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Concentrados proteicos vegetais

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@veterinariando_ 
• Soja 
• Algodão 
• Canola 
• Girassol 
• Resíduos de destilaria 
 
Soja 
o É uma planta que tem origem na China 
o Seu nome científico é: Glycine max L. 
o Faz parte das leguminosas 
o Serve tanto para alimentação animal 
quanto para alimentação humana e uso 
em cosméticos 
o Tem uma alta taxa de proteína (menos os 
aminoácidos sulfurados) 
✓ Nos últimos anos soja e o milho foram um dos grãos mais produzidos 
✓ A soja atende muito ao mercado externo, pois há um índice alto de 
exportações 
✓ Grão controverso devido a taxa de desmatamento para sua produção 
✓ Brasil passou os EUA na produção de soja, assim como na exportação 
✓ China – grande importador da soja 
Processamento da soja 
 
 
 
 
 
 
1. Entrada do grão de soja 
2. O grã de soja pode ser utilizado depois de tostado 
3. A casca da soja pode ser usada como alimento e também pode passar por 
um processo de moagem onde virá farelo – o farelo produzido pode ter uma 
quantidade maior ou menor de casca 
4. A proteína isolada é aquela texturizada, chamada de proteína de soja 
5. Concentrado proteico – possui uma taxa elevada de proteína 
 
o Grão de soja cru 
o Grão de soja tostado 
o Farelo de soja (alimento proteico mais usado) 
o Casca de soja (energéticos para ruminantes – fibra de boa qualidade) 
Para cada tonelada de soja é produzido: 180kg de óleo (18%), 710kg de farelo de 
soja – 48% PB (71%) e 50kg de cascas (5%) 
 
▪ Possui um alto teor de energia – é o grão antes do processo de extração, por 
isso a quantidade elevada de óleo e energia 
▪ Tem proteína bruta em torno de 35% 
▪ Pobre em cálcio, vitamina D e carotenos 
✓ “sojina” é uma fator anti-nutricional que está presente também na ervilha 
e na lentilha, esse fator é responsável por inibir proteases 
✓ Agentes goitrogênios, limitam a absorção do iodo, havendo essa limitação o 
iodo não consegue ser utilizado pela glândula da tireoide para a produção de 
T4 e T3 
✓ Lectinas, são proteínas que se ligam a carboidratos e que causam a 
aglutinação de hemácias causando edemas, hemorragias, diminuição da 
absorção de nutrientes, queda na imunidade, absorção de ferro 
✓ Rafinose e estaquinose (PNAs – polissacarídeos não amiláceos) – menor 
digestibilidade e diarreia 
✓ Ácido fitico – diminui a disponibilidade de P, Ca, Zn, Cu, Fe e Cr entre outros 
✓ Presença de lipase e lipoxidase – promovem a oxidação e a rancificação do 
óleo 
✓ Alérgenos (glicina e conglicinina) – reduzindo a absorção de nutrientes 
provocando efeitos deletérios sobre as microvilosidades intestinais em suínos 
 
o Os fatores antinutricionais são termolábeis e inativados quando exposto a 
temperaturas elevadas por curto espaço de tempo ou pela fermentação 
ruminal 
o A soja ou outros grão quando são tostados perdem totalmente ou 
parcialmente seu fator anti-nutricional 
o Alto teor de óleo (maior que 20%) – quando triturar, fornecer rapidamente 
(não guardar por muito tempo, para não correr o risco de rancificar) 
o Possui maior taxa de urease, enzima que acelera a hidrólise da ureia no 
rúmen 
 
 
 
 
Determinação da inativação dos fatores antinutricionais 
FATORES ANTI-NUTICIONAIS SÃO TERMOLÁBEIS: 
Não se deve aquecer demais (chance de ocorrer reação Maillard – diminui a 
digestibilidade do alimento) e não se deve aquecer de menor (não inativa os 
fatores antinutricionais) 
1. Atividade ureática ou índice de urease – medida indireta 
▪ Ideal: próximo a zero ou até 0,20 
▪ Grão cru atividade ureática de 2 a 2,5 
2. Solubilidade de proteína KOH 0,2% (mede % de proteína solúvel) 
▪ Ideal: 80 a 85% 
▪ Solubilidade mínima menor que 77% significa que aqueceu demais, então 
essa soja terá menor digestibilidade 
▪ Solubilidade próxima de 90% indica sub-aquecimento do grão, então 
não haverá inativado os fatores antinutricionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Conversão alimentar é quanto o animal precisa comer para ganhar 1kg 
o Quando diminui a solubilidade vai ter uma piora na conversão alimentar, ou 
seja, o animal vai precisar comer muito mais para poder ganhar 1kg 
 
 
Recomendações da soja em grão 
• Bovinos: máximo 20% da matéria seca total da ração – se o teor final de 
lipídeos for 5%, podendo ser fornecido inteiro ou moído (os fatores 
antinutricionais serão inativados pelo conteúdo ruminal). Deve ser oferecido 
apenas para animais maiores de 4 meses (menores que essa idade não tem o 
rúmen desenvolvido) e não fornecer com ureia 
• Suínos: acima de 45kg, deve-se tostar (>130ºC por 30 a 45min) e moer, 
adicionar em até 10% da ração 
• Aves: deve ser tostado e moído 
• Equinos: até 10% da ração, deve ser tostado 
• Não estocar por mais de 7 dias, corre risco de rancificar 
 
• Suplemento proteico mais usado no 
mundo e é o mais fácil para ser fazer 
formulação de ração 
• Possui alto teor de proteína, entre 40 e 
51% 
• Possui alto teor de lisina, treonina e 
triptofano e baixo teor de metionina 
• Verificar atividade ureática e KOH 
• Baixo teor de Ca, Fe, Zn e vitaminas lipossolúveis 
• Alto teor de K e de vitaminas do complexo B (exceção de B12) 
• Alta degradabilidade no rúmen 
 
 
 
• A casca de soja é um película fina que envolve o grão 
• Possui alto teor de FDN (fibra de detergente 
neutro) e FDA (fibra de detergente ácido) e 
baixa quantidade de lignina 
• Tem alta digestibilidade 
• Boa palatabilidade 
• Baixo teor de proteína bruta entre 10,7 a 
13,9% da matéria seca 
• Menos NDT que o milhos, baixo amido 
• Boa para dietas de ruminantes alto volumoso e suíno na fase de crescimento 
e terminação (até 6%): aves poedeiras (entre 20 a 30% da ração) 
• Ruminantes – pode substituir em até 40% o volumoso (aumenta o valor 
energético da ração) 
• Pobre em cálcio, vitamina D e caroteno 
• Pode substituir de 20 a 30% do concentrado energético 
• Reduz o custo da ração

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