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 O Transtorno do Espectro Autista (TEA), reconhecido assim desde o Diagnostic and 
Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V) (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 
2014), é caracterizado por alterações significativas na comunicação, com prejuízo intrínseco 
no desenvolvimento da interação social recíproca, da linguagem e do comportamento 
da criança, as quais levam a importantes dificuldades adaptativas, manifestando-se antes 
dos três anos de idade, podendo ser percebidas, em alguns casos, já nos primeiros meses 
de vida, e persistindo até a idade adulta (ARAÚJO; LOTUFO NETO, 2014; MENEZES; ZINK; 
MIRANDA, 2014). 
 O Centers for Disease Control and Prevention (CDCP), em 2018, apresentou uma 
taxa de prevalência de 1/59 crianças entre 8 anos de idade, sendo a prevalência no sexo 
masculino de 4 a 5 vezes maior que no feminino. Quase 50% dos casos diagnosticados 
podem estar associados à deficiência mental, à epilepsia, à esclerose tuberosa, à 
fenilcetonúria, entre outras alterações (SCHWARTZMAN, 2003). 
 Nas diferentes expressões do quadro clínico, diversos sinais e sintomas podem 
estar ou não presentes (LORD; RUTTER, 1994). Entretanto, a última revisão do DSM (DSM-V) 
desconsidera as categorias Autismo, Síndrome de Asperger, Transtorno Desintegrativo e 
Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (AMERICAN PSYCHIATRIC 
ASSOCIATION, 2014). Todos são designados como TEA e as avaliações priorizam a 
intensidade dos sintomas, que podem ser leves, moderados ou severos. Esses transtornos 
não existirão como diagnósticos distintos no Espectro do Autismo. Com exceção da 
Síndrome de Rett e do Transtorno Desintegrativo da Infância, todos serão incluídos no 
diagnóstico de TEA. A Figura 23 apresenta um fluxograma esquemático da evolução da 
nomenclatura do TEA.
ATENÇÃO 
ODONTOLÓGICA 
À PESSOA COM 
TRANSTORNO DO
ESPECTRO DO 
AUTISMO

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