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Instrumentação e controle série AUTOMAÇÃO iNDUsTriAL série AUTOMAÇÃO iNDUsTriAL Instrumentação e controle CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDuCAÇÃO E TECNOLOgIA Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SENAI-DN – SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAgEM INDuSTRIAL Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações Série AUTOMAÇÃO iNDUSTriAL Instrumentação e controle SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Sede Setor Bancário Norte . Quadra 1 . Bloco C . Edifício Roberto Simonsen . 70040-903 . Brasília – DF . Tel.: (0xx61)3317-9190 http://www.senai.br © 2012. SENAI – Departamento Nacional © 2012. SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul. Esta publicação foi elaborada pela equipe da Unidade Estratégica de Desenvolvimento Educacional – UEDE/Núcleo de Educação a Distância – NEAD, do SENAI do Rio Grande do Sul, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional do Rio Grande do Sul Unidade Estratégica de Desenvolvimento Educacional – UEDE/Núcleo de Educação a Distância – NEAD FICHA CATALOGRÁFICA S491i Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional Instrumentação e controle/ Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional do Rio Grande do Sul. Brasília: SENAI/DN, 2012. Ou 2013 256 p.: il. (Série Automação Industrial) ISBN 978-85-7519-629-8 1 Engenharia de controle automático. 2. Sistemas, técnicas, equipamentos de controle. 3. Tecnologia da automação I Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional do Rio Grande do Sul. IITítulo.III.Série. CDU – 681.5 Bibliotecário Responsável: Enilda Hack- CRB 599/10 Lista de ilustrações Figura 1 - Exemplo de indústria de manufatura. ..................................................................................................18 Figura 2 - Exemplo de indústria de processo. ........................................................................................................18 Figura 3 - Exemplo do controle das variáveis no dia a dia. ...............................................................................19 Figura 4 - Malha de controle da instrumentação. ................................................................................................19 Figura 5 - Experiência de Torricelli. ............................................................................................................................20 Figura 6 - Pressão aplicada perpendicularmente a uma área. .........................................................................20 Figura 7 - Princípio de Pascal .......................................................................................................................................21 Figura 8 - Cilindro hidráulico. .......................................................................................................................................23 Figura 9 - Sistema em equilíbrio descrito no Exemplo 3. ..................................................................................24 Figura 10 - Pressão atmosférica, relativa e absoluta ............................................................................................25 Figura 11 - Pressão estática e pressão dinâmica. ..................................................................................................26 Figura 12 - Transformação isotérmica.......................................................................................................................27 Figura 14 - Pressão exercida sobre o mergulhador .............................................................................................28 Figura 13 - Cilindro demonstrando a transformação isotérmica. ...................................................................28 Figura 15 - Transformação isobárica. ........................................................................................................................29 Figura 16 - Cilindro demonstrando a transformação isobárica.. .....................................................................30 Figura 17 - Transformação isovolumétrica. .............................................................................................................30 Figura 18 - Cilindro demonstrando a transformação isovolumétrica . .........................................................31 Figura 19 - Relação entre pressão e volume. ..........................................................................................................32 Figura 20 - Manômetro em “U”. ...................................................................................................................................34 Figura 21 - (a) Manômetro de coluna reta vertical (b) Manômetro de coluna reta inclinada. .............34 Figura 22 - (a) Medidor tipo U; (b) Medidor de coluna inclinada; (c) Medidor de coluna vertical. .....35 Figura 23 - Esquemas dos tubos de Bourdon mais usuais na indústria. ......................................................35 Figura 24 - Detalhes do tubo tipo C. .........................................................................................................................36 Figura 25 - Medidor de pressão de diafragma. .....................................................................................................36 Figura 26 - Esquema do medidor de pressão de fole. ........................................................................................36 Figura 27 - Sensor capacitivo de um transmissor de pressão ..........................................................................38 Figura 28 - Sensor Piezo-resistivo...............................................................................................................................38 Figura 29 - Sensor de pressão microcontrolado, seu componente interno (sensor de pressão) e piezorresistor utilizado nesta última como elemento detector de pressão. ...............................................39 Figura 30 - Sensor de pressão do tipo Pressostato de membrana. ................................................................39 Figura 31 - Histerese. .......................................................................................................................................................41 Figura 32 - Ponte de Wheatstone. ..............................................................................................................................41 Figura 33 - Sensor de pressão de silício. ..................................................................................................................42 Figura 34 - Transdutor de pressão capacitivo. .......................................................................................................42 Figura 35 - Unidade de conservação de ar .............................................................................................................43 Figura 36 - (a) Sinal 4 a 20 mA; (b) Sinal 1-5 V ........................................................................................................44 Figura 37 - (a) Conexão a 2 fios; (b) Conexão a 3 fios; (c) Conexão a 4 fios. ................................................44 Figura 38 - Exemplo de ligação 2,3 e 4 fios .............................................................................................................45Figura 39 - Exemplo de ligação dos transmissores de pressão. ......................................................................46 Figura 40 - Conversão analógico/digital. .................................................................................................................47 Figura 41 - Processo do Exemplo 4. ...........................................................................................................................48 Figura 42 - Aferição/calibração em campo. ............................................................................................................50 Figura 43 - Calibração em laboratório. .....................................................................................................................50 Figura 44 - Exemplo de uma caixa d’água, utilizando a boia para controlar o nível ...............................51 Figura 45 - Visor de nível................................................................................................................................................52 Figura 46 - (a) Medidor de nível por flutuador e régua externa; (b) Chaves de nível por flutuadores. .....53 Figura 47 - Chave de nível por eletrodos. ................................................................................................................53 Figura 48 - Chave de nível por lâminas vibratórias. .............................................................................................54 Figura 49 - Chave de nível por pá rotativa. .............................................................................................................54 Figura 50 - Pressão exercida pela altura da coluna líquida (hidrostática). ..................................................55 Figura 51 - Medição indireta por manômetro .......................................................................................................55 Figura 52 - (a)Transmissores de pressão; (b) Transdutor de pressão .............................................................56 Figura 53 - Transmissor de nível capacitivo. ...........................................................................................................56 Figura 54 - Medição de nível por ultrassom. ..........................................................................................................57 Figura 55 - Medição de nível por radar. ....................................................................................................................58 Figura 56 - Medição por pesagem. ............................................................................................................................58 Figura 57 - Medição indireta de nível – Exemplo 5. .............................................................................................59 Figura 58 - Sensor digital. ..............................................................................................................................................59 Figura 59 - Sensor analógico. .......................................................................................................................................60 Figura 60 - Sensor de nível digital e um sensor de nível analógico com uma bomba. ..........................60 Figura 61 - Reservatório de água................................................................................................................................61 Figura 62 - Reservatório de água com sensor potenciométrico. ....................................................................61 Figura 63 - Reservatório de água com sensor de ultrassom.............................................................................62 Figura 64 - Reservatório de água com sensor variação de feixe de luz. .......................................................62 Figura 65 - Reservatório de água com sensor de campo magnético. ...........................................................62 Figura 66 - Reservatório de água com sensor de força. .....................................................................................63 Figura 67 - Reservatório de água com sensor de condutividade. ..................................................................63 Figura 68 - Fluxograma simplificado - conforme ISA 5.1. ..................................................................................64 Figura 69 - Troca de experiências com outros técnicos e engenheiros. .......................................................66 Figura 70 - Vazão. .............................................................................................................................................................67 Figura 71 - Exemplo no cotidiano de cálculo de vazão ......................................................................................67 Figura 72 - Bomba de máquina de lavar com vazão de 1l/min .......................................................................68 Figura 73 - Bomba de jardim com vazão de 10l/min. ........................................................................................68 Figura 74 - Bomba industrial com vazão de 100l/min. .......................................................................................68 Figura 75 - Gráfico da vazão x velocidade do fluido x diâmetro da mangueira. .......................................69 Figura 76 - Medição da Viscosidade em SSU. .........................................................................................................70 Figura 77 - Unidade hidráulica. ...................................................................................................................................72 Figura 78 - (a) Medidor de lâminas rotativas; (b) Medidor com engrenagens ovais; (c) Medidor com engrenagens. ......................................................................................................................................................................73 Figura 79 - Medidor tipo turbina ................................................................................................................................74 Figura 80 - (a) Placas orifício; (b) Placa orifício instalada na tubulação.. ......................................................75 Figura 81 - Tipos de orifícios: (a) Concêntrico; (b) Excêntrico; (c) Segmental .............................................76 Figura 82 - Quedas de pressão na restrição; posicionamento de tomadas de pressão. ........................77 Figura 83 - (a) Tubo de Venturi curto; (b) Tubo de Venturi universal. ............................................................78 Figura 84 - Medidor de vazão tipo Venturi com o manômetro diferencial ampliado .............................78 Figura 85 - Bocal de vazão ............................................................................................................................................79 Figura 86 - Rotâmetro .....................................................................................................................................................80 Figura 87 - Esquema de instalação de laboratório ...............................................................................................82 Figura 88 - Sensores de turbinas ................................................................................................................................83 Figura 89 - Tubulação com ponto de estrangulamento ....................................................................................83 Figura 90 - Representação de um sensor tipo pilot .............................................................................................84 Figura 91 - Válvulas. .........................................................................................................................................................85 Figura 92 - Válvula de controle. ...................................................................................................................................85 Figura 93 - Válvulas com comando remoto: (a) Atuadorpneumático; (b) Atuador hidráulico; (c) Atuador solenóide; (d) Atuador motorizado. ....................................................................................................87 Figura 94 - Válvulas rotacionais: (a) Válvula esfera; (b) Válvula borboleta; (c) Válvula borboleta com alavanca. ...............................................................................................................................................................................88 Figura 95 - Válvula de atuação linear: (a) Válvula globo; (b) Componentes da válvula globo .............89 Figura 96 - Válvula “Y” ou oblíqua ..............................................................................................................................89 Figura 97 - Válvula gaveta .............................................................................................................................................90 Figura 98 - Plugs mais utilizados ................................................................................................................................90 Figura 99 - Características de vazão inerentes. .....................................................................................................91 Figura 100 - Cálculo do coeficiente da vazão da válvula. ..................................................................................93 Figura 101 - Tubulação de desvio ..............................................................................................................................94 Figura 102 - Fluxograma simplificado - conforme ISA 5.1. ................................................................................94 Figura 103 - Controlador Digital Multi-Loop CD 600 e sua ferramenta de configuração. .....................96 Figura 104 - Comparativo entre as escalas Kelvin e Celsius ........................................................................... 101 Figura 105 - Termômetros. ......................................................................................................................................... 103 Figura 106 - (a) Termômetro a dilatação de líquido com proteção metálica; (b) Termômetros a dilatação de líquidos. ................................................................................................................................................... 104 Figura 107 - (a) Detalhes do termômetro em recipiente metálico; (b) Termômetro comercial ....... 104 Figura 108 - Detalhes construtivos do termômetro a dilatação de sólidos ............................................ 105 Figura 109 - Construção do termorresistor. ......................................................................................................... 105 Figura 110 - (a) Circuito básico; (b) Dispositivo de medição; (c) Corte do termômetro e poço de proteção; (d) Sensores comerciais. .................................................... 106 Figura 111 - Termômetro Pt100 a três fios ........................................................................................................... 106 Figura 112 - Pirômetros de radiação; (a) fixos; (b) portáteis. ......................................................................... 107 Figura 113 - Curva de sensores NTC e PTC genéricos ...................................................................................... 108 Figura 114 - Voltímetro ............................................................................................................................................... 109 Figura 115 - Efeito Peltier ........................................................................................................................................... 110 Figura 116 - Lei do circuito homogêneo .............................................................................................................. 111 Figura 117 - Lei das metais intermediárias .......................................................................................................... 113 Figura 118 - Lei das temperaturas intermediárias ............................................................................................. 114 Figura 119 - Sonda com termopar . ........................................................................................................................ 117 Figura 120 - 2 Curvas de termopares, entre temperatura e tensão gerada em milivolts. ................... 117 Figura 121 - Fotografia feita com uma câmera termográfica ........................................................................ 118 Figura 122 - Sensor infravermelho para a medição de temperaturas da Contemp. ............................. 118 Figura 123 - Técnico recebendo os parabéns dos diretores da empresa pelos trabalhos realizados. ....... 120 Figura 124 - Eletrodo combinado. .......................................................................................................................... 122 Figura 125 - Curvas (A e B) desviadas lateralmente com relação ao ponto isopotencial (I), da curva teórica (T), relacionando potencial do eletrodo de pH com pH. ................................................................. 123 Figura 126 - Medidor de pH. ..................................................................................................................................... 123 Figura 127 - Sensor de pH .......................................................................................................................................... 124 Figura 128 - Potenciômetro ....................................................................................................................................... 124 Figura 129 - Condutor ................................................................................................................................................. 128 Figura 130 - Sensor de condutividade e resistividade. .................................................................................... 129 Figura 131 - Unidade eletrônica remota. .............................................................................................................. 130 Figura 132 - Projeto do suporte com o condutor. ............................................................................................. 131 Figura 133 - Circuito da fonte de tensão............................................................................................................... 131 Figura 134 - Circuito utilizado para medir a resistividade. ............................................................................. 131 Figura 135 - Curva cinética. ....................................................................................................................................... 133 Figura 136 - Velocidade média da reação. ........................................................................................................... 134 Figura 137 - Avanço da reação ................................................................................................................................. 135 Figura 138 - Exemplo de identificação de instrumento conforme ISA S 5.1. .......................................... 137 Figura 139 - Exemplo de aplicação de simbologia - conforme ISA 5.1 ...................................................... 144 Figura 140 - Quadrado ou Tetraedro do Fogo .................................................................................................... 147 Figura 141 - Barreira de segurança intrínseca .................................................................................................... 153 Figura 142 - Nomenclatura de classificação de instrumentos para áreas classificadas ....................... 154 Figura 143 - Sistema de Controle de Processo ................................................................................................... 157 Figura 144 - Controle em malha aberta ................................................................................................................158 Figura 145 - Sistema de controle em malha fechada ....................................................................................... 159 Figura 146 - Visualização do atraso de transporte ............................................................................................ 162 Figura 147 - Equivalente elétrico da descarga de reservatório: (a) descarga de reservatório; (b) equivalente elétrico; (c) analogias............................................................................................................................ 164 Figura 148 - Resposta do sistema: (a) Resposta em malha aberta; (b) Resposta em malha fechada. .... 166 Figura 149 - Sinais de teste – (a) Degrau; (b) Rampa ........................................................................................ 166 Figura 150 - Resposta ao degrau de um sistema de nível: (a) Processo; (b) Equivalente elétrico; (c) Ensaio do sistema. .......................................................................................................................................................... 168 Figura 151 - Processo ................................................................................................................................................... 168 Figura 152 - Sistema de nível .................................................................................................................................... 169 Figura 153 - (a) Função constante; (b) Integral de uma função constante. .............................................. 170 Figura 154 - Resposta ao degrau típica ................................................................................................................. 172 Figura 155 - Sistema de controle de malha fechada - Função de transferência ..................................... 174 Figura 156 - Sistema massa-mola ............................................................................................................................ 174 Figura 157 - Oscilação do sistema massa-mola ................................................................................................ 175 Figura 158 - Sistema massa-mola: posição em função do tempo ............................................................... 175 Figura 159 - Sistema massa-mola-amortecedor ................................................................................................ 176 Figura 160 - Sistema massa-mola sobreamortecido. ....................................................................................... 176 Figura 161 - Sistema de controle em malha fechada ....................................................................................... 179 Figura 162 - Ação de controle ON-OFF ................................................................................................................. 180 Figura 163 - Forno elétrico ......................................................................................................................................... 181 Figura 164 - (a) Controle de temperatura do forno em malha fechada com ação ON-OFF; (b) Dia- grama de blocos ............................................................................................................................................................. 181 Figura 165 - Controle ON-OFF de temperatura do forno elétrico ............................................................... 182 Figura 166 - Ação ON-OFF com histerese............................................................................................................. 182 Figura 167 - (a) Controle de temperatura do forno em malha fechada com ação ON-OFF com histerese; (b) Diagrama de blocos ............................................................................................................................ 183 Figura 168 - Controle ON-OFF com histerese de temperatura do forno elétrico .................................. 183 Figura 169 - Controlador proporcional ................................................................................................................. 184 Figura 170 - Resposta ao degrau de um sistema de controle proporcional de processo de primeira ordem ................................................................................................................................................................................. 184 Figura 171 - Exemplo de sistema de nível – Casos e relatos .......................................................................... 186 Figura 172 - Aproximação da integral de uma função .................................................................................... 187 Figura 173 - Sistema de controle proporcional-integral, ou PI ..................................................................... 187 Figura 174 - Exemplo numérico do efeito da ação integral ........................................................................... 188 Figura 175 - Resposta ao degrau do sistema do Exemplo 22. ...................................................................... 188 Figura 176 - Efeito da ação somente proporcional no Exemplo 22. ........................................................... 189 Figura 177 - Efeito da ação PI no sistema do Exemplo 22. ............................................................................. 189 Figura 178 - Sistema em malha fechada com ação PID .................................................................................. 190 Figura 179 - Aproximação da derivada de uma função .................................................................................. 190 Figura 180 - Resposta do sistema do Exemplo 22 com ação PID ................................................................ 191 Figura 181 - Resposta ao degrau de um sistema de primeira ordem em malha aberta ..................... 196 Figura 182 - Resposta do sistema de primeira ordem em malha fechada com controle proporcional .... 197 Figura 183 - Efeito do aumento de ganho proporcional no sistema de primeira ordem ................... 197 Figura 184 - Sistema com ganho proporcional Kp = 1,2 ................................................................................. 198 Figura 185 - Sistema de primeira ordem realimentado, com ação PI ........................................................ 199 Figura 186 - Efeito do aumento do ganho integral .......................................................................................... 200 Figura 187 - Limites de aumento do ganho integral ........................................................................................ 201 Figura 188 - Sistema com controle PI e limitação do ganho integral ........................................................ 201 Quadro 1 - Unidades de medida de pressão ...........................................................................................................22 Quadro 2 - Identificação de instrumentos conforme a ISA S 5.1 ................................................................... 138 Quadro 3 - Símbolos de linhas de instrumentação - conforme ISA 5.1 ...................................................... 139 Quadro 4 - Simbologia Gráfica - conforme ISA 5.1 ............................................................................................. 140 Quadro 5 - Símbolos de instrumentos - conforme ISA 5.1 .............................................................................. 140 Quadro 6 - Simbologia de válvulas - conforme ISA 5.1..................................................................................... 142 Quadro 7 - Símbolos de atuadores - conforme ISA 5.1 ..................................................................................... 142 Quadro 8 - Símbolos de atuadores na falta de energia - conforme ISA 5.1 .............................................. 143 Quadro 9 - Símbolos de elementos primários de vazão - conforme ISA 5.1 ............................................. 143 Quadro 10 - Símbolos de dispositivos autoatuados ..........................................................................................144 Quadro 11 - Tipos de Proteção Segundo a Norma IEC .................................................................................. 150 Quadro 12 - Classificação de temperaturas máximas na superfície de equipamentos ........................ 150 Quadro 13 - Classificação por grupos ................................................................................................................... 151 Quadro 14 - Classificação de grau de estanqueidade IP .................................................................................. 152 Quadro 15 - Equivalência entre sistemas físicos ................................................................................................. 163 Tabela 1: Técnico em automação industrial .............................................................................................................15 Tabela 2: Unidades de medida de pressão e seus fatores de conversão. ......................................................22 Tabela 3: Tabela para conversão de viscosidade cinemática. ............................................................................70 Tabela 4: Valores de resistividade de materiais.................................................................................................... 127 Tabela 5: Parâmetros de Ziegler e Nichols para o método da curva de reação ......................................................................................................................................................... 211 Tabela 6: Parâmetros de Ziegler e Nichols para o método do ganho crítico ............................................ 213 Figura 189 - Controle P de sistema integrador ................................................................................................... 202 Figura 190 - Resposta ao degrau do processo integrador com controle PI ............................................. 203 Figura 191 - Resposta do sistema de primeira ordem em malha fechada com ação PID ................... 204 Figura 192 - Resposta do sistema de primeira ordem em malha fechada com ação PID com aumen- to de Kd .............................................................................................................................................................................. 205 Figura 193 - Resposta ao degrau de um sistema de malha aberta ............................................................ 211 Figura 194 - Ensaio de processo em malha fechada com ação bang-bang............................................. 213 Figura 195 - Diagrama de blocos de um controlador ...................................................................................... 218 Figura 196 - Transmissor de temperatura: (a) Tipo bloco de ligação; (b) Para montagem em trilho Din ............................................................................................................................. 219 Figura 197 - Modulação por largura de pulsos (PWM) .................................................................................... 221 Figura 198 - Malha de controle ................................................................................................................................ 225 Figura 199 - Cilindro com retorno por mola ........................................................................................................ 228 Figura 200 - Controle de malha aberta ................................................................................................................. 228 Figura 201 - Vista em corte do atuador pneumático diafragma-mola; (a) ação direta; (b) ação reversa ... 229 Figura 202 - Atuador pneumático diafragma-mola.......................................................................................... 229 Figura 203 - Atuador pneumático a pistão; (a) Deslocamento linear; (b) deslocamento rotativo .. 230 Figura 204 - Atuador pneumático a pistão .......................................................................................................... 230 Figura 205 - Funcionamento de válvula com posicionador .......................................................................... 231 Figura 206 - Posicionador eletropneumático ..................................................................................................... 232 Figura 207 - Posicionador eletro-hidráulico ........................................................................................................ 233 Figura 208 - Posicionador pneumático inteligente .......................................................................................... 234 Figura 209 - Posicionador hidráulico inteligente .............................................................................................. 234 1 Introdução ......................................................................................................................................................................15 2 Variáveis de Processo ..................................................................................................................................................17 2.1 Pressão ............................................................................................................................................................20 2.1.1 Princípio de pascal e equação manométrica ..................................................................21 2.1.2 Pressão atmosférica, pressão relativa e pressão absoluta ..........................................25 2.1.3 Pressão estática e pressão dinâmica ..................................................................................25 2.1.4 Teoria cinética dos gases .......................................................................................................26 2.1.5 Dispositivos de medição de pressão .................................................................................33 2.1.6 Sensores de pressão .................................................................................................................37 2.1.7 Transdutores de pressão .........................................................................................................40 2.1.8 Transmissor de pressão ...........................................................................................................43 2.1.9 Conversão analógico/digital e digital/analógico ..........................................................46 2.2 Nível .................................................................................................................................................................50 2.2.1 Medição de nível .......................................................................................................................51 2.2.2 Sensores de nível ......................................................................................................................59 2.3 Vazão ...............................................................................................................................................................66 2.3.1 Lei da vazão .................................................................................................................................67 2.3.2 Regimes de escoamento e número de Reynolds ..........................................................69 2.3.3 Viscosidade ..................................................................................................................................69 2.3.4 Medição de vazão .....................................................................................................................72 2.3.5 Válvulas e atuadores ................................................................................................................84 2.4 Temperatura ..................................................................................................................................................97 2.4.1 Termodinâmica ..........................................................................................................................982.4.2 Unidades de temperatura ................................................................................................... 101 2.4.3 Medição de temperatura .................................................................................................... 102 2.4.4 Sensores de temperatura .................................................................................................... 107 2.5 Potencial hidrogeniônico - pH ............................................................................................................ 121 2.5.1 Medição de pH ........................................................................................................................ 122 2.5.2 Sensor de potencial hidrogeniônico - pH ..................................................................... 123 2.6 Resistividade e condutividade ............................................................................................................ 126 2.6.1 Medição de condutividade / resistividade ................................................................... 129 2.6.2 Sensores de condutividade ................................................................................................ 130 2.7 Cinética química ....................................................................................................................................... 133 2.7.1 Velocidade média de uma reação química ................................................................... 133 2.7.2 Velocidade instantânea de uma reação química ........................................................ 135 2.7.3 Fatores que influenciam a velocidade da reação ....................................................... 135 2.8 Simbologia ISA .......................................................................................................................................... 136 Sumário 3 Sistema Instrumentado de Segurança (SIS) ..................................................................................................... 147 3.1 Processos potencialmente explosivos.............................................................................................. 147 3.2 Técnicas de prevenção ........................................................................................................................... 148 3.3 Áreas classificadas - conceitos ............................................................................................................. 148 3.4 Segurança intrínseca .............................................................................................................................. 152 3.4.1 Instrumentos com segurança intrínseca ....................................................................... 153 4 Controle de Processos ............................................................................................................................................. 157 4.1 Malha de controle .................................................................................................................................... 158 4.1.1 Malha aberta e malha fechada .......................................................................................... 159 4.1.2 Problema de controle ........................................................................................................... 161 4.2 Características do processo .................................................................................................................. 161 4.2.1 Tempo morto ........................................................................................................................... 161 4.2.2 Resistência ................................................................................................................................ 162 4.2.3 Capacitância............................................................................................................................. 162 4.2.4 Inércia ......................................................................................................................................... 163 4.3 Analogias de sistemas físicos ............................................................................................................... 163 4.4 Teste do sistema: resposta ao degrau ............................................................................................... 166 4.5 Processos típicos e suas respostas ao degrau................................................................................ 168 4.5.1 Sistema integrador ............................................................................................................... 168 4.5.2 Sistema de primeira ordem ............................................................................................... 170 4.5.3 Sistema de segunda ordem .............................................................................................. 171 4.6 Desempenho do sistema ..................................................................................................................... 172 4.6.1 Regime transitório e regime permanente .................................................................... 172 4.6.2 Sobrepasso ou overshoot ................................................................................................... 172 4.6.3 Tempo morto ou atraso de transporte ........................................................................... 173 4.6.4 Tempo de subida .................................................................................................................... 173 4.6.5 Tempo de acomodação ....................................................................................................... 173 4.7 Função de transferência ....................................................................................................................... 173 4.8 Análise de estabilidade .......................................................................................................................... 174 5 Tipos de Controladores ........................................................................................................................................... 179 5.1 Ação de controle ON-OFF ..................................................................................................................... 180 5.2 Ação de controle proporcional (P) ..................................................................................................... 184 5.3 Ação de controle proporcional-integral (PI) ................................................................................... 186 5.3.1 Integral de uma função........................................................................................................ 187 5.3.2 Ação proporcional-integral ............................................................................................... 187 5.4 Ação de controle proporcional-integral-derivativa (PID) .......................................................... 190 5.4.1 Derivada de uma função .................................................................................................... 190 5.4.2 Ação de controle PID ............................................................................................................ 191 6 Parâmetros P-I-D ........................................................................................................................................................ 195 6.1 Controlador P ............................................................................................................................................ 196 6.2 Controlador PI ........................................................................................................................................... 198 6.3 Controlador PID ........................................................................................................................................ 203 6.4 Banda proporcional – limites de operação .....................................................................................205 7 Sintonia de Controladores ..................................................................................................................................... 209 7.1 Ajuste manual por tentativa e erro .................................................................................................... 209 7.2 Determinação de parâmetros PID utilizando a resposta ao degrau – Método da curva de reação .................................................................................................................................................................. 211 7.3 Método do ponto crítico ....................................................................................................................... 212 8 Dispositivos Controladores Comerciais ............................................................................................................. 217 8.1 Componentes de um controlador comercial ................................................................................. 218 8.2 Entradas ....................................................................................................................................................... 219 8.3 Saídas ........................................................................................................................................................... 220 8.4 Algoritmo PID - Sintonia ........................................................................................................................ 221 8.5 Setpoint ....................................................................................................................................................... 222 8.6 Taxa de amostragem ............................................................................................................................... 222 8.7 Outras funções .......................................................................................................................................... 222 8.8 Interfaces .................................................................................................................................................... 223 9 Hidráulica e Pneumática Proporcional .............................................................................................................. 225 9.1 Introdução aos sistemas de controle ................................................................................................ 225 9.1.1 Sistema de posicionamento............................................................................................... 227 9.2 Atuadores e posicionadores ................................................................................................................ 228 9.3 Atuador pneumático do tipo mola-diafragma e atuador com pistão .................................. 229 9.4 Posicionadores .......................................................................................................................................... 230 9.4.1 Posicionador pneumático ................................................................................................... 231 9.4.2 Posicionador eletropneumático ....................................................................................... 232 9.4.3 Posicionador eletro-hidráulico .......................................................................................... 232 9.4.4 Posicionadores inteligentes ............................................................................................... 233 Referências ........................................................................................................................................................................ 237 Minicurrículo dos Autores ........................................................................................................................................... 244 Índice .................................................................................................................................................................................. 245 A unidade curricular “Instrumentação e Controle” visa propiciar ao aluno o desenvolvimento das capacidades técnicas, sociais, organizativas e metodológicas requeridas para a instrumentação e controle em sistemas de controle e automação. Em vista disso, seu enfoque está no desenvolvimento de conhecimentos relacionados a variáveis de processo, cinética química e termoquímica, sensores, transdutores e conversores, válvulas de controle, malhas de controle, controle de processos, tipos de controladores, parâmetros P-I-D, dispositivos controladores comerciais, sintonia de controladores, hidráulica e pneumática proporcional, entre outros (DCN-DN). A seguir, são descritos, na matriz curricular, os módulos e as unidades curriculares previstos e a respectiva carga horária do Curso Técnico de Automação Industrial. Tabela 1: Técnico em automação industrial Módulos denoMInação unIdades CurrICulares Carga HorárIa Carga HorárIa Módulo Módulo Básico Fundamentos técnicos e científicos • Fundamentos da Comunicação • Fundamentos da Eletrotécnica • Fundamentos da Mecânica 100 h 140 h 100 h 340 h Módulo Introdutório Fundamentos técnicos e científicos • Acionamento de Dispositivos Atuadores • Processamento de Sinais 160 h 180 h 340 h Específico I Manutenção e Implementação de equipamentos e dispositivos • Gestão da Manutenção • Implementação de Equipamentos Dispositivos 34 h 136 h 102 h 68 h 340 h • Instrumentação e Controle • Manutenção de Equipamentos e Dispositivos Específico II Desenvolvimento de sistemas de controle e Automação • Desenvolvimento de Sistemas de Controle • Sistemas Lógicos Programáveis • Técnicas de Controle 100 h 160 h 80 h 340 h Fonte: SENAI A carga horária da fase escolar totaliza 1.360 horas, em atendimento ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Introdução 1 2 Variáveis de Processo Neste capítulo, veremos as variáveis de processos, seus dispositivos e equipamentos e as transformações térmicas e químicas dessas variáveis, assim como a simbologia dos mesmos. Podemos descrever a instrumentação como sendo a tecnologia que aplica e desenvolve técnicas para adequação de instrumentos de medição, transmissão, indicação, registro e controle de variáveis físicas e químicas em equipamentos nos processos industriais das indústrias de processos tais como siderúrgica, petroquímica, alimentícia, papel, entre outras. Na indústria de processo, existem diversas variáveis chamadas de variáveis de processo, que é uma grandeza física que altera seu valor em função de outras variáveis, como pressão, vazão nível, temperatura, pH, condutividade, entre outros. Seu monitoramento e controle permitem, por exemplo, minimizar a variabilidade na qualidade do produto final, manter o processo dentro de limites seguros e otimizar o processo, resultando, assim, em redução de custos de produção e outros. Desta forma conheceremos a obtenção de um produto final através do resultado da transformação de matérias-primas. Assim, as matérias-primas se modificam, normalmente por reação com outras matérias primas a que chamamos de reagentes. Numa reação química, os reagentes perdem suas características químicas. Evidentemente, a velocidade com que as reações se produzem resulta de particular importância em termos de, por exemplo, produtividade. Os processos de transformação na indústria podem ser classificados em dois grandes grupos: indústria de manufatura e indústria de processo. • Indústrias de manufatura: este tipo de indústria envolve principalmente variáveis discretas, essas variáveis têm características mensuráveis que podem assumir apenas um número finito ou infinito contável de valores e utilizam somente valores inteiros. São exemplos de processo discreto as montadoras de veículos, fabricantes de móveis e de eletrodomésticos, entre outras. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL18 Figura 1 - Exemplo de indústria de manufatura.Fonte: Baseado em Agência FIEP, 2012. • Indústrias de processo: o processo produtivo envolve principalmente variáveis contínuas no tempo, essas variáveis têm características mensuráveis que assumem valores em uma escala contínua (na reta real), a qual utiliza valores fracionários. São exemplos de processo contínuo as indústrias de óleo e gás, químicas, de celulose, de alimentos e bebidas, metalúrgica e de geração de energia, entre outras. O processo de transformação nestas indústrias parte de matérias primas que são transformadas ou refinadas para a obtenção de um produto final. Figura 2 - Exemplo de indústria de processo. Fonte: Autor. exemplo 1: Controle das variáveis no dia a dia Como exemplo prático do nosso cotidiano, temos uma pessoa tomando banho. Ela nem imagina que esse simples ato de tomar banho contém as quatro principais variáveis de processo, ou seja, o nível da caixa d’água que controla a vazão da bomba que, por sua vez, gera uma pressão na rede para levar água até o reservatório (caixa-d’água), e a resistência do chuveiro que controla a temperatura da água, de forma que o seu banho estará sempre na temperatura ideal, conforme mostra a Figura 3. 2 VariáVeis de processo 19 Nível de água nível máximo nível minimo Vazão da bomba Pressão do sistema Temperatura Figura 3 - Exemplo do controle das variáveis no dia a dia. Fonte: Autor. Toda indústria de manufatura primária ou secundária, indiferentemente de seu ramo, utiliza essas variáveis em seus diversos processos, seja na obtenção do ar comprimido para máquinas industriais nas metalúrgicas (pressão), ou, ainda, em tanques para refinarias (nível e vazão), ou fornos industriais para siderúrgicas (temperatura) e, indiretamente, seus processos físico-químicos. VOCÊ SABIA? Como vimos no Exemplo 1, os instrumentos que controlam as variáveis de processo geralmente estão interligados entre si para realizar uma determinada tarefa nos processos industriais. A associação desses instrumentos chama-se malha, e, em uma malha, cada instrumento executa uma função. Neste capítulo, também estudaremos alguns componentes que fazem parte desta malha, conforme demonstrado na Figura 4. Indicador Controlador Conversor sensor Atuador sensor Detector Transmissor Válvula Integrador Figura 4 - Malha de controle da instrumentação. Fonte: Autor. A instrumentação é responsável pelo rendimento máximo de um processo, fazendo com que toda energia cedida seja transformada em trabalho na elaboração do produto desejado. As principais grandezas físicas que traduzem transferências de energia no processo são: pressão, nível, vazão e temperatura. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL20 São denominadas de Variáveis de Processo e, a seguir, serão tratadas com seus respectivos equipamentos e processos físico-químicos. 2.1 PreSSão A pressão tem, usualmente, como unidade de medida milímetros de mercúrio (mmHg). Essa unidade de medida resultou de uma experiência feita pelo físico italiano Evangelista Torricelli (1608-1647). Torricelli emborcou um tubo cheio de mercúrio em um recipiente contendo também mercúrio. Em um dado momento, o mercúrio contido no tubo não escoava mais para o recipiente. Com isso, ele verificou que existia uma pressão externa, atmosférica que impedia que todo o mercúrio do tubo escoasse para o recipiente onde esse estava emborcado. Portanto, estava inventado o Barômetro, que é o instrumento que mede a pressão atmosférica e serve também para medir a pressão de qualquer gás (FELTRE, 2001). Hg Pressão do ar Praticamente vácuo h Figura 5 - Experiência de Torricelli. Fonte: Baseada em Feltre, 2001. Se o experimento de Torricelli for efetuado ao nível do mar, a altura h será de 760 mmHg, o que equivale a 1 atmosfera (outra unidade de medida de pressão). Já na indústria, a unidade de medida de pressão utilizada é o bar, que: 1 atm = 1,053 bar A pressão é, particularmente, de interesse na instrumentação industrial, já que, a partir dela, podemos medir, de forma indireta, outras duas variáveis de processo, o nível e a vazão; mas isso será visto mais adiante. Por definição, pressão é a relação entre uma força F aplicada perpendicularmente a uma área A. Assim, temos demonstrado na Figura 6: ÁREA PRESSÃO F O R Ç A Figura 6 - Pressão aplicada perpendicularmente a uma área. Fonte: Baseado na Festo, 2012. 2 VariáVeis de processo 21 2.1.1 PrincíPio de Pascal e equação manométrica O princípio da lei de Pascal “estabelece que uma pressão aplicada em qualquer ponto de um líquido em equilíbrio (em situação estática) se transmite integralmente em todas as direções”. Consideremos o sistema hidráulico onde uma força de F1 é aplicada sobre o êmbolo de área A1; a pressão P resultante se transmite em todas as direções, resultando na aplicação de uma força F2 sobre o êmbolo de área A2, conforme ilustrado na Figura 7. 2. Se aplicamos uma força de 10 kgf numa rolha de 1 cm2 de área... 1. Suponhamos uma garrafa cheia de um líquido, o qual é praticamente incompressível. 3... o resultado será uma força de 10 Kgf em cada cm2 das paredes da garrafa. 4. Se o fundo da garrafa tiver uma área de 20 cm2 e cada cm estiver sujeito a uma força de 10 Kgf. teremos como resultante uma força de 200 kgf aplicada ao fundo da garrafa. 100 Kgf 10 cm2 10 cm 1 cm2 10 Kgf F1 A1 F2 A2 1. Se o pistão se move 10 centímetros, desloca 10 centimetros cúbicos de líquido (1 cm2 x 10 cm = 10 cm3). 2. 10 cm2 de líquido movimentarão somente 1 cm neste pistão. 1 cm 3. A energia transferida será igual a 10 quilos x 10 centímetros ou 100 kgf. cm. 4. Neste ponto também teremos uma energia de 100 kgf. cm (1 cm x 100 kgf ). 2. Se aplicamos uma força de 10 kgf numa rolha de 1 cm2 de área... 1. Suponhamos uma garrafa cheia de um líquido, o qual é praticamente incompressível. 3... o resultado será uma força de 10 Kgf em cada cm2 das paredes da garrafa. 4. Se o fundo da garrafa tiver uma área de 20 cm2 e cada cm estiver sujeito a uma força de 10 Kgf. teremos como resultante uma força de 200 kgf aplicada ao fundo da garrafa. 100 Kgf 10 cm2 10 cm 1 cm2 10 Kgf F1 A1 F2 A2 1. Se o pistão se move 10 centímetros, desloca 10 centimetros cúbicos de líquido (1 cm2 x 10 cm = 10 cm3). 2. 10 cm2 de líquido movimentarão somente 1 cm neste pistão. 1 cm 3. A energia transferida será igual a 10 quilos x 10 centímetros ou 100 kgf. cm. 4. Neste ponto também teremos uma energia de 100 kgf. cm (1 cm x 100 kgf ). Figura 7 - Princípio de Pascal Fonte: SENAI-RS, 2007. A pressão resultante aplicada pela força F1 no êmbolo de área A1 é calculada pela seguinte equação: F1 P = A1 Pelo princípio de Pascal, esta pressão é transmitida para todos os pontos do fluido e, em particular, para todos os pontos da superfície do êmbolo de área A2. Logo, AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL22 P = F2 A2 Finalmente, resulta: F1 A1 = F2 A2 E a força F2 resultante é: F2 = A2 A1 F1 No Quadro 1, a seguir, veja algumas das unidades de medida de pressão: unIdade de MedIda síMbolo Pascal Pa Newton por metro quadrado N/m2 Quilograma força por centímetro quadrado Kgf/cm2 Libras por polegada quadrada lb/in2 Pound Square Inch PSI Milímetro de coluna de água (mm H2O ou mm Ca) Milímetro de mercúrio (mmHg) Unidade geralmente utilizada na pneumática/hidráulica bar Quadro 1 - Unidades de medida de pressão Fonte: Autor Como existem muitas unidades de medida de pressão, é necessário saber a correspondência entre elas, pois nem sempre na indústria temos instrumentos padrão com todas essas unidades e, para isso, é necessário que o técnico em automação saiba fazer as conversões. SAIBA MAIS E, para fazer essas conversões, podemos utilizar as relações da Tabela 2. Tabela 2: unidades de medida de pressão e seus fatores de conversão. Pa bar at atm Torr Psi mmHg 1 Pa =1 N/m2 = 10-5 bar ≈ 10,2.10-6 at ≈ 9,87.10-6 atm ≈ 7,5.10-3 Torr ≈ 145.10-6 psi 0,0075 mmHg 1 ba r = 100 0000 Pa = 106 dyn/ cm2 ≈1,02 at ≈ 0,987atm ≈ 750 Torr ≈ 14, 504 psi 750,061 mmHg 1 at = 98 066,5 Pa = 0, 980665 bar Ξ 1 kgf/cm2 ≈ 0,968 atm ≈ 736 Torr ≈ 14, 223 psi 735,559 mmHg 1 at m = 101 325 Pa = 1,01325 bar ≈1,033 at Ξ 101 325 Pa = 760 Torr ≈ 14, 696 psi 760 mmHg 1 To rr ≈133,322 Pa ≈1,333. 10 -3 bar ≈1,360.10-3 at ≈1,316.10 -3 atm Ξ 1 mmHg ≈ 19,337.10-3 psi 1 Torr 1 ps i ≈6894,757 Pa ≈68,948. 10-3 bar ≈70,307.10-3 at ≈68,046.10-3 atm ≈ 51,7149 Torr Ξ 1 lbf/in2 51,715 mmHg Fonte: Wikipedia, 2013 2 VariáVeis de processo 23 Na indústria, as unidades de medida de pressão mais utilizadas são o bar, para os países que utilizam o sistema métrico, e o PSI, para os países que utilizam o sistema inglês, porém o sistema internacional (SI) utiliza o Pascal (Pa). Essa unidade, muito utilizada na indústria, ou seja, o bar equivale a 1,0197162 kgf/cm2. VOCÊ SABIA? exemplo 2: Cálculo da força máxima de um cilindro. Para compreendermos melhor esse tópico, vamos analisar o exemplo de cálculo da força máxima de um cilindro hidráulico. Um cilindro hidráulico, Figura 8, é um dispositivo composto basicamente por uma camisa, um êmbolo e uma haste unida rigidamente a esse último. Consideremos um cilindro de diâmetro d = duas polegadas (2”) e uma pressão de trabalho de 710 PSI, qual seria a força aplicada em Kgf desse atuador? Assim: Convertendo polegada em milímetros, temos: d = 2” . 2,54 = 5,08 cm Utilizando a Tabela 2 para a conversão das unidades de medida de PSI para Kgf/cm2, temos: P = 710 . 0,07 = 50 Kgf/cm2 Então, calculando a área do êmbolo, temos: A = π . d2 4 = 20,26 cm2 P = 50 barSabendo que: P = 50 Kgf/cm2 E sendo o conjunto êmbolo-haste rígido, a força F aplicada no êmbolo é transmitida para a ponta da haste. F = P . A = 50 . 20, 26 [ [kgfcm2 . cm2 = 1.013 kgf Após os cálculos, teremos uma força aplicada de 1.013 Kgf. MANCAL MANCAL ESPAÇADOR ESPAÇADOR BUCHA GUIA VÁLVULA HASTE EMBOLO VEDAÇÕES BUCHA Figura 8 - Cilindro hidráulico. Fonte: Baseado em Parker, 1999. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL24 FIQUE ALERTA Evite acidentes: Se for executar trabalhos num sistema óleo-hidráulico ou qualquer outro que trabalhe com pressão, verifique se o circuito não ficou pressurizado e utilize sempre luvas e óculos de proteção, além de outros EPIs específicos que possam ser indicados para a tarefa. exemplo 3: aplicação da equação manométrica. Veja neste exemplo a aplicação da equação manométrica. Consideremos o sistema em equilíbrio da Figura 9, onde as áreas dos êmbolos são iguais. Desejamos conhecer qual é a relação entre a diferença das pressões (P1 e P2) e das alturas (h1 e h2). A densidade do líquido é δ (densidade = massa/volume). P1 A P2 A S h1 h2 Figura 9 - Sistema em equilíbrio descrito no Exemplo 3. Fonte: Autor. A pressão no fundo do recipiente da Figura 9, do lado esquerdo da figura (lado 1), é a somatória da pressão aplicada P1 e da resultante do peso da coluna de líquido. Do lado direito (lado 2), a pressão no fundo será a somatória da pressão P2 e da resultante do peso da coluna 2. Pelo princípio de Pascal, as duas pressões são iguais. Sendo a área e o peso específico constantes, existe uma relação de proporcionalidade entre a diferença das pressões e a diferença de alturas, e a constante de proporcionalidade é o peso específico, gerando a equação a seguir: ∆P = δ . g . ∆h Onde: ∆P é a variação de pressão; ∆h é variação atmosférica; e g = 10 m/s2 2 VariáVeis de processo 25 2.1.2 Pressão atmosférica, Pressão relativa e Pressão absoluta A seguir, veja os conceitos e as diferenças existentes entre as pressões. A pressão atmosférica é aquela exercida pela atmosfera sobre a superfície da terra. A pressão relativa é aquela medida com relação à pressão atmosférica. Já a pressão absoluta é o somatório da pressão relativa medida e da pressão atmosférica. Concluímos que: Pressão absoluta = Pressão relativa + Pressão atmosférica Para melhor compreensão, esses conceitos são apresentados graficamente na Figura 10. Pressão Pressão relativa Pressão absoluta Pressão atmosférica Vácuo absoluto (pressão nula) Figura 10 - Pressão atmosférica, relativa e absoluta Fonte: Autor Para saber mais sobre Pressão atmosférica, você poderá acessar o site: http://videoseducacionais.cptec.inpe.br/swf/ mov_atm/2/02_01_ba_01_a_00_x.swf, e fazer uma simulação sobre esse conteúdo. Acesso jan/2013. SAIBA MAIS A pressão relativa ou manométrica pode ser positiva ou negativa. Quando essa está negativa, é também chamada de vácuo. Exemplo: É importante sempre definir se a pressão é absoluta ou relativa. 10 Kgf/cm2 ABS = Pressão absoluta 15 Kgf/cm2 = Pressão relativa Na indústria, os instrumentos geralmente efetuam a medição utilizando a pressão relativa. 2.1.3 Pressão estática e Pressão dinâmica Os conceitos sobre pressão, tratados até agora, consideram uma situação estática, ou seja, consideram um sistema em equilíbrio. Um fluido em movimento gera também uma pressão chamada de pressão dinâmica. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL26 X1 X2 h1 V h2 Figura 11 - Pressão estática e pressão dinâmica. Fonte: Autor. A pressão no ponto x1 da Figura 11 corresponde à pressão estática, e a pressão no ponto x2 corresponde à pressão total, que é a somatória de ambas. A pressão dinâmica é definida pela seguinte equação: Pd = 1 2 . . = P2 - P1 2v Onde: g é a aceleração da gravidade; δ é a densidade ou massa específica do fluido; e v é a velocidade do fluido. Assim, a velocidade do fluido pode ser determinada partindo da fórmula anterior. Temos: = 2 . P2 - P1v 2.1.4 teoria cinética dos gases Essa teoria é constituída pelas seguintes premissas: • Todos os gases são constituídos por átomos, moléculas e íons, e essas partículas estão em constante movimento desordenado e com velocidade elevada. • Como as partículas estão muito afastadas, o espaço ocupado por elas se torna desprezível, uma vez que o vazio existente é muito grande. Por isso, os gases possuem baixa densidade e são facilmente comprimidos, misturam-se com facilidade. Por estarem distantes, as partículas quase não se atraem e, com isso se dilatam facilmente com a presença de calor. 2 VariáVeis de processo 27 • Os choques existentes ocorrem em relação às paredes do recipiente e entre elas, porém esses choques são elásticos e, portanto, sem perda de energia, justificando o movimento perpétuo das partículas componentes de um gás. A pressão do gás é feita nas paredes do recipiente devido aos choques das partículas com a parede do mesmo. Isso ocorre, por exemplo, nas bolas de futebol, as partículas do gás estão em constante choque entre elas e com as paredes da bola. Um gás ideal é aquele que tem um comportamento conforme as leis da mecânica clássica. Assim suas moléculas não perdem energia nas colisões, as forças de coesão são nulas e o volume de cada molécula é considerado nulo. Um gás está caracterizado por três variáveis fundamentais: pressão (P), volume (V) e temperatura (T). Essas variáveis são descritas nas leis físicas dos gases, que relacionam as variações de pressão, temperatura e o volume dos gases. • Transformação Isotérmica - lei de boyle-Mariotte Essa lei diz que, se mantivermos a temperatura constante e comprimirmos uma determinada massa constante de gás, teremos a seguinte equação: = P1 V1 P2 V2 T2T1 Se a temperatura não é alterada, a fórmula passa a ser: P1V1 = P2V2 P1 V1 P2 V2 Massa constante Temperatura constante 1º estado 2º estado 1 2 V1 V V2 P1 P2 P Isoterma Figura 12 - Transformação isotérmica. Fonte: Baseada em Feltre, 2001. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL28 Mantendo a temperatura e diminuindo o volume, nesse caso, aumentamos a pressão, conforme demonstrado na Figura 12. Para demostrar o princípio da Lei de Boyle-Mariotte, temos um cilindro industrial conforme Figura 13. 0 10 60 90 120 150 MANÔMETRO MAX. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 TE RM Ô M ET RO 20 L Figura 13 - Cilindro demonstrandoa transformação isotérmica. Fonte: Autor Para calcular a quantidade de ar que um mergulhador necessita ao mergulhar, precisamos conhecer melhor as transformações isotérmicas. Veja o caso: Qual o volume de ar necessário para que um mergulhador possa descer até 30 metros de profundidade? Sabe-se que a cada metro de profundidade a pressão aumenta em 1 atm. e o mergulhador, que está a 30 metros de profundidade, suporta a pressão da coluna de água de 30 metros e mais a pressão que o ar exerce sobre o mar. Sendo assim, serão 1 atmosfera mais 3 atmosferas da coluna de água, resultando em 4 atmosferas de pressão sobre o mergulhador. 30 METROS Figura 14 - Pressão exercida sobre o mergulhador Fonte: Harold’s Planet, 2010. Aplicando a Lei de Boyle-Mariotte (FELTRE, 2001), teremos: P1V1 = P2V2 ->1 atm. 1l = 4 atm. V2 V2 = 0,25 l ou 250 ml Então, o mergulhador utilizará 250 mililitros de ar para descer até 30 metros de profundidade na água. VOCÊ SABIA? 2 VariáVeis de processo 29 • Transformação isobárica - lei de gay-lussac Essa lei diz que, se mantivermos a pressão constante e aquecermos o gás a uma determinada massa constante de gás, o volume se altera pela dilatação e, assim, teremos: = P1 V1 P2 V2 T2T1 Se a pressão é constante, teremos: =V1 V2 T1 T2 T1 V1 T2 V2 Massa constante Pressão constante 1º estado 2º estado Isóbara 1 2 V2 V V1 T1 T2 T Figura 15 - Transformação isobárica. Fonte: Baseada em FELTRE, 2001. Mantendo a pressão constante e aumentando a temperatura, nesse caso, aumentará o volume, conforme demonstrado na Figura 15. Para demostrar o princípio da Lei de Gay-Lussac, temos o cilindro industrial conforme Figura 16. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL30 0 10 60 90 120 150 MANÔMETRO 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 TERMÔMETRO 40 L MAX. Figura 16 - Cilindro demonstrando a transformação isobárica.. Fonte: Autor. • Transformação isovolumétrica - lei de Charles Essa lei diz que, se mantivermos o volume constante e aquecermos o gás, uma determinada massa constante de gás, a pressão aumenta. Assim, temos: = P1 V1 P2 V2 T2T1 Se o volume é constante, temos: = P1 P2 T1 T2 P1 Massa constante Volume constante 1º estado 2º estado T1 T2 P2 Isométrica 1 2 P2 P P1 T1 T2 T Figura 17 - Transformação isovolumétrica. Fonte: Baseada em FELTRE, 2001. 2 VariáVeis de processo 31 Mantendo o volume constante e aumentando a temperatura, nesse caso, aumentaremos a pressão, conforme demonstrado na Figura 17. Para demostrar o princípio da Lei de Charles, temos o cilindro industrial conforme Figura 18. 0 10 60 90 120 150 MANÔMETRO MAX. TERMÔMETRO 30 L 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 MAX. Figura 18 - Cilindro demonstrando a transformação isovolumétrica . Fonte: Autor. Sabendo das leis dos gases e conhecendo suas equações, finalmente poderemos calcular as variáveis de gases ideais. Veja como é feito isso na aplicação das equações a seguir. Considere 1(um) mol de gás ideal (por exemplo, oxigênio ou hidrogênio, considerados gases perfeitos). Em condições normais de pressão e temperatura (CNPT, condição de temperatura de 0 °C e pressão de 1 atm.), suas variáveis se relacionam como segue: PV T = R Onde R é a chamada constante dos gases perfeitos. Para n mols, PV T = nR A equação anterior permite estabelecer a relação entre um estado inicial e um estado final em um gás que sofre uma transformação. Assim, P0V0 T0 PfVf Tf = onde: Po, Vo e To são pressão, volume e temperatura iniciais; e Pf, Vf e Tf são pressão, colume e temperatura finais. Uma extensão da equação para o caso de um sistema de dois gases ideais A e B é: PTVT TT PAVA TA = PBVB TB + AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL32 CASoS e reLAToS Se pegarmos um balão e o afundarmos na água, devido à pressão da água, seu tamanho diminuirá; mas, uma vez trazido à superfície, ele retorna ao tamanho original. Isto ocorre devido à compressão dos gases. Pressão e volume são inversamente proporcionais, ou seja, se a pressão dobrar, o volume cai pela metade. Se a pressão cair pela metade, o volume dobra. 1 Atmosfera 2 Atmosfera 3 Atmosfera 1 1/2 1/3 0m 10m 20m Figura 19 - Relação entre pressão e volume. Fonte: Baseada em Stars, 2006. A medição e controle de pressão é a variável de processo mais utilizada nas indústrias de controle de processos nos seus mais diversos segmentos. Além disso, através da pressão, é facilmente possível inferir uma série de outras variáveis de processo, tais como nível, volume, vazão e densidade. SAIBA MAIS 2 VariáVeis de processo 33 2.1.5 disPositivos de medição de Pressão Temos dois tipos de dispositivos de medição de pressão: Os que podem efetuar medições através de coluna de líquido, como os medidores por coluna de líquido, que são menos utilizados na indústria. Os por deformação de um elemento elástico que se deformam em função da pressão exercida sobre eles, como o diafragma, o fole e o tubo de bourdon, sendo esses de grande utilização nas indústrias. Quanto aos dispositivos atuantes em uma medição, são descritos a seguir: • O sensor (elemento sensor ou elemento transdutor) é o elemento que é afetado diretamente pela variável de processo. É o chamado elemento primário; • O transmissor é o componente do sistema de medição que, a partir do elemento primário fornece um sinal não padronizado, produz um sinal geralmente proporcional à variável de processo, padronizado e da mesma ou de diferente natureza; • O atuador é um dispositivo que converte um sinal de controle num sinal de atuação sobre o processo (por exemplo, válvula proporcional, cilindro hidráulico, motor elétrico, resistência de aquecimento e outros); • O conversor capta um sinal padronizado e o converte em outro sinal padronizado (exemplos: conversores corrente/tensão, tensão/corrente, corrente/pressão, pressão/corrente). medidor por coluna de líquido Com os avanços na tecnologia, os medidores por coluna de líquido não são muito utilizados. As principais aplicações se limitam a medições em laboratórios e, no caso da indústria, em pontos afastados das salas de controle, onde um monitoramento remoto é difícil ou pouco necessário. • Medidor em “u” Este tipo de medição baseia-se no equilíbrio de um sistema, em que uma das pressões é conhecida. Assim sendo, realiza uma medição de pressão manométrica. A Figura 20 demonstra esse tipo de sensor formado por um tubo em “U” com mercúrio (ou outro líquido) e com uma escala graduada, na qual a leitura do desnível entre colunas, introduzido por uma alteração na pressão, é proporcional à pressão. AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL34 h Hg Hg P 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 0 1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 Figura 20 - Manômetro em “U”. Fonte: Autor. • Medidores de coluna Os medidores de coluna possuem o mesmo princípio que o medidor anterior, sendo que a pressão na parte superior do tubo é nula (vácuo), logo a medição é de pressão absoluta. A escala é graduada em unidades de pressão. Na Figura 21 a, está esquematizado um medidor de coluna reta vertical e, na Figura 21b, um medidor de coluna reta inclinada. P 1 2 3 4 5 6 7 8 9 L α h h P (a) (b) Figura 21 - (a) Manômetro de coluna reta vertical (b) Manômetro de coluna reta inclinada. Fonte: Autor. Na Figura 22, são apresentadas imagens dos medidores acima descritos. 2 VariáVeis de processo 35 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 10 20 30 40 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 10 20 30 40 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 (a) (b) (c) Figura 22 - (a) Medidor tipo U; (b) Medidor de coluna inclinada; (c) Medidor de coluna vertical. Fonte: Baseada em Fenômenos, 2010. medição por deformação de um elemento elástico O princípio desse tipo de medição é o de equilíbrio entre forças: a pressão exerce uma força sobre um componente elástico, cuja deformação exerce uma força contrária, proporcional à deformação. Os tipos de medidores mais comuns na instrumentação são: tubo de Bourdon, membrana ou diafragma
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