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132 Unidade IV Unidade IV Nesta unidade, vamos estudar a integração entre os custos empresariais e a formação do preço de venda, que compõem a base para a apuração dos resultados através de um sistema de informações gerenciais (SIG) junto com os métodos de custeio de produto usados na contabilidade de custos. Para Martins (2003), o sucesso empresarial pode não ser consequência da decisão de preços, mas o preço equivocado poderá levar ao insucesso. Por isso, a tomada de decisão nas empresas está cada vez mais ágil com a difusão de novos processos técnicos que contribuem para a gestão através de um sistema de informações gerenciais e de custos, que são precisas e objetivas, com dados de qualidade que permitem ações efetivas, além dos tradicionais instrumentos de acompanhamento e controle. Por sua vez, o preço de venda deve obedecer à seguinte relação: preço de venda = custos + despesas + impostos + lucro Para Padoveze (2012), a contabilidade gerencial suporta as decisões estratégicas tomando como base os dados da contabilidade de custos e financeira, respeitando as tradicionais regulamentações contábeis. A contabilidade de custos, parte integrante do SIG, atua como fonte de dados da contabilidade financeira e gerencial e de todo o controle orçamentário com impactos não só internos, mas também externos, por exemplo na relação com investidores no mercado de capitais e na apuração do imposto de renda anual. Conforme Oliveira (2008), a contabilidade de custos apoia a gestão nos seguintes aspectos: • identificação dos valores e locais de custeio e gastos totais de forma discriminada, precisa e atual; • avaliação, controle e planejamento orçamentário, e apuração de resultados. Conforme vemos na figura a seguir, a gestão de informações nas empresas integra quatro aspectos principais, em que se insere a contabilidade de custos, objeto de estudo nesta unidade com foco no aprendizado dos métodos de custeio das atividades empresariais. A integração dos processos contábeis e financeiros, de forma proativa como suporte à tomada de decisões em aspectos críticos, por exemplo, evolução dos custos por mercado, cliente, produto e serviços prestados, visa identificar o nível de competitividade e suportar decisões futuras. 133 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS 7 SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS (SIG) Em termos de disponibilidade de informações para a gestão, é recomendável que as empresas disponham de ferramentas de análise e gestão através de um SIG com dados e informações sobre processos, pessoas, procedimentos, por meio de um único banco de dados compartilhado para: • disponibilizar dados e informações nos níveis de gestão e direção; • permitir a visualização de um fluxo de informações estruturado; • visualizar a integração dos processos e sistemas por área funcional; • criar relatórios e consultas. Observação A integração de dados e informações através de softwares e programas que devem compor o SIG precisa conter os valores apurados na contabilidade de custo, financeira e gerencial, junto do orçamento. Sistema de informações gerenciais Contabilidade financeira Contabilidade gerencial Contabilidade de custos Sistema orçamentário Figura 46 A apuração dos custos empresariais exige uma correta contabilidade. Para isso, é necessário conhecer os conceitos principais para classificar com precisão os termos contábeis usados nos processos contábil e financeiro. Veremos a seguir os conceitos principais utilizados na contabilidade de custos, pois é frequente interpretações errôneas, gerando resultados incorretos (YANESE, 2018). 7.1 Contabilidade de custos A contabilidade de custos é uma atividade importante, visto que não é possível gerenciar as operações sem a quantificação correta dos custos e valores investidos. Com essa atividade, é possível atuar a partir de um conjunto de procedimentos administrativos e financeiros para atender às necessidades de produção de informações, com métodos, conceitos e 134 Unidade IV ferramentas que permitem a avaliação da evolução patrimonial e que fornecem dados econômicos e financeiros para os proprietários e gestores de negócio conforme a legislação contábil. Vejamos os principais conceitos da contabilidade de custos, segundo Martins (2003): • Gastos: são os desembolsos realizados por empresas para a obtenção de um produto ou serviço e podem ser divididos em quatro tipos: — Custos: gastos realizados para a fabricação ou transformação dos produtos intermediários ou comerciais ligados à atividade de produção e apurados no ato de sua aplicação. — Despesas: gastos não direcionados aos processos de produção realizados para suportar a administração geral, por exemplo promoção comercial, vendas, finanças, RH, logística e qualidade. — Investimentos: gastos em função da aquisição e manutenção de equipamentos, máquinas, móveis e sua reposição no fim da vida útil. — Perdas: desembolsos não voluntários realizados de forma anormal e imprevisível que surgem em funções sujeitas às oscilações notadamente nos processos fabris. Resumindo, podemos classificar os gastos relacionados ao que ocorre dentro da manufatura fabril como custos; e os relacionados aos processos administrativos como despesas. Quadro 11 – Comparativo: custo versus despesa Custo Despesa Consumo de matéria-prima Material de escritório Energia elétrica da fábrica Energia elétrica da administração Salários dos funcionários da fábrica Salários da contabilidade Depreciação das máquinas fabris Depreciação do computador da administração Manutenção da fábrica Marketing Finalizando a conceituação de custos, precisamos classificar os gastos, em função dos volumes produzidos nas instalações industriais, em dois grupos: • Custos fixos: são os custos em que as empresas incorrem sem relação com o processo produtivo e sem variação quanto ao volume produzido, por exemplo, impostos (predial, IPVA etc.), aluguéis, seguros, salários de vigilantes, serviços de limpeza, depreciação dos equipamentos, pessoal. • Custos variáveis: são os custos em que as empresas incorrem que variam conforme o volume total produzido, por exemplo, gastos com matéria-prima, embalagens, horas trabalhadas, combustível, pneus, lubrificantes, pedágios e insumos diversos. 135 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS Exemplo de aplicação Vejamos um exemplo de contabilização de investimentos (BARSANO, 2014). Uma empresa identifica a necessidade de adquirir matéria-prima para uso na produção e classifica a entrada como um gasto. Após o consumo na fabricação do produto final, a empresa decide realizar um novo investimento, comprando uma quantidade para reposição dos estoques consumidos que permanecerá no estoque até que um novo lote produtivo do produto final seja necessário. No momento da requisição do setor produtivo, essa matéria-prima será requisitada e consumida, e então classificada como custo de fabricação; o produto final será faturado e todos os gastos com a administração serão contabilizados como despesas. Lembrete A contabilidade de custos é uma atividade importante, visto que não é possível gerenciar as operações sem a quantificação correta dos custos e valores investidos. 7.2 Custos e escala operacional Um dos aspectos mais importantes para os gestores atentos aos custos dos processos que administram é saber quais são os serviços que administram e quanto eles custam. Sabemos que os custos totais são compostos pela soma dos custos fixos com os variáveis, mas precisamos entender melhor como esses custos totais oscilam em relação aos serviços realizados. Vejamos dois exemplos: • Transportadora enviou um caminhão com 2.000 kg de um produto de São Paulo para o Rio de Janeiro por R$ 4.000,00 de frete. Nesse caso, o valor do frete foi R$ 2,00 por quilo (R$ 4.000,00 ÷ 2.000 kg). • Transportadora enviou um caminhão com 1.000 kg de um produto de São Paulo para o Rio de Janeiro por R$ 3.000,00 de frete. Nesse caso, o valordo frete foi R$ 3,00 por quilo (R$ 3.000,00 ÷ 1.000 kg). Podemos concluir que o custo por quilo da segunda viagem foi maior do que o da primeira, já que levou um volume menor de carga. Porém, os custos da viagem foram quase iguais em função da distância percorrida. 136 Unidade IV Esse aspecto traz para os gestores a questão da escalabilidade, ou seja, a necessidade de utilizar ao máximo os recursos disponíveis para obter a menor relação de custos por atividade, o que leva ao menor custo total operacional e evita a ociosidade dos equipamentos que só geram custos fixos e que precisarão ser pagos. A figura a seguir apresenta uma relação entre os custos totais que variam à medida que ocorrem e começam mesmo com a produção zero, pois nesse momento as empresas devem estar com as instalações e equipes de trabalho à disposição. Com o início dos processos de produção, vão se somando os custos variáveis mais os custos fixos que evoluem juntos e que, somados, formam o custo total. Custos fixos × custos variáveis Variação em relação à produção Valor Custo fixo Custo variável Quantidade produzida Figura 47 Podemos ver que os custos fixos possuem um valor inicial mais elevado em função da necessidade de as atividades começarem a partir de um mínimo de estrutura, por exemplo funcionários, local de produção e insumos para utilização. Com o início dos volumes produzidos, as empresas acrescentarão os custos variáveis decorrentes dos materiais gastos no processo, formando os custos totais. Saiba mais Conhecer os métodos de custeio de produtos e serviços permite aos gestores de logística identificarem os grupos mais relevantes e avaliar os processos de terceirização com prestadores de serviços externos. Para entender melhor o assunto, consulte o artigo a seguir: LUNELLI, R. L. Principais métodos de custeio. Portal de Contabilidade, [s.d.]. Disponível em: https://bit.ly/2SAgNNr. Acesso em: 8 jun. 2022. A escalabilidade tem como objetivo o aumento do volume nas atividades de produção sem a ampliação dos custos do negócio, em que a empresa eleva a produção e a venda mas sem elevar proporcionalmente os custos, gerando assim um alto potencial de expansão. 137 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS A escalabilidade de uma empresa pode ser utilizada como um índice do potencial de crescimento do negócio e ser um indicador de desempenho atual e potencial futuro. Ela pode demonstrar para os gestores a evolução dos custos para a projeção dos preços (MARTINS, 2003). Após conhecermos os principais conceitos da contabilidade de custos, podemos aplicá-los na apuração dos custos. Veremos agora os principais métodos de custeio que devem ser escolhidos de acordo com a característica de negócio e o custo específico de cada empresa. 7.3 Métodos de custeio Os métodos de custeio são o procedimento pelo qual a empresa contabiliza e atribui os custos apurados e os aloca (rateia) no cálculo do quanto é gasto na produção total de um produto ou serviço, de forma a permitir o custeio total e a posterior precificação (PADOVEZE, 2012). A contabilidade de custos pode utilizar diferentes métodos de custeio, mas é necessário que as empresas desenvolvam uma avaliação prévia de escolha da metodologia de custeio em função das características de produção, comercialização e mercado. Os principais métodos de custeio usados são: • custo variável; • custo por absorção; • custo padrão. Vejamos a seguir uma avaliação específica de cada método considerando as necessidades das diferentes estruturas de produção e de negócio. 7.3.1 Custeio variável O método de custeio variável é adotado nas empresas do setor industrial e comercial e possui uma aplicação simples em que os custos calculados são divididos em variáveis e em fixos para a definição dos preços de venda. Vimos os custos que mudam conforme o volume de produção e faturamento geral e os custos que são fixos independentemente do volume de vendas. Nesse método, a contabilidade divide e classifica os custos, mas rateia apenas os custos variáveis ao processo de precificação. Com o uso desse método, as empresas classificam os custos em dois grupos (PADOVEZE, 2012): • variáveis, por exemplo, matérias-primas e insumos, que são incorporados aos custos de fabricação; • fixos, por exemplo, aluguéis e despesas de vendas, que são incorporados à estrutura da empresa. 138 Unidade IV Entre as vantagens do custeio variável, podemos destacar a simplicidade, em que o custo é calculado de maneira simples e as alterações no volume de estoques para mais ou menos não são agregadas ao cálculo da rentabilidade. Além disso, o planejamento de preços é realizado com clareza e precisão. O cálculo da margem de contribuição, ou seja, a diferença entre o preço de venda e o custo produzido é imediato, ajudando na apuração da rentabilidade. Entre as desvantagens, está que a retirada dos custos fixos na formação do preço de venda pode deixar de fora valores que interfiram no cálculo do resultado final, por isso é ideal para as decisões de curto prazo. Saiba mais Para ampliar seu conhecimento no assunto, leia: PADOVEZE, C. Contabilidade gerencial. Curitiba: Iesde Brasil, 2012. 7.3.2 Custeio por absorção O método de custeio por absorção é o mais utilizado nas empresas, porque atende às regulamentações contábeis e preconiza que o custeio seja realizado através da absorção ou incorporação de todos os custos incorridos na produção (fixos e variáveis), além da depreciação e dos estoques no cálculo dos custos do produto. Com os custos alocados dessa maneira, é possível calcular o preço de vendas e apresentar resultados por produto. Para efetuar o custeio por absorção, é necessária a separação entre custos e despesas, de modo que apenas os custos reais e efetivos sejam considerados, separando-os dos valores das despesas administrativas e comerciais. Consideramos um fator positivo para esse método o fato de que está em conformidade com os princípios gerais da contabilidade e a legislação tributária e permite o planejamento de longo prazo para a demonstração dos resultados financeiros. Em comparação com o custeio variável, o método de absorção não permite a apuração rápida das informações para a gestão de vendas, pois não tolera a formação dos preços de venda sem o cálculo da margem de contribuição. 7.3.3 Custeio padrão Esse método permite à empresa apurar o custo das atividades desenvolvidas e compará-lo com um valor estimado de custo padronizado, a fim de realizar avaliações que permitem comparar os custos previstos com os custos efetivamente realizados e identificar onde há diferenças, apurando ineficiências 139 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS nos processos envolvidos a partir das estimativas dos custos totais previstos em condições ideais de produtividade e venda. Para as empresas, uma vantagem do custeio padrão é permitir prever e estimar com antecedência o orçamento de fabricação dos produtos e comparar os resultados reais com os valores estimados. Quadro 12 – Comparativo entre métodos de custeio Custeio por absorção Custeio variável Todos os custos de produção são considerados custo do produto Apenas os custos variáveis são considerados O resultado varia em função da produção O resultado varia somente em função das vendas É necessário utilizar métodos de rateio, muitas vezes arbitrários, para atribuir custos fixos aos produtos Não utiliza métodos de rateio; os custos fixos são considerados despesas, e não custo do produto É possível estabelecer o custo total unitário dos produtos Há um custo unitário parcial, pois considera os custos variáveis Não identifica a margem de contribuição Identifica a margem de contribuição unitária e global Importante para decisões de longo prazo Importante para decisões de curto prazo Fonte: BCN Treinamentos (2021). Os gestores dos serviços logísticos, que envolvem elevados custos operacionais em uma rede com diversos parceiros e prestadores de serviços,devem utilizar as informações da contabilidade de custos como efetiva ferramenta de gestão para suportar as operações comerciais conforme os valores e custos previstos. A escolha do método de custeio deve ser individual em função das características de cada negócio e dos impactos que os custos impõem sobre o resultado esperado em um mercado que apresenta constantes oscilações em relação aos volumes previstos e efetivamente vendidos. Vamos realizar um exercício comparativo de custos conforme descrito em Pinto (2011). Exercício comparativo entre custo variável e absorção Com base nos dados contábeis sugeridos a seguir da empresa MMA, vamos calcular os custos nos métodos de absorção e variável para análise gerencial. Preço de vendas unitário: R$ 1,00 Custo variável unitário (matéria-prima): R$ 0,20 Custo variável unitário (mão de obra): R$ 0,15 Custos fixos totais: R$ 27.000,00 Despesa variável de vendas (unidades): R$ 0,20 140 Unidade IV Despesa administrativa fixa: R$ 8.000,00 Estoque inicial: zero Quantidade produzida: 150.000 unidades Quantidade vendida: 100.000 unidades Estoque final: 50.000 unidades Para apuração do melhor método, é necessária a elaboração da demonstração do resultado (DR), em que se registra o valor da apropriação ou não dos custos de fabricação. No método variável, o custo de fabricação é lançado direto no resultado sem entrar na conta de estoque, enquanto no custeio por absorção esses custos serão lançados na conta de estoques para os produtos que não foram vendidos (50.000 unidades). 1) Cálculo da DR por método de absorção Vendas líquidas: 100.000 unidades - Custos dos produtos vendidos: R$ 53.000 = Margem bruta: R$ 47.000 - Despesas administrativas: R$ 8.000 - Despesas de vendas: R$ 20.000 Resultado: R$ 19.000 Valor dos estoques: R$ 26.500 Vejamos agora os cálculos para a apuração da DR com base no método de custeio variável. 2) Cálculo da DR por método variável Vendas líquidas: 100.000 unidades - Custos variáveis: R$ 35.000 - Despesas variáveis: R$ 20.000 = Margem de contribuição: R$ 45.000 - Custos fixos R$ 27.000 - Despesas administrativas: R$ 8.000 Resultado: R$ 10.000 Valor dos estoques: R$ 17.500 141 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS Conclusão: os dois métodos são aplicáveis e legais e podem ser adotados nas empresas conforme o enfoque contábil interno e são válidos para a contabilidade de custos e gerencial. Nesse exemplo, podemos concluir, com base no exercício de comparação entre os métodos que, pela absorção, o aumento dos estoques aumenta o valor do resultado final do exercício apurado, o que pode significar um aspecto relevante para a contabilidade da empresa MMA. 7.4 Benchmarking Benchmarking é uma técnica de apoio à gestão de melhorias dos processos organizacionais desenvolvida na empresa Xerox Corporation (EUA), em 1976, que tem como objetivo criar um procedimento padronizado de avaliação da satisfação dos consumidores em relação aos seus produtos comparando-os com os produtos dos concorrentes bem avaliados no mercado e que permite a melhoria dos produtos próprios (NUNES; FROTA, 2008). A utilização do benchmarking permite às organizações identificar gargalos e limitações. Essa identificação pode ser feita pela comparação da organização com os concorrentes do mercado, a fim de alcançar uma vantagem competitiva. O benchmarking pode ser de três tipos: • Interno: estabelecer padrões de desempenho comparado de processos próprios. • Competitivo: realizar análises comparativas de desempenho comercial com os principais concorrentes de mercado. • Funcional: proceder a comparações com empresas não concorrentes e de outros setores de atuação comercial. Definido o tipo de benchmarking, as organizações podem elaborar, internamente ou com a colaboração de consultorias especializadas, o seguinte cronograma de implantação: • Planejamento com a formação da equipe de trabalho, que deverá selecionar as melhores práticas a serem usadas como referenciais e escolher a forma de coleta de informações, com a condução de entrevistas e questionários. • Coleta de dados internos e externos, que serão utilizados como referenciais. • Análise das informações coletadas, identificando as diferenças entre o desempenho próprio e o externo. • Implementação do projeto com a elaboração das metas de desempenho e as metas a serem alcançadas, conforme o cronograma definido. Vejamos um exemplo possível de benchmarking no mercado de hotelaria. 142 Unidade IV Quadro 13 Processo Atributos Benchmarks Escolha do hotel Familiaridade com a marca, preço e qualidade McDonalds, Gateway, Barnes & Nobles e HP Sistema de reservas Disponibilidade e atendimento telefônico pela internet Coca-Cola, Amazon e empresas aéreas Acesso Localização favorável e serviços 24 horas McDonalds, lojas de conveniência e caixas eletrônicos Chegada Identificação das áreas e facilidade de uso Disney, parques temáticos e aeroportos Recepção Cordialidade, discrição e ambiente agradável Walmart, Club Med e hotéis internacionais Check-in Velocidade de atendimento sem filas ou dificuldades Locadora Hertz, caixas de supermercado e Disney Carregadores de bagagem Formalidade de atendimento com educação e cortesia Turismo de cruzeiros e joalherias 7.5 Custeio Kaizen O método Kaizen de custeio de produtos e serviços está baseado nas premissas organizacionais japonesas desenvolvidas na década de 1970, de sempre buscar níveis de desempenho através de melhorias contínuas – entre as quais, a redução de custos é parte integrante (COSTA NETO, 2010). Kaizen pode ser definido como a melhoria contínua aplicada em empresas que evoluem através da busca contínua de melhorias nos processos operacionais e de gestão, a fim de atingir padrões de excelência nos resultados com foco em dois tipos de custos principais: • custos de manutenção; • custos de melhoramento. Com relação aos custos de manutenção, os objetivos do método de custeio Kaizen buscam manter os níveis atuais conforme as metas estimadas de cada processo ou produto, de forma a permitir a previsibilidade dos resultados da empresa. Com relação aos custos de melhoramento, o Kaizen busca identificar, de forma constante, as possibilidades de redução de custos através de mudanças radicais e inovadoras, por meio de novas tecnologias, aquisição de equipamentos modernos e da indentificação de novas estruturas de operação fabril e administrativas. O método de custeio Kaizen tem como objetivo estimular a redução dos custos dos processos, sem a necessidade de quantificar valores, mas através da atuação ao mesmo tempo individual e coletiva das equipes de produção. 143 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS Podemos concluir que o método Kaizen representa um padrão comportamental de melhoramento processual conduzido de forma coletiva, que integra todos os funcionários em um trabalho sistemático de redução de desperdícios e perdas, e que reduz custos e aumenta a produtividade. 7.6 Custeio por meta O método de custeio por metas difundiu-se nos anos 1980 no meio empresarial como ponto de apoio ao planejamento estratégico com vistas a atingir os resultados e lucros estimados no orçamento anual e prescreve que os custos devem ter metas a serem alcançadas. O cálculo dos custos com base nas metas é realizado através da subtração do preço de venda estimado do valor da margem de lucro pretendida, com o objetivo de atingir um valor de custo de produção desejado (meta). O cálculo do custo por meta deve ser realizado para cada produto e estimar o valor dos custos totais de produção esperado (target costing), definindo a partir das estimativas o resultado esperado que permite a área de negócios prever resultados e lucros. A metodologia de custos por metas inicia-se na área de marketing com a estimativa do preço e da participação de mercado. Com esses dados, as áreas operacional e administrativa avaliam e definem as metas para os custos desse produto de forma a alcançaros resultados estimados. Esse método tem como vantagem o fato de trazer para a determinação dos custos os valores e preços que os clientes estão dispostos a pagar e permite que as empresas planejem o desenvolvimento de novos produtos com base nos clientes. 7.7 Custeio da qualidade Neste item, iremos discutir os custos que envolvem as questões referentes ao processo de qualidade e os impactos na condução do negócio, pois os custos com a falta de qualidade nos serviços logísticos são maiores do que os custos financeiros de produzir e entregar, e precisam considerar os custos da não qualidade com perdas e desperdícios que geram aumento nos custos e reduzem o nível de satisfação dos clientes (PALADINI, 2012). Os custos da qualidade podem ser divididos em grupos e avaliados sob o ponto de vista do processo (conformidade e não conformidade) (PALADINI, 2012): • custos de prevenção; • custos de análise; • custos de falhas. 144 Unidade IV Para Costa Neto (2010), os custos das falhas (não qualidade) são os que devem ser melhorados por meio de investimentos em prevenção e em melhoria no processo. Eles surgem na ocorrência de peças defeituosas identificadas na produção ou pelos clientes e podem ser separados entre falhas internas e externas. Custos das falhas internas são resultantes das falhas que ocorrem dentro da empresa, portanto durante o processo de fabricação ou de serviço. Custos das falhas externas são decorrentes das falhas que acontecem fora do ambiente de produção, ou seja, envolvendo os produtos vendidos ou o serviço. Nesse grupo, estão classificados os custos gerados por problemas que surgem após a entrega do produto ao cliente, associados às devoluções, queixas e reclamações. A quantificação dos custos da qualidade pode ser a forma de os gestores avaliarem o desempenho da empresa e elaborarem um plano de ação que abranja os seguintes elementos: • Avaliar os programas de qualidade através de dados físicos e financeiros. • Estabelecer metas para os programas de qualidade, especialmente os que permitem conquistar melhores resultados. • Medir a perda para a empresa dos custos da falta de qualidade. • Transmitir aos funcionários as perdas e os custos da falta de qualidade. • Classificar a participação dos custos em diferentes categorias de forma a direcionar os investimentos em qualidade. • Comprometer a direção da empresa com a qualidade através de uma visão geradora de lucro e produtividade. • Ter indicadores de desempenho e custos com informações consolidadas em um único local. Conforme visto, má qualidade gera custos. Portanto, investir em qualidade é fundamental, mas implica a minimização de despesas. Nesse sentido, a economia da qualidade trata de situações que envolvem a ocorrência de defeitos, perdas, erros, falhas, paralisações, atrasos, horas extras para compensar esses problemas, quebras, demoras e paradas de processo, perda de eficiência, redução de rendimento, retrabalho, reprocessamento, reinspeção e materiais adicionais. O conjunto dos impactos positivos da gestão da qualidade nas empresas é denominado valor da qualidade e diz respeito a resultados reais nos volumes e valores vendidos. Ele permite ganhos efetivos e que podem ser sustentáveis desde que as empresas desenvolvam regras e procedimentos de qualidade, o que significa assumir custos adicionais (PALADINI, 2012). 145 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS Lembrete O método Kaizen de custeio de produtos e serviços está baseado nas premissas organizacionais japonesas desenvolvidas na década de 1970, de sempre buscar níveis de desempenho através de melhorias contínuas – entre as quais a redução de custos é parte integrante 7.8 Formação de preços de venda em serviços A condição atual de concorrência entre os prestadores de serviços logísticos é de disputa acirrada e determinada por condições de mercado e demanda dos serviços em clara competição de preços e custos (REZENDE, 2022). A partir dessa avaliação – válida para quase todos os serviços –, podemos inferir que a gestão operacional consegue influenciar mais os custos do que os preços e deve ser objeto de atenção gerencial. Nesse contexto, a decisão sobre os preços dos serviços deverá levar em conta uma série de aspectos que incluem os objetivos, a estrutura de mercado e o foco na determinação dos preços que devem remunerar os investidores e proprietários e permitir novos investimentos (PADOVEZE, 2012). Custo (compra) Despesas gerais Impostos sobre vendas Preço de venda LucrosDespesas de vendas++ = ++ Figura 48 A conquista de resultados positivos através da execução de atividades lucrativas é a base do sistema de mercado. Esses resultados são necessários para as empresas continuarem investindo no crescimento do negócio com ações de modernização, ampliação e contratação de trabalhadores. Para isso, as receitas precisam superar as despesas, conforme a equação, representada pela relação entre a receita derivada dos valores de vendas e a dedução dos custos, despesas e impostos na apuração do resultado. Nela, podemos ver a relação entre os custos e as receitas (YANESE, 2018). A definição de preços é estratégica e deve considerar a ocorrência de diversas situações como: • lançamento de um novo produto ou serviço; • entrada em novos mercados; • mudanças na política comercial dos concorrentes; • alterações na quantidade vendida; • oscilações no custo dos insumos. 146 Unidade IV A formação dos preços de venda pode ser calculada através de três métodos principais: custos, concorrência e mercado. Esse cálculo é uma das tarefas mais importantes da gestão, visto que para calcular e definir um preço competitivo os executivos devem conhecer toda a estrutura da empresa e identificar as alternativas de redução do custeio e das despesas gerais. 7.8.1 Riscos As condições da política comercial e a formação de preços incorretos ou que não respeitam os custos podem trazer prejuízos em relação ao mercado, o qual pode não aceitar os valores e recusar os produtos e serviços da empresa, gerando queda na receita de vendas e prejuízo, dando espaço aos concorrentes (FIGUEIREDO, 2004). Conforme Martins (2003), com o mapa de custos à disposição os gestores podem conhecer como eles estão alocados por produtos e clientes, permitindo uma visão precisa para a tomada de decisões estratégicas em relação aos preços de venda a fim de propor ações como identificar a rentabilidade dos produtos e serviços e a rentabilidade por canal de distribuição e clientes. A falta de conhecimento, por parte dos gestores, dos custos reais na formação do preço pode induzir a decisões incorretas com graves consequências no resultado e na sustentabilidade da empresa no mercado, acarretando ações equivocadas, tais como: • adotar política comercial com preços e prazos que não pagam os custos; • desativar produtos rentáveis; • não dimensionar a quantidade ideal de produção; • avaliar incorretamente a situação financeira da empresa; • investir em produtos que dão prejuízo; • tornar insuficiente o desempenho das equipes de trabalho; • não identificar erros e desperdícios no processo. 7.8.2 Cálculo de preços de venda baseados em custos Conforme Figueiredo (2004), a política comercial das empresas deve ter como objetivo a formação de preços competitivos. Para isso, os gestores precisam conhecer toda a estrutura de custos e trabalhar com uma margem de lucro que remunere todos os custos para garantir que os preços cobrados não estejam abaixo dos custos de operação, o que geraria prejuízo. 147 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS Recomenda-se que as empresas avaliem os métodos de formação de preços, que são meios que ajudam e permitem calcular os preços de forma técnica, baseada em dados concretos e que garantirão que os preços cobrados permitam à empresa manter sua saúde financeira e operar com tranquilidade. 7.8.3 Margem de contribuição A margem de contribuição é o principal métodode formação de preços e também o mais recomendado de acordo com quesitos técnicos. Por meio dela é possível determinar o lucro, dentro do custo de venda, após descontar os custos e as despesas. Ela é interessante por permitir que a empresa defina quanto quer ganhar a cada venda, sendo muito útil para a tomada de decisão. Além disso, possibilita ajustar a margem de acordo com a realidade de mercado e objetivos da empresa calculada. O cálculo da margem de contribuição envolve a seguinte equação: margem de contribuição = valor de venda - custos e despesas variáveis Caso a empresa deseje obter a porcentagem da margem de contribuição, deve ser usada a seguinte fórmula: margem de contribuição = (valor de venda - custos e despesas variáveis) ÷ valor de venda Além de garantir que a empresa cubra suas despesas de operação, esse método também permite que o empreendimento ajuste seus preços de acordo com o momento de mercado, sua competitividade e concorrência. 7.8.4 Importância da formação de preços correta Como é possível perceber, é fundamental que você realize os cálculos adequados à realidade de sua empresa para a formação de preços de forma correta. Além de garantir a cobrança de preços compatíveis com os custos e o mercado, isso também contribui para a saúde financeira do negócio. 8 INDICADORES DE GESTÃO E DESEMPENHO “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia.” (William Deming) Após estudarmos a contabilização e a composição dos custos operacionais e tributários da logística e avaliarmos as alternativas de gestão a partir das premissas de eficiência e produtividade, é necessário desenvolver as principais ferramentas estatísticas de gestão com avaliações qualitativas e quantitativas por meio de indicadores de avaliação e desempenho. 148 Unidade IV As decisões gerenciais devem ser tomadas com base em avaliações precisas embasadas em conhecimentos e observações reais, com suporte em dados e informações quantitativas e qualitativas de forma a suportar as decisões empresariais (BARSANO, 2014). Os indicadores de gestão são os procedimentos ou regras que associam práticas com escalas e descrevem hierarquias ou ordens de preferência nos estudos do mundo, sendo ferramentas para simplificar e assegurar a execução de determinadas atividades, de modo que o agente executor possa melhorar sua capacidade de trabalho, em termos de eficiência e eficácia, além de aumentar a produtividade. Lucratividade Efetividade Rentabilidade Eficácia Eficiência Orçamentalidade Rendimento Produtividade Utilização Desempenho Figura 49 – Indicadores de gestão e desempenho Segundo Faria (2008), com os cinco tipos de indicadores a seguir é possível medir, comparar e avaliar a evolução dos processos e a incidência de erros e retrabalhos: • Estratégia: avalia se a empresa está no caminho certo. • Produtividade: avalia a eficiência operacional. • Qualidade: avalia o resultado das operações. • Efetividade: avalia como os processos são realizados. • Capacidade: avalia a capacidade de reação perante determinada situação. A elaboração dos indicadores de gestão e desempenho deve respeitar algumas especificações, por exemplo, sua relevância para controle e monitoramento; sua confiabilidade com base em informações reais; e sua simplicidade, a fim de que sejam de fácil compreensão. 149 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS Para efetuar ações corretivas e buscar a melhoria contínua dos serviços logísticos, é necessário que as empresas avaliem o resultado planejado em relação com o resultado realizado, pois, em mercados competitivos e com reduzidas margens de lucro, é importante que elas estejam bem estruturadas e com desempenho competitivo em prazos e entregas. Quadro 14 – Requisitos de indicadores Válido Mostra o que deseja medir Correto e preciso É fiel ao estado do fenômeno Completo Abrange as partes importantes Único e mutuamente exclusivo Não é redundante Quantificável É expresso em números Compreensível É simples e inteligível Controlável É passível de ações corretivas Rastreável Leva ao foco do problema Adaptado de: Francischini e Francischini (2017). Conforme Faria (2008), a melhoria da produtividade e a eficiência operacional com qualidade permitem que as empresas desenvolvam ferramentas para medir e avaliar o desempenho de cada processo empresarial, visto que com o monitoramento os resultados tornam-se estáveis. Nesse sentido, é necessário realizar uma avaliação técnica de cada processo. Para isso, é necessário criar indicadores de desempenho que permitem, dentro do modelo de gestão da qualidade, monitorar a qualidade e os custos dos processos interno e externo dos parceiros envolvidos nos procedimentos, como os canais de distribuição, atacadistas, varejistas, representantes, distribuidores, transportadoras e demais integrantes da cadeia de suprimento. Os indicadores de desempenho podem ser divididos em dois grupos principais: o primeiro grupo avalia o desempenho da empresa conforme o nível de atendimento aos clientes; e o segundo grupo avalia o desempenho da empresa em relação aos concorrentes (PIRES et al., 2005). Observação A empresa deve selecionar os indicadores de desempenho que devem envolver toda a organização e apontar melhorias e inovações nos processos. Esses indicadores precisam ser divulgados com regularidade para todos os colaboradores da empresa. 150 Unidade IV 8.1 Indicadores de desempenho interno Os indicadores de desempenho logístico podem ser internos e externos: • atendimento aos clientes; • gestão de estoques; • armazenagem; • entregas e transportes; • fornecedores. Observe a seguir os principais indicadores logísticos de desempenho interno. Quadro 15 – Indicadores de desempenho interno Indicador Descrição Cálculo Pedidos completos no prazo Entregas dentro do prazo e das especificações Entregas completas/total entregue Fill rate Porcentagem de pedidos entregues integralmente Porcentagem de pedidos integrais/entregas totais Acuracidade do inventário Saldo entre estoque físico contábil Porcentagem de estoque físico/estoque no sistema Stock out Pedidos não atendidos por falta de estoque Valor de venda perdida por falta de estoque Baixo giro Produtos em estoque sem movimentação Porcentagem de estoque parado/estoque total Tempo de cargas/descarga Tempo de espera de veículos no carregamento Tempo médio entre chegada e saída Pedidos atendidos/dia Número de pedidos expedidos Preço dos volumes do dia/volume total Custo transporte/total Valor gasto por mês com fretes Gasto com fretes/gastos totais de logística Porcentagem de capacidade de carga Avalia a capacidade ociosa dos veículos Porcentagem de carga expedida/capacidade dos veículos Coleta no prazo Calcula a porcentagem de coletas dentro do prazo Coletas no prazo/coletas totais Avaria no transporte (damage) Mede o número de avarias em transporte no total Avarias no transporte/total expedido (R$) Adaptado de: Ângelo (2005). Conforme podemos notar no quadro anterior, a medição precisa dos indicadores internos de logística permite à empresa gerenciar e controlar os custos e a qualidade dos serviços prestados ao cliente e confere aos gestores amplas condições de monitoramento e correção conforme os dados apontados, que podem ser suportados através da utilização de tecnologias de informação e sistemas on-line. 151 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS 8.2 Indicadores de desempenho externo Com relação ao monitoramento e controle dos procedimentos externos, as empresas precisam monitorar os prazos e custos realizados por prestadores de serviços externos como transportadoras, fornecedores e bancos, e considerar a satisfação dos clientes como ponto central dos indicadores. Quadro 16 – Indicadores de desempenho externo Indicador Descrição Cálculo Entregas realizadas dentrodo prazo Calcula a taxa de entrega realizada dentro do prazo com o fornecedor Número de entregas dentro do prazo/número de entregas totais Entregas devolvidas (parcial ou integralmente) Número de entregas devolvidas (total ou parcialmente) devido a falha do fornecedor Entregas devolvidas parcial ou integralmente/total de entregas recebidas (aceitas + devolvidas) Tempo de entrega dos produtos Tempo de entrega do fornecedor Data de solicitação do pedido ao fornecedor/data de entrega dos pedidos Recebimento dos pedidos dentro das especificações solicitadas Quantidade de produtos entregues dentro das especificações solicitadas Quantidade de entregas dentro das especificações/total de entregas aceitas Adaptado de: Ângelo (2005). Algumas condições devem ser respeitadas pelas empresas que pretendem ter ferramentas de monitoramento e controle dos processos logísticos. Os prazos de medição devem ser curtos (diário ou semanal) de modo a: • permitir uma gestão rápida e correções; • envolver e disseminar entre os funcionários e prestadores de serviços a cultura de avaliação e controle; • possibilitar a participação colaborativa de todos com planos de sugestões e melhorias. Conforme Ângelo (2005), uma questão relevante na elaboração e na gestão regular dos indicadores de desempenho é a confiabilidade e rapidez em relação aos dados gerados pelo sistema de informações, os quais precisam ser confiáveis e estão divididos em três fases principais: • Monitoramento: avaliar falhas no desempenho das operações realizadas e projetar mudanças e melhorias. • Controle: realizar o acompanhamento das operações conforme os tempos e objetivos determinados pelo sistema de indicadores. • Direcionamento: estabelecer ações de direcionamento adotadas para gerar motivação de pessoal para obter maior produtividade. 152 Unidade IV Os indicadores de desempenho logístico são úteis para realizar o rastreamento e a otimização de todos os processos da área. Os resultados identificados na medição de área servem para dimensionar o nível de serviço em diferentes operações logísticas. Nessa área em especial, é necessário considerar os estoques, os meios de transporte e a segurança no transporte das mercadorias. Concluímos esta unidade com a convicção de que os gestores que atuam nas empresas e nos serviços logísticos precisam conhecer em detalhes os conceitos da contabilidade gerencial e de custos. Com informações precisas derivadas da gestão de custos e conhecendo a composição de custos (fixos e variáveis) de cada processo – como transporte, armazenagem, estoque –, os gestores podem reorganizar as operações e a logística com inovações para o aumento da produtividade e do desempenho. 153 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS Resumo Com o aprendizado desta unidade, finalizamos o livro-texto com os conceitos e aplicações da contabilidade gerencial e de custos e os impactos no cálculo dos preços de venda das atividades logísticas. A gestão de custos de fabricação e vendas é a base da contabilidade de custos e da formação dos preços de venda dos serviços que determinam a lucratividade e o futuro das empresas no mercado. Sabemos que, em mercados competitivos, a formação e a definição dos preços de venda são determinadas pela interação comercial dos concorrentes. No caso dos serviços logísticos, as condições comerciais são competitivas e variadas em função da ampla gama de serviços prestados em diversas localidades e concorrentes. A aplicação na gestão das ferramentas da contabilidade gerencial e a contabilidade de custos permitem ao gestor e à empresa melhorar o controle sobre o custo das atividades desenvolvidas e dos prestadores de serviços externos que orientam as decisões e o controle operacional. O controle dos custos totais pode ser administrado através da elaboração dos indicadores de gestão e desempenho, com informações amplas e detalhadas de monitoramento do desempenho interno e externo em todas as atividades. Este livro-texto tem o objetivo de demonstrar a importância de três temas centrais: custos operacionais, tributação dos serviços e atuação eficaz sobre ambos. Para isso, estudamos as bases fiscais e tributárias dos procedimentos de armazenagem, transporte e outros com foco na necessidade de ações de planejamento tributário. A adoção da documentação digital pode reduzir a burocracia costumeira nos serviços logísticos e ajudar na redução de custos e colaborar na gestão e no controle. Ela expõe a importância de as empresas redobrarem a atenção e o cuidado na hora da estruturação das operações e da definição dos procedimentos pertinentes. 154 Unidade IV Exercícios Questão 1. Em relação aos métodos de custeio por absorção e de custeio variável, avalie as afirmativas. I – No método de custeio variável, os custos fixos são considerados despesas. II – No método de custeio variável, somente os custos variáveis diretos ou indiretos são considerados no cálculo do custeio. III – No método de custeio por absorção, os custos fixos não são considerados. É correto o que se afirma em: A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. Resposta correta: alternativa B. Análise da questão No método de custeio por absorção, tanto os custos fixos quanto os variáveis são considerados. Ou seja, todos os custos, diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, são considerados no método de custeio por absorção. Para o cálculo do custo unitário, dividimos o custo total pela quantidade produzida de um produto. As despesas, por sua vez, não são consideradas. Já no método de custeio variável, os custos fixos são tratados como despesas, ou seja, não são considerados. Questão 2. Imagine que uma fábrica produza 550 bolsas por mês. Suponha que todos os custos diretos envolvidos para a produção de uma bolsa (linha, tecido e mão de obra) cheguem ao montante de R$ 20,00. Considere que os custos indiretos (aluguel do galpão, luz, água, limpeza e manutenção dos equipamentos) perfaçam o total de R$ 6.000,00 mensais. 155 GESTÃO DE CUSTOS E TRIBUTOS NOS PROCESSOS LOGÍSTICOS Com base no exposto, assinale a alternativa que mostra corretamente o custo total por bolsa pelo método do custeio por absorção. A) R$ 30,90. B) R$ 37,80. C) R$ 55,00. D) R$ 45,00. E) R$ 25,90. Resposta correta: alternativa A. Análise da questão O total dos custos diretos é R$ 11.000,00, conforme calculado a seguir. Quantidade produzida x Custo unitário = 550 x R$ 20,00 = R$ 11.000,00 O custo total mensal para a produção das 550 camisetas é igual à soma dos custos diretos e indiretos, ou seja, R$ 11.000,00 + R$ 6.000,00 = R$ 17.000,00. O custo total por camiseta pelo método do custeio por absorção é feito dividindo-se o custo total mensal pelo número de camisetas produzidas: R$ 17.000,00/550 = R$ 30,90. 156 REFERÊNCIAS Textuais ALMEIDA, V. Tabela ICMS 2022: fique por dentro de tudo. IBGEM, 8 mar. 2022. Disponível em: https://bit.ly/3tsM4D8. Acesso em: 8 jun. 2022. AMARAL, J. Trade-offs de custos logísticos. São Paulo: Programa de Pós-graduação em Controladoria – USP, 2012. ÂNGELO, L. B. Indicadores de desempenho logístico. Santa Catarina: Gelog/UFSC, 2005. BALLOU, R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais, distribuição física. São Paulo: Atlas, 2006. BAPTISTA, L. H. Custos logísticos. Instituto Federal do Paraná, 2016. BARSANO, P. Tributação e legislação logística. São Paulo: Érica, 2014. BCN TREINAMENTOS. Custeio por absorção e custeio variável: o que são e quais as diferenças. 2021. Disponível em: https://bit.ly/3tt1Hut. Acesso em: 13 jun. 2022. BOWERSOX, D. 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São Paulo: Trevisan, 2018. 160 ANEXO Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM): Lei n. 10.893/2004. Contribuição à Direção de Portos e Costas (DPC): Lei n. 5.461/1968. Contribuição à Comissão Coordenadora da Criação do Cavalo Nacional (CCCCN): art. 11 da Lei n. 7.291/1984. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT): Lei n. 10.168/2000. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado “Salário Educação”: Decreto n. 6.003/2006. Contribuição ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural): Lei n. 8.540/1992. Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): Lei n. 2.613/1955. Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT), atualmente com a denominação de Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho (GIIL-RAT). Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae): Lei n. 8.029/1990. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (Senac): Decreto-Lei n. 8.621/1946. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (Senat): Lei n. 8.706/1993. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai): Lei n. 4.048/1942. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar): Lei n. 8.315/1991. Contribuição ao Serviço Social da Indústria (Sesi): Lei n. 9.403/1946. Contribuição ao Serviço Social do Comércio (Sesc): Lei n. 9.853/1946. Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (Sescoop): art. 9º, I, da MP n. 1.715-2/1998. Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (Sest): Lei n. 8.706/1993. Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados): embora de aplicação facultativa a partir de novembro de 2017 (por força da Reforma Trabalhista), mantivemos essa contribuição no rol, em função de suas particularidades tributárias. Consulte as diferenças entre a Contribuição Confederativa e o “imposto sindical”. 161 Contribuição Confederativa Patronal (das empresas): embora de aplicação facultativa a partir de novembro de 2017 (por força da Reforma Trabalhista), mantivemos esta contribuição no rol, em função de suas particularidades tributárias. Consulte as diferenças entre a Contribuição Confederativa e o “imposto sindical”. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide Combustíveis): Lei n. 10.336/2001. Contribuiçãode Intervenção do Domínio Econômico (Cide Remessas Exterior): Lei n. 10.168/2000. Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais a Custeio do Serviço de Iluminação Pública: Emenda Constitucional n. 39/2002. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine): art. 32 da Medida Provisória n. 2.228-1/2001 e Lei n. 10.454/2002. Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública: art. 32 da Lei n. 11.652/2008. Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB): art. 8º da Lei n. 12.546/2011. Contribuição sindical laboral: embora de aplicação facultativa a partir de novembro de 2017 (por força da Reforma Trabalhista), mantivemos essa contribuição (também chamada de “imposto sindical”) no rol, em função de suas particularidades tributárias. Contribuição sindical patronal: embora de aplicação facultativa a partir de novembro de 2017 (por força da Reforma Trabalhista), mantivemos essas contribuições no rol, em função de suas particularidades tributárias. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, Crea, Creci, Core etc.). Contribuições de melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto etc. Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). Fundo Aeroviário (Faer): Decreto-lei n. 1.305/1974. Fundo de Combate à Pobreza: art. 82 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias, instituído pela EC n. 31/2000. Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF): convênio ICMS n. 42/2016. 162 Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel): Lei n. 5.070/1966, com novas disposições da Lei n. 9.472/1997. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS): Lei n. 5.107/1966. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust): art. 6º da Lei n. 9.998/2000. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf): art. 6º do Decreto-lei n. 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF n. 180/2002. Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel): Lei n. 10.052/2000. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Imposto sobre a Exportação (IE). Imposto sobre a Importação (II). Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR). Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR pessoa física e jurídica). Imposto sobre Operações de Crédito (IOF). Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI). Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). INSS (“Contribuição Previdenciária”) de autônomos e empresários. INSS (“Contribuição Previdenciária”) de empregados. INSS (“Contribuição Previdenciária”) patronal sobre a folha de pagamento. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro. 163 Taxa de Avaliação In Loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação: Lei n. 10.870/2004. Taxa de Avaliação da Conformidade: art. 13 da Lei n. 12.545/2011. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de Produtos Animais e Vegetais ou de Consumo nas Atividades Agropecuárias: Decreto-lei n. 1.899/1981. Taxa de Coleta de Lixo Taxa de Combate a Incêndios Taxa de Conservação e Limpeza Pública Taxa de Controle Administrativo de Incentivos Fiscais (TCIF): Lei n. 13.451/2017. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA): Lei n. 10.165/2000. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos: art. 16 da Lei n. 10.357/2001. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais). Taxa de Fiscalização da Aviação Civil (TFAC): Lei n. 11.292/2006. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas (ANA) art. 13 e 14 da MP n. 437/2008. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários): Lei n. 7.940/1989. Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos: art. 50 da MP n. 2.158-35/2001. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária: art. 23 da Lei n. 9.782/1999. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro (TFPC): Lei n. 10.834/2003. Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta: arts. 48 a 59 da Lei n. 12.249/2010. Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar (Tafic) Entidades Fechadas de Previdência Complementar: art. 12 da Lei n. 12.154/2009. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo: art. 130 da Lei n. 9.503/1997. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos e suas Instalações: Lei n. 9.765/1998. 164 Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal. Taxa de Pesquisa Mineral (DNPM): Portaria Ministerial n. 503/1999. Taxa de Serviços (TS) Zona Franca de Manaus: Lei n. 13.451/2017. Taxa de Serviços Metrológicos: art. 11 da Lei n. 9.933/1999. Taxa de Utilização de Selo de Controle: art. 13 da Lei n. 12.995/2014. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP). Taxa de Outorga e Fiscalização – Energia Elétrica: arts. 11, I, 12 e 13, da Lei n. 9.427/1996. Taxa de Outorga – Rádios Comunitárias: art. 24 da Lei n. 9.612/1998 e arts. 7 e 42 do Decreto n. 2.615/1998. Taxa de Outorga – Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários: arts. 77, II e III, a 97, IV, da Lei n. 10.233/2001. Taxas de Saúde Suplementar – ANS: art. 18 da Lei n. 9.961/2000. Taxa de Utilização do Siscomex: art. 13 da IN n. 680/2006. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais). Taxas Judiciárias. Taxas Processuais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade): art. 23 da Lei n. 12.529/2011. 165 166 167 168 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
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