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REINO Animalia FILO Nematoda CLASSE Secernentea ORDEM Spirurida FAMÍLIA Onchocercidae GÊNERO Dirofilaria ESPÉCIE ✓ Dirofilaria immitis ✓ Dirofilaria repens D. immitis – agente etiológico da dirofilariose no coração (vive no coração e nos grandes vasos D. repens – parasita subcutâneo de cães, gatos e carnívoros silvestres (causadores de dermatites graves) Os vetores desse parasita são os mosquitos do gênero Aedes, Anopheles e Culex A morte desse parasito no organismo de seus hospedeiros pode provocar obstrução de vasos sanguíneos levando o animal à óbito @veterinariando_ • São vermes cosmopolitas (encontrados no mundo todo) • Os maiores casos são registrados em regiões de clima tropical, subtropical e temperado (condições favoráveis para o desenvolvimento do vetor) • Os fatores que favorecem a transmissão dessa parasitose, são: áreas com maiores índices populacional que possuem baixa renda, locais onde há grande falta de informações e precariedade em serviços veterinários, saneamento básico e higiene • São vermes que se desenvolvem melhor numa temperatura de 17ºC e umidade de 27ºC • No Brasil a prevalência da infecção possui uma média nacional de 10,17% ESPÉCIES HOSPEDEIRO DEFINITIVO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO D. immitis Cães raposas, canídeos selvagens Mosquitos Culex e, Aedes, Anopheles D. repens Cães, gatos, raposas, ursos, humanos e primatas (ocasional) Mosquitos Culex, Aedes, Anopheles • A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea dos mosquitos hematófagos do gênero Culex, Aedes e Anopheles infectados durante o repasto sanguíneo São nematoides longos e esbranquiçados Sua boca não possui lábios Sua cabeça é circundada por papilas cefálicas muito pequenas Esôfago: porção anterior muscular e posterior glandular Asa caudal bem desenvolvida suportada por papilas pré-anais Há dimorfismo sexual Encontrada em quantidades variáveis na corrente sanguínea dos hospedeiros definitivos Podem sobreviver por até 2 anos D. immitis → Medem de 12 a 20cm de comprimento → Dois espículos distintos → Sem gubernáculo → Cauda espiralada D. repens → Medem cerca de 5 a 7cm de comprimento D. immitis → Medem de 24 a 31cm de comprimento → Extremidade caudal é arredondada → Vulva ligeiramente abaixo da junção do esôfago com o intestino D. repens → Medem cerca de 13 a 17cm de comprimento • Ciclo é heteroxênico (indireto) • Hospedeiros intermediários: mosquitos Culex, Aedes e Anopheles 1. O ciclo tem início com o repasto sanguíneo feito pelo mosquito – o mosquito ingere microfilárias ao se alimentar de sangue de um cão infectado 2. Nesses mosquitos (hospedeiros intermediários) vai ocorrer a muda até a fase L3 (infectante), essa larva migra até o aparelho bucal do vetor até ocorrer o próximo repasto sanguíneo 3. Durante o novo repasto, a L3 que vai estar na probóscide do hospedeiro intermediário será depositada na pele do hospedeiro definitivo 4. No tecido subcutâneo vai ocorrer a muda até L5 (jovens adultos) 5. Após a muda para L5, esses vermes vão para o coração – lá atingem a maturidade sexual e começam a copular 6. São liberadas na circulação do hospedeiro microfilárias, que ficam circulantes até que o hospedeiro intermediário venha fazer novamente o repasto 7. Período pré-patente é de 6 a 9 meses 1. O ciclo é idêntico ao D. immitis, mudando apenas o local de parasitismo 2. Ao invés da L5 ir para o coração, esses jovens adultos permanecem no tecido subcutâneo onde irão atingir maturidade sexual e fazerem a copula 3. As microfilárias ficam circulantes no sangue até ocorrer um novo repasto • Se inicia quando o mosquito pica o animal, as larvas infectantes penetram na pele e sofrem mudas, podem ocasionar lesões cutâneas • Na artéria pulmonar pode ocorrer lesão mecânica devido a migração das larvas e sua permanência – processo inflamatório da parede dos vasos • A presença do parasita adulto no ventrículo direito do hospedeiro vai estar relacionado a presença de larvas na artéria pulmonar que pode ocasionar insuficiência cardíaca e hipertrofia, além de tromboembolismo • Há relatos de insuficiência renal e relatos de proteinúria – alteração da microcirculação e na perfusão dos rins • Aumento de neutrófilos e eosinófilos – presença de antígenos da L3 ou verme adulto • Bactéria Wolbachia pipientis – presente no sistema urinário dos parasitos (é uma bactéria que causa patogenia do hospedeiro, mas não tão grave quanto a presença do parasito no organismo) → Contaminação leve: animal assintomático ou com tosse → Contaminação moderada: animal com tosse, intolerância ao exercício e presença de sons anormais nos pulmões → Contaminação severa: animal com tosse, intolerância aos exercícios, letargia, fraqueza, dispneia, sons anormais no coração e nos pulmões, hepatomegalias, sincopes, ascites e síndrome da veia cava e morte → Lesões e nódulos no local → Pode acometer outros lugares do corpo como olhos, mas não é comum → Aparecimento de nódulos subcutâneo, prurido, rubor dérmico, falta de apetite, cansaço e danos aos rins o Anamnese – histórico de viagem e áreas onde os animais já viveram o Esfregaço sanguíneo – demonstração das microfilárias no sangue – ideal é que a coleta seja feita durante a noite, período em que a microfiaremia atinge seu pico (quando visualizados é devido a uma infecção intensa) o Técnica imunocromatográfica – com alta especificidade e sensibilidade, para detecção qualitativa do antígeno da D. immitis o Sinais clínicos de disfunção cardiovascular o Exames de rotina – hemograma, bioquímicos séricos e urinálise o Resultados mais rápidos, teste de VETCHEK (kit diagnóstico de dirofilariose), disponibilizado pelo TECSA – eleva sensibilidade e especificidade o D. repens citologia aspirativa das lesões de pele ou exame histopatológicos • O objetivo do tratamento é melhorar os sintomas e eliminar todos os estágios da dirofilariose com a menor taxa de complicações • Animais assintomáticos e sinais clínicos leves são mais fáceis de serem tratados e não ocorre tantos problemas • Animais com sinais moderados e graves não deve ser iniciado o tratamento até que os sinais clínicos estejam estabilizados – para estabilizar: glicocorticoesteroides, diuréticos, vasodilatadores, agentes inotrópicos positivos e Fluidoterapia • Principal fator – restringir completamente o exercício físico dos animais pois, pode agravar os sintomas e gerar efeitos colaterais de tratamento com mais facilidade • Terapia adulticida: dicloridrato de melarsomina (antiparasitário) • Terapia coadjuvante com uso de: esteroides, AINEs/aspirinas, doxiciclina e lactonas macrocíclicas • Extração cirúrgica de nematoides adultos: síndrome da veia cava Quimioprofilaxia por via oral, tópica, parenteral em intervalos de 6 meses Filhotes iniciar antes da 8ª semana cães devem ser testados 6 meses depois da dose inicial, realizando testes anuais Cães com mais de 7 meses devem realizar de testes de antígenos e de microfilárias circulantes antes de iniciar a prevenção Reduzir o número de reservatórios por meio do aumento de cães que receberam a quimioprofilaxia – reduz a prevalência em cães que não receberam a profilaxia Lactonas macrocíclicas (ivermectina, milbemicina, moxidectina e selamectina): eficaz contra L3 e L4 e dependendo do uso, eficaz contra adultos Uso de coleira como melhor meio de tratamento
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