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Resumo da aula pelo professor - unidade 1 (gramática)

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A linguagem possibilita a comunicação e a interação humana, bem como leva as 
 pessoas a perceberem o mundo por meio de diversos sistemas sígnicos, entre eles 
 a língua. Quanto à língua, ela é aprendida de maneira espontânea e natural por 
 cada um de nós desde bebês, porém, na medida em que crescemos, passamos a 
 acreditar que não sabemos a própria língua. 
 Essa crença deve-se ao fato de a sociedade atribuir à gramática normativa um 
 papel social muito grande, o de indicar um modelo de uso da língua. Esse papel 
 existe desde a invenção da gramática. 
 Nesta unidade, tratamos da invenção da gramática e de seu papel na história. A 
 gramática é milenar. Tornou-se modelo de estudo das línguas e assumiu a função 
 de prescrever o que seja o bem falar e o bem escrever. 
 Seu modelo de estudo segue os níveis da língua – fonético/fonológico, 
 morfológico, sintático e semântico –, e a distribuição do conteúdo é do menor 
 elemento da língua (fonema) ao maior (oração). No nível fonético/fonológico, 
 podem-se descrever diferenças de pronúncia, enquanto no morfológico pode-se ver 
 a estrutura e formação das palavras (derivação e composição), as quais são 
 organizadas sintaticamente e carregam semanticamente um significado. Assim, no 
 nível sintático, é possível observar a relação entre as palavras e a função que cada 
 uma assume na oração. Quanto à semântica e à estilística, são conteúdos que 
 foram acrescentados no decorrer do tempo à gramática. Então: 
 • Fonética e fonologia: estudam o aspecto fônico e têm como unidade básica de 
 estudo o fonema. 
 • Morfologia: estuda a estrutura e a classe das palavras. 
 • Sintaxe: estuda a relação entre as palavras. 
 • Semântica: estuda o sentido das palavras na oração, no período ou no texto. 
 • Estilística: estuda aspectos que se relacionam à produção de significado das 
 palavras, como a emotividade. 
 Ressaltamos que o conceito de gramática deve ser considerado no plural. Além 
 da gramática tradicional, vista como normativa por instituir o padrão de uso da 
 língua, existem a gramática internalizada, que dominamos e utilizamos 
 espontaneamente, e a descritiva, que descreve a língua. Há ainda outras propostas 
 de classificação, como as gramáticas implícita, explícita e reflexiva, que se 
 relacionam com atividades linguísticas, metalinguísticas e epilinguísticas. Levando 
 em conta tanto o objeto de estudo quanto os objetivos, temos também as 
 gramáticas contrastiva, geral, universal, histórica e comparada.

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