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Primeiros Socorros: Conceitos e Técnicas

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COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
1 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
OBJETIVOS 
Esta apostila tem como principal objetivo 
ensinar os conceitos e técnicas básicas em atendi-
mento pré-hospitalar, no intuito de facilitar os 
procedimentos de urgência e emergência realiza-
das por socorristas treinados, profissionais de saú-
de e pessoas leigas diante dos diversos tipos de 
ocorrências, sejam em vias públicas ou demais 
ambientes. Ao conhecer as técnicas e conceitos 
que serão tratados, o socorrista ou pessoa leiga 
terá um condicionamento psicológico para propor-
cionar às vítimas de acidentes traumáticos ou em 
situação clínica, um suporte básico de vida neces-
sário na medida de sua capacidade com base na 
teoria apresentada. Para tanto, é de suma impor-
tância receber treinamento prático no intuito de 
adquirir a segurança necessária no momento em 
que ocorrer o sinistro. 
1. INTRODUÇÃO: 
Primeiros Socorros são os procedimentos 
aplicados em uma vítima de acidente, com objetivo 
de manter os sinais vitais e reduzir o agravamento 
do seu estado até que o individuo receba assistên-
cia especializada, evitando o agravamento das le-
sões ou até mesmo a morte, cuidando para tanto 
que à vítima seja conduzida ao hospital para que 
seja colocada sob os cuidados médicos. 
É de suma importância que o socorrista 
saiba utilizar os conhecimentos teóricos e práticos 
de suporte básico de vida. Tomar atitude correta 
de forma rápida e segura pode significar a diferen-
ça entre a vida e a morte de uma vítima, de modo 
que, os conhecimentos absorvidos na área poderão 
minimizar os resultados decorrentes de uma lesão, 
vindo a reduzir o sofrimento da vítima e colocá-la 
nas melhores condições para receber o tratamento 
definitivo. 
Dominar as técnicas de primeiros socorros 
permitirá que o socorrista possa identificar o qua-
dro em que a vítima está; de forma a não causar 
lesões que possam agravar o seu estado. 
2. AVALIAÇÃO INICIAL: 
Chegando ao local do acidente devem-se fa-
zer observações de situações que possam pôr em 
risco a integridade física e segurança do socorrista, 
bem como da vítima, observando a presença de 
perigo iminente, o número de vítimas, a natureza 
da ocorrência, sua evolução e que tipo de apoio 
será necessário para o local. 
A vítima deverá ser tratada como estivesse 
com lesão raquimedular, ou até mesmo alguma 
doença infectocontagiosa, para que seja impres-
cindível o uso de Equipamento de Proteção Indivi-
dual (EPI) pelo socorrista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODÚLO INTEGRADOR 
2 
 
Antes de qualquer atitude no atendimento às 
vítimas, deve-se obedecer a uma sequência de pro-
cedimentos que permita determinar qual o principal 
problema associado com a lesão ou doença e quais 
serão as medidas a serem tomadas. 
1º. Manter a calma; 
2º. Garantir a segurança; 
3º. Verificar a situação da vítima; 
4º. Acionar o socorro; 
5º. Realizar ações com a vítima. 
 
3. GARANTIR A SEGURANÇA: Antes de qual-
quer outra atitude no atendimento às vítimas, deve-
se observar o local da ocorrência e sinaliza-lo de 
acordo com as recomendações. Em se tratando de 
acidente em via pública a sinalização deverá ser de 
acordo com a velocidade estabelecida na via. 
Exemplo. Um acidente que tenha ocorrido em uma 
via de velocidade média 60 Km/h, a distância deverá 
ser de aproximadamente 60 metros, se estiver sob as 
condições de risco deverá ser a distância dobrada. 
No entanto, a distância mínima da sinalização para 
todas as vias é de 30 passos ou 30 metros antes e 
depois do acidente, por conta da distração momen-
tânea que poderá ter outro condutor, de modo que 
até poderá bater na sinalização, mas terá 30 metros 
a percorrer até chegar ao local do sinistro. 
 
 
 
 
Em se tratando da sinalização e neutralização 
que deverá ser executada no trabalho ou residência, 
deve-se seguir uma sequência de segurança: 
1º. Afastar objetos e fios em que possam trazer ris-
cos iminentes de morte para o individuo. 
2º. Não sendo posssível afastar o risco, deverá à ví-
tima ser retirado do local, atentando as condições 
mínimas de segurança. Por mais que haja risco de 
lesão haverá a exclusão da culpa por estado de ne-
cessidade, com base nos preceitos do artigo 23 do 
Código Penal. 
4. CINEMÁTICA DO TRAUMA: Nada mais é do 
que observar a cena do ocorrido para que possam 
ser evidenciadas as possíveis lesões que a vítima 
tenha sofrido por conta do mecanismo da lesão. 
5. VERIFICAR A SITUAÇÃO DA VÍTIMA: Avalia-
ção rápida e sucinta no intuito de checar o nível de 
consciência da vítima para que se possa buscar o 
socorro apropriado. 
6. ACIONAR O SOCORRO: Trata-se do momen-
to em que as informações passadas para central de 
atendimento, serão criteriosamente analisadas para 
que se possam no mesmo momento repassa-las para 
aqueles que estão na regulação poderem informar 
aos que estão no local do acidente (socorristas ou 
leigos), quais os procedimentos que deverão ser se-
guidos até a chegada do socorro apropriado. 
7. REALIZAR AÇÕES COM A VÍTIMA: São os 
procedimentos propriamente ditos no que diz respei-
to ao socorrer as vítimas, de modo em seguida será 
visto todos os procedimentos inerentes às diversas 
atipicidades em que o individuo estará sujeito. 
8. BIO SEGURANÇA: Caracteriza-se pelo uso de 
equipamento de proteção Individual (EPI), diante dos 
possíveis acometimentos: 
 
30 passos
 
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 Luvas cirúrgicas; 
 Máscara facial; 
 Óculos de proteção; 
 Máscara de bolso.
 
 
 
 
9. ABORDAGEM À VÍTIMA: Procedimento 
em que à vítima é avaliada em todos os parâme-
tros, no intuito de que seja identificada a natureza 
da lesão e caracterização da mesma, ou seja, se 
trata de uma emergência ou urgência e se deverá o 
socorrista atuar pelo método primário ou secundá-
rio. 
10. AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: Consiste em 
analisar todas as condições clínicas e traumáticas 
da vítima que impliquem em risco iminente de 
morte, onde o socorrista identifica se a vítima é 
crítica, sendo a situação definida como: 
EMERGÊNCIA: Situações em que há o risco 
imediato de morte. 
 Insuficiência Respiratória Aguda; 
 Parada Cardíaca; 
 Inconsciência; 
 Hipovolemia. 
11. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: Consiste em 
examinar os seguimentos do corpo em busca de 
lesões que passaram despercebidas no primeiro 
momento, de modo que as lesões identificadas 
serão tratadas conforme a sua gravidade, sendo à 
vítima não crítica, teremos: 
URGÊNCIA: Não existe rico imediato de mor-
te 
 Pequena hemorragia; 
 Fraturas nos membros; 
 Outras situações de menor porte. 
 
12. RESPONSIVIDADE: Momento que ante-
cede a execução dos procedimentos de socorro 
com a vítima, onde o socorrista posicionando na 
altura dos ombros do individuo com 3 ou 4 pontos 
ao solo (3 pontos = um joelho no solo com apoio 
dos dois pés. 4 pontos = dois joelhos com os dois 
pés ao solo), devendo tocar no ombro da vítima 
com vigor necessário. Caso a vítima esteja Incons-
ciência é um sinal de instabilidade, devendo o so-
corro ser acionado. 
 
 
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13. ATENDIMENTO À VÍTIMA INCONSCIENTE: 
Diante das mudanças que houve até atualidade, pro-
tocolos de atendimento surgiram no intuito de facili-
tar o atendimento e dá uma maior chance de sobre-
vida ao individuo, sendo estes protocolos de atendi-
mento conhecidos como ABC ou CAB, cabendo ao 
socorrista utiliza-los dentro daquilo que seja perti-
nente. 
a. MÉTODO ABC: Protocolo aplicado por so-
corristas e demais profissionais em vítima de trauma, 
sendo iniciado pela responsividade chamada de AV-
DI. 
 A = Alerta. 
 V = Verbaliza. 
 D = Responde a Dor. 
 I = Vítima Inconsciente. 
1º. Respira. 
2º. Tem pulso. 
 A = Proteção da cabeça (abertura das vias aéreas 
pelo método Jaw Trust). 
 B = V. O. S (verificar, ouvir e sentir a respiração da 
vítima). 
C = Circulação (verificar a presença de pulso caro-
tídeo). 
b. MÉTODO CAB: Protocolo aplicado por pes-
soas leigas não oriundas da saúde em vítima clínica, 
mas que também poderá ser utilizado por profissio-
nais da saúde e socorristas. O processo inicia-se me-
dindo o nível de consciência. 
 Tátil Verbal. 
1º. Não Respira. 
2º. Não Tem pulso. 
 C = Circulação (iniciar imediatamente reanimação 
cardiopulmonar). 
 A = Proteção da cabeça (abertura das vias aéreas 
pelo método Chin Lift). 
 B = V. O. S (verificar, ouvir e sentir a respiração da 
vítima). 
Após o tratamento realizado com o indiví-
duo, seja pelo método ABC ou CAB, aplica-se o D e E, 
que representa os procedimentos a serem aplicados 
de acordo com a situação da vítima, concluindo a 
corrente de sobrevivência. Para tanto, vale salientar 
que no método CAB existe o 5º elo, que são os cui-
dados pós-PCR integrados. 
D = Identifica a Déficit neurológico através da escala 
de Glasgow de 3 a 15. 
E = Corresponde à exposição da vítima e controle da 
hipotermia. 
 
 
 
 
c. ATENDIMENTO A MÚLTIPLAS VÍTIMAS 
(MV): Em decorrência de acidentes que tenha um 
número expressivo de vítimas, deverá ser aplicado o 
atendimento a múltiplas vítimas, onde as mesmas 
são colocadas em lonas nas cores verde, amarela, 
vermelha e cinza, não sendo observados de forma 
criteriosa os protocolos ABC ou CAB, e sim de imedi-
ato se a vítima pode andar ou não, caso não possa, 
5º ELO 
NO CAB 
PÓS-PCR 
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5 
 
deve-se observar a circulação sanguínea do indivíduo 
se está acima de 2 segundos e a respiração acima de 
30 repetições por minuto, para que o mesmo possa 
ser conduzido a lona que o classifica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14. TRATAMENTO DE SITUAÇÕES CLÍNICAS E 
TRAUMÁTICAS: 
Os métodos de reconhecimento e tratamen-
to das situações clínicas e traumáticas serão visto na 
sequência A, B e C, para efeito de entendimento, mas 
os protocolos terão que ser realizados dentro de 
cada situação específica. 
LETRA A: Causas de obstrução de vias aéreas em 
vítima inconsciente: 
• Queda da língua; 
• Presença de corpo estranho; 
• Sangramento; 
• Fraturas na região da face. 
 
 
 
VÍTIMA CLÍNICA: O procedimento correto é a eleva-
ção do mento (queixo), pela manobra denominada 
de CHIN LIFT, onde ocorrerá a liberação total das vias 
aéreas
 
1º 
Pode andar? 
 NÃO 
2º 
Obedece a ordem simples? 
 3º 
Circulação 
 4º 
Respiração 
> 02 Seg. 
> 30 RPM 
Vermelha 
Amarela 
Verde SIM 
 Cinza 
SIM 
 NÃO 
 NÃO 
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VÍTIMA DE TRAUMA: O procedimento tem como 
objetivo a elevação da mandíbula, mantendo a esta-
bilidade da coluna cervical pela manobra JAW TRUST, 
evitando que ocorra uma lesão irreversível na coluna 
cervical. 
 
 
 
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS: As manobras 
de desobstruções em vítima consciente ocorrerão 
nas situações denominadas de engasgo ou também 
conhecida como OVACE (obstrução de vias aéreas 
por corpo estranho). 
• ADULTO: Geralmente ocorrem durante a in-
gestão de alimentos. 
• CRIANÇA: Principalmente durante alimenta-
ção ou recreação, ou seja, nas situações em que a 
criança fica inquieta. 
 
 
 
 
TRATAMENTO PARA OVACE: O procedimento 
consiste em realizar manobras de compressões entre 
a cicatriz umbilical e apende xifoide, no qual serão 
feitas pressões de forma ininterruptas até o objeto 
ser expelido ou à vítima venha a ficar inconsciente. 
Apesar de abolidos os procedimentos de compres-
sões na região anterior do tórax e tapotagem, ante-
riormente realizada em gestante, criança e pessoas 
obesas, deverão ser observados a possibilidade de 
sua realização por conta da eficiência, uma vez que 
somente as compressões abdominais poderão trazer 
complicações. 
 
 
 
MODÚLO INTEGRADOR 
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VÍTIMA INCONSCIENTE DE OVACE: Na situa-
ção em que à vítima venha a ficar inconsciente por 
conta da obstrução, o procedimento adotado hoje é 
reanimação cardiopulmonar, não havendo mais ma-
nobras de desobstrução em vítima deitada, salvo se a 
mesma estiver em OVACE deitada, mas ainda consci-
ente, ou seja, situações em que a vítima está engas-
gada e não deambula (não anda), por conta de situa-
ções patológicas ou fisiológicas. 
O procedimento que deverá ser realizado no 
adulto, gestante e criança quando estiverem deita-
dos e inconscientes, é reanimação cardiopulmonar 
de no mínimo 100 compressões por minutos, ou 30 
compressões por 2 ventilações em um ciclo de 5 ve-
zes, caso tenha um método de barreira. 
 
 
 
OVACE EM LACTENTES: Em se tratando de lactente, 
ainda prevalecem às manobras de tapotagens segui-
das de compressões torácicas (manobra sanduiche) 
até que o objeto seja expelido, ou ao termino das 
manobras seja visto e retirado o objeto (pinçado). 
Caso não tenha sido retirado objeto, devem-se reini-
ciar com as cinco compressões torácicas (tapota-
gem). 
Lactente que venha a ficar inconsciente adota-
se os procedimentos de RCP, de no mínimo 100 
compressões por minutos, ou 30 compressões por 2 
ventilações em um ciclo de 5 vezes, atentando aos 
devidos detalhes que serão mencionados adiante. 
 
 
 
MODÚLO INTEGRADOR 
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LETRA B: É o momento em que o indivíduo pa-
ra de respirar, no entanto, o coração continua ba-
tendo durante algum tempo, sendo que, para identi-
ficar a ausência de respiração o socorrista deverá 
colocar o rosto próximo à face da vítima e olhar em 
direção do tórax para realização do VOS (vê se há 
movimentos respiratórios, ouvir a forma que sai o 
som da respiração e sentir a respiração na face do 
próprio avaliador), de modo que não havendo respi-
ração os procedimentos de ventilação artificial deve-
rão começar imediatamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA COM OXIGÊNIO: 
Deverá ser fornecida uma reserva de oxigênio su-
plementar em situações em que à vítima esteja com 
deficiência na respiração. 
TRATAMENTO COM OXIGÊNIO E EQUIPA-
MENTOS: 
1º. CATETER NASAL: Quando à vítima estiver 
respirando com dificuldade pela narina, deverá ser 
fornecido de 25% a 45% de oxigênio. 
2º. MASCARA FACIAL: Quando à vítima estiver 
respirando com dificuldade pelo nariz e boca, deverá 
ser fornecido de 40% a 60% de oxigênio. 
3º. MASCARA COM RESERVATÓRIO: Quando à 
vítima estiver respirando com dificuldade pelo nariz e 
boca e principalmente em vítima de maior gravidade, 
de modo que o instrumento fornece de 35% a 60% 
de oxigênio. São mascaras que tem válvula unidireci-
onal. 
4º. MASCARA DE VENTURA: São mascaras in-
dicadas em ambiente Hospitalar, pois gasta mais 
oxigênio para ter um aproveitamento de apenas 
50%, sendo que os resgates trabalham com reserva-
tórios limitados. 
BOA RESPIRAÇÃO E VENTILAÇÃO: Assistência 
ventilatória em parada da respiração poderá ser rea-
lizada de diversas maneiras, das quais alguns cuida-
dos deverão ser tomados. 
• Respiração Artificial (boca a boca): Método 
arcaico de ventilação que hoje por conta dos riscos 
de contaminação, não vem sendo recomendado em 
vítimas desconhecidas. 
• Respiração Artificial com mascara de bolso 
(Pocket Mask): O socorrista é detentor de um ins-
trumento que de maneira simples e prática poderá 
executar o procedimento de ventilação com segu-
rança e sem risco de contaminação. 
• Respiração Artificial com Bolsa - Válvula-
Mascara (ambú): Trata-se de um equipamento utili-
zado tanto na área hospitalar, bem como, na pré-
hospitalar, sendo de fácil utilização oferece uma de-
manda ventilatória satisfatória ao ser realizada de 
forma correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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d. TÉCNICAS USADAS EM PARADA RESPIRA-
TÓRIA: 
1º. Feche as narinas da vítima com os dedos, 
caso seja feito boca a boca; 
2º. Coloque a boca com firmeza sobre a boca 
da vítima, ou caso esteja com equipamentoacople-o 
em toda a região da face; 
3º. Inicie com 2 ventilações de resgate de for-
ma lenta; 
4º. Após as ventilações de resgate o socorrista 
deve avaliar novamente a vítima, visto que o proto-
colo usado em questão é o ABC; 
5º. Não voltou a respirar; iniciar a ventilação 
artificial dentro do tempo.
 
 
 
 
VÍTIMA SEM RESPIRAÇÂO E COM PULSO: As 
insuflações deverão ser mantidas em um ritmo que 
varia de acordo com vítima que está sendo atendida, 
ou seja, adulto, criança e lactente. 
• ADULTO: 1 Ventilação a cada 5 segundos; 
• CRIANÇA: 1 Ventilação a cada 3 segundos; 
• LACTENTE: 1 Ventilação a cada 2 segundos. 
LETRA C: 
A parada cardiopulmonar compreende a para-
da respiratória e cardíaca simultaneamente, ou seja, 
o coração para de bombear o sangue e a circulação é 
interrompida. Após a parada cardíaca imediatamente 
a vítima cessa a respiração, sendo o reconhecimento 
feito pelo o profissional de saúde pela constatação 
da ausência de pulso carotídeo (no pescoço), em se 
tratando de adulto ou criança, se for lactente será 
realizada na região femoral ou braquial. 
 
 Bolsa-Válvula-Máscara 
 Respiração Artificial 
(Boca boca) 
Máscara de Bolso 
( Pocket Mask ) 
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IDENTIFICAÇÂO DO LOCAL DA RCP: Inicial-
mente o socorrista deve localizar e posicionar a mão 
de forma correta no tórax da vítima para realizar as 
compressões cardíacas. 
1º. LOCAL NO ADULTO E CRIANÇA: As mãos 
deverão ser colocadas uma sobre a outra, na linha e 
entre os dois mamilos no meio do externo. 
2º. LOCAL NO LACTENTE: Serão colocados dois 
dedos um pouco abaixo da linha do mamilo. Se a 
ventilação for pelo método boca a boca, deverá ser 
colocada a do socorrista sobre boca e nariz do lac-
tente simultaneamente. 
3º. ATÉ ONDE APERTAR: A compressão deverá 
ser realizada até a metade do tórax a uma profundi-
dade de 5 centímetros. 
 
 
 
 
MÉTODO ABC E O CICLO DE RCP: A reanima-
ção cardiopulmonar adotada pelo protocolo ameri-
cano desde 2005 tanto para vítima clínica como de 
trauma, é iniciada com 2 ventilações de resgate ao 
ser identificada ausência de sinais vitais (parada car-
díaca), caso à vítima não retorne com as 2 ventila-
ções de resgate, inicia-se o ciclo de RCP com 1 ou 2 
socorristas. 
 
 
1 
SOCORRISTA 
 
22000055 
22 
SSOOCCOORRRRIISSTTAASS 
AADDUULLTTOO 
3300 XX 0022 
CCIICCLLOO:: 55 XX 
CCRRIIAANNÇÇAA ee LLAACCTTEENNTTEE 
3300 XX 0022 
CCIICCLLOO:: 55 XX 
 
AADDUULLTTOO 
3300 XX 0022 
CCIICCLLOO:: 55XX 
CCRRIIAANNÇÇAA ee LLAACCTTEENNTTEE 
1155 XX 0022 
CCIICCLLOO:: 1100 XX 
MODÚLO INTEGRADOR 
11 
 
MÉTODO CAB: A reanimação cardiopulmonar recep-
cionada pelo protocolo americano a partir de 2010 
em vítima clínica, não realiza mais ventilação de res-
gate, exceto se houver um método de barreira, sen-
do adotando então o ciclo anterior, caso contrário, o 
socorrista profissional somente verificar ausência de 
pulso e iniciar com no mínimo 100 compressões por 
minuto, ao término, verificar a letra A e B, não retor-
nado à vítima, recomeça os procedimentos de com-
pressões cardíacas até a chegada do serviço médico 
de emergência. 
 
RCP EM ADULTO COM 1 OU 2 SOCORRISTAS: 
 
 
 
 
 
RCP EM CRIANÇA E LACTENTE COM 1SOCORRISTA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
12 
 
15. ORGANOGRAMA DE RCP PELO MÉTODO ABC E CAB: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sequência chamada de ABC era aplicada 
desde 2005, tanto em vítima de trauma como clínica 
quando atendida por profissionais da área da saúde, 
socorristas ou pessoas leigas. No entanto, a partir de 
2010 com o surgimento do CAB, instituído pela Asso-
ciação Americana de Cardiologia, vítima de trauma 
(ATLS) passa a ser atendida somente por profissio-
nais da saúde e socorristas pelo método ABC. 
Já o leigo ao se deparar com vítima clínica ou 
mesmo de trauma estando ela inconsciente, deverá 
aplicar somente o CAB (ACLS) por mais que à vítima 
esteja só desmaiada, uma vez que o leigo não verifica 
pulso. Para tanto, o profissional de saúde ou socor-
rista que se deparar com uma vítima clínica e ao cer-
tificar que não tem pulso, já poderá imediatamente 
atende-la pelo método CAB, no intuito de aumentar 
as chances de sobrevivência. 
 
16. DEFINIÇÃO DE ADULTO, CRIANÇA E LACTEN-
TE: 
 ADULTOS: Acima de 8 anos; 
 CRIANÇAS: Faixa etária de 1 a 8 anos; 
 LACTENTES: De 29 dias de vida até 1 ano; 
 RECÉM-NASCIDOS: Que tem até 28 dias de vida. 
Obs. A relação compressão ventilação varia confor-
me o número de socorristas, como a faixa etária, 
bem como, o recém-nascido não é mencionado no 
protocolo americano. 
 
MÉTODO ABC 
ATLS 
VÍTIMA TRAUMA 
Socorrista 
MÉTODO CAB 
ACLS 
VÍTIMA CLÍNICA 
Leigo 
RESPONSIVIDADE 
TÁTIL VERBAL 
RESPONSIVIDADE 
AVDI 
A= Abertura das vias aéreas. 
B= Ver, Ouvir e Sentir. 
C= Checar pulso. 
2 ventilações de resgate. 
A, B e C novamente, não voltou. 
30 compressões por 2 ventilações 
Ciclo de 5vezes. 
C= 100 compressões no mínimo por 
minuto, ou 30 x2 se tiver método de 
barreira. 
A= Abertura das vias aéreas. 
B= Ver, Ouvir e Sentir. 
Não voltou, 100 compressões no 
mínimo em um minuto ou 30 x 2. 
Acionar Socorro Acionar Socorro 
MODÚLO INTEGRADOR 
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17. QUANDO SUSPENDER A REANIMAÇÃO 
CARDIOPULMONAR: 
1º. Quando à vítima retornar; 
 2º. Mediante ordem médica; 
 3º. Permuta ou substituição por outro socorrista 
capacitado; 
 4º. Exaustão física total do socorrista. 
Obs. É importante ressaltar que o socorrista não 
pode afirmar a morte da vítima. 
 
18. DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO: 
Fibrilação ventricular é a principal causa de morte 
nos distúrbios cardíacos fatais, em geral relacionados 
ao infarto agudo do miocárdio, sendo que a cada 
minuto a probabilidade de sobrevivência da vítima 
em fibrilação ventricular diminui em 10%, aproxi-
mando-se a zero após 10 minutos. Diante de tais 
patologias cardíacas, o DEA poderá ser usado de 
maneira eficaz por pessoas treinadas no intuito de 
aumentar as chances de sobrevida dos indivíduos. 
 
19. UTILIZANDO O DEA: 
1º. PASSO: O socorrista deverá ligar o DEA que ativa-
rá as mensagens automaticamente do aparelho pe-
dindo que sejam colocadas as pás autoadesivas na 
vítima. 
2º. PASSO: Ao fixar as pás autoadesivas na parte 
superior do bordo do esterno direito e na parte late-
ral do mamilo esquerdo um pouco abaixo da axila, o 
aparelho emitirá a mensagem para que o socorrista 
afaste-se da vítima. 
3º. PASSO: Afastando-se da vítima e assegurando 
que ninguém toque na mesma, o DEA analisará o 
ritmo sinusal e se estiver fibrilando recomendará o 
choque. 
4º. PASSO: Antes de apertar o botão choque, o so-
corrista deverá certificar se à vítima não tem pulso, 
para só então aperta-lo. Existem situações em que à 
vítima poderá está em taquicardia ventricular com 
pulso e que nessa situação não se recomenda o cho-
que, bastando para tanto o socorrista verificar as 
carótidas. 
 
 
 
 
20. OS ELOS DA SOBREVIVÊNCIA EM CRIAN-
ÇA: 
1°. ELO= Corrente da sobrevivência (prevenção); 
2°. ELO= Iniciar a RCP imediatamente por 2 minutos; 
3º. ELO= Ligar para serviço médico de emergência; 
4º. ELO= Chegada do Serviço Medico de 
Emergência. 
 
 
MODÚLO INTEGRADOR 
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21. LETRA D (DÉFICIT NEUROLÓGICO): 
O objetivo do exame neurológico é obter in-
formações sobre o funcionamento do sistema nervo-
so, identificando possíveis alterações. O exame é 
realizado em duas etapas: 
1º: Ao analisar o nível de consciência através 
do método A V D I ou tátil verbal, seja leigo ou pro-
fissional de saúde na chamada responsividade. 
2º: Pela Escala de Coma de Glasgow, realizada 
pelo profissional de saúde propriamente dito, de 
modo a se fazer uma avaliação minuciosa da vítima. 
MEDINDO O NÍVELDE CONSCIÊNCIA: No mé-
todo A V D I observa-se o grau de contato que a víti-
ma faz com o meio ambiente. Não havendo resposta 
verbal, deverá ser feito estímulo doloroso, geralmen-
te sobre o esterno ou trapézio, para determinar o 
nível de consciência, no entanto, vítima de trauma 
necessita de cautela para não agravar seu estado. 
A. ALERTA: Se à vítima mantem os olhos aber-
tos e ativos; 
V. VERBAL: Responde quando chamada; 
D. DOLOROSO: Responde à dor ou qualquer 
outro estimulo; 
I. INCONSCIENTE: Após estímulos, à vítima não 
esboça qualquer reação. 
 
22. ESCALA DE COMA DE GLASGOW: É uma ta-
bela utilizada para medir o nível de consciência e a 
gravidade do trauma com mais detalhes. Para cada 
item existe uma pontuação que ao término da análi-
se, será possível obter uma soma que representará o 
nível de consciência da vítima. 
ABERTURA OCULAR - NOTA MÁXIMA 04: 
 Abertura espontâneo = 04. 
 Abertura a estimulo verbal = 03. 
 Abertura a estimulo doloroso = 02. 
 Sem Resposta = 01. 
RESPOSTA VERBAL - NOTA MÁXIMA 05: 
 Orientado = 05. 
 Confuso = 04. 
 Palavras Inapropriadas = 03. 
 Sons Incompreensíveis = 02. 
 Sem Resposta = 01. 
 
RESPOSTA MOTORA - NOTA MÁXIMA 06: 
 Obedece a Comandos = 06. 
 Localiza a Dor = 05. 
 Flexão Normal (retira a mão de quem o toca) = 04. 
 Flexão Anormal dos MMSS (decorticação) = 03. 
 Extensão dos MMSS e MMII (descerebração) = 02. 
 Sem Resposta = 01. 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
15 
 
23. LETRA E, EXPOSIÇÃO DA VÍTIMA E CON-
TROLE DA HIPOTERMIA: 
Avaliação que inicia desde a cabeça até os pés, 
finalizando com na coluna da vítima, de modo que 
poderá ser iniciada com a colocação do colar cervical 
ou ao termino do procedimento, sendo o corpo da 
vítima exposto para facilitar a verificação de possíveis 
traumas, hemorragias externas e internas e outras 
possíveis lesões. 
 
 
 
EXAME DA CABEÇA: Ao ser palpado toda a cabeça da 
vítima deverá ser observada sinais que evidencie um 
possível trauma: 
 Saída de líquor ou sangue pelo nariz ou ouvido; 
 Sinal de panda ou sinal de battle; 
 Pupilas de tamanhos desiguais (anisocoria); 
 Pupilas contraídas ( miose ); 
 Pupilas dilatadas (midríase). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME DO TÓRAX: É importante observar todos os detalhes na região torácica por conta de grandes 
vasos e órgãos necessários a sobrevivência humana. 
 Observar a expansão torácica e o movimento respiratório; 
 Exame do arco costal observando possíveis fraturas ou segmentos soltos; 
 Observar de existência de pneumotórax 
 ou hemotórax. 
COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
16 
 
 
EXAME DO ABDOME: A importância de se ve-
rificar os quadrantes, se da principalmente pelo fato 
de comportar nessa região uma grande quantidade 
de sangue em determinadas hemorragias e de serem 
de difícil detecção. 
 Deverá ser observada a presença de nódulos; 
 Presença de hematomas; 
 Tipos de ferimentos; 
 As deformações e distensões. 
 
 
EXAME DA REGIÃO PÉLVICA: Compreendida 
por partes ósseas que dificulta a identificação de 
lesões e hemorragias nos primeiros minutos, o socor-
rista deverá cuidadosamente observar todas as situ-
ações que impliquem em complicação para à vítima. 
 Deverá se feita de forma cuidadosa pressão 
sobre o osso ilíaco; 
 Sempre verificar a existência de crepitação 
ou rangido nas partes afetadas. 
 
 
 
EXAME DOS MEMBROS SUPERIORES E INFE-
RIORES: A principal conduta é a observação da pre-
sença de deformidades, fraturas, ferimentos ou he-
matomas, atentando para o pulso se está dentro dos 
limites de normalidade e a perfusão capilar usando 
como base o CSM. 
 Circulação: Ao apertar e soltar na extremi-
dade da vítima deverá haver um enchimento capilar 
em até 2 segundos. 
 Sensibilidade: Ao pegar um objeto tipo ca-
neta, deverá ser passada na palma da mão ou do pé 
MODÚLO INTEGRADOR 
17 
 
de forma rápida e ao mesmo tempo olhar para vítima 
se a mesma esboçará alguma reação. 
 Movimento: Movimento de contração e ex-
tensão feita em cada membro, observando se haverá 
resistência por parte da vítima. 
EXAME DA COLUNA: Parte do corpo na qual a 
preocupação se dá desde inicio do atendimento por 
conta das lesões que possam ter ocorrido, bem co-
mo, as que ainda poderão ocorrer quando manipula-
da a vítima de forma errada. 
 A verificação da coluna deverá ser feita no 
momento do rolamento da vítima para imobilização 
na prancha ou maca; 
 Deve-se verificar a existência de crepitação 
ou deformidade, além e fraturas visíveis ou até 
mesmo possíveis ferimentos. 
 
24. HEMORRAGIAS: 
Consiste no extravasamento de sangue dos va-
sos que impede a distribuição de oxigênio nos teci-
dos, tendo por consequência a perda do volume de 
sangue que dependendo da velocidade poderá cau-
sar a morte pós-trauma. O tratamento deverá ser 
efetivo e rápido principalmente em ambiente pré-
hospitalar.
 
 
 
DIVISÃO DAS HEMORRAGIAS: 
HEMORRAGIA EXTERNA: Hemorragia visível 
que ocorre devido a ferimento aberto, por haver 
extravasamento de sangue para o meio externo e 
sendo facilmente reconhecida por sua classificação 
em arterial, venoso e capilar. 
 ARTERIAL: Hemorragia que faz jorrar sangue pul-
sátil. 
 VENOSA: Hemorragia onde o sangue sai lento e 
contínuo. 
 CAPILAR: Sangue que sai lentamente dos vasos 
menores.
 
 
CONTENÇÃO DE HEMORRAGIAS EXTERNAS: O 
procedimento de contenção deverá ser realizado 
dentro das margens de segurança para o socorrista, 
bem como, no tocante aquilo que possa ser utilizado 
como improviso, não havendo necessidade de utilizar 
produtos estranhos ao organismo ou que possa con-
tribuir para infecções. 
MODÚLO INTEGRADOR 
18 
 
PROCEDIMENTO DE CONTENÇÃO NA ORDEM: 
1º. COMPRESSÃO LOCAL: Coloca-se uma com-
pressa molhada sobre a laceração, caso a hemorragia 
não cesse, deverá ser colocada outra compressa so-
bre o que já está no ferimento. 
2º. ELEVAÇÃO DO MEMBRO: Utilizada na situ-
ação em que a compressão local não seja suficiente, 
de modo que ao elevar o membro, diminuirá a quan-
tidade de sangue até o local afetado. 
3º. PONTO DE PULSO: Por fim, quando os de-
mais procedimentos não surtirem o efeito desejado, 
deverá o socorrista apertar uma artéria abaixo do 
ferimento para diminuir o volume de sangue que 
chega até o local. 
 
 
 
TORNIQUETE: Indicado só em caso de ampu-
tação, por conta dos possíveis efeitos adversos que o 
torniquete possa trazer e a dificuldade de sua correta 
aplicação, tendo como finalidade o controle de he-
morragias e indicado somente se a aplicação de 
compressão direta não funcionar. 
Os efeitos adversos do torniquete poderão in-
cluir isquemia e gangrena da extremidade, bem co-
mo, choque ou até mesmo a morte do individuo. Em 
geral, torniquetes especialmente projetados são 
melhores do que os improvisados.
 
 
 
 
PROCEDIMENTO PARA MEMBROS AMPUTA-
DOS: Após ser realizada a contenção da hemorragia 
no membro afetado, deve-se envolver a parte ampu-
tada em panos ou coloca-lo dentro de um saco plás-
tico em recipiente com gelo e isolado, para não ocor-
rer queimaduras por baixa temperatura. 
 
EPISTAXE: Hemorragia nasal provocada pela 
ruptura de vasos sanguíneos da mucosa do nariz que 
poderá dificultar até mesmo a respiração dependen-
do do volume que é desprezado na hemorragia. 
 
TRATAMENTO: 
MODÚLO INTEGRADOR 
19 
 
1º. Comprimir a narina que sangra com os de-
dos; 
2º. Aplicar gelo exteriormente para diminuir o 
volume dos vasos; 
3º. Introduzir na narina um tampão e fazer 
pressão local; 
4º. Atentar se não é sangramento de um pro-
vável TCE. 
 
 
 
HEMORRAGIA INTERNA: Sangramento nas ca-
vidades do organismo, havendo um extravasamento 
para o interior do próprio corpo, tecidos, sendo que 
em muitas situações torna-se difícil o socorrista iden-
tificar o local com precisãoda hemorragia. São situa-
ções que indicam hemorragia interna: 
• Tempo de enchimento capilar acima de 2 se-
gundos; 
• Pele fria e úmida, ou seja, pegajosa; 
• Pulso fraco e rápido; 
• Pupilas dilatadas; 
• Queda da pressão arterial; 
• Vítima ansiosa, inquieta e com sede; 
• Náusea e vômito; 
• Respiração rápida e profunda; 
• Perda de consciência e parada respiratória. 
 
 
 
TRATAMENTO NAS HEMORRAGIAS INTER-
NAS: Tratamento da hemorragia interna é na unida-
de hospitalar, no entanto, no âmbito pré-hospitalar 
(na rua), deve-se de forma paliativa manter a vítima 
calma, agasalhada, de preferência deitada e garan-
tindo a respiração da vítima. Alguns procedimentos e 
cuidados deverão ser realizados nas principais cavi-
dades em caso de hemorragia interna, são eles: 
HEMORRAGIA NOS PULMÕES: Coloque à víti-
ma em repouso, com a cabeça mais alta que o corpo 
e virada lateralmente para não haver obstrução. 
HEMORRAGIA NO ESTÔMAGO: Coloque à ví-
tima deitada sem travesseiro, com a cabeça virada 
lateralmente. Não dê nada por via oral (pela boca), 
por conta das obstruções ou de outras possíveis 
complicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
20 
 
 
 
 
16.2. ESTADO DE CHOQUE: Quadro clínico 
agudo que tem como causa a falência do sistema 
cardiocirculatório, consequentemente havendo: 
• Redução da distribuição de sangue oxige-
nado para os tecidos; 
• Falência generalizada do coração, pulmões, 
cérebro, fígado e rins; 
• Não havendo intervenção imediata, os ór-
gãos vitais serão lesionados podendo ocorrer de 
forma irreversível. 
 
 
 
 
25. LESÕES: 
Caracteriza-se pela destruição total ou parcial 
de tecidos, ocorrendo em virtude da força de um 
agente externo. As lesões de partes moles devem ser 
contidas e imobilizadas, quando houver suspeitar de 
fratura óssea, ou quando a vítima não puder realizar 
movimentos por conta de dor intensa no local que 
aumenta ao menor movimento. A dor poderá ser 
causada: 
• Edema (inchaço); 
• Equimose (parte arroxeada); 
• Hematoma (inchaço com parte arroxeada); 
• Paralisia no local; 
• Crepitação ao movimento; 
MODÚLO INTEGRADOR 
21 
 
• Abrasões ou escoriações (lesões superficiais 
de sangramento discreto e muito doloroso). 
 
 
 
 
FERIMENTOS INCISOS OU LACERANTES: São 
lesões de bordas regulares ou irregulares que produ-
zidas por objetos cortantes (lâminas de barbear, fa-
cas e vidros quebrados), podendo causar danos pro-
fundos aos tendões, músculos e nervos dependendo 
da extensão do ferimento. 
 
 
 
FERIMENTOS PENETRANTES: São lesões que 
avançam através da pele danificando os tecidos em 
uma linha transversal, geralmente sendo provocadas 
por objetos pontiagudos e principalmente por armas 
de fogo. O tratamento de emergência mais indicado 
realizado pelo socorrista, no intuito de evitar a en-
trada de ar para parte interna do tórax, é o curativos 
de três pontas, ou seja, o uso de um pano ou com-
pressa colocada em cima do ferimento utilizando três 
pedaços de esparadrapo nas extremidades, de modo 
que á vítima ao inspirar não haverá entrada de ar 
para caixa torácica. 
 
 
 
 
AVULSÕES: Envolvem a perca de uma parte da 
pele ocasionada por acidentes nas mais variadas 
modalidades. Situações em que a pele ainda esteja 
presa a partes do corpo, deverão ser recolocadas 
sobre o ferimento e controlada a hemorragia fazen-
do uso bandagens ou ataduras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
22 
 
 
 
 
 
 
EVISCERAÇÕES: Quando a musculatura do ab-
dome é rompida em decorrência de violento impacto 
provocado por objeto penetrante ou cortante, ex-
pondo o interior da região abdominal à contamina-
ção. Procedimentos de emergência. 
• Remover vestes para expor a lesão; 
• Não recolocar nenhum órgão eviscerado 
para dentro do abdome; 
• Cobrir com plástico ou curativo oclusivo; 
• Não se deve lavar a lesão, ou seja, evitar 
contato direto com as patres exposta por conta do 
risco de contaminação. 
 
OBJETO EMPALADO: Objeto transfixado ao 
corpo que não deve ser retirado por haver risco de 
está pressionando determinados vasos sanguíneos e 
caso seja retirado de qualquer forma, poderá provo-
car ainda mais o agravamento do estado da vítima. 
 
26. FRATURAS: 
Trata-se da descontinuidade óssea que poderá 
ocorrer por vários fatores, dos quais os principais são 
os traumas nas suas variadas modalidades. O trata-
mento de emergência mais apropriado é a imobiliza-
ção que proporciona uma estabilidade e conforto de 
modo a não agravar as lesões preexistentes. O socor-
rista ao realizar a imobilização deverá: 
• Cortar ou remover as roupas; 
• Alinhar o membro de forma anatômica; 
• Colocar uma tala acolchoada na articulação 
tanto acima quanto abaixo do local lesionado; 
• Evitar remover à vítima sem que a lesão es-
teja imobilizada, salvo em casos de riscos iminentes.
 
MODÚLO INTEGRADOR 
23 
 
 
 
 
TIPOS DE FRATURAS: As fraturas por serem lesões de origem traumática produzida de forma direta ou 
indireta, por alto ou baixo impacto, poderão ter varias classificações, das quais as principais são as fechadas e 
as expostas. 
 
 
 
 
 
FRATURA FECHADA: são aquelas em que não 
se pode vê o osso fraturado, mas suspeitar que tenha 
ocorrido por conta da deformidade que o membro 
apresenta além da dor e edema localizado. 
 
 
 
 
FRATURA EXPOSTA: É evidenciado ao ser visto 
o osso no meio externo, além do sangramento ob-
serva-se a presença de substancias do interior do 
osso. O socorrista terá que imobilizar e conter a he-
morragia, alinhado o membro sem tentar empurrar o 
osso para parte interna, no entanto, se houver resis-
tência ao ser realizada o procedimento, à vítima de-
 
 
Oblíqua Impactada Cominutiva Exposta 
MODÚLO INTEGRADOR 
24 
 
verá ser conduzida ao hospital na forma em que a 
fratura apresenta-se. 
 
 
 
 
LUXAÇÕES: Quando um osso sai de uma cavi-
dade a nível de extremidade articular, ou seja, ha-
vendo um rompimento total de uma articulação 
(perda da forma original do local lesionado). 
PROCEDIMENTOS: 
1º. A manipulação das luxações cabe exclusi-
vamente ao médico especialista; 
2º. No atendimento pré-hospitalar cabe imobi-
lizar na posição da deformidade. 
 
 
 
 
ENTORSES: É um traumatismo em uma articu-
lação que ocorre de forma parcial, mas distendida ao 
extremo que ao ser forçada, acaba resultando ou não 
em ruptura. 
 
 
IMOBILIZAÇÃO DE ALGUMAS FRATURAS: 
 
 
MODÚLO INTEGRADOR 
25 
 
 
PROCEDIMENTO PARA LESÃO NO OLHO: 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO PARA LESÃO COM OBJETO EMPALADO: 
 
 
FRATURA DE CRÂNIO: O traumatismo cranea-
no encefálico poderá ocorrer de forma fechada, com 
afundamento do crânio ou fratura exposta. 
SINAIS E SINTOMAS: 
1º. Dores; 
2º. Tonturas; 
3º. Náusea; 
4º. Manchas Arroxeadas; 
5º. Inconsciência; 
6º. Parada respiratória; 
7º. Hemorragia pelo nariz, boca ou ouvido. 
FRATURA DE COLUNA: As lesões na coluna 
vertebral são ocasionadas por traumas, sendo os 
mais comuns os acidentes automobilísticos entre 
35% a 45%; as quedas entre 25% a 30% e os aciden-
tes esportivos entorno de 15%. 
EVITANDO AGRAVAMENTO: 
1º. Uso de colar cervical; 
2º. Estabilização da coluna vertebral; 
3º. Uso de pranchas rígidas. 
COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
26 
 
 
27. TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÕES: 
Toda vítima de trauma deve ser manuseada com o máximo cuidado e imobilizada antes de ser transpor-
tada. 
 
 
ROLAMENTOS: 
 
 
 
 
 
 
 
POSIÇÃO DE RECUPERAÇÃO 
 1º. 2º. 3º. 
MODÚLOINTEGRADOR 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MEDIÇÃO DO COLAR CERVICAL 
 1º. 2º. 3º. 
 COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL 
 1º. 2º. 3º. 
 ROLAMENTO 90° COM 3 SOCORRISTAS 
 1º. 2º. 
 ROLAMENTO 180° COM 3 SOCORRISTAS 
 1º. 2º. 3º. 
MODÚLO INTEGRADOR 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. QUEIMADURAS: 
São lesões frequente e severa que poderão le-
var a morte, produzindo sofrimento físico e psicoló-
gico, por conta disso o tratamento poderá durar me-
ses ou anos, independente da faixa etária. O atendi-
mento definitivo aos grandes queimados deve ser 
feito preferencialmente em centros especializados. 
 TIPOS DE QUEIMADURAS: 
• PRIMEIRO GRAU: São as queimaduras que 
atingem apenas a epiderme (queimaduras superfici-
ais), caracterizando-se por dor local e por vermelhi-
dão na área atingida. 
• SEGUNDO GRAU: São queimaduras que 
atingem a epiderme e a derme produzindo uma forte 
dor local, ficando a pele avermelhada e havendo 
formação de bolhas. 
• TERCEIRO GRAU: Atingem toda a espessura 
da pele chegando até ao tecido subcutâneo, havendo 
ausência de bolhas íntegras e de sensibilidade, fican-
do a parte atingida carbonizada ou branca.
 MANOBRA A CAVALEIRA 
 1º. 2º. 
PRANCHA LONGA 
 1º. 2º. 
COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
29 
 
 
QUEIMADURA DE 1º GRAU: 
 
QUEIMADURA DE 2º GRAU: 
 
QUEIMADURA DE 3º GRAU: 
 
 
EXTENSÃO DA QUEIMADURA: A extensão da 
queimadura ou a porcentagem da área corporal 
queimada é importante para se determinar a gravi-
dade da lesão e o seu tratamento, para isso atribui-
se uma escala chamada de regra dos nove. 
 
ATENDIMENTO AO QUEIMADO: O atendimento à 
vítima de queimaduras, praticamente segue os mes-
mo cuidados dos demais traumas, dos quais se des-
tacam: 
 Apagar a chama com um pano limpo e úmi-
do; 
 Esfriar a lesão com água corrente (atenção 
ao grande queimado); 
 
 
MODÚLO INTEGRADOR 
30 
 
 Proteger a área queimada com um pano 
limpo; 
 Retirar roupas e acessórios que não este-
jam aderidos ao corpo; 
 Não perfurar bolhas; 
 Encaminhar à vítima para um centro espe-
cializado de queimados. 
 
 
 
ATENDIMENTO AO ELETROCUTADO: Certificar 
que já foi interrompida a passagem da corrente elé-
trica, e, caso de acidente em via pública chamar a 
companhia elétrica e orientar a vítima a não descer 
do veículo. Após esses cuidados, deve-se efetuar a 
abordagem primária garantindo abertura das vias 
aéreas 
e o controle 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARTE DO CORPO ADULTO CRIANÇA 
Cabeça e pescoço 9% 18% 
MMSS 9% 
Cada 
9% cada 
Tronco Anterior 18% 18% 
Tronco Posterior 18% 18% 
MMII 18% 
Cada 
14% cada 
Genitais 1% Incluído nos MMII 
TOTAL 100% 100% 
COLÉGIO ELITE 
MODÚLO INTEGRADOR 
31 
 
cervical, tomando todas as medidas cabíveis 
relacionadas às queimaduras e encaminhar a vítima 
para o hospital apropriado. 
 
 
29. EMERGÊNCIAS CLÍNICAS: 
Situações clínicas mais frequentes que pode-
rão ser encontradas no atendimento pré-hospitalar 
são: Doenças cardiovasculares, acidente vascular 
cerebral, convulsões; síncope, asma. 
CONVULSÕES: A convulsão, mais conhecida 
por ataque ou epilepsia, é uma desordem cerebral 
que poderá acometer qualquer pessoa independente 
da idade, bem como, causas ainda não determinadas 
na maioria das patologias. 
• O cérebro deixa de funcionar normalmente 
e passa a enviar estímulos desordenados ao resto do 
corpo; 
• As crises intercaladas demoram em média 3 
a 5 minutos; 
• Há um período de inconsciência e relaxa-
mento generalizado; 
• A consciência é recuperada aos poucos po-
dendo apresentar cefaleia, vômitos e confusão men-
tal; 
• Caracteriza-se uma emergência clínica, de-
pendendo do caso poderá haver risco de morte. 
 
 
 
ATENDIMENTO NAS CONVULSÕES: 
1º. Segurar com firme a cabeça da vítima para 
evitar traumas ao bater no solo; 
2º. Evitar possível obstrução com saliva ou até 
mesmo a queda da língua; 
3º. Afastar objetos próximos da vítima para 
evitar contusões; 
4º. Lateralizar a cabeça para evitar obstruções, 
se possível coloca-la na posição lateral de segurança. 
30. DESMAIO: Caracteriza-se por qualquer tipo 
de perda da consciência, sendo geralmente de curta 
duração não necessitando de manobras específicas 
para a recuperação da vítima, no entanto, deve-se 
ter cuidado com possíveis obstruções de vias aéreas. 
CAUSAS DO DESMAIO: 
• Diminuição da atividade cerebral; 
• Queda da pressão arterial; 
• Causa emocional; 
• Dor súbita; 
• Calor excessivo; 
• Hipoglicemia; 
• Intoxicações exógenas; 
• Agressões. 
 
MODÚLO INTEGRADOR 
32 
 
ATENDIMENTO NO DESMAIO: 
• Manter a vítima deitada até que possa se 
recuperar; 
• Cabeça deverá se posicionada abaixo do 
corpo; 
• Membros inferiores mais ou menos 30 cen-
tímetros elevados do solo; 
• Manter o local ventilado para que facilite a 
respiração da vítima; 
• Afrouxar as vestimentas para que à vítima 
possa respirar melhor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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