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L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 1 ... Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 2 Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 3 Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 4 Características As células, que são as menores unidades estruturas e funcionais dos seres vivos, agrupam-se em tecidos, e estes, em órgãos. Há 4 tipos básicos de tecidos: o tecido epitelial, o tecido conjuntivo, o tecido muscular e o tecido nervoso. OBS: A forma dos núcleos é de grande utilidade para determinar se as células epiteliais estão organizadas em camadas. Funções Revestimento de superfícies (trato digestório, respiratório e urogenital). Absorção de moléculas (intestino) Secreção (glândulas) Percepção de estímulos (neuroepitélio olfatório e gustativo) Contração Todo epitélio esta apoiado sobre um tecido conjuntivo. No caso dos epitélios que revestem cavidades de órgãos ocos, esta camada de tecido conjuntivo é chamada de lâmina própria. A porção da célula epitelial voltada para o tecido conjuntivo é denominada de porção basal ou polo basal, enquanto a extremidade oposta é chamada de porção apical ou polo apical. A superfície do polo apical é conhecida como superfície livre. Lâminas Basais e Membranas Basais Localiza-se entre as células epiteliais e o tecido conjuntivo, promovendo a adesão de ambos – lâmina basal (Vista do microscópio eletrônico) Os componentes da lâmina basal são: Colágeno tipo IV Glicoproteinas laminina e entactina Proteoglicanos Funções da lâmina basal Promove a adesão das células epiteliais ao tecido conjuntivo subjacente. Filtração de moléculas Possui forma poliédrica Células justapostas Pouca matriz extracelular - Glicocálix Núcleo acompanha a forma da célula Tecido avascular – nutrido pelos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo Origem: Mesodérmica Endodérmica Ectodérmica Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 5 Influenciam na polaridade das células Regulam a proliferação e diferenciação celular. Influencia no metabolismo celular A lâmina basal se prende ao tecido conjuntivo por meio de fibrilas de ancoragem constituídas por colágeno tipo VII. As lâminas basais entre camadas de células epiteliais são mais espessas – pois resultam da fusão das duas lâminas basais. (Alvéolos pulmonares e Glomérulos renais) OBS: lâminas basais existem não só em tecidos epiteliais, mas também onde outros tipos de células entram em contato com tecido conjuntivo. São encontrada também ao redor de células musculares, adiposas e de Schwann, formando uma barreira que limita ou controla a troca de MACROmoléculas entre essas células e o tecido conjuntivo. Os componentes das lâminas basais são secretados pelas células epiteliais, musculares, adiposas e de Schwann. Fibras reticulares estão intimamente associadas à lâmina basal, constituindo a = Lâmina reticular. (vista do microscópio eletrônico) OBS: Quando as células perdem o contato com a lâmina basal, elas morrem: sofrem apoptose. Membrana basal é uma camada situada abaixo de epitélios, é + espessa que a lâmina – pois inclui algumas proteínas do tecido conjuntivo. É formada pela união de duas lâminas basais ou de uma lâmina basal e uma reticular. (vista pelo microscópio de luz) Especializações basolaterais Junções intercelulares Funcionam não apenas como adesão, mas também como vedantes e canais de comunicação. Podem ser classificadas como: A união da Zônula de adesão + Zônula de oclusão = Complexo Unitivo Junções de adesão ou zônula de adesão Circunda toda a célula, contribuindo com a aderência entre células adjacentes. Inserção de filamento de actina, da trama terminal em placas. Junções estreitas ou zônula de oclusão Próxima ao polo apical Forma um cinturão que veda o espaço intracelular, impedindo que substâncias estranhas entrem. Hemidesmossomos Encontrada na região de células epiteliais e a lâmina basal. Possui estrutura de metade de um desmossomo. Prende a célula à lâmina basal. As placas de ancoragem possuem integrinas. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 6 Especializações da superfície apical Microvilos ou Microvilosidades Projeções do citoplasma em formas de dedos Podem ser curtos ou longos Células que exercem uma intensa absorção Nestas células o glicocálix é mais espesso – sendo chamado de Borda em escova ou Boda estriada. Exemplo: Intestino delgado e Túbulos proximais dos rins Estereocílios São prolongamentos – longos – ramificados – imóveis Desmossomo ou Mácula de adesão Estrutura complexa em forma de disco Membranas planas – paralelas – distantes Possuem placas de ancoragem (12 proteínas) Proteína caderina participa da adesão Promovem uma adesão bastante firme entre as células. Pelo formato em botão, NÃO forma zônulas. Junções comunicativas ou gap Podem existir em qualquer local da membrana lateral Localiza-se em outros tecidos, com exceção do músculo esquelético. Caracteriza-se pela grande proximidade das membranas. As proteínas da junção são chamadas de – Conexinas Moléculas de sinalização como AMP e GMP cíclicos, íons e alguns hormônios atravessam essas junções fazendo com que as células trabalhem de uma maneira coordenada. Participa da coordenação das contrações do músculo cardíaco. Interdigitações São invaginações das superfícies basal e laterais das células. (Dobras) Aumentam a superfície para a inserção de proteínas transportadoras. Encontrados nos túbulos renais e nos ductos de glândulas salivares. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 7 Aumentam a área de superfície das células, facilitando o movimento de moléculas dentro e fora. NÃO são cílios, pois estes são móveis. Exemplo: Epidídimo e Ducto deferente. Cílios e Flagelos Prolongamentos dotados de motilidade e envolvido por membrana plasmática.. Contêm 2 microtúbulos centrais e 9 periféricos unidos entre si. São inseridos no corpúsculo basal. Exercem movimento coordenado, com utilização de ATP. Os flagelos se diferenciam dos cílios, por serem mais longos e limitados a uma célula Tipos de Epitélios São divididos em dois grupos principais. Epitélio de Revestimento Epitélios Glandulares Epitélio de Revestimento Nesses epitélios as células são organizadas em camadas que cobrem a superfície externa do corpo ou revestem as cavidades do corpo. Elas podem ser classificadas de acordo com o número de camadas de células e conforme as características morfológicas das células na camada superficial. Flagelo Cílios Epitélio Simples Contêm apenas uma camada de células.Pode ser: Pavimentoso – Cúbico – Prismático (colunar ou cilíndrico). Epitélio Estratificado Contêm mais de uma camada de células. Pode ser: Pavimentoso – Cúbico – Prismático – de Transição. Epitélio Pseudoestratificado Embora formado por apenas uma camada de células, os núcleos parecem estar em várias camadas. Ex: Epitélio pseudoestratificado prismático ciliado das passagens respiratórias. OBS: nunca mostram mais de uma camada de núcleos, apenas núcleos em diversas posições. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 8 Epitélio Simples Epitélio Simples Pavimentoso Células achatadas ou planas Núcleo alongado Exemplo: endotélio que reveste os vasos sanguíneos e linfáticos Epitélio Simples Prismático – Cilíndrico – Colunar Células alongadas, altas. Núcleo oval Exemplo: revestimento do intestino delgado Epitélio Simples Cúbico Célula cuboide Núcleo redondo Exemplo: epitélio que reveste externamente o Ovário Epitélio Simples Prismático com células caliciformes Células alongadas Núcleo elíptico Exemplo: revestimento do intestino delgado Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 9 Epitélio Simples Epitélio Cilíndrico simples ciliado Exemplo: Intestino delgado, vesícula biliar e estômago. Epitélio simples pseudoestratificado esteriociliado Exemplo: Epidídimo. Epitélio simples pseudoestratificado ciliado com células caliciformes Exemplo: Traqueia Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 10 Epitélio Composto Epitélio Estratificado Pavimentoso NÃO queratinizado Reveste cavidades úmidas (Boca – Esôfago – Vagina) Epitélio de Transição Reveste a Bexiga urinária – Ureter – e a Parte superior da uretra. É um epitélio cuja camada superficial é formada por células globosas. A forma destas células varia de acordo com o grau de distensão da bexiga. – podendo ser achatada quando a bexiga estiver cheia. Epitélio Estratificado Pavimentoso queratinizado Reveste superfícies seca (Pele) Epitélio Estratificado Prismático É raro, está presente em poucas áreas do corpo humano. Ex: Conjuntiva ocular e nos grandes ductos excretores de glândulas salivares. Epitélio Estratificado Cúbico Ex: ducto excretor da Glândula Salivar Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 11 Epitélios Glandulares São constituídos por células especializadas na atividade de secreção. As células epiteliais glandulares podem sintetizar, armazenar e secretar proteínas, lipídios ou carboidratos e até os 3 tipos juntos. OBS: As glândulas mamárias secretam os 3 tipos de substancias. As moléculas a serem secretadas são armazenadas em grânulos de secreção OBS: as glândulas são formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo. Glândulas Exócrinas Mantêm sua conexão com o epitélio do qual se origina, essa conexão toma forma de ductos tubulares e através desses ductos as secreções são eliminadas alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade. Essas glândulas possuem uma Porção secretora e Ductos que transporta a secreção eliminada. Glândulas Exócrinas Simples – possui 1 ducto não ramificado. Glândulas Exócrinas Compostas – possuem ductos ramificados Glâ. Simples classificada quanto a Porção Secretora: Células Neuroepiteliais De origem epitelial que constituem epitélios com funções sensoriais especializadas. Ex: células das papilas gustativas e da mucosa olfatória. Células Mioepiteliais São células ramificadas que contêm miosina e filamentos de actina. São capazes de fazer contração, agindo nas porções secretoras das glândulas mamárias, sudoríparas e salivares. Glândula Simples Tubular Sua porção secretora tem a forma de um tubo (Glândula sudorípara) Glândula simples Tubular enovelada, ramificada ou acinosa. Sua porção secretora é esférica ou redonda. Glândulas Unicelulares Consistem em células glandulares isoladas. Ex: Célula caliciforme presente no intestino delgado e sistema respiratório. Glândulas Multicelulares São compostas de agrupamentos de células. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 12 Glâ. Composta classificadas quanto a Porção Classificada quanto ao modo de liberação do produto: Tipo de secreção: Serosa Secreta um fluido aquoso, rico em enzimas (Glâ. Salivares parótidas) Mucosa Secreta muco, fluido viscoso, com glicoproteinas (Glâ. Duodenais) Seromucosa ou Mista Tem células serosas e mucosas (Glâ. Salivares submandibulares sublinguais) Merócrinas A secreção é liberada por exocitose, sem perda de outro material. (Pâncreas) Holócrinas O produto de secreção é eliminado juntamente com toda a célula. (Glâ. Sebáceas) Apócrinas O produto da secreção é descarregado junto com porções do citoplasma apical (Glâ. Mamária) Glândula Tubular Composta Com mais de um ducto e porção secretora em forma de tubo. Secretora: Glândula Composta Acinosa ou Alveolar Com mais de um ducto e porção secretora redonda. (Glândula sebácea) Glândula Composta Tubuloacinosa Quando há 2 tipos de porções secretoras (Glândulas salivares, sublinguais e submandibulares). Ácino Mucoso Ácino Seroso Ácino Misto Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 13 Glândulas Endócrinas A conexão com o epitélio foi obliterada durante o desenvolvimento, estas glândulas não possuem ductos e suas secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local de ação pela circulação sanguínea. Classificação quanto ao número de células: Unicelulares – o funcionamento de uma célula independe das outras (Ex: Células de Leydig) Multicelulares – a secreção é o resultado do trabalho conjunto de várias células. Classificadas quanto a Porção Secretora OBS: Há órgãos com funções exócrina e endócrina, sendo consideradas glândulas mistas. (Pâncreas). Biologia nos tecidos epiteliais A área de contato entre o epitélio e a lâmina própria pode ser aumentada pelas invaginaçõesdo tecido conjuntivo – as papilas. As papilas existem com maior frequência em tecidos epiteliais de revestimento sujeitos a tensão mecânica (Pele – Língua – Gengiva). Glândula Cordonal Quando as células se dispõem enfileiradas, formando cordões que se anastomosam ao redor de capilares (Adrenal e Adeno-hipófise) Glândula Vesicular ou Folicular Quando as células se arranjam em folículos, onde se acumula a secreção (Glândula Tireoide). Acinos Serosos Células colunares ou piramidais Lúmen reduzido e que continua com um Ducto Excretor. Região Basal – contém ácido ribonucleico (se cora com hematoxilina) Região Apical – contém grãos de secreção (se cora com eosina). Túbulos Mucosos Tubulares e alongados Lúmen dilatado e que continua com um Ducto Excretor Coram-se por hematoxilina Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 14 Polaridade Em muitas células epiteliais a distribuição de organelas no polo basal das células é diferente da distribuição no polo apical. A essa diferença de distribuição, dá-se o nome de polaridade das células epiteliais. Isso significa que diferentes partes dessas células podem ter diferentes funções – a membrana plasmática das células epiteliais pode ter composição molecular diferente em seus dois polos. Inervação A maioria dos tecidos epiteliais é ricamente inervada por terminações nervosas do Plexo nervoso da Lâmina própria. A sensibilidade da córnea é devido ao grande número de fibras nervosas sensoriais que se ramificam entre essas células. Além da inervação sensorial, o funcionamento de muitas células epiteliais secretoras depende de inervação motora que estimula sua atividade. Renovação das células O tecido epitelial é uma estrutura dinâmica cujas suas células continuamente se renovam por atividade mitótica. A taxa de renovação é variável – pode ser rápido em tecidos como no epitélio intestinal (substituído a cada semana) ou pode ser lento, como no fígado e pâncreas. As mitoses ocorrem na camada mais basal, próxima à lâmina basal, onde se encontram as células-tronco do epitélio. Controle de atividade glandular As glândulas são sensíveis a estímulos endócrinos e a controle nervoso OBS: um dos dois mecanismos predomina sobre o outro. Ambos os controles são estabelecidos por mensageiros químicos para os quais as células secretoras têm receptores em suas membranas. Obesidade Hipertrófica – relacionada com o aumento no tamanho das células de gordura (adipócito). Hiperplástica – é o aumento no número de adipócitos (ocorre nos primeiros anos de vida). Apudomas São tumores benignos ou malignos derivados de células secretoras de polipeptídios. Sintomas clínicos resultam da – Hipersecreção do mensageiro químico pela célula tumoral. Diagnóstico – é realizado por imunocitoquímica em cortes de biopsias do tumor. Mais comuns no: intestino (região em que há grande população de células APUD). Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 15 Metaplasia É quando um tipo de tecido epitelial transforma-se em outro (processo reversível) Não é restrita apenas para o tecido epitelial, pode ocorrer no Tecido Conjuntivo. Exemplos Tabagistas – por fumarem uma grande quantidade de cigarros, o Epitélio Pseudoestratificado Ciliado dos Brônquios pode transforma-se em Epitélio Estratificado Pavimentoso. Deficiência de Vitamina A – os epitélios dos brônquios e da bexiga urinária são substituídos por Epitélio Estratificado Pavimentoso. Nicotina – pois ela tem a capacidade de diminuir a quantidade de cílios e aumentar a capacidade de células caliciformes e, consequentemente, a produção de muco. Como há menos cílios para movimentar o muco, essa substância fica acumulada o que caracteriza o cigarro. Permeabilidade das Zônulas de oclusão A quantidade de locais de fusão de membranas que formam a zônula de oclusão depende do tipo e da localização do epitélio, além da grande correlação com a permeabilidade do epitélio. Epitélio com um ou poucos locais de fusão (Ex: Túbulos proximais do rim) – são mais permeáveis à água e aos solutos do que os Epitélios com numerosos locais de fusão (Ex: bexiga). Principal função dessas Zônula – promover uma vedação que dificulta o movimento de materiais entre células epiteliais, tanto do ápice para a base como da base para o ápice. – formação de compartimentos delimitados por epitélios. Tumores derivados do epitélio Tumores benignos e malignos podem originar-se da maioria dos tipos de células epiteliais. Tumores malignos derivados de tecidos epiteliais glandulares são chamados de – Adenocarcinomas. Tumor maligno de origem epitelial., constituído de células diferenciadas, difícil de diagnosticar e geralmente contém queratina – a detecção dessa substancia por imunocitoquímica ajuda a determina o diagnóstico de – Carcinoma. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 16 Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 17 Características Gerais Grande variedade de células Grande quantidade de matriz extracelular Fácil reparação Tecido vascularizado Funções Estabelecimento e manutenção da forma do corpo Absorve impactos Armazenamento de gordura e íons Defesa do organismo Conexão + Sustentação + Preenchimento Composição Os componentes desse tecido podem ser divididos em: células + fibras + substancia fundamental amorfa. Mas, o principal constituinte do tecido conjuntivo é a Matriz Extracelular. Matriz Extracelular É constituído por um emaranhado de fibras + gel incolor e hidratado, que fica entre as células e fibras, denominado de Substância Fundamental Amorfa. Banhando tudo isso tem o Plasma Intersticial, que vem do sangue e banha o tecido conjuntivo. Substância Fundamental Constituído por Proteoglicanos + Glicoproteinas adesivas.. Esta complexa mistura molecular é incolor e transparente, preenche os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo e, como é viscosa, atua como lubrificante e como barreira à penetração de microrganismos invasores. Glicoproteinas adesivas – permitem a adesão da célula com os componentes da matriz – Fibromequitina e Lamina. Proteoglicanos – possui nas espículas as Glicosaminoglicanas (dissacarídeos) Origem: Mesênquima (que tem a capacidade de se diferenciar em todas as células do tecido conjuntivo) Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 18 Células do Tecido Conjuntivo Algumas células desse tecido, como os Fibroblastos – originam-se localmente a partir de células mesenquimais indiferenciadas, e permanece toda sua vida no tecido conjuntivo. Em outras células, tais como os Mastócitos, Macrófagos, Plasmócitos e Leucócitos – originam-se de uma célula-tronco hemocitopoética da medula óssea,circulam no sangue e se movem para o tecido conjuntivo, no qual executam suas funções. As células desse tecido são: Fibroblastos + Macrófagos + Mastócitos + Plasmócitos + Células adiposas + Leucócitos. Fibroblastos Função Sintetiza a proteína colágeno e a elastina, além dos glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteinas multiadesivas. (Compostos da MEC) Essas células também produzem os fatores de crescimento, que controlam a proliferação e a diferenciação celular. As células com intensa atividade de síntese são chamadas de Fibroblastos, enquanto as células metabolicamente quiescentes (em repouso) são chamadas de Fibrócitos. (os fibrócitos são menores que os fibroblastos e tendem a um aspecto fusiforme) OBS: Os fibroblastos raramente se dividem nos adultos, exceto quando necessário. Fibroblastos Síntese de fibras colágenas Plasmócito Produção de anticorpos Linfócitos Participação na resposta imunológica Eosinófilo Participação em reações alérgicas Neutrófilo Fagocitose de substâncias e organismos estranhos Macrófago Fagocitose de substâncias estranhas e bactérias Mastócitos e Basófilos Liberação de moléculas Célula adiposa Estocagem de gordura, reserva de energia Origem: Células Mesênquimais Células com intensa atividade de síntese Principal celulas envolvida na cicatrização Diapedese Quando uma célula do sangue atravessa a parede dos vasos sanguíneos e vai para outro tecido conjuntivo. (+ comum) Fibroblastos Fibrócitos Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 19 Características Possuem citoplasma abundante e com muitos prolongamentos Ricos em RER e Complexo de Golgi Núcleo em forma ovoide, grande e fracamente corado. Macrófagos Origem: células precursoras da medula óssea Atuam como células de defesa (fagocitam) São células de vida longa Os macrófagos têm características morfológicas muito variáveis que dependem de seu estado de atividade funcional e do tecido que habitam. Apresentam uma superfície irregular com protrusões e reentrâncias que caracterizam sua grande atividade de pinocitose e fagocitose. Células inativas = monócito Os macrófagos derivam de células precursoras da medula óssea que dividem, produzindo os monócitos, os quais circulam no sangue. Em uma segunda etapa, os monócitos cruzam as paredes de vênulas pericíticas e capilares e penetram o tecido conjuntivo, no qual amadurecem e adquirem as características morfológicas e funcionais de macrófagos. Durante a transformação de monócito para macrófago ocorre um aumento no tamanho da célula e na síntese de proteínas, além disso, o aparelho de golgi, o lisossomos, microtrúbulos e microfilamentos também aumenta. OBS: monócitos e macrófagos são as mesmas células em diferentes estágios de maturação. OBS: Por quimiotaxia o monócito é avisado que entrou um corpo estranho no tecido conjuntivo, por diapedese o monócito vira macrófago. A capacidade regenerativa dos tecidos conjuntivos é observada quando os tecidos são destruídos por lesões inflamatórias ou traumáticas. Os espaços deixados pela lesão são preenchidos por uma cicatriz de tecido conjuntivo. A célula envolvida na cicatrização é o Fibroblasto. Na reparação de feridas, observam-se os Miofibroblastos – possuem a maioria das características dos fibroblastos, mas contêm uma quantidade aumentada de filamentos de actina e miosina. Sua atividade contrátil é responsável pelo fechamento das feridas após as lesões – contração da ferida. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 20 Os macrófagos estão distribuídos na maioria dos órgãos e constituem o Sistema Fagocitário Mononuclear. Secretam colagenase-elastaze e enzimas que degradam glicosaminoglicanos facilitando a migração pela matriz extracelular. Liberam LISOZIMAS que destrói a parede das bactérias. Características Citoplasma basófilo com vacúolos e grânulos densos (lisossomos). Aparelho de golgi bem desenvolvido e REG proeminente. Plasmócitos Origem: Precursores da medula óssea - Linfócitos B é intermediário. Responsáveis pela síntese de anticorpos São pouco numerosos no tecido conjuntivo normal, exceto nos locais sujeitos à penetração de bactérias e proteínas estranhas. Produzem imunoglobulinas que vão parar nos receptores dos Mastócitos. Características São grandes e ovoides Citoplasma é rico em RER Complexo de golgi e centríolos localizam-se próximo ao núcleo São mais numerosas: Tubo digestório Órgãos linfoides Áreas de inflamação crônica Mastócitos Origem: Células hematopoiéticas da medula óssea. Metacromasia: capacidade de mudar a cor de corantes A superfície dos mastócitos tem receptores para IgE São as maiores células fixas do Tecido Conjuntivo e localizam-se, principalmente, no tecido conjuntivo propriamente dito. Em algumas regiões, os macrófagos recebem nomes especiais: Fígado – Células de Kupffer SNC – Micróglia Pele – Células de Langerhans Tecido ósseo – Osteoclastos Sangue – Monócito Linfonodo – Células dendrítica Situação 1 Quando o corpo estranho é muito grande, os monócitos atraem por meio de mediadores químicos, novos macrófagos. Situação 2 (inflamação crônica) Quando o corpo estranho é mais forte, os macrófagos chamam os leucócitos. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 21 Função Estocar mediadores químicos da resposta inflamatória em seus grânulos secretores Colaboram com as reações imunes Tem papel fundamental na inflamação – reações alérgicas e infecções parasitárias. OBS: Os grânulos dos mastócitos são metacromáticos devido à alta concentração de radicais ácidos presentes nos glicosaminoglicanos.. Divisão Mastócito do tecido conjuntivo Grânulos com anticoagulante (heparina) Encontrado na Pele e Cavidade Peritoneal Mastócito da mucosa Grânulos contém condroitim sulfatado Encontrado na Mucosa intestinal e Pulmões OBS: a superfície dos mastócitos contém receptores específicos para imunoglobulina E (igE), produzida pelos plasmócitos. Características Ovoides Núcleo esférico e central, frequente coberto por grânulos. OBS: são diferenciados pela grande quantidade de grânulos citoplasmáticos que armazenam heparina e histamina (mediadores primários). Células Adiposas Células esféricas grandes Armazenamento de energia (Triglicerídeos) Podem ser encontradas em pequenos ou grandes grupos. A liberação de mediadores químicos armazenado nos mastócitos promove reações alérgicas – Reação de hipersensibilidade imediata. Pois ocorre em poucos minutos após a penetração do antígeno em indivíduos previamente sensibilizados pelo mesmo antígeno. (Choque anafilático) Integrinas Promovem a adesão dos mastócitos a Matriz extracelular. Importante para a diferenciação, migração, modulação da resposta biológica. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 22 Leucócitos ou Glóbulos brancos Células especializadas na defesa Mais numerosas no: Sistema digestório e respiratório Faz Diapedese OBS: Linfócito é o único capazde sair da corrente sanguínea ir para o tecido e retornar para a corrente Monócitos – após a migração para os tecidos conjuntivos, diferencia-se em Macrófagos. Linfócitos – participam da defesa imunológica Neutrófilos – fagocitam e digerem bactérias na área da inflamação, resultando na formação do pus (neutrófilos mortos + resíduos). Eosinófilos – combatem parasitas liberando citotoxinas e fagocitam complexos “anticorpo- antígeno” regulando a reação alérgica. Basófilos – liberam agentes farmacológicos que iniciam, mantém e controlam o processo inflamatório Fibras do Tecido Conjuntivo São formadas por proteínas que se polimerizam formando estruturas alongadas. Os 3 tipos de fibras do tecido conjuntivo são as Colágenas, as Reticulares e as Elásticas. As fibras colágenas e reticulares são formadas pela proteína Colágeno. As fibras elásticas são compostas pela proteína Elastina. A distribuição das fibras varia nos diferentes tipos de tecidos conjuntivos. Existindo 2 sistemas de fibras: 1. Sistema Colágeno (formado por fibras colágenas + reticulares) 2. Sistema Elástico (formado por fibras elásticas + elaunínicas + oxitalânicas). Fibras Reticulares Sustentação Formada por proteína colágeno tipo I e III Transparente há olho nu São inelásticas e compostas de um tipo de colágeno chamado retiulina. Formam o arcabouço de alguns órgãos hematopoiéticos (baço – medula óssea). São argirófilas – possui afinidade por prata, por isso são visualizadas em cor preta. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 23 Colágeno É o tipo mais abundante de proteína do organismo. Encontrado na pele – osso – cartilagem – músculo liso – lâmina basal Principais aminoácidos Glicina + Prolina + Hidroxiprolina Classificação Colágenos que formam longas fibrilas Associados a fibrila Formam rede de ancoragem As fibrilas de colágeno são formadas pela polimerização de tropocolágeno (formando 3 cadeias peptídicas enroladas em 5 cadeias longas) Biossíntese de colágeno 6º - Formação da cadeia alfa e união de 3 cadeias com 2 peptídeos de registro - alinhando essas cadeias no REG e dobrando-as em forma de tripla hélice. (Como não há a agregação, impede que as cadeias formem fibrilas no interior da célula.) 5º - Ocorre há Glicosilação com adição de Galactose ou Glinil galactose. 4º - Ocorre a Hidroxilação da lisina e da prolina em Hidroxilisina e Hidroxiprolina - para que ocorra essa hidroxilação é necessário a presença da Vitamina C. 3º - ocorre a sintese de preprocolágeno, depois ocorre a Clivagem do peptídeo-sinal (que começa a sequência de AA) formando o Procolágeno. 2º - ocorre a remoção dos peptídeos de registro através da Enzima Pró-Colágeno Peptase, restando somente o colágeno. 1º - Para ocorrer a produção de uma proteína é necessário que ocorra inicialmente a replicação do DNA para a formação do RNAm (Transcrição) que sai do núcleo para o citoplasma para que ocorra a Tradução. Fibras Colágenas Resistência Tipo mais abundante, forte e inelástica. Formada por proteína colágeno tipo I Formas de feixes Brancas há olho nu São acidófilas (eosina) – rosa Fibras Elásticas Elasticidade Formada por proteína elastina Finas e delgadas Amarelas há olho nu Componente estrutural = elaumínicas + oxitalâmicas Corante próprio – oceina Formam vasos de grande calibre (aorta) DNA RNA Colágeno Transcrição Tradução Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 24 OBS: Escorbuto – um dos sintomas é o sangramento das gengivas e mobilidade dos dentes. O paciente que tem escorbuto perde o dente pois não esta ocorrendo a síntese do colágeno, por carência da vitamina C. Assim, as fibras colágenas do ligamento periodontal, que inserem o dente no alvéolo, não estão sendo repostas. Tipos de colágeno As fibras colágenas do Tipo I ao XX – são inelásticas e possuem GRANDE resistência à tração. São constituídas por subunidades finas ou tropocolágeno e sintetizadas pelos Fibroblastos. São encontradas na pele e têm participação bem importante nos processos de cicatrização. Classificação do tecido conjuntivo Os tecidos são classificados de acordo com a natureza da sua substancia fundamental e o tipo de organização das fibras nessa substância. Propriamente dito Frouxo Denso Modelado Não modelado Elástico Reticular Mucoso Adiposo Cartilaginoso Ósseo Tipo I (Resistência à tensão) Localizado: tendões, ligamentos e ossos. Produzida por: Fibroblastos – Condroblastos – Osteoclastos. Tipo II (Resistência à pressão) Localizado: cartilagem hialina e elástica Produzida por: Células cartilaginosas. Tipo III Associado ao tipo I para formar as fibras reticulares Produzido por: Fibroblastos – Células reticulares Função: manutenção da estrutura de órgãos expansíveis. Tipo IV (EXCEÇÃO) NÃO participa do tecido conjuntivo É associado ao tecido epitelial Forma a lamina basal Produzida por: Tecido epitelial. Tipo V Associado ao tipo I forma = fibrilas Constitui a Placenta Tipo XI Localização: cartilagem hialina e elástica Associado ao tipo II forma = fibrilas colágenas Especial Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 25 Tecido Conjuntivo Propriamente Dito Frouxo Composto por fibras dispostas frouxamente + células incluídas na substância fundamental gelatinosa. Localizado abaixo da epiderme – fica abaixo do revestimento Mesotelial da cavidade interna do corpo e está associado à adventícia dos vasos sanguíneos, além de envolver o parênquima das glândulas. Possui Células + Fibras + SFA na mesma proporção Suporta a pressão e pequenos atritos. Tem consistência delicada, é flexível e bem vascularizado. Encontrado na derme – hipoderme – membranas serosas – glândulas. As células + numerosas desse tecido são: fibroblastos e macrófagos. Denso (+ resistente) É flexível e mais resistente à tensão que o tecido conjuntivo frouxo. Contém menos células e um predomínio de fibras colágenas. Branco a olho nu Classificado de acordo com a orientação das fibras em: Denso NÃO modelado e Denso modelado. Denso Não Modelado – quando as fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma orientação definida. Nesse tecido as fibras formam uma trama tridimensional – o que lhe da resistência. Ex: derme profunda da pele. Denso Modelado – quando as fibras colágenas estão paralelas umas as outras e alinhadas com os fibroblastos. . Ex: tendões Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 26 Tecido Conjuntivo Especial Tecido Elástico Composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas. Os espaços entre as fibras são ocupados por fibras delgadasde colágeno e fibroblastos. Possui cor amarela típica e grande elasticidade. Exemplos: Ligamentos amarelos da coluna vertebral Ligamento suspensor do pênis Camada média dos vasos. Tecido Reticular Predomínio de fibras reticulares. É muito delicado e forma uma rede que suporta as células de alguns órgãos. Provê uma estrutura que cria um ambiente para órgãos linfoides e hematopoiéticos (medula óssea, linfonodos e nódulos linfáticos e baço). Exemplo: Fibroblasto do tecido reticular Tecido Mucoso Possui consistência gelatinosa com predomínio de matriz fundamental com poucas fibras. As principais celulas deste tecido são os fibroblastos Exemplo: Cordão umbilical – onde o tecido mucoso é chamado de Geleia de Wharton. Polpa jovem dos dentes. Adiposo É composto de células adiposas dispersas no tecido conjuntivo frouxo. Cada célula contém uma grande gota de gordura que comprime e achata o núcleo e confina o citoplasma a um delgado anel na periferia celular. Serve como local de estoque de gorduras e preenche e protege certas regiões do corpo. Tecido Conjuntivo de Suporte Cartilaginoso Suporte de tecidos moles Revestimento de superfícies articulares Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 27 Formação e o crescimento dos ossos longos Contem células (condrócitos) e abundante material extracelular. As cavidades da matriz são chamadas de lacunas. Desprovidos de vasos sanguíneos e de nervos – nutrido pelos capilares do pericôndrio. Hialina – Elástica – Fibrosa Ósseo Constituinte principal do esqueleto. Funções Suporte para as partes moles Proteção a órgãos vitais Aloja e protege a medula óssea Proporciona apoio aos músculos esqueléticos Constitui um sistema de alavancas Depósito de cálcio e fósforo. É um tipo especializado de TC formado por células e material extracelular calcificado – a matriz óssea. Temos ossos compactos e esponjosos Vascularização Pressão Hidrostática – líquido sai dos vasos para o tecido conjuntivo (Plasma Intersticial) Pressão Osmótica – líquido retorna para os vasos Vasos Linfáticos Drena o restante do líquido que fica no tecido conjuntivo Eventos característicos da inflamação Aumento do fluxo sanguíneo Aumento da Permeabilidade vascular Quimiotaxia Fagocitose Edema Ocorre pelo aumento da quantidade de líquido intersticial no meio extracelular. Causas do edema: Obstrução de vasos linfáticos Obstrução venosa Diminuição da pressão oncótica gerada pelas proteínas no plasma. Aumento da pressão hidrostática, pois eleva a pressão de filtração. Retenção de sódio, pois ocasiona um aumento da quantidade de líquido fora dos vasos sanguíneos. Aumento da permeabilidade vascular Desnutrição Retorno venoso deficiente Metástase de tumores Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 28 Diapedese Quando uma célula do sangue atravessa a parede dos vasos sanguíneos e vai para outro tecido conjuntivo. Macrófagos e Monócitos Capacidade de regeneração A capacidade deles é observada quando os tecidos dão destruídos por lesões inflamatórias ou traumáticas. Os espaços deixados pela lesão são preenchidos por uma cicatriz de tecido conjuntivo. A principal célula envolvida na cicatrização é o Fibroblasto. Durante a cicatrização, os fibrócitos revertem para o estado de fibroblastos (reativando sua capacidade de síntese). Na reparação das feridas, observam-se os – Miofibroblastos., possuem características de fibroblastos mas contém uma maior quantidade de filamentos de actina e miosina. – sua atividade contrátil é responsável pelo fechamento das feridas. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 29 Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 30 O Tecido Adiposo é um tipo especial do Tecido Conjuntivo. Tem predominância de células adiposas (adipócitos). Essas células podem ser encontrar isoladas, em pequenos grupos no tecido conjuntivo frouxo ou formando grandes agregados distribuídos pelo corpo. Em indivíduos de peso normal, o tecido adiposo corresponde: 20 a 25% do peso em mulheres 15 a 20% do peso em homens Funções Papel energético Modela a superfície corporal Isolamento térmico Absorve choques (coxins) Preenche espaço entre os tecidos Atividade secretora Mantém determinados órgãos em suas posições normais Divisão Tecido adiposo Comum Tecido cujas células possuem apenas uma gotícula de gordura que ocupa quase todo o espaço do citoplasma. A coloração varia do branco ao amarelo- escuro, isso se deve ao número de carotenos dissolvidos nas gotículas de gordura. OBS: todo tecido adiposo encontrado em adultos é do tipo unilocular. O tecido adiposo é o MAIOR depósito corporal de energia, sob forma de Triglicerídeos. Triglicerídeos São mais eficientes como reserva energética do que o glicogênio. Não são depósitos estáveis, renovam-se continuamente. São muito influenciados por estímulos nervosos e hormonais. Amarelo ou Unilocular Origem: Lipoblasto (células derivadas do mesênquima). Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 31 Esse tecido acumula-se em certos locais sendo influenciado pelo: Sexo – Idade Histogênese do Tecido Adiposo Unilocular As células adiposas uniloculares se originam no embrião, a partir de células derivadas do mesênquima – os Lipoblastos. Células bem parecidas com os fibroblastos, porém, logo acumulam gordura no seu citoplasma. Características das células Células grandes São esféricas (quando isoladas), mas tornam-se poliédricas no tecido pela compressão. Principal reserva de energia em longo prazo. Cada célula é envolta por lâmina basal. Sua membrana plasmática apresenta numerosas vesículas de pinocitose. Apresenta septos conjuntivos que contêm: Vasos e Nervos. Possui uma vascularização abundante É um órgão secretor: sintetiza a molécula de Leptina e a Lipase Lipoproteica. OBS: dos septos conjuntivos partem fibras reticulares (colágeno tipo III) que sustentam as células adiposas. Além disso, o tecido adiposo unilocular forma o Panículo adiposo – uma camada disposta sob a pele e que possui espessura uniforme por todo o corpo do recém-nascido. Porém, com a idade, o panículo tende a desaparecer de certas partes e ir para outras. OBS: esse depósito seletivo de gorduras é regulado, pelos hormônios sexuais e pelos hormônios produzidos na camada cortical da glândula adrenal. Deposição dos lipídios Os Lipídios armazenados nos adipócitos são = Triglicerídeos (ésteres de ácidos graxos e glicerol) Origem dos Triglicerídeos: 1. Absorvidos da alimentação e trazidos até as células adiposas como triglicerídeos dos quilomícrons. 2. No fígado sendo transportados até o tecido adiposo, sob forma de triglicerídeos constituintes da VLDL. 3. Sintetizado nas células adiposas, a partir da glicose. Quando necessário, a hidrólise dos triglicerídeos é desencadeada pela Noradrenalina.Este neurotransmissor é liberado e captado por receptores da membrana dos adipócitos que ativam a Lipase sensível a hormônio – promovendo a liberação de ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos são utilizados como fonte de energia, e o glicerol é captado pelo fígado e reaproveitado. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 32 Sequência da remoção dos lipídios A remoção dos lipídios, nos casos de necessidade energética, não se faz por igual em todos os locais. Após períodos de alimentação deficientes em calorias, o tecido adiposo unilocular perde quase toda a sua gordura e se transforma em um tecido com células poligonais ou fusiformes – com raras gotículas lipídicas. Já o tecido adiposo multilocular é também um órgão secretor – sintetiza várias moléculas como adiponectina e leptina, que são transportadas pelo sangue, e a lípase lipoproteica que ficam ligadas as superfícies das células endoteliais dos capilares sanguíneos situados em volta dos adipócitos. 1º - Depósitos subcutâneos 2º - Mesentério e Retroperitoneais 3º - Coxins das mãos e os pés Leptina Hormônio proteico constituído por 164 aminoácidos e produzido pelas células adiposas. Participa da regulação da quantidade de tecido adiposo no corpo e da ingestão de alimentos Atua principalmente no hipotálamo – diminuindo a ingestão de alimentos e aumento o gasto de energia. Quilomícrons São partículas formadas por células epiteliais do intestino delgado. É constituído por 90% de triglicerídeos e pequenas quantidades de colesterol, fosfolipídios e proteínas Os quilomícrons são quebrados através da (enzima Lipase lipoproteica) nos capilares sanguíneos do tecido adiposo. A hidrólise dos quilomícrons e das lipoproteínas (VLDL) plasmáticas promove a liberação de seus componentes = ácidos graxos e glicerol. Esses compostos vão se difundir para o citoplasma das células adiposas, onde de recombinam para formar novas moléculas de triglicerídeos, que são depositados. As células adiposas podem sintetizar ácidos graxos e glicerol a, partir da glicose, processo que é acelerado pela insulina que, assim como em outras células, acelera a penetração da glicose na célula adiposa. Célula epitelial intestino delgado Quilomícrons Capilares linfáticos Sangue Organismo Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 33 Tecido adiposo Pardo Tecido formado por células que contem numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias. A coloração se deve a vascularização abundante e as numerosas mitocôndrias encontradas nas células (por serem ricas em citocromos as mitocôndrias tem cor avermelhada) É abundante em animais que hibernam – onde é chamado de glândula hibernante e é especializado na produção de calor. OBS: nos humanos a quantidade deste tecido só é significante em recém-nascidos, tendo como papel a termorregulação. Possue células menores do que as do tecido adiposo unilocular e têm forma poligonal com citoplasma carregado de gotículas lipídicas de vários tamanhos. OBS: não há neoformação de tecido adiposo multilocular após o nascimento e nem ocorre transformação de um tipo de tecido adiposo em outro. Histogênese do Tecido Adiposo Mulilocular São originados pelas células mesenquimais, que se tornam epitelióides, adquirindo um aspecto de glândulas endócrinas cordonal, antes de acumularem gordura. OBS: Não há neoformação de tecido adiposo multilocular após o nascimento nem ocorre Receptores sensoriais na pele enviam sinais ao centro cerebral de regulação da temperatura, que, por sua vez envia impulsos nervosos a essas células adiposas. Ao ser estimulado pela liberação de Noradrenalina, o tecido adiposo multilocular acelera a lipólise e a oxidação dos ácidos graxos. Essa oxidação produz calor e não ATP – pois as mitocôndrias desse tecido apresentam na sua membrana interna a proteína Termogenina ou UCP 1 – que permitem o fluxo dos prótons acumulados no espaço intermembranosos durante o transporte de elétrons para a matriz = dissipando a energia potencial como CALOR Multilocular Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 34 Vascularização O tecido adiposo Unilocular e Multilocular são inervados por fibras simpáticas do Sistema Nervoso Autônomo (SNA). Tecido Unilocular – as terminações nervosas são encontradas apenas na parede dos vasos sanguíneos (Os adipócitos não são diretamente inervados). Tecido Multilocular – as terminações nervosas simpáticas atingem diretamente as células adiposas. Tumores no tecido adiposo unilocular Os adipócitos uniloculares com frequência originam tumores benignos – os Lipomas. Os tumores malignos dos adipócitos uniloculares – os Lipossarcomas são menos frequentes, porém o tratamento é bem mais difícil, pois podem formar metástase. Lipossarcomas costumam aparecer em pessoas com mais de 50 anos. Obesidade A obesidade em adultos se deve a um aumento na quantidade de triglicerídeos depositados em cada adipócito unilocular, sem que exista aumento no número de adipócitos – Obesidade Hipertrófica. A obesidade em crianças se deve a um aumento no número de adipócitos uniloculares – Obesidade Hiperplástica. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 35 Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 36 É uma forma especializada de tecido conjuntivo - porém de consistência rígida É essencial para a formação e o crescimento de ossos longos. – processo que ocorre desde a vida intrauterina. Funções Suporte de tecidos moles Reveste superfícies articulares Facilita o deslizamento dos ossos nas articulações Absorção de choques Características Possui abundante MEC (matriz cartilaginosa) Não contém vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. – é nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente = Pericôndrio É formado por células conhecidas como Condrócitos, que estão localizados dentro de lacunas. OBS: uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos As cartilagens (exceto as articulares e a fibrosa) são envolvidas por bainha – Pericôndrio OBS: O Pericôndrio contém vasos sanguíneos e linfáticos, e nervos. As cartilagens que revestem a superfície dos ossos nas articulações móveis não tem pericôndrio e recebem nutrientes do Líquido Sinovial das cavidades articulares. Constituição da Matriz As funções do tecido cartilaginoso dependem principalmente da estrutura da matriz: Colágeno ou Colágeno + Elastina Macromoléculas de proteoglicanos (proteínas + glicosaminoglicanas) Ácido Hialurônico Diversas Glicoproteínas. A consistência firme da cartilagem se da pelas ligações eletrostáticas entre os Glicosaminoglicanos sulfatados e o Colágeno. - além disso, a grande quantidade de água ligada ao glicosaminoglicano confere a turgidez à matriz. Regeneração/ Degeneração A regeneração ocorre pela atividade do pericôndrio, que invade a área destruída e da Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 37 origem a tecido cartilaginoso que repara a lesão. A degeneração da hialina (calcificaçãoda matriz) – consiste na deposição de fosfato de cálcio sob a forma de cristais de hidroxipatita. Classificação Cartilagem Hialina São as mais comuns. Sua matriz possui delicadas fibrilas constituídas de colágeno tipo II Essa cartilagem é branca-azulada e translúcida (a fresco). Forma o 1º esqueleto do embrião (substituída por osso) Entre a diáfise e as epífises dos ossos longos em crescimento encontra-se o Disco Epifisiário de cartilagem hialina. – esse disco é responsável pelo crescimento do osso em extensão. OBS: enquanto o Disco Epifisiário estiver presente, significa que o osso ainda não completou seu processo de crescimento. Nos adultos é encontrada: Parede das fossas nasais Traquéia e Brônquio Extremidade ventral das costelas Recobrindo as superfícies articulares dos ossos longos.. Matriz da Cartilagem Hialina 40% do seu peso se da por fibrilas de colágeno tipo II + ácido hialurônico, proteoglicanos muito hidratados e glicoproteinas. O elevado conteúdo de água de solvatação das moléculas de glicosaminoglicanos atua como um sistema de absorção de choques mecânicos – muito importante nas cartilagens articulares. Outro componente importante é a Condronectina – que participa da associação do arcabouço macromolecular da matriz com os condrócitos. Em torno dos condrócitos existem zonas estreitas, que são ricas em proteoglicanos e pobres em colágeno, que são chamadas de – Cápsulas. Pericôndrio Todas as cartilagens Hialinas, exceto as cartilagens articulares – são envolvidas por essa camada de tecido conjuntivo denso chamado de Pericôndrio. Além de ser uma fonte de novos condrócitos para o crescimento, o pericôndrio é responsável pela nutrição, oxigenação e eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem – pois neles estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 38 Morfologicamente, as células do pericôndrio são semelhantes aos fibroblastos, porém situam-se mais profundamente, isto é, próximo à cartilagem. Podem facilmente multiplicar-se por mitoses e originar condrócitos – caracterizando-se assim, funcionalmente como condroblastos. Ele é formado por – Tecido conjuntivo rico em fibras de colágeno tipo I na sua parte + superficial. Porém, quanto mais próximo a cartilagem, maior será a quantidade de células e menos a de fibras. Condrócitos Na periferia da cartilagem hialina – apresentam uma forma alongada., com o eixo maior paralelo à superfície. Mais profundamente tornam-se arredondados e aparecem em grupos de até 8 células – Grupos Isógenos, por serem originados de um único condroblasto. Os Condrócitos são células secretoras de: colágeno tipo II + proteoglicanos + glicoproteinas (como a condronectina). Vivem em baixas tensões de oxigênio – pois as cartilagens são desprovidas de capilares sanguíneos. O funcionamento dos condrócitos depende de um balanço hormonal adequado. Histogênese Esboços das cartilagens surgem no mesênquima do embrião. 1ª modificação Arredondamento das células mesenquimatosas, que retraem seus prolongamentos e se aglomeram (devido à rápida multiplicação) – essas células passam a se chamar de condroblastos. 2ª modificação Inicia a síntese da matriz – o que afasta os condroblastos uns dos outros. A diferenciação das cartilagens dá-se do centro para a periferia, de modo que as células mais centrais já apresentam as características de condrócitos, enquanto as mais periféricas ainda são condroblastos típicos. Hormônios que aumentam a síntese de proteoglicanos – são a Tiroxina e Testosterona Hormônios que diminuem a síntese de proteoglicanos – são a Cortisona, Hidrocortisona e Estradiol. O Hormônio do crescimento (hipofiário) – promove a síntese de Somatomedina C pelo fígado. Somatomedina C – aumenta a capacidade sintética dos condroblastos e também a multiplicação dessas células, estimulando o crescimento das cartilagens. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 39 O mesênquima superficial forma o Pericôndrio Crescimento O crescimento ocorre por 2 processos: Em ambos os casos, os novos condrócitos formados produzem fibrilas de colágeno, proteoglicanos e glicoproteinas – de modo que o crescimento real é muito maior do que o produzido pelo aumento do número de células. OBS: o crescimento intersticial (menos importante) quase só ocorre nas primeiras fases de vida da cartilagem, a medida que a matriz torna-se mais rígida o crescimento intersticial deixa de ser viável e ai passa a ser o crescimento aposicional. Cartilagem Elástica É semelhante à cartilagem hialina, porém inclui poucas fibrilas de colágeno tipo II e uma abundante rede de fibras elásticas, contínuas com as do pericôndrio.. Possui uma cor amarela – por conta da elastina Essa cartilagem pode estar presente isoladamente ou formar uma peça cartilaginosa junto com a cartilagem hialina. Possui pericôndrio e cresce por oposição.. Menos sujeita a processos degenerativos que a cartilagem hialina. Nos adultos é encontrada: Pavilhão auditivo Tuba auditiva Conduto auditivo externo Epiglote Cartilagem cuneiforme da laringe Cartilagem Fibrosa ou Fibrocartilagem. Possui características intermediárias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina e, por estar sempre associada a conjuntivo denso, fica difícil estabelecer o limite entre os dois. É desprovida de pericôndrio Apresenta matriz preponderantemente constituída por fibras de colágeno tipo I A substancia fundamental é escassa e limita as proximidades das lacunas. Os condrócitos, frequentemente, encontram-se enfileirados. Crescimento intersticial – por divisão mitótica dos condrócitos preexistentes. Crescimento aposicional – que se faz a partir de células do pericôndrio. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 40 As numerosas fibras colágenas tipo I constituem feixes, que seguem uma orientação irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras. Essa orientação é influenciada pelas forças que atuam sobre a fibrocartilagem. Nos adultos é encontrada: Discos intervertebrais Sínfise púbica Nos pontos em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos Discos Intervertebrais Localizados no corpo das vértebras e unidos a elas por ligamentos. Cada disco é formado por 2 componentes: Anel fibroso Núcleo pulposo (derivado da notocorda do embrião) É um anel fibroso que contém uma porção periférica de tecido conjuntivo denso, sua maior extensão é constituída por fibrocartilagem, cujos feixes de colágeno formam camadas concêntricas. O núcleo pulposo encontra-se na parte central do anel fibroso. O tecido é formado por células arredondadas dispersas em um líquido viscoso rico em ácido hialurônico e contendo pequena quantidade de colágeno tipo 2. OBS: no jovem, o núcleo pulposo é maior, sendo gradual e parcialmente substituído por fibrocartilagem com o avançar da idade. Os discos funcionam como coxins lubrificando e prevenindo o desgaste do osso das vértebras. Hérnia do Disco Intervertebral A ruptura do anel fibroso – resulta na expulsão do núcleo pulposo e no achatamento do disco. Este se desloca de sua posiçãonormal entre os corpos vertebrais e se movimenta na direção da medula espinhal, comprimindo nervoso e produzindo fortes dores e distúrbios neurológicos. A dor se estende pela parte inferior da região lombar Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 41 Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 42 É um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e matriz óssea. Principal constituinte do esqueleto Possui Matriz extracelular calcificada É vascularizado. As células são os: Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas conjuntivas que contêm células osteogênicas – o Periósteo (externo) e o Endósteo (interno). Origem Fonte Mesenquimais Podem ser induzidas no tecido ósseo ou qualquer outro Nos adultos são encontrados na camada interna do Periósteo e Endósteo. Funções Serve de suporte para os tecidos moles Protege órgãos vitais Aloja e protege a medula óssea Depósito de cálcio e fosfato para o metabolismo. Constitui um sistema de alavancas Absorção de toxinas e metais pesados Nutrição Como não existe difusão de substâncias através da matriz calcificada do osso, a nutrição dos osteócitos depende de canalículos que existem na matriz. Esses canalículos possibilitam as trocas de moléculas e íons entre capilares sanguíneos e os osteócitos. Origem: Osteoprogenitora ou Osteogênicas Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 43 Revestimento Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas conjuntivas que possuem células osteogênicas. Periósteo (externa) Endósteo (interna) Células do Tec. Ósseo. Osteócitos São as células MADURAS encontradas no interior da matriz óssea (região central). Ocupam as Lacunas ou Osteoplasto – cada uma contém apenas um osteócito. São células achatadas – com pequena quantidade de RER, aparelho de golgi pouco desenvolvido e núcleo com cromatina condensada. = pouca atividade sintética. São essenciais para a manutenção da matriz óssea Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos através de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para outro. – a nutrição dos osteócitos depende desses canalículos que existem na matriz. A morte dos osteócitos é seguida por reabsorção da matriz Osteoblastos São as células jovens, que sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas) da matriz óssea. Além disso, sintetizam também Osteonectina e Osteocalcina. OBS: Osteonectina facilita a deposição de cálcio e Osteocalcina estimula a atividade dos osteoblastos. Os Osteoblastos também são capazes de concentrar fosfato de cálcio, produzindo a matriz óssea e participando da calcificação através da Enzima Fosfatase Alcalina Localiza-se na periferia da superfície óssea, lado a lado, num arranjo que lembra um epitélio simples.. Em estado de síntese da matriz óssea, os osteoblastos são– cuboides + citoplasma basófilo. Já em estado pouco ativo, tornam-se – achatados e citoplasma pouco basófilo. Uma vez aprisionado pela matriz recém- sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamado de osteócito. Origem: Osteoblasto Origem: Cél. Osteoprogenitora Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 44 A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos. A matriz óssea recém-formada, adjacente aos osteoblastos ativos que ainda não estão calcificadas, recebe o nome de osteóide. (1ª matriz) Osteoclastos Originam-se de precursores mononucleados provenientes da medula óssea que, ao contato com o tecido ósseo, unem-se para formar os osteoclastos multinucleados. São células gigantes, móveis, multinucleadas e ramificadas. OBS: Ramificações irregulares (forma e espessura variável) Nas áreas de reabsorção (destruição) de tecido ósseo encontramos os osteoclastos – colocados em depressões da matriz chamadas de Lacunas de Howship A superfície ativa dos osteoclastos, voltada para a matriz óssea, apresenta prolongamentos vilosos irregulares que possui forma de folhas ou pregas que se subdividem. Circundando essa área com prolongamentos vilosos, existe uma zona citoplasmática – Zona Clara. É pobre em organelas, porém contem muitos filamentos de actina. É o local de adesão dos osteoclastos com a matriz e cria um microambiente fechado, onde ocorre a reabsorção óssea. Os osteoclastos secretam para dentro do microambiente fechado: Ácido + Colagenase + Hidrolases – que atuam digerindo a matriz orgânica e dissolvendo os cristais de sais de cálcio. A atividade dos osteoclastos é coordenada por citocinas e por hormônios como calcitonina, um hormônio tireoideano, e paratormônio. Matriz Óssea A parte inorgânica representa cerca de 50% do peso da matriz óssea. É composta por: Fosfato – Cálcio – Bicarbonato – Citrato – Magnésio – Sódio – Potássio OBS: o cálcio + fósforo formam cristais com estrutura da hidroxiapatita e em volta desse cristal existe uma camada de água e íons – Capa de hidratação. Capa de hidratação – facilita a troca de íons entre o cristal e o líquido intersticial. Origem: Monócitos do sangue Cristais de Hidroxipatita Cálcio + Fosfato + H²O Capa de Hidratação Cálcio + Fosfato + H²O + Fibras colágeno I Remoção dos Cristais de Hidroxiapatita = Osso MOLE Remoção das Fibras colágenas tipo I = Osso QUEBRADIÇO Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 45 OBS: A associação de hidroxiapatita com fibras colágenas é responsável pela dureza e resistência do tecido ósseo. Após a remoção do cálcio, os ossos mantém sua forma intacta, porém tornam-se tão flexíveis quanto os tendões.. A parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas (95%) constituídas de colágeno do tipo I e por pequena quantidade de proteoglicanos e glicoproteinas. OBS: A destruição da parte orgânica pode ser realizada por incineração, e também deixa o osso com sua forma intacta, porém, tão quebradiço que dificilmente pode ser manipulado. As principais funções do Endósteo e do Periósteo são a – nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novo osteoblastos, para o crescimento e a recuperação do osso. Classificação Macroscópica Periósteo Membrana conjuntiva que reveste o osso externamente. Esta aderida ao osso através das Fibras de Sharpey. Camada interna = É mais celular – células osteoprogenitoras Camada externa = É mais fibrosa – contém fibras colágenas e fibroblastos. OBS: As Fibras de Sharpey são feixes que penetram no tecido ósseo e prendem firmemente o periósteo ao osso. Endósteo Membrana conjuntiva que reveste o osso internamente Camada de células osteogênicas revestidas por: Cavidade do osso esponjoso Canal medular Canal de Havens Canais de Volkmann Osso Compacto Formado por partes sem cavidades visíveis. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 46 Nos ossos longos, as extremidades ou Epífisessão formadas por osso esponjoso com uma delgada superfície compacta. Já a Diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal medular. As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados por medula óssea. OBS: Nos ossos longos, o osso compacto é chamado de Osso cortical. Os ossos curtos têm o centro esponjoso, sendo recoberto em toda a sua periferia por uma camada compacta. Nos ossos chatos (abóbada craniana) existem duas camadas de osso compacto – as Tábuas interna e externa, separadas por osso esponjoso que, nesta localização, recebe o nome de díploe. OBS: no recém-nascido, toda a medula óssea tem a cor vermelha, devido ao alto teor de hemácias, e é ativa na produção de células do sangue. – Medula óssea Hematógena. Porém, pouco a pouco com a idade, essa medula vai sendo infiltrada por tecido adiposo, com diminuição da atividade hematógena = Medula óssea Amarela. Classificação Histológica Histologicamente existem 2 tipos de tecido ósseo: os 2 tipos possuem as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz. O que diferencia os tecidos é a Maturidade e a Organização dos tecidos. Osso Imaturo ou Primário O primeiro tecido ósseo que aparece é o tecido primário (não lamelar), tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação das fraturas – é temporário e substituído por tecido secundário. Apresenta fibras colágenas dispostas em várias direções sem organização definida Tem menor quantidade de minerais Possui maior proporção de osteócitos do que o tecido ósseo secundário. No adulto é pouco frequente, persistindo apenas próximo às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns pontos de inserção de tendões. Osso Esponjoso Possui cavidades visíveis e é ocupado pela medula óssea amarela ou vermelha. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 47 Osso Maduro, Secundário ou Lamelar É a variedade encontrada no adulto. Possui fibras colágenas organizadas em lamelas, (arranjo concêntrico) que ou ficam paralelas umas às outras, ou se dispõem em camadas concêntricas em torno de canais com vasos, formando os – Sistema de Havers ou Ósteons. As lacunas contendo osteócitos estão em geral situadas entre as lamelas ósseas, porém algumas vezes estão dentro delas. Em cada lamela, as fibras colágenas são paralelas umas às outras e separando grupos de lamelas, ocorre o acumulo de uma – Substância cimentante, que consiste em matriz mineralizada, porem com muito pouco colágeno. Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se organizam em arranjo típico, constituindo os Sistemas de Havers. + Circunferênciais interno, externo e intermediários. O tecido ósseo secundário que contém sistema de Havers é característico da diáfise dos ossos longos, embora sistemas de Havers pequenos sejam encontrados no osso compacto de outros locais. OBS: como cada sistema é construído por deposição sucessiva de lamelas ósseas a partir da periferia para o interior do sistema, os sistemas mais jovens têm canais mais largos, e as lamelas mais internas são as mais recentes – quanto mais jovem + dilatado é o canal, quanto mais maduro + estreito é o canal. Sistema de Havers ou Ósteons Cilindro longo Paralelo a diáfise de ossos longos Formado por 4 a 20 lamelas ósseas concêntricas. Possui lamelas claras e escuras. No centro desse Sistema existe um Canal revestido de endósteo – Canal de Havers (que contém vasos e nervos) Canais de Havers Circundado pelas lamelas Paralelo ao canal medular Por onde passa os vasos sanguíneos O diâmetro do canal de Havers é variável, pois o tecido ósseo está em constante remodelação. Os Canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos – os Canais de Volkmann. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 48 OBS: os Canais de Volkmann se distinguem dos de Havers por não apresentaram lamelas ósseas concêntricas. Histogênese O tecido ósseo é formado através de 2 processos: Ossificação Intramembranosa – ocorre no interior de uma membrana conjuntiva. Ossificação Endocondral - se inicia dentro de um molde de cartilagem hialina, que gradualmente é destruído e substituído por tecido ósseo formado a partir de células do conjuntivo adjacente. Em ambas as ossificações, o primeiro tecido ósseo formado é do tipo primário, que é pouco a pouco substituído por tecido secundário. Ossificação Intramembranosa Se formar a partir de uma Membrana Mesenquimal. Forma os ossos frontal + parietal + partes do occipital do temporal e dos maxilares superior e inferior e contribui para o crescimento dos ossos curtos e o aumento em espessura dos ossos longos. O crescimento do osso ocorre em – Espessura Canais de Volkmann Não é circundado por lamelas Perpendicular ao canal medular Liga os canais de Havers entre si e o Canal de Havers com o canal medular. Sistemas Circunferenciais interno e externo São constituídos por lamelas ósseas paralelas entre si, formando 2 faixas: . Situada na parte interna do osso (em volta do canal medular) Situada na parte externa do osso (próxima ao periósteo) O sistema externo é mais desenvolvido que o interno. Entre os 2 sistemas encontram-se inúmeros Sistemas de Havers e grupos irregulares de lamelas – as Lamelas Intersticiais (Sistema Intermediário) que provêm de restos de sistemas de Havers que foram destruídos durante o crescimento do osso. Sandy Mara Guimarães Lima sandymglima@hotmail.com HP18616142220907 L E T Í C Í A T I M B Ó Apostila de Histologia 49 O local da membrana onde a ossificação começa chama-se – Centro de ossificação primária. O processo tem inicio pela diferenciação de células mesenquimatosas que se transformam em grupo de osteoblastos. Estes sintetizam os osteóides que logo se mineralizam, englobando os osteoblastos que se transformam em osteócitos. OBS: O 1º tecido ósseo a aparecer no osso longo é formado por ossificação intramembranosa do pericôndrio – formando um cilindro, o Colar ósseo. Ossificação Endocondral Se forma a partir de um Molde de cartilagem Hialina. O crescimento do osso ocorre em – Comprimento . Ocorre em 2 processos: 1. A cartilagem sofre modificações, havendo hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz cartilaginosa, sua mineralização e a morte dos condrócitos por apoptose. 2. As cavidades ocupadas pelos condrócitos são invadidas por capilares sanguíneos e células osteogênicas vindas do conjuntivo adjacente. Essas células diferenciam-se em osteoblastos, produzindo o osso. Dessa maneira aparece tecido ósseo apenas onde havia tecido cartilaginoso.. Forma os ossos longos e curtos. OBS: não ocorre a transformação da cartilagem em osso, ocorre a Substituição. Discos Epifisário ( 5 zonas de ossificação) Zona de Repouso: onde existe cartilagem hialina sem qualquer modificação. Zona de cartilagem seriada ou proliferação: divisão rápida dos condrócitos e disposição em fileiras ou colunas paralelas de células achatadas e empilhadas. Zona de cartilagem hipertrófica: apresenta condrócitos volumosos, com depósitos citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. Os condrócitos entram em apoptose. Zona
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