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Relações de Consumo e sustentabilidade Centro Universitário Leonardo da vinCi - UniasseLvi Estudos Transversais RELAÇÕES DE CONSUMO E SUSTENTABILIDADE Autor: Prof. Dr. Kleber Renan de Souza Santos 1ª Edição UNIASSELVI Indaial - 2019 SA237r Santos, Kleber Renan de Souza Relações de consumo e sustentabilidade. / Kleber Renan de Souza Santos. – Indaial: UNIASSELVI, 2019. 66 p.; il. ISBN 978-85-515-0374-4 1. Consumo e sustentabilidade. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. CDD 333.72 3Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA 1 INTRODUÇÃO Olá, bem-vindo à disciplina de Estudos Transversais, que abordará conte- údos referentes a relações de consumo e sustentabilidade. Você deve se pergun- tar: por que devo estudar relações de consumo e sustentabilidade? Pois bem, antes de explicarmos a importância desse estudo, vamos compreender o que contempla a disciplina Estudos Transversais. Os Estudos Transversais são temas que se conectam e se entrelaçam atra- vés dos diversos ramos das ciências biológicas, humanas e exatas. Tratam de te- mas que incorporam conteúdos múltiplos e essenciais para a formação de um ci- dadão consciente do ambiente total, capaz de observar a realidade em que vive, revisar o passado e buscar um futuro melhor e em harmonia com a natureza e a sociedade, tudo isso para contribuir com a formação integral da pessoa. Neste livro, apresentamos como as relações de consumo afetam direta e indiretamente a sustentabilidade do planeta e discutimos algumas maneiras de contribuir para promover o desenvolvimento sustentável. Continue Lendo 4Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Você sabia que o Brasil possui uma Política Nacional das Relações de Consumo? Essa política visa contribuir para a sustentabilidade da ordem econômica, e está descrita no art. 4° do Código de Defesa do Consumidor, Lei n° 8.078 de 1990, que traz uma série de objetivos para o atendimento das necessidades dos consumidores: o respeito à dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, além da transparência e harmonia das relações de consumo, visando dar eficácia aos princípios norteadores estabelecidos no artigo 170 da Constituição Federal (CARVALHO NETO, 2012). Desde então, os termos “consumo consciente”, “consumo responsável” e “consumo sustentável” têm se tornado comuns nos meios de comunicação do Brasil e do mundo, expressando uma ideia de consumo que “extrapola o atendimento das necessidades individuais. São levados em consideração seus reflexos na sociedade, economia e meio ambiente” (SILVA et al., 2012, p. 96). Ainda, falaremos da Logística Reversa, um conceito associado à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, em que os produtores devem receber de volta os resíduos oriundos do consumo de seus produtos. Também apresentaremos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, conhecidos como Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. Ainda, para ir além dos ODS, discutiremos a origem do termo sustentabilidade, demonstrando que, apesar do uso formal da palavra ser considerado recente, a ideia e aplicação são antigos. Continue Lendo 5Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Com essa leitura você será conduzido a identificar e a refletir sobre a crescente importância do consumo consciente, da logística reversa, da sustentabilidade e dos ODS. Boa leitura e aprendizado transversal! 6Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo 2 RELAÇÕES DE CONSUMO O termo consumo se refere ao ato de obter ou utilizar um bem ou serviço. Trata-se de uma realidade marcante nas sociedades modernas. Com o aumento da prática surgiram os termos sociedade de consumo e consumismo, que significam, respectivamente, a tentativa de expressar as mudanças de consumo que vêm ocorrendo nas sociedades contemporâneas e a expansão da cultura do “ter” em detrimento da cultura do “ser” (IDEC, 2005). Assim, as relações de consumo representam as relações entre o consumidor e o fornecedor, tendo como elo o produto em questão. Observamos que o comportamento de consumo traz em si reflexos diretos e indiretos na cultura, na política, no meio ambiente e na vida em sociedade como um todo. Contudo, a busca de critérios éticos para as relações de consumo é antiga. Nas Escrituras Sagradas já se observa uma preocupação de proteger o consumidor, exemplo 7Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo no Jardim do Éden, no qual Adão e Eva teriam experimentado uma fruta em desobediência à ordem de Deus. Naquele cenário, o “consumo do desnecessário” trouxe uma grave consequência, a expulsão do paraíso. Fazendo uma analogia, podemos dizer que nos dias de hoje o “consumo do desnecessário” provoca o desequilíbrio ambiental que vivemos. Você já se perguntou quais são suas necessidades básicas? Do que realmente você precisa para viver bem? São muitos os questionamentos que auxiliam nossa tomada de decisão em relação ao consumo. Seja sobre a alimen- tação, a higiene, a saúde, a vestimenta, o bem-estar. De certo modo, estamos sempre consumindo algo, o diferencial é compreender se o que consumimos é necessário ou supérfluo. 8Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Para demonstrar, em nível mundial, como o comportamento humano de consumo afeta o equilíbrio planetário, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC (2005, p. 15) apresenta os seguintes dados: 20% da população mundial, que habita principalmente os países afluentes do he- misfério norte, consome 80% dos recursos naturais e energia do planeta e produz mais de 80% da poluição e degradação dos ecossistemas. Enquanto isso, 80% da população mundial, que habita principalmente os países pobres do hemisfério sul, fica com apenas 20% dos recursos naturais. Para redução dessas disparidades sociais, permitindo aos habitantes dos países do sul atingirem o mesmo padrão de consumo material médio de um habitante do norte, seriam necessários, pelo menos, mais dois planetas Terra. 10 QUANTOS PLANETAS TERRA? A Pegada Ecológica de um país, de uma cidade ou de uma pessoa, corresponde ao tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, ne- cessárias para gerar produtos, bens e serviços que sustentam deter- minados estilos de vida. Em outras palavras, a Pegada Ecológica é uma forma de traduzir, em hectares (ha), a extensão de território que uma pessoa ou toda uma sociedade “utiliza”, em média, para se sustentar. Estudos mostram que desde os anos 80 a demanda da população mundial por recursos naturais é maior do que a capacidade do plane- ta em renová-los. Dados mais recentes demonstram que estamos utilizandocerca de 25 % a mais do que o que temos disponível em recursos naturais, ou seja, precisamos de um planeta e mais um quarto dele para sus- tentar nosso estilo de vida atual. Podemos dizer que esta é uma forma irracional de exploração da Natureza, que gera o esgotamento do capital natural mais rápido do que sua capacidade de renovação. Veja abaixo quantos planetas Terra precisaríamos ter, para viver e consumir conforme os padrões médios atuais de cada continente. PEGADA ECOLÓGICA Japão – 2,44 China – 0,88 Ásia Oriental e Oceania 0,72 Estados Unidos – 5,33 Canadá – 4,22 5,22 América do Norte Alemanha – 2,56 Suécia – 3,38 2,66 Europa 11 Para calcular as pegadas foi preciso estudar os vários tipos de territórios produtivos (agrícola, pastagens, oceanos, florestas, áre- as construídas) e as diversas formas de consumo (alimentação, ha- bitação, energia, bens e serviços, transporte e outros). As tecnolo- gias usadas, os tamanhos das populações e outros dados também entraram na conta. Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específi- cas, em uma área medida em hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os detritos e resíduos gerados e reser- var uma quantidade de terra e água para a própria Natureza, ou seja, para os animais, as plantas e os ecossistemas onde vivem, garantindo a manutenção da biodiversidade. O QUE COMPÕE A PEGADA? Fonte: WWF Japão – 2,44 China – 0,88 Índia – 0,44 Austrália – 3,66 Brasil – 1,16 Argentina – 1,27 América Latina 1,11 África do Sul – 1,27 Somália – 0,22 África 0,61 FONTE: Scarpa e Soares (2012). 9Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Esses dados evidenciam a desigualdade em nível mundial e soam como um alerta para nosso modo de consumo. Afinal, não é possível que todos os habitantes da Terra tenham o mesmo padrão de consumo médio de um habitante dos países desenvolvidos do hemisfério norte. Sabe o motivo? Simplesmente porque estamos ultrapassando a resiliência de nosso planeta, ultrapassando a capacidade da Terra de se regenerar aos impactos antrópicos provocados, seja pelo desmatamento, pela contaminação dos rios e mares, o acúmulo de lixo e resíduos diversos, poluição do ar e do solo, emissões radioativas etc. Agora, observe a figura a seguir, e registre suas impressões sobre ela. Sua análise e reflexão são importantes para favorecer a compreensão dos temas abordados neste livro. 10Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo FIGURA 1 – O CONTRASTE NA CIDADE DE SÃO PAULO - DISTINTAS REALIDADES SEPARADAS POR UM MURO: NA ESQUERDA A FAVELA/COMUNIDADE DE PARAISÓPOLIS E NA DIREITA O BAIRRO DO MORUMBI FONTE: <http://bit.ly/2LX9XxY>. Acesso em: 1 jun. 2019. 11Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo A temática do consumo se tornou tão proe- minente que, em 2005, o Ministério do Meio Am- biente publicou um Manual de Educação para o Consumo Sustentável, o qual apresenta diretrizes para um consumo consciente, traz discussões so- bre as relações de consumo e como esse tema in- vadiu as esferas das vidas social, econômica, cul- tural e política, indicando que o tempo e o próprio corpo humano se transformam em mercadorias (MMA, 2005). Contudo, para você, o que é consumo? É algo que vai além do consumo de alimentos, rou- pas, calçados, meios de transporte, obtenção de informação, entretenimento? Percebe que em praticamente todo o tempo estamos consumin- do? Seja o consumo de produtos ou serviços de modo pago ou gratuito, o fato é que estamos consumindo. Talvez até o ar que respiramos seja objeto de consumo. Felizmente, hoje, não paga- mos pelo seu uso, mas certamente já “pagamos” pela qualidade do ar que respiramos. 12Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Na tentativa de regulamentar as relações de consumo no Brasil, foi publicada, em 1990, a Lei n° 8.078, que trata do Código de Defesa do Consumidor e institui a Política Nacional de Relações de Consumo. Conforme o artigo 4°, são princípios desta lei: I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor: a) por iniciativa direta; b) por incentivos à criação e desenvolvi- mento de associações representativas; c) pela presença do Estado no mercado de consumo; d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho. III - harmonização dos interesses dos partici- pantes das relações de consumo e compa- tibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimentos eco- 13Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo nômico e tecnológico, viabilizando os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; IV - educação e informação de fornecedores e consumidores quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; V - incentivo à criação, pelos fornecedores, de meios eficientes de con- trole de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inven- tos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos; VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. Um dos aspectos mais relevantes do Código de Defesa do Consumidor diz respeito ao direito à informação. Está prevista a informação adequada sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes, preço e os riscos. Um exemplo de aplicação do direito é a rotulagem das embalagens de produtos que contenham derivados de organismos geneticamente modificados, também chamados de transgênicos. 14Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Uma tentativa de reduzir a rotulagem dos transgênicos foi proposta pelo Projeto de Lei da Câmara n° 34 de 2015, prevendo a alteração da Lei de Biossegurança para liberação do produtor de alimentos de informar ao consumidor sobre a presença de componentes transgênicos quando for inferior a 1% da composição total do produto alimentício. Atualmente, o PLC 34/2015 encontra-se em tramitação no Senado e, conforme dados da consulta pública disponível no site do Senado, maisde 95% dos que opinaram são contra essa proposta de alteração da Lei de Biossegurança, pois afetaria diretamente o direito à informação e comprometeria o direito de escolha do consumidor, impossibilitando saber se um alimento é realmente livre de transgênicos. 15Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Acompanhe um trecho do livro “Pedagogia do consumo: família, mídia e educação”, de Inez Lemos, publicado em 2007. Com entusiasmo, mantenho acesa a chama da esperança na capacidade de contestar, investigar e reinventar saídas. Convoco pais, educadores e interessados na luta contra a farsa do bem-estar proporcionada pelo fe- tiche da mercadoria, de uma sociedade que se apoia no espetáculo e se sustenta no engodo da imagem e na ilusão do excesso [...]. O objetivo é reforçar a crença na possibilidade do sujeito tomar para si as rédeas de seu futuro, de seu destino, refutando os poderes obscurantistas, quer derivem de uma ciência perversa, quer venham travestidos do progres- so salvacionista, mercantilista e enganador (LEMOS, 2007, p. 8). Quer registrar sua opinião sobre o PLC 34/2015? Seja um cidadão ativo! Clique aqui e participe! Para saber mais sobre os direitos do consumidor e consumo consciente clicando aqui. 16Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Dica de vídeo O vídeo “Vamos falar sobre solos” possui pouco mais de cinco mi- nutos, foi produzido pelo desenhista de animações Uli Henrik Stre- ckenbach para a primeira Semana Global de Solos em 2012. O ví- deo enfatiza a dependência da humanidade dos solos e descreve como certas tendências de consumo e de manejo do solo amea- çam o desenvolvimento sustentável. Clique aqui para assistir. 17Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo 3 LOGÍSTICA REVERSA A logística reversa consiste na observância do ciclo de vida dos produtos, de modo a corresponsabilizar a sociedade e empresas pela recolha dos produtos do pós-venda e pós-consumo e o encaminhamento para reaproveitamento ou destinação segura. Trata-se do reaproveitamento inteligente dos materiais (LEITE, 2017). A logística reversa se destaca como a quarta área da logística empresarial, sendo as três primeiras a logística de suprimentos (responsável pelas ações e suprir as empresas dos insumos materiais), de apoio à manufatura (responsável pelo planejamento, armazenamento e controle dos fluxos internos) e distribuição (cuida da entrega dos pedidos recebidos) (LEITE, 2017). Uma visão geral desse fluxo é apresentada na Figura 2. 18Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo FIGURA 2 – VISÃO GERAL DAS ÁREAS OPERACIONAIS DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL COM ÊNFASE NA LOGÍSTICA REVERSA FONTE: Adaptado de Leite (2017) Você deve estar se perguntando: o que é logística reversa de pós- venda e de pós-consumo? A pós-venda visa agregar valor a um produto que é devolvido por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento, avarias no transporte etc. A logística reversa de pós-consumo se refere aos produtos inservíveis ao primeiro proprietário, objetiva o retorno dos produtos descartados pela sociedade em geral após o uso e inclui tanto os bens duráveis quanto os descartáveis, encaminhando-os para reuso, remanufatura ou reciclagem até a destinação final adequada (LEITE, 2017). 19Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Considerando as facilidades de consumo da vida moderna e a baixa durabilidade da maioria dos produtos, é notável a elevada produção de resíduos ao longo de nossa vida. Quer ver um exemplo? Em 1994 se deu o início da produção de latas de alumínio no Brasil, sendo produzidas cerca de 20 bilhões de unidades de latinhas em 2014. Por sorte, o alumínio é um excelente exemplo de revalorização econômica, visto que seu processo de reciclagem economiza 95% de energia na produção, apresentando índices de investimentos em fábricas de reciclagem muito inferiores àqueles de fábricas de alumínio virgem, portanto, evitando a extração de bauxita (LEITE, 2017). Isso contribui para o Brasil ser o líder mundial em reciclagem de alumínio, com índice de 98,4%, enquanto no mundo esse índice é de, aproximadamente, 75% (GAMA, 2016). Por outro lado, no caso do plástico, foram reciclados apenas cerca de 15% em 2014, do total de 6,5 milhões de toneladas produzidas naquele ano no Brasil (LEITE, 2017). Mais recentemente, o Relatório “Solucionar a poluição plástica: transparência e responsabilização”, do Fundo Mundial para a Natureza – WWF, revelou que o Brasil é o 4° maior produtor de resíduos plásticos do mundo, atrás dos Estados Unidos, China e Índia, reciclando apenas 1,2% do total produzido em 2016 (WWF, 2019). 20Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo O problema do plástico é tão sério que atualmente é tema constante de manchetes de jornais e redes sociais no mundo todo, sendo categorizado em três faixas de tamanho: macro, micro e nanoplástico. Em relação aos microplásticos, um estudo constatou a contaminação de 93% da água de garrafas provenientes de 11 marcas diferentes e em nove países. Além disso, ainda são desconhecidos os efeitos da ingestão de microplásticos nos seres humanos e outras espécies de animais (WWF, 2019). Esses dados revelam o quão urgente é a aplicação da logística reversa para modificar esse quadro. Na Figura 3 é apresentada a visão geral do ciclo de vida do plástico, desde sua produção até os mercados secundários de reuso e reciclagem. Conforme destacado pelo relatório do WWF (2019), para solucionar a poluição plástica precisamos de transparência e responsabilização. Para isso, a organização pede, além de outras recomendações, que o público reduza o consumo de plásticos desnecessários, reutilize e recicle o que for utilizado. 21Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Essas recomendações são condizentes com o conceito dos 5 R’s: Repensar, Recusar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, e visam despertar nas pessoas a prática de hábitos mais sustentáveis. Continue Lendo 22Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA FIGURA 3 – VISÃO GERAL DO CICLO DE VIDA DO PLÁSTICO CONFORME RELATÓRIO WWF (2019) Para Leite (2017, p. 69), “a vida útil de um bem é entendida como o tempo decorrido desde sua produção até o momento em que o primeiroconsumidor/cliente se desfaz”. O referido autor destaca que é possível prolongar a vida útil do bem destinando-o a um novo consumidor/cliente, por exemplo com uso de segunda mão, ou destinar o produto para a coleta seletiva, coletas informais etc., tornando-o um bem de pós-consumo. Continue Lendo 23Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Contudo, em resumo, o que está impulsionando a poluição plástica? Onde estamos errando? Veja, na Figura 4, uma explicação que responde a essas questões. FIGURA 4 – RESUMO DOS INSUCESSOS EM TODO O CICLO DE VIDA DOS PLÁSTICOS QUE IMPULSIONAM A POLUIÇÃO PLÁSTICA NO MUNDO FONTE: WWF (2019) & Dalberg (2019). 24Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Essa percepção do ciclo de vida dos produtos é importante, mas não suficiente para promover mudanças. É preciso estabelecer metas para reduzir ao máximo a geração de resíduos na natureza. Assim, com foco na problemática do plástico, o WWF (World Wildlife Fund) (2019) propõe intervenções necessárias no ciclo de vida do produto para migrar rumo ao plástico zero na natureza a níveis regional e nacional. Confira os detalhes da proposta na Figura 5. 25Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo FIGURA 5 – INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS NO CICLO DE VIDA DO PLÁSTICO PARA MIGRAÇÃO RUMO AO PLÁSTICO ZERO NA NATUREZA A NÍVEIS REGIONAL E NACIONAL, CONFORME WWF (2019) Conforme propostas apresentadas no Relatório WWF (2019), o caminho para um futuro sem plástico na natureza passa pela valorização do produto em cada fase do seu ciclo de vida, agregando valor aos materiais de pós-consumo e otimizando o gerenciamento de resíduos. 26Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo No ENADE (Exame Nacional de Desempenho do Estudante) de 2009, no âmbito da formação geral, a terceira questão abordou a temática do consumo consciente, citando a campanha do Ministério do Meio Ambiente para redução do uso de sacolas plásticas. Confira! QUESTÃO ENADE 2009 – O Ministério do Meio Ambiente, em junho de 2009, lançou campanha para o consumo cons- ciente de sacolas plásticas, que já atin- gem, aproximadamente, o número alar- mante de 12 bilhões por ano no Brasil. Veja o slogan dessa campanha: O possível êxito da campanha ocorrerá porque: I - se cumpriu a meta de emissão zero de gás carbônico estabelecida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, revertendo o atual quadro de elevação das mé- dias térmicas globais. 27Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo II - deixaram de ser empregados, na confecção de sacolas plásticas, materiais oxibiodegradáveis e os chamados bioplásticos que, sob certas condições de luz e de calor, se fragmentam. III - foram adotadas, por parcela da sociedade brasileira, ações comprome- tidas com mudanças em seu modo de produção e de consumo, aten- dendo aos objetivos preconizados pela sustentabilidade. IV - houve redução tanto no quantitativo de sacolas plásticas descartadas indiscriminadamente no ambiente, como também no tempo de decom- posição de resíduos acumulados em lixões e aterros sanitários. Estão CORRETAS somente as afirmativas A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) II e IV. E) III e IV. FONTE: http://bit.ly/2YWvfiL. Acesso em: 22 jun. 2019. 28Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Então, conseguiu responder à questão? Note que ela foi aplicada antes da publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), prevendo a logística reversa. Contudo, as campanhas em prol da redução do consumo de sacolas plásticas já se faziam presentes em nosso país e em várias partes do mundo, dada a relevância do problema. Nesta questão ENADE, as afirmações I e II estão erradas ao dizerem que “se cumpriu a meta de emissão zero de gás carbônico [...], revertendo o atual quadro de elevação das médias térmicas globais” e “deixaram de ser empre- gados, na confecção de sacolas plásticas, materiais oxibiodegradáveis”. A cam- panha espera justamente o contrário, ou seja, requer mudanças de atitude da sociedade, tanto em relação ao padrão de consumo de plástico pela população quanto aos modos de produção pela indústria, incluindo o uso de tecnologias para produção de materiais biodegradáveis. Vale destacar que uma socieda- de formada por cidadãos conscientes tem poder para promover mudanças no nível das empresas e faz uso do plástico de forma consciente e seletiva (BOC- CHESE, 2014). Assim, as afirmações III e IV apontam caminhos corretos para o possível êxito da campanha, conforme indicado na alternativa E. 29Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo A normatização da logística reversa no Brasil se deu com a publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n° 12.305 de 2010, que trata do tema em seu art. 33, o qual determina que os fabricantes, importadores, dis- tribuidores e comerciantes são obrigados a estruturar e a implementar sistemas de logística reversa mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos para os seguintes produtos: I - agrotóxicos, seus resíduos e em- balagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercú- rio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Vale destacar que o compartilhamento de responsabilidades, previsto na PNRS, o impacto causado no mercado pelos produtos ou matérias-primas reaproveitados e a complexidade de retorno dos produtos parecem justificar a demora observada na implantação de programas de logística reversa no Brasil. Além disso, outra dificuldade em efetivar a logística reversa no país está no custo do transporte, que representa cerca de 50% do custo logístico direto e da mesma maneira na logística reversa (LEITE, 2017). 30Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Conforme determina a PNRS, a logística reversa é uma obrigação legal dos fabricantes e dos importadores, os quais deverão proceder com a destinação ambientalmente adequada, sendo o rejeito encaminhado para a disposiçãofinal ambientalmente adequada. No ciclo, compete ao consumidor final devolver aos fabricantes ou importadores, após o uso, os produtos e embalagens de: I - agrotóxicos, II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Ainda, compete ao produtor/fornecedor dispor de informações necessárias aos consumidores sobre a recolha dos resíduos de sua responsabilidade. Continue Lendo 31Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA No contexto da logística reversa e do ciclo de vida dos produtos e sua durabilidade, a “obsolescência programada” se mostra como uma estratégia das empresas de tecnologia, especialmente da área de eletroeletrônicos e de informática, estimulando o consumo de novos produtos, divulgando a ideia que os antigos já estariam desatualizados, obsoletos, mesmo que não estejam. Para se aprofundar no tema do consumismo e como isso compromete a sustentabilidade, veja o documentário “A História Secreta da Obsolescência programada”. Clique aqui para assistir o vídeo. 32Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O que é sustentabilidade? Por que esse tema é tão abordado atualmente? Desde quando existe essa palavra? A ideia de sustentabilidade é recente? O desenvolvimento sustentável é possível? O que significa ODS? Essas e tantas outras perguntas fazem ecoar em nossa mente o quanto somos movidos pela busca do conhecimento. Ainda, cada vez mais que buscamos, novas perguntas vão surgindo e em um ciclo sem fim. Iniciar esse tópico com essas perguntas tem o objetivo de demonstrar que não há um consenso na literatura sobre o conceito de sustentabilidade, porém a compreensão da palavra é algo bom, que busca o equilíbrio dinâmico para as presentes e futuras gerações (FEIL; SCHREIBER, 2017). Para tentar elucidar essas questões, vamos analisar a Figura 6, que apresenta um esquema do conceito de sustentabilidade. Continue Lendo 33Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo FIGURA 6 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE FONTE: O autor Note as cores, as palavras e a ideia de equação representadas na Figura 6. O termo “conhecimento” está sob um fundo branco, representando nossa capacidade de adquiri-lo, como uma página em branco disponível para a escrita. A “consciência”, por sua vez, em fundo amarelo, representa a luz, algo que ilumina nossa mente nas tomadas de decisão para distinção do certo e do errado, do bem e do mal, com vistas a nos ajudar a escolher entre o bem e o melhor. E a “atitude”, em fundo azul, representa nossas ações, como algo concreto, que provoca mudanças no seu entorno, semelhante ao que faz a água da chuva, dos rios ou oceanos. 34Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo O somatório desses elementos, inclusive suas cores, resulta na SUSTEN- TABILIDADE. Palavra destacada com uma dimensão maior, em fundo verde, a cor das plantas, da esperança, a base da vida. O verde que é definido como uma cor secundária, proveniente da mistura do amarelo com azul, que são cores primárias. O branco do conhecimento geralmente toma uma tonalidade amarela ou azul, pois estamos sempre aprendendo com a consciência e as ati- tudes. Portanto, a sustentabilidade é resultante do somatório de um conjunto de fatores em prol da melhoria e manutenção da qualidade e equilíbrios so- cioeconômico e ambiental do presente e para o futuro. Assim, vamos resgatar na literatura o significado e origem das palavras sustentável, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável. Para você, essas palavras são sinônimas? De acordo com Hofer (2009) apud Feil e Schreiber (2017), o termo sustentável originou-se da expressão em idioma alemão “Nachhaltend” ou “Nachhaltig” (longevidade), do livro Lyra, de Carlowitz, em 1713, em francês “durabilité” (durável) e em holandês duurzaamheid e Duurzaam (sustentá- vel). Já o conceito de desenvolvimento sustentável surge pela primeira vez 35Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo em 1980, em um relatório intitulado “A Estratégia Global para a Conserva- ção” – publicado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Contudo, a proposição formal do conceito de desenvolvimento sus- tentável é atribuída ao Relatório de Brundtland, Our Common Future – Nosso futuro comum, preparado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, publicado em 1987. Assim, a literatura parece indicar que a ideia e o conceito de desenvol- vimento sustentável são relativamente recentes, demonstrando distancia- mento da história da humanidade em suas raízes mais profundas. Contudo, mesmo sem utilizar os termos sustentável, sustentabilidade e/ou desenvol- vimento sustentável, o tema já vem aparecendo em literaturas mais antigas há muitos anos. Observe a Figura 7 a seguir e o que ela retrata. 36Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo FIGURA 7 – REPRESENTAÇÃO DA MULTIPLICAÇÃO E PARTILHA DOS PÃES E PEIXES E A RECOLHA DAS SOBRAS FONTE: <http://bit.ly/2SlsCo1>. Acesso em: 21 jun. 2019. 37Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo A figura apresenta uma passagem bíblica sobre a multiplicação dos pães e dos peixes. Contudo, o que isso tem a ver com sustentabilidade? Observe, a seguir, como o relato bíblico contempla as principais ideias de sustentabilidade quando comparado ao conceito proposto pelo Relatório de Brundtland. TABELA 1 – O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO RELATÓRIO DE BRUNDTLAND E A IDEIA DE SUSTENTABILIDADE NA BÍBLIA SAGRADA Relatório de Brundtland, 1987 João 6, 11-13. Observações Entende-se por desenvolvimen- to sustentável “o desenvolvi- mento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfa- zerem as suas próprias necessi- dades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimentos social e eco- nômico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos re- cursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais”. “Jesus tomou os pães, deu gra- ças e distribuiu aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Depois que se fartaram, disse aos discípulos: “Juntai os pe- daços que sobraram para que nada seperca!” Eles juntaram e encheram doze cestos com os pedaços que sobraram dos cinco pães de cevada que comeram”. Ambos os textos: 1- reconhecem a importância do satisfazer as necessidades huma- nas atuais sem comprometer as futuras; 2- envolvem as pessoas no com- promisso pela partilha daquilo que é necessário para o bem-es- tar humano; 3- chamam ao trabalho as pes- soas para o não desperdício e respeito aos demais seres da na- tureza. FONTE: O autor 38Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Diante desse contexto podemos concluir que a ideia de sustentabilidade não é recente! Já relatada há milênios e resgatar essa história é uma maneira de promover a cidadania. Em um artigo de revisão sobre o significado dos termos sustentável, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, os autores Feil e Schreiber (2017, p. 678) concluíram que: Os atributos de sustentável, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, em termos gerais, possuem significados distintos, não podendo ser utilizados como sinônimos, pois cada um relaciona-se a uma práxis específica. Entretanto, não podem ser consideradas práticas isoladas, pois o êxito no alcance do sustentável ocorre via combinação do conjunto de atributos da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável. Portanto, o conjunto dos atributos que compõem o desejo do desenvolvimento sustentável e a necessidade da sustentabilidade é que permitirá alcançarmos o sustentável. 39Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Em setembro de 2015 representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniram em Nova York e adotaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, um documento que inclui 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS e 169 metas para alcançá-los, o que equivale a, aproximadamente, 10 metas para cada objetivo. Conforme Preâmbulo da Agenda 2030, os ODS são integrados e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental, o conhecido tripé da sustentabilidade. Em outras palavras, o desenvolvimento sustentável é aquele que se dá de modo socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto. Vale ressaltar que os ODS são oriundos do aperfeiçoamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), constituídos por 8 objetivos que vigoraram até o ano de 2015. Observe, na Figura 8 a seguir, quais são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Neste tópico, daremos ênfase aos ODS 2, 6, 7, 11 e 12, apresentando as metas propostas para esses objetivos, concluindo com o objetivo 17, que visa integrar toda a sociedade em prol do cumprimento dos demais objetivos. Continue Lendo 40Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA FIGURA 8 – RESUMO ESQUEMÁTICO DOS ODS DA AGENDA 2030 DA ONU FONTE: <http://bit.ly/2Y57JDa>. Acesso em: 21 jun. 2019. Uma característica comum dos ODS é sua universalidade, pois para cada objetivo é previsto uma intenção positiva que atinja a todas as pessoas, em todas as idades e em todo o mundo. Os ODS visam estimular a ação em cinco áreas de importância crucial para a humanidade e o planeta. Essas áreas são conhecidas como os “5 P’s” do Desenvolvimento Sustentável. Observe a Figura 9 a seguir. Continue Lendo 41Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo FIGURA 9 – OS 5 P’S DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, CONFORME AGENDA 2030 DA ONU FONTE: <http://bit.ly/2Y3GmJz>. Acesso em: 21 jun. 2019. 42Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Para conhecer um pouco mais sobre os ODS, acompanhe a seguir a descrição de cada um deles e acesse o link dos excelentes vídeos elaborados pelo IBGE para disseminar essa informação pelo Brasil. TABELA 2 – DESCRIÇÃO DOS ODS E LINK PARA OS VÍDEOS ODS Link do vídeo do IBGE Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. 43Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Continue Lendo 44Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. Objetivo 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. Objetivo 8. Promover o crescimento eco- nômico sustentado, inclusivo e sustentá- vel, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. 45Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Objetivo 9. Construir infraestruturas resi- lientes, promover a industrialização inclu- siva e sustentável e fomentar a inovação. Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. Objetivo 11. Tornar as cidades e os assen- tamentos humanos inclusivos, seguros, re- silientes e sustentáveis. 46Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Objetivo 12. Assegurar padrões de produ- ção e de consumo sustentáveis. Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus im- pactos. Objetivo 14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos ma- rinhos para o desenvolvimento sustentável. Continue Lendo 47Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Objetivo 15. Proteger, recuperar e promo- ver o uso sustentável dos ecossistemas ter- restres, gerir de forma sustentável as flo- restas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento susten- tável,proporcionar o acesso à justiça para to- dos e construir instituições eficazes, respon- sáveis e inclusivas em todos os níveis. Objetivo 17. Fortalecer os meios de im- plementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Fonte: Adaptado de: ONU (2015) e IBGE (2019) 48Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Diante dos desafios de aperfeiçoar meios para cumprir as metas dos ODS, o Brasil participou, na sede da Comissão Econômica para a América La- tina e o Caribe (CEPAL), em Santiago (Chile), do III Fórum sobre o Desenvolvi- mento Sustentável, realizado de 22 a 26 de abril de 2019. Durante o evento, a delegação brasileira apresentou o relatório “Agenda 2030 – Metas Nacionais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Um documento de 546 pági- nas que, conforme destacado pelo Presidente do IPEA, Ernesto Lozardo, “com essa iniciativa, o Brasil passa a ser um dos poucos países do mundo a dispor de um instrumento que orienta a territorialização dos ODS, mantendo a abran- gência e a ambição da proposta original” (IPEA, 2018, p. 9). Acompanhe, na Tabela 3, a descrição das metas e algumas notícias relacionadas aos ODS 2, 6, 7, 11 e 12. Continue Lendo 49Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo TABELA 3 – METAS DOS ODS 2, 6, 7, 11 E 12 COM DESTAQUE DE ALGUMAS NOTÍCIAS RELACIONADAS ODS Metas relacionadas Notícias relacionadas 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimen- tar e melhoria da nutrição e promo- ver a agricultura sustentável. 2.1 Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano. 2.2 Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, incluindo atingir, até 2025, as metas acordadas internacionalmente sobre nanismo e caquexia em crianças menores de cinco anos de idade, e atender às necessidades nutricionais dos adolescentes, mu- lheres grávidas e lactantes e pessoas idosas. 2.3 Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores de ali- mentos, particularmente das mulheres, povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores, inclusive por meio de acesso seguro e igual à terra, outros recursos produti- vos e insumos, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agrega- ção de valor e de emprego não agrícola. 2.4 Até 2030, garantir sistemas sustentáveis de produção de alimentos e implementar práticas agrícolas resilientes, que aumentem a produtividade e a produção, que ajudem a manter os ecossistemas, que fortaleçam a capacidade de adaptação às mudanças cli- máticas, às condições meteorológicas extremas, secas, inundações e outros desastres, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo. 2.5 Até 2020, manter a diversidade genética de sementes, plantas cultivadas, animais de criação e domesticados e suas respectivas espécies selvagens, inclusive por meio de bancos de sementes e plantas diversificadas e bem geridas em níveis nacional, regional e internacional, e garantir o acesso e a repartição justa e equitativa dos benefícios de- correntes da utilização dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados. 2.a Aumentar o investimento, inclusive via o reforço da cooperação internacional, em infraestrutura rural, pesquisa e extensão de serviços agrícolas, desenvolvimento de tecnologia, e os bancos de genes de plantas e animais, aumentando a capacidade de produção agrícola nos países em desenvolvimento, em particular nos países menos de- senvolvidos. 2.b Corrigir e prevenir as restrições ao comércio e distorções nos mercados agrícolas mundiais, incluindo a eliminação paralela de todas as formas de subsídios à exportação e todas as medidas de exportação com efeito equivalente, de acordo com o mandato da Rodada de Desenvolvimento de Doha. 2.c Adotar medidas para garantir o funcionamento adequado dos mercados de commo- dities de alimentos e seus derivados, e facilitar o acesso oportuno à informação de mer- cado, inclusive sobre as reservas de alimentos, a fim de ajudar a limitar a volatilidade extrema dos preços dos alimentos. Projeto de combate à po- breza no Ceará é apresen- tado durante seminário em Montevidéu 50Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentá- vel da água e sa- neamento para todas e todos 6.1 Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para todos. 6.2 Até 2030, alcançar o acesso ao saneamento e à higiene para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade. 6.3 Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo pela metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente. 6.4 Até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água. 6.5 Até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado. 6.6 Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos. 6.a Até 2030, ampliar a cooperação internacional e o apoio à capacitação para os países em desenvolvimento em atividades e programas relacionados à água e saneamento, incluindo a coleta de água, a dessalinização, a eficiência no uso da água, o tratamento de efluentes, a reciclagem e as tecnologias de reuso. 6.b Apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais para melhora da gestão da água e do saneamento. ONU: 1 em cada 3 pessoas no mundo não tem acesso à água potável 7. Assegurar o acesso confiável, s u s t e n t á v e l , moderno e a preço acessível à energia para todas e todos. 7.1 Até 2030, assegurar o acesso universal, confiável, moderno e a preços acessíveis a serviços de energia. 7.2 Até 2030, aumentar substancialmente a participação de energias renováveis na matriz energética global. 7.3 Até 2030, dobrar a taxa global de melhoria da eficiência energética. 7.a Até 2030, reforçar a cooperação internacional para facilitar o acesso à pesquisa e tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas, e promover o investimento em infraestrutura de energia e em tecnologias de energia limpa. 7.b Até 2030, expandir a infraestrutura e modernizar a tecnologia para o fornecimento de serviços de energia modernos e sustentáveis para todos nos países em desenvolvimento, particularmente nos países menos desenvolvidos, nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento e nos países em desenvolvimento sem litoral, de acordo com seus respectivos programas de apoio. Investimento em energiasrenováveis supera o de combustíveis fósseis em 2018 no mundo 51Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo 11. Tornar as cida- des e os assenta- mentos humanos inclusivos, segu- ros, resilientes e sustentáveis. 11.1 Até 2030, garantir o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço aces- sível, e aos serviços básicos e urbanizar as favelas. 11.2 Até 2030, proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sus- tentáveis e a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por meio da expansão dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pesso- as em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos. 11.3 Até 2030, aumentar a urbanização inclusiva e sustentável, e as capacidades para o planejamento e gestão de assentamentos humanos participativos, integrados e susten- táveis e em todos os países. 11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo. 11.5 Até 2030, reduzir significativamente o número de mortes e o número de pessoas afetadas por catástrofes e substancialmente diminuir as perdas econômicas diretas cau- sadas em relação ao produto interno bruto global, incluindo os desastres relacionados à água, com o foco em proteger os pobres e as pessoas em situação de vulnerabilidade. 11.6 Até 2030, reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades, inclusive prestando especial atenção à qualidade do ar, gestão de resíduos municipais e outros. 11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e pes- soas com deficiência. 11.a Apoiar relações econômicas, sociais e ambientais positivas entre áreas urbanas, pe- riurbanas e rurais, reforçando o planejamento nacional e regional de desenvolvimento. 11.b Até 2020, aumentar substancialmente o número de cidades e assentamentos humanos adotando e implementando políticas e planos integrados para a inclusão, a eficiência dos recursos, mitigação e adaptação às mudanças climáticas, a resiliência a desastres e desenvolver e implementar, de acordo com o Marco de Sendai para a Redu- ção do Risco de Desastres 2015-2030, o gerenciamento holístico do risco de desastres em todos os níveis. 11.c Apoiar os países menos desenvolvidos, inclusive por meio de assistência técnica e financeira, para construções sustentáveis e resilientes, utilizando materiais locais. No Rio, seminário global discute prevenção de in- cêndios na gestão do pa- trimônio cultural 52Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo 12. Assegurar pa- drões de produ- ção e de consumo sustentáveis. 12.1 Implementar o Plano Decenal de Programas sobre Produção e Consumo Susten- táveis, com todos os países tomando medidas, e os países desenvolvidos assumindo a liderança, tendo em conta o desenvolvimento e as capacidades dos países em desen- volvimento. 12.2 Até 2030, alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais. 12.3 Até 2030, reduzir pela metade o desperdício de alimentos per capita mundial, nos níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita. 12.4 Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente saudável dos produtos químicos e todos os resíduos ao longo de todo o ciclo de vida destes e de acordo com os marcos internacionais acordados, e reduzir significativamente a liberação para o ar, água e solo, minimizando seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente. 12.5 Até 2030, reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso. 12.6 Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandes e transnacionais, a adotarem práticas sustentáveis e a integrarem informações de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios. 12.7 Promover práticas de compras públicas sustentáveis e de acordo com as políticas e prioridades nacionais. 12.8 Até 2030, garantir que as pessoas, em todos os lugares, tenham informação rele- vante e conscientização para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida em har- monia com a natureza. 12.a Apoiar países em desenvolvimento para fortalecerem suas capacidades científicas e tecnológicas, mudando para padrões mais sustentáveis de produção e consumo. 12.b Desenvolver e implementar ferramentas para monitoramento dos impactos do de- senvolvimento sustentável para o turismo sustentável, gerando empregos, promovendo a cultura e os produtos locais. 12.c Racionalizar subsídios ineficientes que encorajam o consumo exagerado, eliminan- do as distorções de mercado e de acordo com as circunstâncias nacionais, inclusive por meio da reestruturação fiscal e a eliminação gradual desses subsídios prejudiciais, caso existam, para refletir os seus impactos ambientais, tendo plenamente em conta as ne- cessidades específicas e condições dos países em desenvolvimento e minimizando os possíveis impactos adversos sobre o seu desenvolvimento de uma forma que os pobres e as comunidades afetadas sejam protegidos. Metade dos corais do mundo desapareceram nos últimos 150 anos, diz chefe da ONU FONTE: Adaptado de: <http://bit.ly/2Y57JDa>. Acesso em: 11 jun. 2019. 53Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo A análise e o acompanhamento das ações para o cumprimento das metas e objetivos da Agenda 2030 são os principais desafios para gestão dos ODS. Afinal, como mensurar o cumprimento das metas estabelecidas? Como avaliar o avanço ou não na realização das ações para atingir as metas em nível global? Para isso, foram criados e estão em contínua adequação os Indicadores Globais para os ODS, num total de 232 indicadores. Contudo, no Brasil, aproximadamente 40 indicadores não possuem dados disponíveis no país, incluindo temas como perdas econômicas atribuídas a desastres, agricultura sustentável, uso de métodos de planejamento familiar, consumo de materiais, tráfico de animais silvestres, vítimas de violência, tráfico de pessoas, entre vários outros temas (KRONEMBERGER, 2019). Conforme Kronemberger (2019), para facilitar a implementação do quadro de indicadores globais, foi adotada uma classificação dos indicadores em Tiers. Confira na Tabela 4. 54Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA TABELA 4 – DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE INDICADORES ODS GLOBAIS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO EM TIERS - ATUALIZAÇÃO EM 27 DE NOVEMBRO DE 2018 Grupo de Indicadores Número de indicadores Tier I: indicador é conceitualmente claro, tem meto- dologia e padrões internacionalmente estabelecidos e os dados são produzidos regularmente pelos paí- ses para, no mínimo, 50% dos países e da população em cada região onde o indicador é relevante. 100 Tier II: indicador é conceitualmente claro, tem me- todologia e padrões internacionalmente estabeleci- dos, mas os dados não são produzidos regularmente pelos países. 82 Tier III: não tem metodologia e padrões internacio- nalmente estabelecidos,mas a metodologia está sen- do (ou será) desenvolvida ou o indicador testado. 44 Múltiplos Tiers* 6 Total 232 *Indicadores formados por subindicadores com diferentes classificações. FONTE: Adaptado de Kronemberger (2019, p. 41) Continue Lendo 55Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Note que o desafio é grande para a aplicação dos indicadores, visto que mais de 40 deles ainda não possuem metodologia, demonstrando a enorme lacuna entre o desejável e o realizado. Para acompanhar em tempo real os indicadores ODS do Brasil, foi criado um site operado em conjunto pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e pela PR/SEGOV/SNAS - Secretaria Nacional de Articulação Social (https://indicadoresods.ibge.gov.br/relatorio/sintese). Conforme a última atualização disponibilizada em 18/06/2019, o relatório aponta o total de 244 indicadores e com as seguintes proporções no Brasil: 70 indicadores produzidos, 81 em análise/construção, 48 não possuem dados, 38 sem Metodologia Global, e 7 não se aplicam ao Brasil. Para destacar a relevância da temática da sustentabilidade nas provas do ENADE, analise a questão a seguir. 56Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo QUESTÃO ENADE 2017 – Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) compõem uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Na- ções Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em setembro de 2015. Na agenda, representada na figura a seguir, são previstas ações em diver- sas áreas para o estabelecimento de parcerias, grupos e redes que favore- çam o cumprimento desses objetivos. 57Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Considerando que os ODS devem ser implementados por meio de ações que integrem a economia, a sociedade e a biosfera, avalie as afirmações a seguir. I - O capital humano deve ser capacitado para atender às demandas por pesquisa e inovação em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável. II - A padronização cultural dinamiza a difusão dos conhecimentos científico e tecnológico entre as nações para a promoção do desenvolvimento sustentável. III - Os países devem incentivar políticas de desenvolvimento do empreendedorismo e de atividades produtivas com geração de empregos, garantindo a dignidade da pessoa humana. É correto o que se afirma em: A) II, apenas. B) III, apenas. C) I e II, apenas. D) I e III, apenas. E) I, II e III. FONTE: <http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos3>. Acesso em 21 jun. 2019. 58Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo Então, conseguiu responder com facilidade? Observe que as afirmações I e III estão corretas, pois destacam a importância da capacitação humana para atender às demandas dos ODS e o dever dos países na incentivação do empreendedorismo com respeito à dignidade da pessoa. Essas ações são coerentes com o que se espera para promover o desenvolvimento sustentável. A afirmação II está errada por considerar que “a padronização cultural dinamiza a difusão do conhecimento científico[...]”. Tal frase está fora do contexto dos ODS, pois estes se fundamentam nos direitos humanos universais, com respeito à diversidade cultural e à dignidade da pessoa. Além disso, a difusão do conhecimento não é dinamizada pela padronização da cultura. Portanto, a alternativa “D” (I e III, apenas) é a resposta correta desta questão ENADE. Analisaremos agora outra questão ENADE relacionada à sustentabilidade. Observe que a questão inicia com uma imagem (charge) e solicita avaliar duas asserções em relação à charge. 59Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo QUESTÃO ENADE 2016 A partir das ideias sugeridas pela charge, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I - A adoção de posturas de consumo sustentável, com descarte correto dos resíduos gerados, favorece a preservação da diversidade biológica. PORQUE II - Refletir sobre os problemas socioambientais resulta em melhoria da qualidade de vida. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta de I. 60Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas. FONTE: <http://portal.inep.gov.br/provas-e-gabaritos3>. Acesso em: 21 jun. 2019. O uso de figuras nas questões ENADE tem se tornado cada vez mais frequente, especialmente nas questões relacionadas ao meio ambiente e sustentabilidade. Sobre a questão apresentada, a asserção I é uma proposição verdadeira, pois associa a adoção de posturas de consumo consciente e descarte correto dos resíduos como medidas favoráveis para a preservação da biodiversidade. A proposição II é errada e não justifica a proposição I, pois apenas “refletir” sobre os problemas não resulta em melhoria da qualidade de vida. Assim, a alternativa “C” (A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa) é a resposta correta desta questão. No último ENADE, aplicado em 2018, também foi abordado o tema sustentabilidade no âmbito da Formação Geral, com uma questão relacionada à mobilidade urbana e cidade sustentável. Vale a pena rever aquele conteúdo e ficar por dentro. O Objetivo 17 menciona: Fortalecer os meios 61Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Isso é fortalecer as parcerias pelas metas. Esse objetivo é fundamental para o sucesso de cada um dos demais 16 objetivos. Talvez você se pergunte: como assim estabelecer parcerias pelas metas? Se cada um fizer a sua parte sozinho já está bom... Será? Diante do avanço dos meios de comunicação, é esperado que a hu- manidade tenha facilidade em se comunicar e formar uma rede em prol do cumprimento dos ODS, contudo, a história nos mostra o quanto tem sido difícil o ser humano estabelecer vínculos éticos e permanentes com um ob- jetivo comum, tendo em vista o não cumprimento das diversas recomen- dações das Conferências Mundiais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, com destaque às de Estocolmo (Suécia) em 1972, a do Rio de Janeiro (ECO92) em 1992, a de Johanesburgo (África, Rio+10) em 2002,e a do Rio de Janeiro (Rio+20) em 2012. 62Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Apesar dos desafios, a esperança nos motiva a continuarmos acreditando na humanidade. Ainda, como parte dela, devemos nos esforçar para fazer a nossa parte por um mundo mais sustentável. Com satisfação chegamos ao fim da disciplina Estudos Transversais I, que teve como objetivo auxiliá-lo na compreensão dos temas RELAÇÕES DE CONSUMO E SUSTENTABILIDADE. Com certeza, você constatou a importância desses temas para sua vida pessoal e profissional, e como esses conhecimentos são úteis para tomada de decisão mais consciente e para a execução de ações mais inteligentes em prol da sua qualidade de vida, a do próximo e a do planeta como um todo. Desejamos sucesso em sua trajetória. Saudações sustentáveis! 63Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA Continue Lendo REFERÊNCIAS BOCCHESE, Jocelyne da Cunha. ENADE comentado componente: formação geral edições 2009, 2010, 2011, 2012. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014. 104 p. Disponível em: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/enade- formacao-geral.pdf Acesso em: 1 jun. 2019. 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Brasil é campeão mundial na reciclagem de latas de alumínio. 2016. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ seminariosfolha/2016/06/1784363-brasil-e-campeao-mundial-na- reciclagem-de-latas-de-aluminio.shtml. Acesso em: 1 jun. 2019. IDEC. Consumo sustentável: Manual de Educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/IDEC, 2005. 160 p. Disponível em: http://www. mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/consumo_sustentavel.pdf. Acesso em: 1 jun. 2019. IPEA. Agenda 2030 – Metas Nacionais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 2018. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/ stories/PDFs/livros/livros/180801_ods_metas_nac_dos_obj_de_desenv_ susten_propos_de_adequa.pdf. Acesso em: 1 jun. 2019. KRONEMBERGER, Denise Maria Penna. Os desafios da construção dos indicadores ODS globais. Cienc. Cult., São Paulo, v. 71, n. 1, p. 40-45, 2019. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v71n1/v71n1a12.pdf. Acesso em: 1 jun. 2019. LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa: sustentabilidade e competitividade – teoria – prática – estratégias. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. 65Relações de Consumo e sustentabilidade estudos tRansveRsais Índice 1 INTRODUÇÃO 2 RELAÇÕES DE CONSUMO 4 SUSTENTABILIDADE E OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REFERÊNCIAS 3 LOGÍSTICA REVERSA LEMOS, Inez. Pedagogia do consumo: família, mídia e educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. 192 p. ONU. Roteiro para a localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: implementação e acompanhamento no nível subnacional. 2016. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2017/06/ Roteiro-para-a-Localizacao-dos-ODS.pdf. Acesso em: 1 jun. 2019. ONU. Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 2015. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/ uploads/2015/10/agenda2030-pt-br.pdf. Acesso em: 1 jun. 2019. PEREIRA, Péricles Ewaldo Jader. Leitura e interpretação de mapas, gráficos e imagens. 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