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O diário para profissionais da educação Tratando-se de professores, a utilização do diário, segundo Zabalza (1994), possibilita encontrar uma descrição de sua ação e do seu pensamento, segundo suas próprias percepções. Na narração que o diário oferece, os professores reconstroem a sua ação, explicitam simultaneamente (umas vezes com maior clareza que outras) o que são as suas ações e quais são a razão e o sentido que atribuem a tais ações. (p.30). Isso equivale a aceitar que nem tudo está previamente dito ou estabelecido, ajustando- se, segundo Peres Gomes (1983), ao paradigma da investigação que considera o ensino como um processo de tomadas de decisões e o professor como o profissional encarregado de adotá- las A interferência do professor pode oferecer condições para a ocorrência da reflexão sobre a prática durante o trabalho de pesquisa, quando o professor retoma as situações posteriormente, sendo questionado a respeito de sua ação. O uso dos diários parece se entremear no processo de ensino-aprendizagem, sendo um instrumento de poder a indivíduos que procuram entender sua prática. Enquanto diário de aprendizagem pode ser do aluno e do professor. Enquanto instrumento que auxilia na formação de professores, pode ser diário de professor e de coordenador, em qualquer âmbito é desejável que seja crítico-reflexivo. Portanto, faz-se essencial a meu ver, usarmos os diários e trocarmos impressões a fim de percebermos de que maneira podemos trabalhar com o instrumento em diferentes contextos de atuação, verificando como podemos contribuir com o processo de ensino-aprendizagem de nossos alunos, de nossos professores e em nosso próprio processo.
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