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2 2
SUMÁRIO
1. Providência preliminares....................................................................................................... 3
1.1. Réplica ................................................................................................................................. 4
1.2. Julgamento conforme o estado do processo..................................................................... 4
1.2.1. Julgamento antecipado do mérito.................................................................................. 5
1.2.2. Julgamento antecipado parcial do mérito ..................................................................... 6
2. Saneamento e organização do processo .............................................................................. 7
3. Jurisprudência correlata........................................................................................................ 9
4. Leitura da lei ........................................................................................................................... 9
5. Fontes ..................................................................................................................................... 9
32
SUMÁRIO
1. Providência preliminares....................................................................................................... 3
1.1. Réplica ................................................................................................................................. 4
1.2. Julgamento conforme o estado do processo..................................................................... 4
1.2.1. Julgamento antecipado do mérito.................................................................................. 5
1.2.2. Julgamento antecipado parcial do mérito ..................................................................... 6
2. Saneamento e organização do processo .............................................................................. 7
3. Jurisprudência correlata........................................................................................................ 9
4. Leitura da lei ........................................................................................................................... 9
5. Fontes ..................................................................................................................................... 9
3
1. Providência preliminares
O procedimento comum é dividido em 4 fases: postulatória, saneatória, instrutó-
ria e decisória. 
FASES DO PROCEDIMENTO CUMUM
Postulatória
Predomina a atividade das partes colocando em juízo as suas razões de 
fato e de direito. Vai, em regra, desde a oposição da petição inicial até a 
apresentação de contestação. 
Saneatória
As alegações das partes são delimitadas. O magistrado irá adotar provi-
dências preliminares, como a determinação de réplica, suprir irregulari-
dades, especificar as provas. 
Instrutória Após a decisão de saneamento irá iniciar a produção de prova. Será fina-
lizada com as razões finais das partes após a produção de provas. 
Decisória Fase na qual o magistrado decide a causa após as razões finais das par-
tes. 
Contudo, importante destacar que o papel saneador do juiz não é exclusivo da 
fase saneatória, ele existe durante todo o decorrer do processo. Nesta fase, ocorrerá apenas 
uma concentração da função saneatória, visto que se atingiu um ponto decisivo no qual o 
juiz poderá estar apto a julgar ou verificar a necessidade de produção de novas provas. Nes-
sa situação, será possível a realização das seguintes posturas: 
a. Réu não oferece resposta e a revelia produz os seus efeitos  magistrado irá 
julgar antecipadamente o mérito, conforme o art. 355, II, do CPC.
b. Réu não oferece resposta e a revelia não produz os seus efeitos  juiz ordena-
rá que o autor especifique as provas que pretenda produzir, se ainda não as tiver 
indicado (art. 348).
c. Réu apresenta preliminares, defesas indiretas (fatos impeditivos, extintivos ou 
modificativos) ou junta novos documentos  o autor será intimado para apre-
sentar réplica no prazo de 15 dias (arts. 350 e 351).
d. Verificando a existência de irregularidades ou de vícios sanáveis  juiz deter-
minará sua correção em prazo nunca superior a 30 (trinta) dias (art. 352).
e. Havendo revelia fruto de uma citação ficta  deve ser nomeado curador espe-
cial (art. 72, II).
f. Juiz deverá verificar se é ocaso de intervenção do Ministério Público ou de 
qualquer outro órgão cuja presença no processo seja obrigatória nos termos de 
lei. 
g. Se não houver necessidade de produção de outras provas  juiz irá realizar o 
julgamento antecipado do mérito (art. 355, I).
4 4
h. Se apenas uma parcela dos pedidos estiver incontroverso ou em condição de 
imediato julgamento  juiz irá realizar o julgamento antecipado parcial do méri-
to, determinando o prosseguimento do processo em relação aos demais pedidos 
(art. 356).
i. Réu contesta e não é o caso de julgamento antecipado do mérito  juiz irá 
proferir a decisão de saneamento e organização do processo (art. 357). 
1.1. Réplica
A réplica é uma forma de garantir o contraditório, pois, na hipótese de o réu ale-
gar alguma preliminar, juntar novos documentos ou realizar uma defesa indireta, o réu terá 
manifestado questões novas sobre as quais o autor deve ter oportunidade de apresentar 
sua versão. A réplica deverá ser apresentada no prazo de 15 dias.
Nem sempre será necessária a apresentação de réplica, pois pode ocorrer de réu 
ter se limitado a negar os fatos da petição inicial. Contudo, na prática, observa-se que o ma-
gistrado costuma sempre abrir prazo para a apresentação de réplica de modo a evitar uma 
eventual nulidade por violação ao contraditório. 
Não há previsão legal de tréplica, contudo sua ocorrência não é impossível. Pode 
o magistrado intimar o réu para manifestação após a réplica no caso de serem juntados no-
vos documentos ou suscitadas questões processuais ainda não alegadas. 
1.2. Julgamento conforme o estado do processo
Após cumprir todas as diligências preliminares o juiz deverá avaliar se é cabível a 
extinção do processo, conforme o art. 354 do CPC:
Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 
487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respei-
to a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por 
agravo de instrumento.
Estes dispositivos mencionados (art. 485 e 487, II e III) estão relacionados às hipó-
teses de extinção do processo sem resolução de mérito e com as “falsas sentenças de méri-
to”, que são as hipóteses em que o juiz resolve o mérito da demanda sem apreciar o pedido 
das partes (renúncia do direito, transação, reconhecimento jurídico do pedido, prescrição e 
decadência). 
Destaca-se que o art. 354 não fica adstrito a este momento processual, devendo 
ser obedecido sempre que ocorrer alguma das hipóteses nele previstas. 
54
h. Se apenas uma parcela dos pedidos estiver incontroverso ou em condição de 
imediato julgamento  juiz irá realizar o julgamento antecipado parcial do méri-
to, determinando o prosseguimento do processo em relação aos demais pedidos 
(art. 356).
i. Réu contesta e não é o caso de julgamento antecipado do mérito  juiz irá 
proferir a decisão de saneamento e organização do processo (art. 357). 
1.1. Réplica
A réplica é uma forma de garantir o contraditório, pois, na hipótese de o réu ale-
gar alguma preliminar, juntar novos documentos ou realizar uma defesa indireta, o réu terá 
manifestado questões novas sobre as quais o autor deve ter oportunidade de apresentar 
sua versão. A réplica deverá ser apresentada no prazo de 15 dias.
Nem sempre será necessária a apresentação de réplica, pois pode ocorrer de réu 
ter se limitado a negar os fatos da petição inicial. Contudo, na prática, observa-se que o ma-
gistrado costuma sempre abrir prazo para a apresentação de réplica de modo a evitar uma 
eventual nulidade por violação ao contraditório.Não há previsão legal de tréplica, contudo sua ocorrência não é impossível. Pode 
o magistrado intimar o réu para manifestação após a réplica no caso de serem juntados no-
vos documentos ou suscitadas questões processuais ainda não alegadas. 
1.2. Julgamento conforme o estado do processo
Após cumprir todas as diligências preliminares o juiz deverá avaliar se é cabível a 
extinção do processo, conforme o art. 354 do CPC:
Art. 354. Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 
487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respei-
to a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por 
agravo de instrumento.
Estes dispositivos mencionados (art. 485 e 487, II e III) estão relacionados às hipó-
teses de extinção do processo sem resolução de mérito e com as “falsas sentenças de méri-
to”, que são as hipóteses em que o juiz resolve o mérito da demanda sem apreciar o pedido 
das partes (renúncia do direito, transação, reconhecimento jurídico do pedido, prescrição e 
decadência). 
Destaca-se que o art. 354 não fica adstrito a este momento processual, devendo 
ser obedecido sempre que ocorrer alguma das hipóteses nele previstas. 
5
Por outro lado, caso não seja adequada a aplicação do art. 354, o magistrado irá 
avaliar se não é possível realizar o julgamento antecipado do mérito, nos casos em que os 
pedidos ou parte deles estão, desde logo, aptos para julgamento. Deste modo, consagra-se 
uma outra técnica de sumarização do procedimento, em razão da desnecessidade da pro-
dução de novas provas. 
1.2.1. Julgamento antecipado do mérito
O julgamento antecipado do mérito ocorre quando o processo é julgado logo de-
pois do fim da fase postulatória, sem necessidade de realização da fase instrutória. A deci-
são será de mérito, fundada em cognição exauriente. Conforme o art. 355, o julgamento 
antecipado poderá ocorrer em dois casos:
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sen-
tença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 (presunção de 
veracidade das alegações de fato formuladas pelo autor) e não hou-
ver requerimento de prova, na forma do art. 349 (produção de provas 
pelo réu revel quando se apresenta nos autos a tempo).
Entende a doutrina que o magistrado deve comunicar as partes que pretende 
utilizar-se do art. 355 de modo a evitar a surpresa, conforme o art. 10 do CPC. Contudo, 
o enunciado 27 da Jornada de Direito Processual civil estabelece que “não é necessário o 
anúncio prévio do julgamento do pedido nas situações do art. 355 do CPC”.
Ademais, é o posicionamento da doutrina e da jurisprudência de que não se ad-
mite o julgamento antecipado fundamentado na falta de provas, pois seria uma contradi-
ção em termos, violando o contraditório e a ampla defesa, principalmente se houve indefe-
rimento do pedido de produção de provas por parte do autor. 
Deveras, é cediço na Corte que resta configurado o cerceamento de 
defesa quando o juiz, indeferindo a produção de provas requerida, jul-
ga antecipadamente a lide, considerando improcedente a pretensão 
veiculada justamente porque a parte não comprovou suas alegações. 
AgRg no Recurso Especial nº 998.593 Precedentes do STJ: REsp 623479/
RJ , publicado no DJ de 07.11.2005; AgRg no Ag 212534/SP, Relator 
Ministro Humberto Gomes de Barros, publicado no DJ de 08.08.2005; 
REsp 184472/SP, Relator Ministro Castro Filho, Terceira Turma, publi-
cado no DJ de 02.02.2004; e REsp 471322/RS , Relatora Ministra Nancy 
Andrighi, Terceira Turma, publicado no DJ de 18.08.2003.
6 6
Da mesma forma entende o Fórum Permanente de Processualistas Civis: 
Enunciado 297: O juiz que promove julgamento antecipado do méri-
to por desnecessidade de outras provas não pode proferir sentença 
de improcedência por insuficiência de provas.
1.2.2. Julgamento antecipado parcial do mérito
Esta é uma grande inovação em relação ao CPC de 1973, no qual era vedada a 
cisão do julgamento de mérito. Conforme o código antigo, todos os pedidos deveriam ser 
julgados conjuntamente na sentença, ainda que no curso do processo algum deles fosse 
incontroverso ou não demandasse instrução probatória.
Em contrapartida, o novo CPC admite que o julgamento de mérito ocorra em mo-
mentos distintos, prevendo o art. 356 do CPC a possibilidade de o juiz decidir parcialmente 
o mérito. 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais 
dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 
355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a 
existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação re-
conhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independen-
temente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a 
execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmen-
te o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a re-
querimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por 
agravo de instrumento.
Ressalta-se que o processo continuará tendo uma só sentença, pois a sentença 
será a decisão que encerra a fase de conhecimento, o que não é o caso neste momento, já 
que o processo irá continuar a correr para os demais pedidos. A novidade é que o mérito 
será solvido por uma decisão de caráter interlocutório, desafiando agravo de instrumento. 
Ainda assim a decisão possuirá caráter definitivo e em cognição exauriente. 
76
Da mesma forma entende o Fórum Permanente de Processualistas Civis: 
Enunciado 297: O juiz que promove julgamento antecipado do méri-
to por desnecessidade de outras provas não pode proferir sentença 
de improcedência por insuficiência de provas.
1.2.2. Julgamento antecipado parcial do mérito
Esta é uma grande inovação em relação ao CPC de 1973, no qual era vedada a 
cisão do julgamento de mérito. Conforme o código antigo, todos os pedidos deveriam ser 
julgados conjuntamente na sentença, ainda que no curso do processo algum deles fosse 
incontroverso ou não demandasse instrução probatória.
Em contrapartida, o novo CPC admite que o julgamento de mérito ocorra em mo-
mentos distintos, prevendo o art. 356 do CPC a possibilidade de o juiz decidir parcialmente 
o mérito. 
Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais 
dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 
355.
§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a 
existência de obrigação líquida ou ilíquida.
§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação re-
conhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independen-
temente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a 
execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmen-
te o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a re-
querimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por 
agravo de instrumento.
Ressalta-se que o processo continuará tendo uma só sentença, pois a sentença 
será a decisão que encerra a fase de conhecimento, o que não é o caso neste momento, já 
que o processo irá continuar a correr para os demais pedidos. A novidade é que o mérito 
será solvido por uma decisão de caráter interlocutório, desafiando agravo de instrumento. 
Ainda assim a decisão possuirá caráter definitivo e em cognição exauriente. 
7
O juiz poderá proferir decisão líquida ou ilíquida, cabendo à parte liquidar ou 
executar, desde logo, independentemente decaução, a obrigação reconhecida. Caso tenha 
sido interposto agravo de instrumento, a execução será provisória, caso contrário, a execu-
ção já será definitiva. 
Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna 
imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recur-
so.
Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem for-
ça de lei nos limites da questão principal expressamente decidida.
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á 
de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigi-
bilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de 
entregar coisa;
Analisando os dispositivos acima, observa-se que a decisão interlocutória que 
julga parcialmente o mérito produz coisa julgada (o art. 502 fala apenas em “decisão”, não 
se limitando a sentença), tem força de lei (art. 503 fala em decisão que julgar total ou par-
cialmente o mérito) e é título executivo judicial (art. 515 fala também apenas em “decisão”, 
não sentença). 
Quanto ao cabimento de ação rescisória, observa-se que o dispositivo também 
fala apenas em “decisão de mérito”. O prazo continua a ser de 2 anos, mas contato da última 
decisão proferida no processo. Deste modo, mesmo que sejam proferidas várias decisões 
de mérito dentro de um mesmo processo, a contagem do prazo para ação rescisória de to-
das será o mesmo, iniciando-se o prazo com a última decisão. 
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser res-
cindida quando: (...)
Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados 
do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
2. Saneamento e organização do processo
Com o fim das providências preliminares e sem a ocorrência do julgamento 
conforme o estado do processo, ocorrerá, conforme o art. 357, o saneamento e organização 
do mesmo. 
Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em deci-
são de saneamento e de organização do processo:
8 8
I - resolver as questões 
processuais pendentes, 
se houver;
Após a adoção das providências preliminares, ainda é possível 
que existam eventuais defeitos que devem ser sanados pelo 
magistrado. 
II - delimitar as questões 
de fato sobre as quais 
recairá a atividade pro-
batória, especificando os 
meios de prova admiti-
dos;
Ocorrerá a identificação dos fatos controvertidos que serão 
objetos de prova na instrução, com a especificação da prova 
adequada para comprovar cada fato. 
No caso de prova testemunhal: 
•	 Juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias 
para que as partes apresentem rol de testemunhas (§4º).
•	 O número de testemunhas arroladas não pode ser su-
perior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a pro-
va de cada fato (§6º).
•	 O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando 
em conta a complexidade da causa e dos fatos indivi-
dualmente considerados (§7º).
•	 Enunciado 300 FPPC: O juiz poderá ampliar ou restringir 
o número de testemunhas a depender da complexidade 
da causa e dos fatos individualmente considerados.
No caso de prova pericial:
•	 § 8o Caso tenha sido determinada a produção de prova 
pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se 
possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua 
realização (§8º).
III - definir a distribuição 
do ônus da prova, obser-
vado o art. 373;
Observa-se que a decisão de saneamento, per si, não encon-
tra-se no rol de decisões impugnáveis por agravo de instru-
mento, devendo seus eventuais vícios serem suscitados em 
preliminar de apelação, na forma do art. 1.009, §1º. Contudo, 
especificamente, a decisão que versa sobre redistribuição do 
ônus da prova é impugnável por agravo de instrumento, con-
forme o art. 1.015, XI.
IV - delimitar as ques-
tões de direito relevantes 
para a decisão do mérito;
Não só as questões de fato são delimitadas no saneamento, 
mas também as questões de direito. 
V - designar, se necessá-
rio, audiência de instru-
ção e julgamento.
§ 9o As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo 
de 1 (uma) hora entre as audiências.
Apesar de o modo mais comum ser que essa decisão de saneamento seja proferi-
da por meio de decisão interlocutória, ela poderá ser tomada em três formas: 
98
I - resolver as questões 
processuais pendentes, 
se houver;
Após a adoção das providências preliminares, ainda é possível 
que existam eventuais defeitos que devem ser sanados pelo 
magistrado. 
II - delimitar as questões 
de fato sobre as quais 
recairá a atividade pro-
batória, especificando os 
meios de prova admiti-
dos;
Ocorrerá a identificação dos fatos controvertidos que serão 
objetos de prova na instrução, com a especificação da prova 
adequada para comprovar cada fato. 
No caso de prova testemunhal: 
•	 Juiz fixará prazo comum não superior a 15 (quinze) dias 
para que as partes apresentem rol de testemunhas (§4º).
•	 O número de testemunhas arroladas não pode ser su-
perior a 10 (dez), sendo 3 (três), no máximo, para a pro-
va de cada fato (§6º).
•	 O juiz poderá limitar o número de testemunhas levando 
em conta a complexidade da causa e dos fatos indivi-
dualmente considerados (§7º).
•	 Enunciado 300 FPPC: O juiz poderá ampliar ou restringir 
o número de testemunhas a depender da complexidade 
da causa e dos fatos individualmente considerados.
No caso de prova pericial:
•	 § 8o Caso tenha sido determinada a produção de prova 
pericial, o juiz deve observar o disposto no art. 465 e, se 
possível, estabelecer, desde logo, calendário para sua 
realização (§8º).
III - definir a distribuição 
do ônus da prova, obser-
vado o art. 373;
Observa-se que a decisão de saneamento, per si, não encon-
tra-se no rol de decisões impugnáveis por agravo de instru-
mento, devendo seus eventuais vícios serem suscitados em 
preliminar de apelação, na forma do art. 1.009, §1º. Contudo, 
especificamente, a decisão que versa sobre redistribuição do 
ônus da prova é impugnável por agravo de instrumento, con-
forme o art. 1.015, XI.
IV - delimitar as ques-
tões de direito relevantes 
para a decisão do mérito;
Não só as questões de fato são delimitadas no saneamento, 
mas também as questões de direito. 
V - designar, se necessá-
rio, audiência de instru-
ção e julgamento.
§ 9o As pautas deverão ser preparadas com intervalo mínimo 
de 1 (uma) hora entre as audiências.
Apesar de o modo mais comum ser que essa decisão de saneamento seja proferi-
da por meio de decisão interlocutória, ela poderá ser tomada em três formas: 
9
Formas da decisão de saneamento (art. 357)
Unilateralmente 
pelo juiz
O juiz, em ato unilateral, profere decisão interlocutória realizando o 
saneamento, intimando as partes que gozarão do prazo comum de 
5 dias para pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, findo o qual a 
decisão se torna estável (§1º).
Saneamento con-
sensual
§ 2o As partes podem apresentar ao juiz, para homologação, 
delimitação consensual das questões de fato e de direito a que se 
referem os incisos II e IV, a qual, se homologada, vincula as partes e 
o juiz.
É um negócio jurídico processual bilateral (art. 190 do CPC).
Saneamento com-
partilhado
§ 3o Se a causa apresentar complexidade em matéria de fato ou de 
direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento 
seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o 
juiz, se for o caso, convidará as partes a integrar ou esclarecer suas 
alegações.
§ 5o Na hipótese do § 3o, as partes devem levar, para a audiência 
prevista, o respectivo rol de testemunhas.
- É uma efetivação do princípio da cooperação processual (art. 6º do 
CPC)
3. Jurisprudência correlata
Súmula 424 do STF: Transita em julgado o despacho saneador de que não houve recurso, 
excluídas as questões deixadas, explícita ou implicitamente, para a sentença.
4. Leitura da lei
Novo Código de Processo Civil, Arts. 347 a 357.
5. Fontes
Serviram de base para a produção deste resumo: 
•	 GONÇALVES,Marcus Vinícius Rios. Direito processual civil esquematizado. 8. 
ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
•	 LOURENÇO, Haroldo. Processo civil: Sistematizado. 2. ed. São Paulo: Forense, 
2017.

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