
processo de exploração e conquistas em novos territórios, que 
ampliou o mundo até então conhecido.
3. Quando ocorreu? Principalmente entre os séculos XV e XVI.
4. Causas e motivações
• Busca de especiarias nas Índias. Tentativa de romper o monopólio 
comercial das cidades italianas;
• Busca de metais preciosos;
• Expansão da fé cristã (justificativa);
• Fortalecimento das monarquias nacionais e desenvolvimento da 
política mercantilista.
Observações:
a) A expansão comercial europeia, iniciada nos séculos XI e XII, foi 
bloqueada por uma crise econômica do final do século XVI. Parecia 
ter sido atingido o limite máximo de consumo das mercadorias 
orientais, principalmente especiarias. Além disto, havia a falta de 
metal nobre – ouro e prata – para a confecção das moedas.
b) A necessidade de se encontrar a liga metálica em outros lugares 
e também buscar novos caminhos marítimos que levassem as 
especiarias diretamente da fonte produtora, eliminando os vários 
intermediários existentes. Daí os Grandes descobrimentos dos 
séculos XV e XVI.
5. Razões do pioneirismo português.
A. Centralização Política: Formação do Estado Português (pequena 
cronologia).
• Invasão dos muçulmanos no século VIII (711).
• Formação dos reinos cristãos (Leão – Castela – Navarra – Aragão). 
Nas Astúrias, sob o comando de D. Afonso VI e apoio de 
D. Henrique de Borgonha (FRA) = Guerra da Reconquista.
• Nasce o Condato Portucalense (1094).
• Em 1139 o Condato torna-se um Estado Nacional independente 
sob o comando de D. Afonso Henriques. (Nasce a dinastia de 
Borgonha).
antes 914
914-1080
(Francos)(Francos)
LeãoLeão NavarraNavarra
PortugalPortugal AragãoAragão
CastelaCastela
CórdobaCórdoba
GranadaGranada
1080-1130
1130-1210
1210-1250
1250-1480
1480-1492
A Reconquista
Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pt-Reconquista2.jpg>
• A necessidade de manter a autonomia fortaleceu o poder 
central.
• A crise do século XIV (Peste, Fome e Guerras) de certa forma 
favoreceu Portugal, pois desviou a rota terrestre para o 
Mediterrâneo onde tornou-se um dos principais entrepostos 
comerciais.
• A sucessão do trono português com a morte de D. Fernando, 
O Formoso (1383). A sucessão com D. Beatriz (filha de 
D. Fernando), que era casada com D. João I, rei de Leão e Castela, 
gerou oposição da burguesia que temia a perda de autonomia.
• 1383-85 Revolução de Avis (apoio da burguesia a D. João I, 
Mestre de Avis).
Observação: A Expansão Marítima só foi possível graças a ação 
coordenadora de um Estado centralizado que foi capaz de reunir os 
capitais necessários para um empreendimento desse nível. Até aquela 
época, o capital privado ainda não tinha força suficiente para montar 
uma empresa ultramarina.
2F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
MÓDULO DE ESTUDO
OSG.: 117255/17
B. Burguesia ávida de lucros (a concentração em algumas áreas da
Península Ibérica de capitais interessados na expansão comercial
e que financiaram os empreendimentos marítimos);
C. Fascínio pelas Índias;
D. Paz interna e externa;
E. Tradição pesqueira e a Escola de Sagres;
F. Surgimento e aperfeiçoamento de novos aparelhos para a
navegação (bússola, astrolábio, caravela, desenvolvimento da
cartografia...);
G. Localização geográfica favorável;
H. O engajamento da nobreza e do clero, imprimindo um caráter
cruzadístico à expansão.
6. Rotas, Bulas e Tratados
• A circunavegação dos espanhóis = 1492, expulsão definitiva 
dos Mouros da Europa;
• O Périplo Africano = 1415, iniciado com a tomada da Ceuta e 
concluído com a chegada a Calicute, em 1498, por Vasco da 
Gama (aproximadamente 6.000%);
LISBOALISBOA
CanáriasCanárias
Cabo Verde
BezeguicheBezeguiche
MelindeMelinde
Porto SeguroPorto Seguro
QuíloaQuíloa
SofalaSofala
AngedivaAngediva
CananorCananor CALECUTECALECUTE
CochimCochim
I. de MoçambiqueI. de Moçambique
Viagem de Cabral ao Brasil e Calecute, 1500
Primeiras e
Segundas
Primeiras e
Segundas
C. da
Boa Esparança
C. da
Boa Esparança
Oceano
Atlântico
Norte
Oceano
Atlântico
Sul
Oceano
Índico
Disponível em: <http://upload.wikimedia/commons/c/ca/Cabral_voyage_1500_PT>
• A Bula inter Coetera (Papa Alexandre VI) em 1493;
• O Tratado de Tordesilhas em 1494.
Espanha
Portugal
Ilhas de
Cabo Verde
OCEANO
ATLÂNTICOOCEANO
PACÍFICO
Terras pertencentes à Portugal
Tratado de Tordesilhas.
PERÍODO PRÉ-COLONIAL (1500-1530)
1. O que foi? Corresponde aos primeiros 30 anos da história do Brasil.
2. Principal característica: relativo desinteresse de Portugal pelo Brasil
• O comércio das especiarias era bastante lucrativo;
• Inicialmente não encontraram ouro;
• Pequena disponibilidade de mão de obra.
3. Expedições exploradoras (reconhecimento)
A. Gaspar de Lemos – 1501
B. Gonçalo Coelho – 1503
4. Expedições Guarda-Costeiras (defesa)
A. Cristóvão Jaques – 1516 – 1526
5. Expedição colonizadora – 1530
A. Comando: Martin Afonso de Souza.
B. 1ª Vila: São Vicente.
C. 1º Engenho: Engenho do Governador.
Observação: Martim Afonso possuía amplos poderes. Designado 
Capitão-mor da esquadra e do território descoberto, deveria fundar 
núcleos de povoamento, exercer justiça civil e criminal, tomar posse 
das terras em nome do rei, nomear funcionários e distribuir sesmarias.
6. Exploração do Pau Brasil
A. Primeira atividade econômica.
B. Localização: Mata Atlântica (RN ao RJ).
C. Usado na fabricação de Corantes.
D. Exploração predatória e assistemática.
E. Gênero estancado aos cristãos novos.
F. Fundação de feitorias: entrepostos comerciais.
G. Mão-de-obra indígena – trabalho em forma de escambo.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/ 
Ficheiro:Brazil-16-map.jpg>
Detalhe do mapa Terra Brasilis, 1519, o pau-brasil representado ao longo da costa da 
Mata Atlântica
Observação: Carta de Pero Vaz de Caminha
• 1º documento do Brasil.
• Depois de tomar conhecimento por meio da famosa carta de
Caminha das terras do Brasil, o Rei D. Manuel resolveu enviar às
novas terras expedições para conhecer melhor o território recém-
-descoberto.
3 F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
OSG.: 117255/17
MÓDULO DE ESTUDO
Exercícios
1. (Enem/2014) Todo homem de bom juízo, depois que tiver 
realizado sua viagem, reconhecerá que é um milagre manifesto 
ter podido escapar de todos os perigos que se apresentam em 
sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros acidentes que 
diariamente podem aí ocorrer que seria coisa pavorosa àqueles 
que aí navegam querer pô-los todos diante dos olhos quando 
querem empreender suas viagens.
J. PT. “Histoire de plusieurs voyages aventureux”. 1600. 
In: DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. 
São Paulo Cia. das Letras. 2009 (adaptado).
 Esse relato, associado ao imaginário das viagens marítimas da 
época moderna, expressa um sentimento de 
a) gosto pela aventura. 
b) fascínio pelo fantástico. 
c) temor do desconhecido. 
d) interesse pela natureza. 
e) purgação dos pecados. 
2. (Unesp/2012) Leia o texto a seguir.
 Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada 
de Cabral, além das precárias guarnições das feitorias [...], apenas 
alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania do rei 
de Portugal nolitoral americano do Atlântico Sul.
Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: 
uma interpretação, 2008. 
 No processo de ocupação portuguesa do atual território do Brasil, 
as primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada 
de Cabral podem ser caracterizadas como um período em que 
a) Portugal não se dedicou regularmente à sua colonização, pois 
estava voltado prioritariamente para a busca de riquezas no 
Oriente. 
b) prevaleceram as atividades extrativistas, que tinham por 
principal foco a busca e a exploração de ouro nas regiões 
centrais da colônia. 
c) Portugal estabeleceu rotas regulares de comunicação, 
interessado na imediata exploração agrícola das férteis terras 
que a colônia oferecia. 
d) prevaleceram as disputas pela colônia com outros países 
europeus e sucessivos episódios de invasão holandesa e 
francesa no litoral brasileiro. 
e) Portugal implantou fortificações ao longo do litoral e 
empenhou-se em estender seus domínios em direção ao sul, 
chegando até a região do Prata. 
3. (Unesp/2016) Entre os motivos do pioneirismo português nas 
navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar 
a) a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os 
comerciantes genoveses e venezianos. 
b) a centralização monárquica e o desenvolvimento de 
conhecimentos cartográficos e astronômicos. 
c) a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e 
tecnológico britânico. 
d) o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio 
entre as nações. 
e) o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas 
de conservação dos alimentos. 
4. (Fuvest/2012) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística 
da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os 
interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o 
haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas 
e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. 
Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com 
as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência 
ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre 
os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da 
Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do 
Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava 
agora nas plagas africanas…
Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 
161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado.
 Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão 
portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento 
a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos 
anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas 
comerciais financiadas pela burguesia italiana. 
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à 
época, a concepção de que a expansão da cristandade servia 
à expansão econômica e vice-versa. 
c) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, 
dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a 
economia europeia mostrar-se-iam incompatíveis. 
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual 
objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento 
apenas ocasional. 
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, 
a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas 
afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã. 
5. (Unicamp simulado/2011) Segundo o historiador indiano K.M. 
Panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à Índia inaugurou 
aquilo que ele denominou como a época de Vasco da Gama da 
história asiática. Esse período pode ser definido como uma era de 
poder marítimo, de autoridade baseada no controle dos mares, 
poder detido apenas pelas nações europeias.
Adaptado de C.R. Boxer, O império marítimo português, 1415-1835. 
Lisboa: Ed. 70, 1972, p. 55.
 Os domínios estabelecidos pelos portugueses na Índia e na 
América 
a) se diferenciavam, pois na Índia a presença dos portugueses 
visava o comércio, e para este fim eles estabeleciam feitorias, 
enquanto na América o território se tornaria uma possessão de 
Portugal, por meio de um empreendimento colonial destinado 
a produzir mercadorias para exportação. 
b) se diferenciavam, pois a colonização dos portugueses na 
Índia buscava promover o comércio de especiarias e de 
escravos, enquanto na América estabeleceu-se uma colônia de 
exploração, que visava apenas a extração de riquezas naturais 
que serviriam às manufaturas europeias. 
c) tinham semelhanças e diferenças entre si, porque em ambas 
se estabeleceu um sistema colonial baseado na monocultura, 
no latifúndio e na escravidão, mas na América este sistema 
era voltado para a produção de açúcar, enquanto na Índia 
produziam-se especiarias. 
d) tinham semelhanças e diferenças entre si, porque ambas 
sofreram exploração econômica, mas na Índia uma civilização 
mais desenvolvida apresentou resistência à dominação, levando 
à sua destruição, ao contrário do Brasil, onde a colonização foi 
mais pacífica, por meio da civilização dos índios. 
4F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
MÓDULO DE ESTUDO
OSG.: 117255/17
6. (Enem/2007) A identidade negra não surge da tomada 
de consciência de uma diferença de pigmentação ou 
de uma diferença biológica entre populações negras e 
brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo 
processo histórico que começa com o descobrimento, no 
século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos 
navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o 
caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico 
negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente 
africano e de seus povos.
K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra 
no Brasil. In: Diversidade na educação: reflexões e experiências. 
Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37.
 Com relação ao assunto tratado no texto acima, é correto afirmar 
que
a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao 
descobrimento desse continente.
b) a existência de lucrativo comércio na África levou os 
portugueses a desenvolverem esse continente.
c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da 
escravidão no Brasil.
d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão 
europeia do início da Idade Moderna.
e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre 
esse continente e a Europa.
7. (UNIFOR/2009.2) Analise o texto.
 De fato, gestando-se no processo de expansão mercantil da época 
dos descobrimentos e articulando-se ao não menos importante 
processo de formação dos Estados, a faina colonizadora tendeu 
sempre a ampliar a área de dominação (competição entre os 
Estados) e a montar uma empresa de exploração predatória, 
itinerante, compelindo o trabalho para intensificar a acumulação 
de capital nos centros metropolitanos.
Fernando A. Novais. Condições da privacidade na colônia. In: História da vida 
privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 30
 Pode-se associar corretamente ao texto que
a) a colonização do Novo Mundo articulou-se de maneira 
direta aos processos correlatos de formação dos Estados 
e de expansão do comércio que marcaram a abertura da 
modernidade europeia.
b) a colonização do tipo plantation, que prevaleceu na América 
portuguesa, determinou a formação de uma população 
dispersa, que se deslocava intensamente no território.
c) o trabalho na colônia era executado pelos escravos africanos 
e ameríndios sob a supervisão de Portugal, que tinha como 
objetivo fazer a metrópole produzir em grande escala para as 
colônias.
d) as metrópoles europeias, no processo colonizador, dividiam 
as áreas de dominação por meio de tratados comerciais que 
fossem vantajosos para todos os Estados signatários.
e) a colonização moderna foi um fenômenoessencialmente 
demográfico, portanto, foi impulsionada por pressões 
demográficas como ocorreu na colonização grega da 
Antiguidade Clássica.
• Texto para a próxima questão: 
 “O Descobrimento da América, no quadro da expansão marítima 
europeia, deu lugar à unificação microbiana do mundo. No troca-
-troca de vírus, bactérias e bacilos com a Europa, África e Ásia, 
os nativos da América levaram a pior. Dentre as doenças que 
maior mortandade causaram nos ameríndios estão as ‘bexigas’, 
isto é, a varíola, a varicela e a rubéola (vindas da Europa), 
a febre amarela (da África) e os tipos mais letais de malária 
(da Europa mediterrânica e da África). Já a América estava infectada 
pela hepatite, certos tipos de tuberculose, encefalite e pólio. 
Mas o melhor ‘troco’ patogênico que os ameríndios deram nos 
europeus foi a sífilis venérea, verdadeira vingança que os vencidos 
da América injetaram no sangue dos conquistadores. Traços do 
trauma provocado por essas doenças parecem ter-se cristalizado na 
mitologia indígena. Quatro entidades maléficas se destacavam na 
religião tupi no final do Quinhentos: Taguaigba (‘Fantasma ruim’), 
Macacheira ou Mocácher (‘O que faz a gente se perder’), Anhanga 
(‘O que encesta a gente’) e Curupira (‘O coberto de pústulas’). 
É razoável supor que o curupira tenha surgido no imaginário tupi 
após o choque microbiano das primeiras décadas da descoberta.”
Luiz Felipe de Alencastro. “Índios perderam a guerra Bacteriológica”. 
Folha de S. Paulo, 12.10.1991, p. 7. Adaptado. 
8. (PUC-SP/2017) O texto expõe uma das características mais 
importantes da expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI, 
a) seu esforço saneador, que garantiu o acesso das populações 
americana, asiática e africana aos avanços técnicos europeus. 
b) sua dimensão eurocêntrica, que assegurou uma dominação 
pacífica da América e da África pelos conquistadores europeus. 
c) seu caráter globalizador, que permitiu articular os continentes, 
estabelecendo maior circulação de pessoas e mercadorias. 
d) sua concepção lógica, que orientou o planejamento minucioso 
da conquista, evitando que os europeus enfrentassem 
imprevistos. 
9. (UFU/2015) Se essa passagem de século tem hoje um sentido para 
nós, um sentido que talvez não tinha nos séculos anteriores, é 
porque vemos que aí é que surgem as primícias da globalização. 
E essa globalização é mais que um processo de expansão de 
origem ibérica. Em 1500, ainda estamos bem longe de uma 
economia mundial. No limiar do século XVI, a globalização 
corresponde ao fato de setores do mundo que se ignoravam ou 
não se frequentavam diretamente serem postos em contato uns 
com os outros. 
GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520 – as origens da globalização. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 96-98. Adaptado. 
 Na busca das raízes do conceito de globalização, os historiadores 
têm voltado suas atenções às grandes navegações, porque este 
momento histórico 
a) permitiu, com anuência da Igreja, a formação de um verdadeiro 
mercado global de mão de obra escrava, composta de 
indígenas. 
b) tornou a Igreja uma força política global, com hegemonia, por 
exemplo, sobre todo o continente americano. 
c) representou a unificação dos mercados coloniais principalmente 
a partir do fornecimento de gêneros de subsistência. 
d) foi decisivo na expansão da atividade comercial para além das 
fronteiras europeias e na ampliação dos mercados. 
5 F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
OSG.: 117255/17
MÓDULO DE ESTUDO
10. (UPE/2013) Segundo Alexandre de Freitas, “A globalização 
caracteriza-se, portanto, pela expansão dos fluxos de informações 
— que atingem todos os países, afetando empresas, indivíduos e 
movimentos sociais —, pela aceleração das transações econômicas 
— envolvendo mercadorias, capitais e aplicações financeiras que 
ultrapassam as fronteiras nacionais — e pela crescente difusão 
de valores políticos e morais em escala universal”.
BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado: política, sociedade e 
economia. São Paulo: Contexto, 2010, p. 12-13.
 Com base na definição acima e nos estudos sobre globalização, 
é correto afirmar que 
a) o autor não leva em consideração a internet e a tecnologia 
para a construção de computadores no processo de 
globalização. 
b) segundo a definição de Freitas, a globalização se restringe aos 
eventos em escala internacional. 
c) a globalização, por sua natureza planetária, é um duro golpe 
contra a expansão religiosa. 
d) há autores que consideram a Expansão Marítima do século XVI 
como primeiro ato na história do processo de globalização. 
e) por suas carências políticas, sociais e financeiras, os países 
pobres não participam do processo de globalização. 
11. (Enem/2009 – Prova cancelada) Distantes uma da outra quase 
100 anos, as duas telas seguintes, que integram o patrimônio 
cultural brasileiro, valorizam a cena da Primeira Missa no Brasil, 
relatada na carta de Pero Vaz de Caminha. Enquanto a primeira 
retrata fielmente a carta, a segunda – ao excluir a natureza e os 
índios – critica a narrativa do escrivão da frota de Cabral. Além 
disso, na segunda, não se vê a cruz fincada no altar.
Primeira Missa no Brasil. Victor Meirelles (1861). Disponível em: 
<http://www.moderna.com.br.> Acesso em: 3 nov. 2008.
Primeira Missa no Brasil. Cândido Portinari (1948).Disponível em: 
<http://www.casadeportinari.com.br>Acesso em: 3 nov. 2008.
 Ao comparar os quadros e levando-se em consideração a 
explicação dada, observa-se que
a) a influência da religião católica na catequização do povo nativo 
é objeto das duas telas.
b) a ausência dos índios na segunda tela significa que Portinari 
quis enaltecer o feito dos portugueses.
c) ambas, apesar de diferentes, retratam um mesmo momento 
e apresentam uma mesma visão do fato histórico.
d) a segunda tela, ao diminuir o destaque da cruz, nega a 
importância da religião no processo dos descobrimentos.
e) a tela de Victor Meirelles contribuiu para uma visão romantizada 
dos primeiros dias dos portugueses no Brasil.
12. (PUC-RS/2010) Entre 1500 e 1530, os interesses da coroa 
portuguesa, no Brasil, focavam o pau-brasil, madeira abundante 
na Mata Atlântica e existente em quase todo o litoral brasileiro, 
do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro. A extração era feita de 
maneira predatória e assistemática, com o objetivo de abastecer o 
mercado europeu, especialmente as manufaturas de tecido, pois a 
tinta avermelhada da seiva dessa madeira era utilizada para tingir 
tecidos. A aquisição dessa matéria-prima brasileira era feita por 
meio da 
a) exploração escravocrata dos europeus em relação aos índios 
brasileiros. 
b) criação de núcleos povoadores, com utilização de trabalho 
servil. 
c) utilização de escravos africanos, que trabalhavam nas feitorias. 
d) exploração da mão de obra livre dos imigrantes portugueses, 
franceses e holandeses. 
e) exploração do trabalho indígena, no estabelecimento de uma 
relação de troca, o conhecido escambo. 
13. (Fuvest/2003) Os portugueses chegaram ao território, depois 
denominado Brasil, em 1500, mas a administração da terra só 
foi organizada em 1549. Isso ocorreu porque, até então,
a) os índios ferozes trucidavam os portugueses que se 
aventurassem a desembarcar no litoral, impedindo assim a 
criação de núcleos de povoamento.
b) a Espanha, com base no Tratado de Tordesilhas, impedia a 
presença portuguesa nas Américas, policiando a costa com 
expedições bélicas.
c) as forças e atenções dos portugueses convergiam para o 
Oriente, onde vitórias militares garantiam relações comerciais 
lucrativas.
d) os franceses, aliados dos espanhóis, controlavam as tribos 
indígenas ao longo do litoral bem como as feitorias da costa 
sul-atlântica.
e) a população de Portugal era pouco numerosa, impossibilitando 
o recrutamento de funcionários administrativos.
14. (Unicamp/2011) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de 
Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenase os 
portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava 
com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles 
fitou o colar do capitão, e começou a fazer acenos com a mão 
em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse 
dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, 
brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para 
o colar do capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. 
Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! 
Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não 
queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!”
Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. 
São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.
6F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
MÓDULO DE ESTUDO
OSG.: 117255/17
 Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o 
contato entre as culturas indígena e europeia foi 
a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam 
em realizar transações comerciais: os indígenas se integrariam 
ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas 
ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os 
colonizadores. 
b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova 
terra, principalmente por meio da extração de riquezas, 
interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos 
indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população. 
c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram 
aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando 
um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos 
nativos, o que levaria à destruição da sua cultura. 
d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem 
matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado 
consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca 
por colônias e à integração cultural das populações nativas. 
15. (Enem/2013) De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã 
e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito 
grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra 
com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não 
pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de 
metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito 
bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me 
parece que será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História 
moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.
 A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto 
colonizador para a nova terra. Nesse trecho, o relato enfatiza o 
seguinte objetivo: 
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos. 
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade 
portuguesa. 
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial 
econômico existente. 
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a 
superioridade europeia. 
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar 
a ausência de trabalho. 
Anotações
SU
PE
RV
IS
O
R/
D
IR
ET
O
R:
 M
A
RC
EL
O
 –
 A
U
TO
R:
 D
A
W
IS
O
N
 S
A
M
PA
IO
D
IG
.: 
C
IN
TH
IA
 –
 R
EV
.: 
RI
TA
F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
RESOLUÇÃORESOLUÇÃO
OSG.: 117301/17
HISTÓRIA
AULA 1: EXPANSÃO 
MARÍTIMA E PERÍODO 
PRÉ-COLONIAL
EXERCÍCIOS
1. O texto indica um dos elementos que permeava o imaginário popular e o inconsciente coletivo na época das Grandes Navegações: o 
temor do desconhecido. A mentalidade medieval sob a influência dos valores religiosos propiciou a disseminação de tais elementos. 
O próprio Oceano Atlântico era conhecido como “Mar Tenebroso”. Naufrágios e mortes também contribuíram para a mentalidade 
descrita no fragmento. 
Resposta: C
2. Após a chegada dos portugueses ao Brasil observou-se, por parte dos lusos, relativo desinteresse que perdurou por cerca de 30 anos. 
Nesse período foram fundadas feitorias que serviam de entrepostos comerciais. Apesar da exploração de aves exóticas, couros e 
peles, predominava a exploração do pau-brasil que contava com a mão de obra dos nativos que trabalhavam na base do escambo. 
A justificativa para os portugueses terem relegado a nova possessão a uma condição subalterna se dá pelos lucros obtidos com a 
exploração do comércio oriental de especiarias que se apresentava muito mais lucrativo neste momento. 
Resposta: A
3. Questão clássica que propõe a identificação dos fatores responsáveis pelo pioneirismo português nas Grandes Navegações. O crescente 
interesse no ocidente pelas especiarias orientais somado às adversidades para aquisição desses gêneros em virtude do ataque dos 
piratas mouros e do monopólio das cidades italianas, levou os lusitanos a se lançaram ao oceano em busca de uma rota alternativa 
que os levassem até a fonte dos valiosos produtos orientais. Para esse fim, contribuiu decisivamente a prematura centralização do 
poder na mão do rei, processo iniciado com a dinastia de Borgonha no século XII e que teve seu ápice no século XIV com a chamada 
Revolução de Avis. Os investimentos dos soberanos de Avis se somavam ao contexto favorável de incremento dos conhecimentos 
técnicos que favoreceram a navegação oceânica, como era o caso dos instrumentos de orientação, como a bússola, astrolábio e ainda 
o aperfeiçoamento das cartas náuticas. 
Resposta: B
4. Ainda que os interesses econômicos, como a busca de metais preciosos e das especiarias devido à necessidade de um novo caminho para 
o oriente (monopólio das cidades italianas e dos riscos da navegação no Mediterrâneo), estejam entre as mais importantes motivações 
da expansão marítima, não devemos esquecer que, além da burguesia mercantil e do Estado moderno que procurava fortalecer-se, a 
Igreja também tinha interesses associados a esse empreendimento, pois ali estava uma oportunidade de expandir a fé cristã católica 
(motivação religiosa), conferindo um caráter cruzadístico servindo inclusive para legitimar o movimento em questão. 
Resposta: B
5. Dentro do contexto da formação dos impérios coloniais, resultado da Expansão Marítima, Portugal teve papel de destaque, figurando 
entre suas principais motivações a busca de especiarias e de metais preciosos bem como a aquisição de matérias-primas que contribuíssem 
para uma balança comercial favorável. Nesse sentido, a relação de Portugal com as Índias se estruturava em linhas gerais em torno da 
fundação de feitorias (entrepostos comerciais), que permitiam aos lusos adquirir as especiarias tão apreciadas na Europa. Já as terras 
recém-descobertas no novo mundo assumiam uma tarefa complementar à metrópole, oferecendo gêneros tropicais, além de servir 
de mercado consumidor para os produtos manufaturados, constituindo uma típica colônia de exploração assentada no latifúndio, 
monocultor, escravista e exportador. Devemos no entanto, considerar que, o sistema de feitorias também foi implantado, por exemplo, 
na exploração do Pau-Brasil nos primeiros anos da colonização.
Resposta: A
6. É importante observar a importância da África no processo de expansão marítima europeia dos séculos XV e XVI. A tomada de Ceuta, 
marco inicial das Grandes Navegações pelos portugueses em 1415, é indicativo de tal importância. O projeto português consistia no 
contorno do litoral africano (Périplo Africano) até chegar às Índias, o que se concretizou em 1498. Na passagem portuguesa no litoral 
africano, ainda que não se observe esforços para colonizar o continente, fato que os europeus, via de regra, só farão no contexto do 
neocolonialismo no século XIX, manifestavam-se as primeiras relações de exploração em que os portugueses retiravam alguns produtos 
que tivessem relevância econômica dentro da lógica mercantilista e principalmente o tráfico humano de escravos. Esses elementos 
posteriormente passaram a constituir a principal mão de obra para os gêneros do plantation do Brasil. Essa exploração,ao longo do 
tempo, contribuiu para o quadro de miséria na África e que só seria agravado nos séculos seguintes.
Resposta: D
7. Dentre os acontecimentos que assinalaram a passagem para os tempos modernos, destacam-se, pela profundidade de suas 
consequências, as Grandes Navegações. Nessa época, os europeus contornaram a África, estabeleceram novas rotas comerciais com o 
Oriente, circunavegaram o mundo e chegaram às Américas. Reconhecido por muitos historiadores como o primeiro passo no complexo 
processo de globalização do planeta, o expansionismo marítimo possibilitou aos europeus, especialmente Portugal e Espanha, pioneiros 
nesse processo, o domínio de várias regiões do mundo durante um longo período.
Resposta: A
2 F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
OSG.: 117301/17
RESOLUÇÃO – HISTÓRIA
8. O trecho destaca as consequências do contato entre os povos dos três continentes evidenciando que houve uma espécie de 
globalização resultante da Expansão Marítimo-Comercial.
Resposta: C
9. Tem sido comum a análise feita por alguns autores associando o processo histórico da Expansão Marítima como sendo a origem da 
globalização. Tal pensamento se justifica na medida em que os empreendimentos marítimos, sobretudo os ibéricos, contribuíram com 
suas descobertas (Novo Mundo), para uma irreversível expansão e integração comercial.
Resposta: D
10. Pela interpretação do fragmento oferecido na questão, podemos afirmar que o processo de globalização trata-se de um fenômeno 
amplo e com implicações econômicas, sociais, culturais entre outras e que tende a se acelerar pela “expansão dos fluxos de informação”. 
De fato, os avanços tecnológicos ao longo da história contribuíram para diminuir as distâncias entre países permitindo uma ampliação 
das relações comerciais e de alguma forma também a integração de culturas distintas, sendo estes considerados elementos constitutivos 
do que se convencionou chamar de globalização. Alguns autores interpretam a expansão marítima como uma manifestação da 
globalização pois permitiu uma ampliação do conceito de mundo conhecido além da expansão do comércio. Ainda que tal expansão 
econômica tenha ocorrido praticamente de maneira unilateral dentro de uma postura eurocêntrica e etnocêntrica submetendo a 
América a uma rígida dominação e exploração, desprezando e até suprimindo por vezes sua realidade cultural.
Resposta: D
11. A riqueza de detalhes da pintura de grandes dimensões, representando múltiplas expressões e situações, eternizaram a versão histórica 
oficial da descoberta do Brasil como um ato heroico e pacífico, celebrado em ecumenismo por colonizadores e indígenas. Essa visão 
romantizada da chegada dos portugueses projeta a ideologia da classe dominante, ou seja, da história oficial. Rendeu homenagens a 
Victor Meirelles, como a Ordem da Rosa, também originou as primeiras críticas, justamente pelo que seria “um excesso de imaginação”. 
O item E responde à questão, na qual o quadro de Victor Meirelles repassa excesso de imaginação dos primeiros dias da ocupação 
portuguesa no Brasil.
Resposta: E
12. O pau-brasil foi a primeira atividade econômica fonte de lucros dos portugueses no Brasil. Para obtenção da madeira, criaram um sistema 
de feitorias que, por meio do escambo, intermediava com os índios o corte e o transporte do pau-brasil para os navios. Entenda-se 
por escambo uma relação de troca que, nesse caso específico, os índios recebiam produtos de pequeno valor pelo seu trabalho.
Resposta: E
13. Nos trinta primeiros anos (1500 – 1530), denominados pela historiografia tradicional como período pré-colonial, Portugal não 
promoveu ações concretas no sentido de iniciar efetivamente a colonização do Brasil, tal fato só ocorreria a partir da década de 1530 
com a expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa e a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias. Dentre as razões 
desse relativo desinteresse pelo Brasil, destacamos o fato de o comércio oriental das especiarias ser mais lucrativo e por não terem 
inicialmente encontrado metais preciosos. Porém, deve-se ressaltar que Portugal não abandonou o território, destacando para a área 
recém-descoberta expedições que visavam o reconhecimento, exploração (expedições exploradoras em 1501 e 1503) e a defesa contra 
as investidas das demais nações europeias (expedições guarda-costeiras em 1516 e 1526).
Resposta: C
14. É possível perceber, desde os primeiros registros, a perspectiva econômica que os navegadores atribuíram sobre a terra 
recém-“descoberta”. De fato, essa visão é reflexo da mentalidade mercantilista que predominava naquele momento, em que a busca de 
metais preciosos e de especiarias era prioritário para a consagração do projeto expansionista no qual Portugal se insere. Desta maneira, 
a lógica do sistema colonial orientava-se para a busca de matérias-primas e gêneros de primeira necessidade para que fossem transformados 
em manufaturados (note que, nesse período, ainda não se pode falar em industrialização, que será capitaneada pela Inglaterra no 
séc. XVIII), sendo as colônias uma reserva de mercado para tais produtos.
 Percebe-se ainda que tal mentalidade contribuía para que os europeus não percebessem e não respeitassem os valores culturais e 
econômicos dos povos nativos, o que gerou muitos conflitos e mortes (genocídio), além da tentativa de imposição dos valores europeus 
(etnocídio). 
Resposta: B
15. A Carta de Pero Vaz de Caminha evidencia a visão dos europeus sobre as terras recém-descobertas revelando ainda uma das motivações 
do projeto expansionista levado a cabo pelos portugueses no qual a Igreja teve importante papel. Logo, diante da frustração inicial 
por não terem encontrado metais preciosos, a Carta destaca como maior valor a catequese dos nativos.
Resposta: A
SUPERVISOR/DIRETOR: MARCELO – AUTOR: DAWISON SAMPAIO
DIG.: CINTHIA – REV.: RITA
CIÊNCIAS HUMANAS 
E SUAS TECNOLOGIAS
F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
PROFESSOR(A): DAWISON SAMPAIO
ASSUNTO: ADMINISTRAÇÃO COLONIAL
FRENTE: HISTÓRIA I
OSG.: 117376/17
AULA 02
EAD – MEDICINA
Resumo Teórico
ADMINISTRAÇÃO COLONIAL
Introdução
A. Por que colonizar o Brasil?
– Crise do comércio das especiarias.
– Constantes navegações estrangeiras.
– Esperança de encontrar metais preciosos.
B. Colonizar não é uma tarefa fácil.
– Colonizar = povoar + administrar + defender + desenvolver + 
sistematizar.
– Custo elevado x situação econômica de Portugal.
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA MONTADA 
NO BRASIL COLONIAL
REI PODER CENTRAL – METRÓPOLE
PODER CENTRAL – COLÔNIA
PODER REGIONAL
PODER LOCAL
GOVERNO GERAL
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
CÂMARAS MUNICIPAIS 
Sistema de Capitanias Hereditárias - 1534
A. D. João III, O Colonizador, 1534.
B. Causas: 
• Experiência nas ilhas do Atlântico. 
• A coroa transferia para os particulares as despesas da 
colonização.
C. Documentos básicos.
• Carta de Doação: Documento que definia as condições de 
posse da capitania.
• Foral: era onde vinham detalhados os direitos e deveres dos 
donatários, além dos impostos e tributos a serem pagos.
9 Direitos – aplicar a justiça, escravizar índios e doar sesmarias.
9 Deveres – fundar povoados, cobrar impostos e defender o 
território.
D. Participação de particulares: os donatários eram membros da baixa 
nobreza.
E. Estrutura descentralizada: autonomia (doação das sesmarias)
F. No Brasil houve feudalismo?
9 No feudalismo: a economia é voltada para o consumo interno, 
subsistência. 
9 Nas capitanias visava o mercado externo.
9 No feudalismo: a mão de obra é basicamente servil. 
9 Nas capitanias a mão de obra é essencialmente escrava.
G. Razões do fracasso econômico do sistema.
9 Distância da metrópole.
9 Falta de recurso dos donatários.
9 Conflito com os índios.
9 Má administração.
9 Exceções: Pernambuco e São Vicente.
Governo Geral (1548/1549) 
A. Objetivo: Criado com a função de coordenar e reerguer as 
capitanias hereditárias.
B. Política centralizada – Regimento Geral ou Regimento de Tomé 
de Sousa.
C.O Governo Geral não acabou com o sistema de Capitanias 
hereditárias (1759, fim da última capitania).
D. Órgãos Auxiliares:
9 Ouvidor: Responsável pela justiça.
9 Provedor: Responsável pelas finanças ou fazenda.
9 Capitão: Pela defesa do litoral.
Observação: Lembre que o Governo Geral não acabou com 
o sistema de Capitanias (1759, fim da última capitania).
E. Primeiros Governadores
• Tomé de Souza (1549 – 1553): 
9 Desenvolvimento da agricultura e pecuária
9 Fundou a primeira cidade do Brasil (Salvador).
9 Criou o primeiro bispado.
9 Fundou o primeiro colégio (Cia. de Jesus).
9 Vinda dos padres jesuítas para o Brasil chefiados por Manuel 
da Nóbrega.
2F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
MÓDULO DE ESTUDO
OSG.: 117376/17
• Duarte da Costa (1553 – 1558): 
9 Fundação do Colégio São Paulo
9 Invasão dos franceses no Rio de Janeiro, fundando a França 
Antártica.
• Mem de Sá (1558 – 1572): 
9 Fundação da segunda cidade do Brasil: (Rio de Janeiro)
9 Expulsão dos franceses do RJ com a ajuda de seu sobrinho 
Estácio de Sá.
Câmaras Municipais 
A. Representação do poder local. 
B. Primeira Câmara – São Vicente em 1532
C. As funções das Câmaras Municipais:
9 Estabelecer impostos e taxas, 
9 Fixar o valor de moedas, salários e produtos, 
9 Criar leis e aprovar a criação de povoados.
D. Composição: aristocracia rural brasileira e lideranças religiosas – 
homens bons (homens brancos e ricos proprietários de terra). 
E. As Câmaras Municipais possuíam um espírito autonomista.
F. Para limitar o poder das Câmaras Municipais foi criado o Conselho 
Ultramarino que objetivava a maior fiscalização portuguesa.
Observação: Conflito à vista: As Câmaras Municipais possuíam 
um espírito autonomista, que questionava a política mercantilista 
portuguesa e a autoridade do Governo Geral.
Conselho Ultramarino (1642)
A. Após a restauração do trono português, D. João IV criou o 
Conselho Ultramarino em 1640, regulamentado em 1642. 
B. Foi um passo decisivo para a centralização administrativa colonial. 
C. Com o Conselho Ultramarino, os poderes dos donatários, que já 
haviam sido limitados com a criação do governo-geral, diminuíram 
sensivelmente. 
A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL APÓS A RESTAURAÇÃO
REI
Conselho
Ultramarino
Governo
Geral
Donatarias Câmaras
Municipais
A Divisão Da Colônia: 
9 1573 – 1578
– Grande extensão territorial.
– Perigo de invasões.
– Brasil do Norte (Salvador*).
– Brasil do Sul (Rio de Janeiro*). 
9 1621 – 1675
– Estado do Brasil (Salvador*).
– Estado do Maranhão (São Luís*).
A marca administrativa do Marquês de Pombal
9 Marquês de Pombal: representante do Despotismo Esclarecido 
em Portugal.
9 Tentativa de modernizar Portugal, diminuindo influência inglesa 
no país.
9 Estratégia: aumentar a exploração sobre o Brasil, combatendo 
a sonegação e o contrabando.
9 Aumento do controle administrativo.
9 Criação de companhias de comércio (reforço do monopólio).
9 Criação da Derrama.
9 Expulsão de Jesuítas de Portugal – destruição das missões no RS.
Exercícios
01. (FGV/2008) “...se V.A. não socorre a essas capitanias e costas do 
Brasil, ainda que nós percamos a vida e fazendas, V.A. perderá o 
Brasil.”
Carta, de 1548, enviada ao rei de Portugal, pelo capitão Luís de Góis, 
da capitania de São Vicente.
 O documento:
A) mostra que São Paulo e São Vicente foram as duas únicas 
capitanias que não conseguiram prosperar.
B) alerta a Coroa portuguesa a que mude com urgência a política, 
para não perder sua nova colônia.
C) revela a disputa entre donatários, para convencer o Rei a enviar 
auxílio para suas respectivas capitanias.
D) exagera o risco de invasão do território, quando não havia 
interesse estrangeiro de explorá-lo.
E) demonstra a incapacidade dos primeiros colonizadores de 
estabelecer atividade econômica no território.
02. (Puccamp/2017) Do Brasil descoberto esperavam os portugueses 
a fortuna fácil de uma nova Índia. Mas o pau-brasil, única riqueza 
brasileira de simples extração antes da “corrida do ouro” do início 
do século XVIII, nunca se pôde comparar aos preciosos produtos 
do Oriente. (...) O Brasil dos primeiros tempos foi o objeto dessa 
avidez colonial. A literatura que lhe corresponde é, por isso, de 
natureza parcialmente superlativa. Seu protótipo é a carta célebre 
de Pero Vaz de Caminha, o primeiro a enaltecer a maravilhosa 
fertilidade do solo.
MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides − Breve história da literatura 
brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 3-4)
3 F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
OSG.: 117376/17
MÓDULO DE ESTUDO
 A colonização portuguesa, no século XVI, se valeu de algumas 
estratégias para usufruir dos produtos economicamente rentáveis 
no território brasileiro, e de medidas para viabilizar a ocupação 
e administração do mesmo. São exemplos dessas estratégias e 
dessas medidas, respectivamente, 
A) a prática do escambo com os indígenas e a instituição de 
vice-reinos, comarcas, vilas e freguesias. 
B) a implementação do sistema de plantation no interior e a 
construção, por ordem da Coroa, de extensas fortalezas e 
fortes. 
C) a imposição de um vultoso pedágio aos navios corsários de 
distintas procedências e a instalação de capitanias hereditárias. 
D) a introdução da cultura da cana-de-açúcar com uso de trabalho 
compulsório e a instituição de um governo-geral. 
E) o comércio da produção das missões jesuíticas e a fundação 
da Companhia das Índias Ocidentais. 
03. (Unesp/2014) Em 1534, a Coroa portuguesa estabeleceu o regime 
de capitanias hereditárias no Brasil Colônia. Entre as funções dos 
donatários, podemos citar 
A) a nomeação de funcionários e a representação diplomática. 
B) a erradicação de epidemias e o estímulo ao crescimento 
demográfico.
C) a interação com os povos nativos e a repressão ao trabalho 
escravo.
D) a organização de entradas e bandeiras e o extermínio dos 
indígenas.
E) a fundação de vilas e cidades e a cobrança de impostos.
04. (UFTM/2012) Observe o mapa.
 O mapa faz alusão 
A) ao Tratado de Madri, que dividiu as terras americanas entre 
Portugal e Espanha, colocando fim a décadas de disputas. 
B) à estratégia imaginada pelos portugueses para enfrentar o 
avanço dos franceses sobre suas terras na América. 
C) ao Tratado de Tordesilhas e ao sistema de capitanias, doação 
hereditária feita pela coroa a colonos portugueses. 
D) à ação de Martim Afonso de Souza, encarregado de iniciar a 
colonização efetiva das terras brasileiras. 
E) ao sistema de sesmarias, utilizado pelos portugueses para 
garantir a posse da terra contra ameaças estrangeiras. 
05. (Unifesp/2004.1) Entre os donatários das capitanias hereditárias 
(1531-1534), não havia nenhum representante da grande nobreza. 
Esta ausência indica que:
A) a nobreza portuguesa, ao contrário da espanhola, não teve 
perspicácia com relação às riquezas da América.
B) a Coroa portuguesa concedia à burguesia, e não à nobreza, 
os principais favores e privilégios.
C) no sistema criado para dar início ao povoamento do Brasil, não 
havia nenhum resquício de feudalismo.
D) na América portuguesa, ao contrário do que ocorreu na África 
e na Ásia, a Coroa foi mais democrática.
E) as possibilidades de bons negócios aqui eram menores do que 
em Portugal e em outros domínios da Coroa.
06. (Uespi/2007) A dificuldade em ocupar do território o Brasil colônia 
fez Portugal criar o sistema de capitanias hereditárias para manter 
sua dominação. Com essa criação, Portugal:
A) teve êxito econômico imediato, crescendo a produção de açúcar 
e a criação de gado.
B) fortaleceu a centralização administrativa e a atuação das 
companhias de comércio inglesas.
C) favoreceu a montagem da exploração econômica, protegendo 
mais a colônia contra ataques de inimigos.
D) ajudou na expansão das expedições exploradoras, encarregadas 
de descobrir ouro e diamantes.
E) ocupou a colônia de maneira uniforme, sem grandes conflitos 
com os indígenas.
07. (Mackenzie/2001) A divisão do Brasil em capitaniashereditárias 
não seria apenas a primeira tentativa oficial de colonização 
portuguesa na América, mas também a primeira vez que europeus 
transportaram um modelo civilizatório para o Novo Mundo. A esse 
respeito é correto afirmar que:
A) o modelo implantado era totalmente desconhecido dos 
portugueses e cada donataria tinha reduzidas dimensões.
B) representava uma experiência feudal em terras americanas, 
sem nenhum componente econômico mercantilista.
C) atraiu sobretudo a alta nobreza pelas possibilidades de lucros 
rápidos.
D) a coroa com sérias dívidas transferia, para os particulares, as 
despesas da colonização, temendo perder a colônia para os 
estrangeiros que ameaçavam nosso litoral.
E) o sistema de capitanias fracassou e não deixou como consequências 
a questão fundiária e a estrutura social excludente.
08. (Enem/2012) A experiência que tenho de lidar com aldeias de diversas 
nações me tem feito ver, que nunca índio fez grande confiança de 
branco e, se isto sucede com os que estão já civilizados, como não 
sucederá o mesmo com esses que estão ainda brutos.
NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan. 1751. Apud CHAIM, M. M. 
Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo: 
Nobel, Brasília: INL, 1983. Adaptado.
 Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de Goiás foi 
governada por D. Marcos de Noronha, que atendeu às diretrizes 
da política indigenista pombalina que incentivava a criação de 
aldeamentos em função
A) das constantes rebeliões indígenas contra os brancos 
colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro nas regiões 
mineradoras.
B) da propagação de doenças originadas do contato com os 
colonizadores, que dizimaram boa parte da população indígena.
C) do empenho das ordens religiosas em proteger o indígena da 
exploração, o que garantiu a sua supremacia na administração 
colonial.
D) da política racista da Coroa Portuguesa, contrária à 
miscigenação, que organizava a sociedade em uma hierarquia 
dominada pelos brancos.
E) da necessidade de controle dos brancos sobre a população 
indígena, objetivando sua adaptação às exigências do trabalho 
regular.
4F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
MÓDULO DE ESTUDO
OSG.: 117376/17
09. (UFMG/2010) Leia este trecho do documento: Eu el-rei faço saber 
a vós [...] fidalgo de minha casa que vendo eu quanto serviço de 
Deus e meu é conservar e enobrecer as capitanias e povoações 
das terras do Brasil e dar ordem e maneira com que melhor e 
seguramente se possam ir povoando para exaltamento da nossa 
santa fé e proveito de meus reinos e senhorios e dos naturais 
deles ordenei ora de mandar nas ditas terras fazer uma fortaleza 
e povoação grande e forte em um lugar conveniente para daí 
se dar favor e ajuda às outras povoações e se ministrar justiça e 
prover nas coisas que cumprirem a meus serviços e aos negócios 
de minha fazenda e a bem das partes [...]
 É correto afirmar que, nesse trecho de documento, se faz referência 
A) à criação do Governo-Geral, com sede na Bahia. 
B) à implantação do Vice-Reinado no Rio de Janeiro. 
C) à implementação da Capitania-sede em São Vicente. 
D) ao estabelecimento de Capitanias Hereditárias, no Nordeste. 
10. (Unifesp/2008) Encerrado o período colonial no Brasil, entre 
as várias instituições que a metrópole implantou no país, uma 
sobreviveu à Independência. Trata-se das 
A) Províncias gerais. 
B) Milícias rurais. 
C) Guardas nacionais. 
D) Câmaras Municipais. 
E) Cortes de justiça. 
11. (Ufal/2009) Como o sistema de capitanias gerais não conseguiu 
sucesso na colonização do Brasil, devido a várias dificuldades, 
Portugal resolveu organizar o governo-geral, que:
A) centralizou a exploração econômica e reorganizou a 
administração das riquezas até 1822.
B) conseguiu superar certos obstáculos e evitar, sem maiores 
dificuldades, o isolamento das capitanias.
C) teve o cuidado de fortalecer a colônia contra as invasões 
estrangeiras e de melhorar as relações com os indígenas.
D) se chocou com os objetivos da Igreja Católica, preocupada com 
a libertação dos nativos e dos escravos.
E) manteve a dominação portuguesa de forma violenta, 
fracassando, no entanto, na superação das dificuldades já 
existentes.
12. (PUC-MG/2006) A expressão “Círculo de ferro da opressão 
colonial”, do historiador Caio Prado Jr., sintetiza admiravelmente 
a nova política adotada por Portugal com o fim da União Ibérica, 
em 1640. 
 Com relação a essa nova política administrativa, é correto afirmar:
A) O Conselho Ultramarino se tornou o órgão supremo da 
administração responsável por todos os negócios das colônias 
portuguesas.
B) As Câmaras Municipais se tornaram soberanas e independentes 
expressando o poder máximo dos grandes senhores rurais.
C) A Intendência do Ouro, órgão especial de arrecadação 
tributária, passou a se subordinar diretamente ao controle do 
governador da Capitania das Gerais.
D) Os Capitães donatários adquirem mais prestígio, principalmente, 
após a instalação do Vice-Reinado na América portuguesa.
13. (Fatec/2005) O papel das Câmaras Municipais, durante o Brasil 
Colônia, foi o de:
A) criar um sistema administrativo próprio, capaz de suprir a falta 
de experiência dos donatários.
B) ter completa autonomia jurídico-administrativa para levar 
adiante os negócios públicos.
C) contribuir para acabar com os frequentes atritos entre colonos 
e capitães donatários.
D) consolidar a colonização por meio de uma política administrativa 
local.
E) unificar o sistema de governo das capitanias, valendo-se de 
um juiz ordinário, nomeado pela Coroa, para supervisioná-las.
14. (ENCCEJA) Perde-se o Brasil, Senhor (...) porque alguns ministros 
de Sua Majestade não vêm cá buscar o nosso bem, vêm buscar 
nossos bens. (...) Esse tomar o alheio, ou seja, o do Rei ou o dos 
povos, é a origem da doença da colônia brasileira. 
Adaptado de Padre Antônio Vieira, século XVII, in FAORO, R. 
Os donos do poder. S. Paulo: Globo, 1991. 
 De acordo com o Padre Antônio Vieira, no século XVII, o maior 
problema da colônia brasileira era 
A) o abuso do poder do Rei de Portugal. 
B) a corrupção praticada por ministros portugueses. 
C) a doença causada pela ignorância do povo. 
D) o mau aproveitamento das riquezas pelo povo.
15. (Fuvest/2001) “Eu, el-rei D. João lII, faço saber a vós, Tomé de 
Sousa, fidalgo da minha casa que ordenei mandar fazer nas terras 
do Brasil uma fortaleza e povoação grande e forte na Baía de 
Todos-os-Santos. (...) Tenho por bem enviar-vos por governador 
das ditas terras do Brasil.”
“Regimento de Tomé de Sousa”, 1549
 As determinações do rei de Portugal estavam relacionadas
A) à necessidade de colonizar e povoar o Brasil para compensar 
a perda das demais colônias agrícolas portuguesas do Oriente 
e da África.
B) aos planos de defesa militar do Império português para garantir 
as rotas comerciais para a Índia, Indonésia, Timor, Japão e 
China.
C) a um projeto que abrangia conjuntamente a exploração 
agrícola, a colonização e a defesa do território.
D) aos projetos administrativos da nobreza palaciana visando à 
criação de fortes e feitorias para atrair missionários e militares 
ao Brasil.
E) ao plano de inserir o Brasil no processo de colonização escravista 
semelhante ao desenvolvido na África e no Oriente.
Anotações
SU
PE
RV
IS
O
R/
D
IR
ET
O
R:
 M
ar
ce
lo
 P
en
a 
– 
A
U
TO
R:
 D
aw
is
on
 S
am
pa
io
D
IG
.: 
Re
na
n 
O
liv
ei
ra
 –
 R
EV
.: 
Ri
ta
 d
e 
C
ás
si
a
F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
RESOLUÇÃORESOLUÇÃO
OSG.: 117377/17
HISTÓRIA I
ADMINISTRAÇÃO 
COLONIAL
AULA02
EXERCÍCIOS
01. O texto datado de 1548 é um pedido de auxílio e nos remete às dificuldades encontradas pelos donatários para efetivar a posse 
da terra como emissários que eram da Coroa, pois eram cada vez mais frequentes a presença de estrangeiros que ignoravam as 
determinações do Tratado de Tordesilhas e, desta forma, o risco de perder a terra era iminente, sugerindo uma maior presença 
militar em terras brasileiras.Essas condições, somadas ao fracasso econômico da maior parte das capitanias, levaria o Rei a criar o 
Governo-Geral neste mesmo período. 
 Resposta: B
02. Em paralelo montagem à do equipamento administrativo no Brasil (Capitanias e posteriormente Governo-Geral), Portugal buscou 
viabilizar a colonização do território mediante a exploração de gêneros que se enquadrassem na lógica comercial mercantilista. 
Diante da frustração inicial por não terem encontrado metais preciosos, os portugueses se voltaram para a produção da cana-de-açúcar 
estruturada nos moldes do plantation (latifúndio, monocultor, escravista e exportador) 
 Resposta: D
03. A escolha do sistema de capitanias hereditárias atendia bem aos interesses portugueses, primeiro porque os lusitanos já tinham uma 
certa experiência no uso desse sistema (ilhas do Atlântico), segundo porque, na prática, a responsabilidade (entenda-se custos também) 
de colonizar passava a ser do donatário. Em troca, os donatários desfrutavam de um alto grau de autonomia na administração dos 
territórios a eles confiados. Essa articulação entre os deveres e direitos dos donatários era definida nos Forais que estabeleciam, entre 
outras coisas, ao capitão donatário o direito de fundar vilas e cidades, cobrar impostos e doar sesmarias. 
 Resposta: E
04. O pioneirismo ibérico exigiu a delimitação de fronteiras das áreas descobertas a fim de evitar confronto entre as potências coloniais. 
Nesse contexto, surgia o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494. Sua linha imaginária distaria 370 léguas da ilha de Cabo Verde, 
sendo a leste possessões portuguesas e a oeste possessões espanholas. Com a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500 e passados 
os trinta anos iniciais de relativo desinteresse pelas novas terras, veio a expedição de Martim Afonso de Sousa, denominada de 
colonizadora, em 1530, mas foi somente em 1534 que efetivamente foi implantado, a partir da experiência portuguesa, o sistema de 
capitanias hereditárias que se vê demarcado no mapa oferecido na questão. 
 Resposta: C
05. Com a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias, em 1534, portugueses oriundos da pequena nobreza, funcionários do 
Estado e comerciantes, possuindo em comum vínculos com a Coroa, tornaram-se donatários. A ausência inicial de elementos da 
grande nobreza se justifica pela falta de atrativos econômicos no Brasil que superassem as perspectivas de lucros do comércio oriental. 
Embora não possamos dizer que a implantação do sistema de capitanias representou uma transplantação do modelo feudal para o 
Brasil, já que o tipo de mão de obra e a função econômica das capitanias se diferenciava do feudo, não podemos deixar de observar 
algumas semelhanças, especialmente no caráter essencialmente agrícola e no alto grau de autonomia que possuíam os donatários.
 Resposta: E
06. Mesmo enfrentando grandes dificuldades, devemos destacar a importante contribuição do sistema de capitanias hereditárias na 
efetivação do projeto colonizador português no Brasil. Vale lembrar que o sistema que concedia alto grau de autonomia também 
impunha algumas obrigações aos donatários, dentre as quais a de garantir a segurança e de viabilizar a exploração econômica. 
Ainda que o sistema não viabilizasse uma ocupação homogênea do vasto território, tendo a mesma se dado mais na faixa litorânea e 
mediante o fracasso econômico da maior parte das unidades, os portugueses conseguiram, com base nesse modelo administrativo, 
alguns importantes objetivos estratégicos em seu projeto colonizador, especialmente no que se à refere defesa do território. 
 Resposta: C
07. A adoção do sistema de Capitanias Hereditárias em, 1534, no Brasil se explica pela realidade histórica vivida por Portugal que, desgastada 
pelo declínio do comércio oriental, buscava uma alternativa econômica para aliviar seu quadro de crise. A decisão pela efetiva colonização 
do Brasil se deu também pela constante presença estrangeira que ameaçava as possessões lusitanas no Novo Mundo. O sistema já 
experimentado trazia como vantagem a transferência de boa parte dos custos para particulares escolhidos pelo rei para administrar 
os lotes por ele divididos. Ainda que se encontre certa semelhança entre o sistema de capitanias hereditárias e o modelo feudal, 
especialmente no que se refere à estrutura descentralizada e à economia de caráter essencialmente agrário, entre os dois encontramos 
substanciais diferenças. Diferente do feudo que, a rigor, cumpria uma função de subsistência sustentado no trabalho servil, a economia 
colonial, na qual se inserem as capitanias, era voltada para a produção destinada à exportação e sustentada pelo trabalho escravo. 
O fato de muitos dos donatários, membros em geral da baixa nobreza, terem poucos recursos, somado à inexperiência administrativa e 
à falta de uma maior fiscalização, levaram ao fracasso da maior parte das capitanias. Finalmente, devemos lembrar como a distribuição 
das capitanias e a doção de sesmarias pelos donatários contribuíram para a construção de uma estrutura fundiária concentradora e 
excludente. 
 Resposta: D
2 F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
OSG.: 117377/17
RESOLUÇÃO – HISTÓRIA I
08. A Era Pombalina caracterizou-se por forte política nacionalista portuguesa, que precisava confirmar o poder do Estado Absolutista. 
O Governo Lusitano de D. José I criou decisões que enfrentavam a influência dos Jesuítas e que buscavam aumentar a procura por 
riquezas, no intuito de financiar o reerguimento de Portugal. A consolidação do poder estatal nacionalista, o crescimento do colonialismo 
e a aceleração de uma economia diversificada em solo português inserem a Era Pombalina no “Despotismo Esclarecido”. 
 Resposta: E
09. O fragmento oferecido na questão faz parte de um importante documento da vida administrativa do Brasil colonial. Trata-se do 
Regimento Geral em que o Rei atribui a Tomé de Sousa a responsabilidade de fundar o Governo-Geral no Brasil, com sede em Salvador. 
Sua implantação faz parte de um contexto marcado pelo fracasso econômico da maior parte das capitanias hereditárias e pelo risco 
iminente de “invasores” se fixarem no Brasil, notadamente franceses.
 Resposta: A
10. De fato, ainda hoje, podemos comprovar a atuação das Câmaras Municipais como órgão administrativo ligado ao poder local. 
Atualmente é formada por vereadores com número variando proporcionalmente à população da cidade. Convém lembrar que essa 
instituição criada nos primórdios da colonização, mais precisamente em 1532 quando da criação da vila de São Vicente, continuou 
existindo mesmo depois da Independência em 1822.
 Resposta: D
11. O Governo-Geral foi o dispositivo administrativo criado em 1548 pelos portugueses na tentativa de recuperar a economia colonial, 
ante ao fracasso das capitanias hereditárias, mas que também tinha a função de promover a estabilidade interna buscando relações 
mais amistosas com os índios (tendo os jesuítas importante papel neste sentido), além de garantir a segurança do território, ante as 
ameaças constantes de invasões de europeus não portugueses. O Governo-Geral que perdurou até 1808, quando da chegada da 
Corte ao Brasil, a despeito da centralização política que aplicou, encontrou enormes dificuldades para concretizar, pelo menos em 
parte, seus objetivos.
 Resposta: C
12. Com a criação do Governo-Geral em 1548, a Coroa portuguesa pretendia imprimir um maior controle da colônia brasileira submetendo 
os donatários ao poder do Governador-Geral. Porém, em 1580, ante aos problemas de sucessão do trono, Portugal foi submetido á 
tutela espanhola, o que ficou conhecido como União Ibérica, tendo durado até 1640, período em que o controle sobre a colônia ficou 
relativamente prejudicado. Após a Guerra de Restauração em 1640, Portugal materializou seu desejo de estabelecer o pleno controle 
sobre as atividades coloniais com a criação do Conselho Ultramarino. Além de regulamentar os monopólios, o Conselho diminuiu 
sensivelmente o poder das CâmarasMunicipais, que possuíam um espírito autonomista, com a criação do cargo de Juiz de Fora.
 Resposta: A
13. Transplantadas para as áreas coloniais, as Câmaras Municipais eram representações da administração voltadas para o provimento das 
necessidades locais (municipais), sendo a primeira em São Vicente em 1532, assumindo as mais variadas funções neste nível, que 
iam desde cuidar da limpeza e conservação pública até a questão dos impostos e da nomeação de funcionários. A participação neste 
órgão era restrita a um grupo seleto a que a historiografia convencionou chamar de homens bons (grandes proprietários de terras e 
membros do Clero).
 Resposta: D
14. É inegável que os portugueses enfrentaram enormes dificuldades econômicas, administrativas e até mesmo militares para efetivar 
a colonização do Brasil. Não alheio a tudo isso, o texto traz uma situação que historicamente tem sido um dos maiores entraves ao 
desenvolvimento do Brasil. Trata-se da corrupção, em que o cargo público é usado não em benefício da sociedade mas em proveito 
próprio.
 Resposta: B
15. A criação do Governo-Geral, em 1548, decorre do insucesso econômico da maior parte das capitanias devido a inúmeros fatores, 
dentre os quais a falta de recursos dos donatários e a má administração das áreas concedidas pela Coroa. Note que a criação do 
Governo-Geral não extinguiu as capitanias, apenas eliminou boa parte da autonomia de que desfrutavam os donatários. Como prova 
disso, estava entre as funções do Governador-Geral, a de dar favor e auxílio às capitanias. Dessa forma, por indicação estratégica, que 
se observa nas determinações reais, foi montada a sede da nova administração na Bahia.
 Resposta: C
SUPERVISOR/DIRETOR: Marcelo Pena – AUTOR: Dawison Sampaio
DIG.: Renan Oliveira – REV.: Rita de Cássia
 
 
 
 
 
 
FRENTE: HISTÓRIA I 
 
 
 
PROFESSOR: DAWISON SAMPAIO 
 
 
 
 
 
 
ASSUNTO: ECONOMIA E SOCIEDADE AÇUCAREIRA 
 
 
 
OSG.: 117385/17 
 
 
CIÊNCIAS HUMANAS 
 E SUAS TECNOLOGIAS 
EAD – MEDICINA 
AULA 03 
 
AGROMANUFATURA AÇUCAREIRA 
1. Introdução 
 
2. Montagem da empresa açucareira 
9 
9 
9 
SOCIEDADE COLONIAL 
1. Introdução 
2. Sociedade açucareira 
9 
9 
9 
9 
9 
 
 
 
 
 
 
 2 OSG.: 117385/17 
MÓDULO DE ESTUDO 
3. Comunidade indígena – coletivismo 
9 
9 
9 
4. Branco europeu. 
9 
9 
9 
5. O Negro e a questão da mão de obra 
 
 
 
 
 
 
 3 OSG.: 117385/17 
MÓDULO DE ESTUDO 
 
 
 
 
 
 
 4 OSG.: 117385/17 
MÓDULO DE ESTUDO 
 
 
 
 
 
 
 
 5 OSG.: 117385/17 
MÓDULO DE ESTUDO 
SG.: 117386/17 
DISCIPLINA 
ECONOMIA E SOCIEDADE 
AÇUCAREIRA 
AULA 03 
EXERCÍCIOS 
RESOLUÇÃO 
 RESOLUÇÃO – DISCIPLINA
 
 
 
 2 OSG.: 117386/17 
 RESOLUÇÃO – DISCIPLINA
 
 
 
 3 OSG.: 117386/17 
CIÊNCIAS HUMANAS 
E SUAS TECNOLOGIAS
F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
PROFESSOR(A): DAWISON SAMPAIO
ASSUNTO: MINERAÇÃO E PRODUTOS COMPLEMENTARES
FRENTE: HISTÓRIA I
OSG.: 117401/17
AULA 04
EAD – MEDICINA
Resumo Teórico
Mineração
Fu
nd
aç
ão
 B
ib
lio
te
ca
 N
ac
io
na
l R
io
 d
e 
Ja
ne
iro
Lavagem de diamantes em Serro Frio, MG, 
por Carlos Julião, c. 1770.
1) Período: Século XVIII na região de MG, MT e GO.
2) Ação dos Bandeirantes.
• A construção mítica dos bandeirantes: heróis desbravadores × 
vilões assassinos.
3) Para onde foi o ouro brasileiro? 
• Tratado de Methuem (1703): “O ouro brasileiro deixou buracos 
no Brasil, templos em Portugal e fábricas na Inglaterra.“ (Eduardo 
Galeano).
4) Tipos básicos de exploração
• Faiscação: percorriam o leito dos rios, possibilidade de 
mão de obra livre, exploração rudimentar.
• Lavra: grande propriedade, predomínio de mão de obra escrava, 
uso de recursos tecnológicos.
5) Fiscalização: 
• Intendência de Minas – 1702 (distribuição das datas)
• Casas de Fundição – 1719/1720 – fundição do ouro
6) Cobrança de impostos
• Quinto: 20% da produção
• Captação: 17g de ouro por escravo (1715 -51) 
• Derrama: o Quinto foi fixado em 100 arrobas, posteriormente 
passou a ser cobrada a Derrama aos que não atingissem a 
meta.
 Observação: Lembre que com o aumento da tributação a 
insatisfação aumenta. Ex. Revolta de Vila Rica e Inconfidência 
Mineira.
7) O Distrito Diamantino
• Maior controle de PORTUGAL. (M. de Pombal)
• Até 1740 cobrava-se normalmente o Quinto. (Livre extração).
• A partir de 1740: Monopólio Real
– Concessão de contrato.
– O Contratador pagava antecipado o Quinto.
• A partir de 1771: Real extração – monopólio de Portugal.
8) Principais consequências da Mineração para o Brasil Colonial 
a) Aumento populacional.
b) Aparecimento concreto de um segmento médio na sociedade.
c) Maior mobilidade social.
d) Ativação do mercado interno.
e) O referencial de status na sociedade passou a ser também a 
posse de dinheiro.
f) Aparecimento concreto de núcleos urbanos.
g) Mudança do pólo econômico do Nordeste para o Centro-Sul.
h) Mudança da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro.
i) Melhoria nas estradas e nas comunicações.
j) Incentivo às artes (barroco).
k) Maior exploração da mão de obra escrava.
Produtos Complementares
1) Pecuária 
Re
pr
od
uç
ão
/M
us
eu
 C
as
tr
o 
M
ai
a
Cena da Província do Rio Grande do artista 
Jean Baptista Debret.
A. Economia complementar da cana-de-açúcar e mineração. 
B. Atividade essencialmente voltada para o mercado interno. 
C. Responsável pela ocupação do sertão nordestino: Penetração 
do gado para o interior: Formação do CE, PB, PI, SE e AL.
D. Fatores favoráveis no Nordeste e principalmente no Ceará.
• Investimento inicial era baixo (comparado a outras atividades)
• Necessitava de pequena disponibilidade de mão de obra.
• Disponibilidade de terra. (Doação de sesmaria)
• O Ceará foi favorecido pela adaptação do gado à caatinga, 
salinização do solo e a abundância de pastagens.
2F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
MÓDULO DE ESTUDO
OSG.: 117401/17
E. Uso de mão de obra livre: 
• Por que não o trabalho escravo?
• Facilidade das fugas, 
• Economia que exigia mais atenção e zelo. 
• Custo da mão de obra escrava.
• O símbolo de resistência nordestina – o Vaqueiro. 
• Sistema de quartiamento – recebia o pagamento em espécie 
(1/4) dos animais nascidos vivos.
• A “civilização do couro”: além de fornecer carne e leite, o 
couro do gado passou a ser usado na fabricação de quase 
tudo que era necessário para vingar a vida no isolamento do 
sertão.
• Sociedade rústica, conservadora, machista e católica.
2) Outros Produtos 
A. Algodão: contexto da Revolução Industrial – Maranhão e Ceará; 
plantation.
B. Drogas do sertão: ocupação do Norte: Drogas do sertão, 
comando dos jesuítas e uso de mão de obra indígena.
C. Tabaco: Produto complementar da cana, Bahia, plantation, era 
um importante moeda de troca por escravos.
Exercícios
01. (Unesp/2017) Em meados do século o negócio dos metais não 
ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso 
dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais 
dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, 
taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, 
clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem 
falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época, 
ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda 
essa gente provocava a formação de grandes currais; a própria 
lavoura ganhava alento novo.
Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. 
História geral da civilização brasileira, vol. 2, 1960. Adaptado.
De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de 
metais preciosos em Minas Gerais no século XVIII 
A) impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de 
extração e favoreceu a independência colonial. 
B) bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou 
a alta dos preços dos instrumentos de mineração. 
C) provocou um processo de urbanização e articulou a economia 
colonial em torno da mineração. 
D) extinguiu a economiacolonial agroexportadora e incorporou 
a população litorânea economicamente ativa. 
E) restringiu a divisão da sociedade em senhores e Escravos e 
limitou a diversidade cultural da colônia. 
02. (Fuvest/2013) A economia das possessões coloniais portuguesas 
na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas 
para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e 
garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. Além 
do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, 
extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, 
como elementos de exportação presentes nessa economia: 
A) tabaco, algodão e derivados da pecuária. 
B) ferro, sal e tecidos. 
C) escravos indígenas, arroz e diamantes. 
D) animais exóticos, cacau e embarcações. 
E) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria. 
03. (FGV/2014) O trabalho escravo nas minas tinha singularidade, era 
uma realidade bem distinta das áreas agrícolas. O complexo meio 
social lhe permitia maior iniciativa e mobilidade.
Neusa Fernandes, A Inquisição em Minas Gerais no século XVIII. p. 66.
Acerca da singularidade citada, é correto afirmar: 
A) O Regimento das Minas, publicado em 1702, determinava que 
depois de sete anos de cativeiro, os escravos da mineração 
seriam automaticamente alforriados. 
B) A presença de escravos nas regiões mineiras foi pequena, pois 
a especialização da exploração do ouro exigia um número 
reduzido de trabalhadores. 
C) A dinâmica da economia mineira, no decorrer do século XVIII, 
comportou o aumento do número das alforrias pagas, gratuitas 
ou condicionais. 
D) A exploração aurífera nas Minas Gerais organizava-se por meio 
de grandes empresas, o que impediu a formação de quilombos 
na região. 
E) A preponderância do trabalho livre na mineração do século 
XVIII permitiu melhores condições de vida para os escravos 
indígenas e africanos. 
04. (Puccamp/2016) Também no Brasil o século XVIII é momento 
da maior importância, fase de transição e preparação para a 
Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, 
o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política 
e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo 
para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins 
do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo- se 
apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão 
máxima.
COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. 
Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138. 
É correto afirmar que, no século a que o texto de Afrânio Coutinho 
se refere, a mineração, ao atuar como polo de atração econômica, 
A) foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade 
de produtos sofisticados que incentivou a criação de uma 
estrutura para o desenvolvimento da indústria nacional. 
B) reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema 
colonial ao garantir aos comerciantes portugueses o comércio 
de importação e exportação e impedir a concorrência nacional. 
C) promoveu a descentralização administrativa colonial para 
facilitar o controle da produção pela metrópole e fez surgir o 
movimento de interiorização conhecido como bandeirismo de 
contrato. 
D) iniciou o processo de integração das várias regiões até então 
dispersas e desarticuladas e fez surgir um fenômeno antes 
desconhecido na colônia: a formação de um mercado interno. 
E) alterou qualitativamente o sistema social pois, ao estimular a 
entrada de imigrantes, promoveu a transformação dos antigos 
senhores de terras e minas em capitães de indústria brasileira. 
05. (UFSM/2015) 
3 F B O N L I N E . C O M . B R
//////////////////
OSG.: 117401/17
MÓDULO DE ESTUDO
A igreja de São Francisco (foto), construída em Ouro Preto no 
século XVIII, é um marco do barroco e da arquitetura brasileira. 
O contexto histórico que explica a realização dessa obra é criado 
pelo(a)
A) crise do sistema colonial e eclosão das revoltas regenciais. 
B) deslocamento do centro administrativo da Colônia para a 
cidade de Ouro Preto. 
C) exploração econômica das minas de ouro e consolidação da 
agricultura canavieira. 
D) ciclo da mineração e decorrente diversificação do sistema 
produtivo. 
E) distanciamento em relação a autoridade colonial e consequente 
maior liberdade de expressão. 
06. (Fuvest/2010) “E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das 
minas passa em pó e em moeda para os reinos estranhos e a menor 
quantidade é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil...”
João Antonil. 
Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711.
Essa frase indica que as riquezas minerais da colônia 
A) produziram ruptura nas relações entre Brasil e Portugal. 
B) foram utilizadas, em grande parte, para o cumprimento do 
Tratado de Methuen entre Portugal e Inglaterra. 
C) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses mercantilistas da 
França, da Inglaterra e da Alemanha. 
D) foram desviadas, majoritariamente, para a Europa por meio do 
contrabando na região do rio da Prata. 
E) possibilitaram os acordos com a Holanda que asseguraram a 
importação de escravos africanos. 
07. (Unicamp/2011) A arte colonial mineira seguia as proposições do 
Concílio de Trento (1545-1553), dando visibilidade ao catolicismo 
reformado. O artífice deveria representar passagens sacras. Não 
era, portanto, plenamente livre na definição dos traços e temas 
das obras. Sua função era criar, segundo os padrões da Igreja, as 
peças encomendadas pelas confrarias, grandes mecenas das artes 
em Minas Gerais.
Adaptado de Camila F. G. Santiago, “Traços europeus, cores mineiras: três pinturas 
coloniais inspiradas em uma gravura de Joaquim Carneiro da Silva”, em Junia 
Furtado (org.), Sons, formas, cores e movimentos na modernidade atlântica. Europa, 
Américas e África. São Paulo: Annablume, 2008, p. 385.
Considerando as informações do enunciado, a arte colonial 
mineira pode ser definida como 
A) renascentista, pois criava na colônia uma arte sacra própria do 
catolicismo reformado, resgatando os ideais clássicos, segundo 
os padrões do Concílio de Trento. 
B) barroca, já que seguia os preceitos da Contrarreforma. Era 
financiada e encomendada pelas confrarias e criada pelos 
artífices locais. 
C) escolástica, porque seguia as proposições do Concílio de Trento. 
Os artífices locais, financiados pela Igreja, apenas reproduziam 
as obras de arte sacra europeias. 
D) popular, por ser criada por artífices locais, que incluíam 
escravos, libertos, mulatos e brancos pobres que se colocavam 
sob a proteção das confrarias.
08. (UFG/2012) No século XVIII, um dos instrumentos utilizados para 
a extração de ouro em Goiás foi a bateia: um prato na forma de 
cone, com o qual os mineradores executavam um movimento 
circular, separando o solo proveniente do leito dos rios e o ouro. 
A utilização desse instrumento na atividade mineradora 
A) demonstrava o interesse pelo desenvolvimento técnico da 
mineração, com inserção de mecanismos de retardamento do 
processo de decantação. 
B) demandava mão de obra especializada, capaz de estabelecer 
critérios de contraste entre translucidez aurífera e opacidade 
da bateia. 
C) isentava a obrigatoriedade régia da fundição do ouro, ao 
facilitar a extração do minério, quando exposto ao sol, por 
meio da refração. 
D) dispensava a utilização de outros instrumentos de trabalho, 
tendo em vista a eficiência do processo de decantação aplicado 
ao sistema de extração. 
E) tornava o trabalho nas minas desgastante, pois havia a 
exigência constante em produzir um processo de centrifugação 
na bateia. 
09. (PUC-RS/2009.2) No século XVI, a economia do Brasil colonial era 
voltada à monocultura de exportação da cana-de-açúcar. Outras 
atividades econômicas complementares contribuíram também 
para a manutenção deste modelo, tais como
A) pecuária, fumo, mandioca e algodão.
B) drogas do sertão, hortaliças e gado.
C) avicultura, café e algodão.
D) café, indústria de pequeno porte e fumo.
E) mandioca, suinocultura e artesanato.

Continue navegando