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Apostila de Histologia

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Sandy Mara Guimarães Lima
sandymglima@hotmail.com
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Características 
 
 
 
 
 
 
As células, que são as menores unidades 
estruturas e funcionais dos seres vivos, 
agrupam-se em tecidos, e estes, em órgãos. 
Há 4 tipos básicos de tecidos: o tecido 
epitelial, o tecido conjuntivo, o tecido muscular 
e o tecido nervoso. 
OBS: A forma dos núcleos é de grande 
utilidade para determinar se as células epiteliais 
estão organizadas em camadas. 
Funções 
 Revestimento de superfícies 
(trato digestório, respiratório e 
urogenital). 
 Absorção de moléculas (intestino) 
 Secreção (glândulas) 
 Percepção de estímulos 
(neuroepitélio olfatório e gustativo) 
 Contração 
 
 
 
 
 
Todo epitélio esta apoiado sobre um tecido 
conjuntivo. No caso dos epitélios que 
revestem cavidades de órgãos ocos, esta 
camada de tecido conjuntivo é chamada de 
lâmina própria. 
A porção da célula epitelial voltada para o 
tecido conjuntivo é denominada de porção 
basal ou polo basal, enquanto a extremidade 
oposta é chamada de porção apical ou polo 
apical. 
A superfície do polo apical é conhecida como 
superfície livre. 
Lâminas Basais e Membranas 
Basais 
Localiza-se entre as células epiteliais e o tecido 
conjuntivo, promovendo a adesão de ambos 
– lâmina basal 
(Vista do microscópio eletrônico) 
Os componentes da lâmina basal são: 
 Colágeno tipo IV 
 Glicoproteinas laminina e entactina 
 Proteoglicanos 
Funções da lâmina basal 
 Promove a adesão das células epiteliais 
ao tecido conjuntivo subjacente. 
 Filtração de moléculas 
 Possui forma poliédrica 
 Células justapostas 
 Pouca matriz extracelular - 
Glicocálix 
 Núcleo acompanha a forma 
da célula 
 Tecido avascular – nutrido 
pelos vasos sanguíneos do 
tecido conjuntivo 
 
Origem: 
Mesodérmica 
Endodérmica 
Ectodérmica 
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 Influenciam na polaridade das células 
 Regulam a proliferação e diferenciação 
celular. 
 Influencia no metabolismo celular 
A lâmina basal se prende ao tecido conjuntivo 
por meio de fibrilas de ancoragem constituídas 
por colágeno tipo VII. 
As lâminas basais entre camadas de células 
epiteliais são mais espessas – pois resultam da 
fusão das duas lâminas basais. 
(Alvéolos pulmonares e Glomérulos renais) 
OBS: lâminas basais existem não só em 
tecidos epiteliais, mas também onde outros 
tipos de células entram em contato com 
tecido conjuntivo. São encontrada também ao 
redor de células musculares, adiposas e de 
Schwann, formando uma barreira que limita ou 
controla a troca de MACROmoléculas entre 
essas células e o tecido conjuntivo. 
Os componentes das lâminas basais são 
secretados pelas células epiteliais, musculares, 
adiposas e de Schwann. 
Fibras reticulares estão intimamente 
associadas à lâmina basal, constituindo a = 
Lâmina reticular. 
(vista do microscópio eletrônico) 
OBS: Quando as células perdem o contato 
com a lâmina basal, elas morrem: sofrem 
apoptose. 
Membrana basal é uma camada situada abaixo 
de epitélios, é + espessa que a lâmina – pois 
inclui algumas proteínas do tecido conjuntivo. 
É formada pela união de duas lâminas basais 
ou de uma lâmina basal e uma reticular. 
(vista pelo microscópio de luz) 
Especializações basolaterais 
Junções intercelulares 
Funcionam não apenas como adesão, mas 
também como vedantes e canais de 
comunicação. 
Podem ser classificadas como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A união da Zônula de adesão + Zônula de 
oclusão = Complexo Unitivo 
 
 
 
 
 
 
Junções de adesão ou zônula de adesão 
 Circunda toda a célula, contribuindo 
com a aderência entre células 
adjacentes. 
 Inserção de filamento de actina, da 
trama terminal em placas. 
 
Junções estreitas ou zônula de oclusão 
 Próxima ao polo apical 
 Forma um cinturão que veda o 
espaço intracelular, impedindo que 
substâncias estranhas entrem. 
 
Hemidesmossomos 
 Encontrada na região de células 
epiteliais e a lâmina basal. 
 Possui estrutura de metade de um 
desmossomo. 
 Prende a célula à lâmina basal. 
 As placas de ancoragem possuem 
integrinas. 
 
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Especializações da superfície apical 
Microvilos ou Microvilosidades 
 Projeções do citoplasma em formas de 
dedos 
 Podem ser curtos ou 
longos 
 Células que exercem 
uma intensa 
absorção 
 Nestas células o 
glicocálix é mais 
espesso – sendo 
chamado de Borda em escova ou Boda 
estriada. 
Exemplo: Intestino delgado e Túbulos proximais 
dos rins 
Estereocílios 
 São prolongamentos 
– longos – 
ramificados – imóveis 
Desmossomo ou Mácula de adesão 
 Estrutura complexa em forma de 
disco 
 Membranas planas – paralelas – 
distantes 
 Possuem placas de ancoragem 
(12 proteínas) 
 Proteína caderina participa da adesão 
 Promovem uma adesão bastante 
firme entre as células. 
 Pelo formato em botão, NÃO forma 
zônulas. 
 
Junções comunicativas ou gap 
 Podem existir em qualquer local da 
membrana lateral 
 Localiza-se em outros tecidos, com 
exceção do músculo esquelético. 
 Caracteriza-se pela grande 
proximidade das membranas. 
 As proteínas da junção são chamadas 
de – Conexinas 
 Moléculas de sinalização como AMP e 
GMP cíclicos, íons e alguns hormônios 
atravessam essas junções fazendo 
com que as células trabalhem de uma 
maneira coordenada. 
 Participa da coordenação das 
contrações do músculo cardíaco. 
 
Interdigitações 
São invaginações das superfícies basal e 
laterais das células. (Dobras) 
Aumentam a superfície para a inserção de 
proteínas transportadoras. 
Encontrados nos túbulos renais e nos 
ductos de glândulas salivares. 
 
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 Aumentam a área de superfície das células, 
facilitando o movimento de moléculas 
dentro e fora. 
 NÃO são cílios, pois estes são móveis. 
Exemplo: Epidídimo e Ducto deferente. 
Cílios e Flagelos 
 Prolongamentos dotados de motilidade e 
envolvido por membrana plasmática.. 
 Contêm 2 microtúbulos centrais e 9 
periféricos unidos entre si. 
 São inseridos no corpúsculo basal. 
 Exercem movimento coordenado, com 
utilização de ATP. 
 Os flagelos se diferenciam dos cílios, por 
serem mais longos e limitados a uma célula 
 
 
 
Tipos de Epitélios 
São divididos em dois grupos principais. 
 Epitélio de Revestimento 
 Epitélios Glandulares 
Epitélio de Revestimento 
Nesses epitélios as células são organizadas em 
camadas que cobrem a superfície externa do 
corpo ou revestem as cavidades do corpo. 
Elas podem ser classificadas de acordo com o 
número de camadas de células e conforme as 
características morfológicas das células na 
camada superficial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flagelo 
Cílios 
Epitélio Simples 
Contêm apenas uma camada de células.Pode ser: 
Pavimentoso – Cúbico – Prismático 
(colunar ou cilíndrico). 
Epitélio Estratificado 
Contêm mais de uma camada de células. 
 
 
 
Pode ser: 
Pavimentoso – Cúbico – Prismático – 
de Transição. 
 
Epitélio Pseudoestratificado 
Embora formado por apenas uma camada 
de células, os núcleos parecem estar em 
várias camadas. 
 
 
Ex: Epitélio pseudoestratificado prismático 
ciliado das passagens respiratórias. 
OBS: nunca mostram mais de uma 
camada de núcleos, apenas núcleos em 
diversas posições. 
 
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 Epitélio Simples 
Epitélio Simples Pavimentoso 
 Células achatadas ou planas 
 Núcleo alongado 
 
 
 
 
 
Exemplo: endotélio que reveste os vasos 
sanguíneos e linfáticos 
 
 
Epitélio Simples Prismático – Cilíndrico – 
Colunar 
 Células alongadas, altas. 
 Núcleo oval 
 
 
 
 
 
 
 
 Exemplo: revestimento do intestino 
delgado 
 
Epitélio Simples Cúbico 
 Célula cuboide 
 Núcleo redondo 
 
 
 
 
 
Exemplo: epitélio que reveste 
externamente o Ovário 
 
 
Epitélio Simples Prismático com células 
caliciformes 
 Células alongadas 
 Núcleo elíptico 
 
 
 
 
 
 
 
 Exemplo: revestimento do intestino 
delgado 
 
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 Epitélio Simples 
Epitélio Cilíndrico simples ciliado 
 
 
 
 
Exemplo: Intestino delgado, vesícula biliar e 
estômago. 
 
 Epitélio simples pseudoestratificado 
esteriociliado 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: Epidídimo. 
Epitélio simples pseudoestratificado ciliado 
com células caliciformes 
 
 
 
 
 
Exemplo: Traqueia 
 
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 Epitélio Composto 
Epitélio Estratificado Pavimentoso NÃO 
queratinizado 
Reveste cavidades úmidas 
(Boca – Esôfago – Vagina) 
 
 
Epitélio de Transição 
Reveste a Bexiga urinária – Ureter – e a 
Parte superior da uretra. 
É um epitélio cuja camada superficial é 
formada por células globosas. 
 
 
 
 
 
A forma destas células varia de acordo 
com o grau de distensão da bexiga. – 
podendo ser achatada quando a bexiga 
estiver cheia. 
 
Epitélio Estratificado Pavimentoso 
queratinizado 
Reveste superfícies seca (Pele) 
 
 
Epitélio Estratificado Prismático 
É raro, está presente em poucas áreas 
do corpo humano. 
Ex: Conjuntiva ocular e nos grandes 
ductos excretores de glândulas salivares. 
 
 
Epitélio Estratificado Cúbico 
 
 
 
 
Ex: ducto excretor da Glândula Salivar 
 
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Epitélios Glandulares 
São constituídos por células especializadas na 
atividade de secreção. 
As células epiteliais glandulares podem 
sintetizar, armazenar e secretar proteínas, 
lipídios ou carboidratos e até os 3 tipos juntos. 
OBS: As glândulas mamárias secretam os 3 
tipos de substancias. 
As moléculas a serem secretadas são 
armazenadas em grânulos de secreção 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: as glândulas são formadas a partir de 
epitélios de revestimento cujas células 
proliferam e invadem o tecido conjuntivo. 
Glândulas Exócrinas 
Mantêm sua conexão com 
o epitélio do qual se origina, 
essa conexão toma forma 
de ductos tubulares e 
através desses ductos as 
secreções são eliminadas 
alcançando a superfície do 
corpo ou uma cavidade. 
Essas glândulas possuem uma Porção 
secretora e Ductos que transporta a secreção 
eliminada. 
 Glândulas Exócrinas Simples – possui 1 
ducto não ramificado. 
 Glândulas Exócrinas Compostas – possuem 
ductos ramificados 
Glâ. Simples classificada quanto a 
Porção Secretora: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Células Neuroepiteliais 
De origem epitelial que constituem 
epitélios com funções sensoriais 
especializadas. 
Ex: células das papilas gustativas e da 
mucosa olfatória. 
Células Mioepiteliais 
São células ramificadas que contêm 
miosina e filamentos de actina. 
São capazes de fazer contração, agindo 
nas porções secretoras das glândulas 
mamárias, sudoríparas e salivares. 
 
Glândula Simples Tubular 
Sua porção secretora tem 
a forma de um tubo 
(Glândula sudorípara) 
Glândula simples Tubular enovelada, 
ramificada ou acinosa. 
Sua porção secretora é esférica ou 
redonda. 
 
Glândulas Unicelulares 
Consistem em células glandulares isoladas. 
Ex: Célula caliciforme presente no intestino 
delgado e sistema respiratório. 
 
Glândulas Multicelulares 
São compostas de agrupamentos de células. 
 
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Glâ. Composta classificadas quanto a 
Porção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificada quanto ao modo de liberação do 
produto: 
 
Tipo de secreção: 
 
Serosa 
Secreta um fluido aquoso, rico 
em enzimas 
(Glâ. Salivares parótidas) 
 
Mucosa 
Secreta muco, fluido viscoso, 
com glicoproteinas 
(Glâ. Duodenais) 
 
Seromucosa 
ou Mista 
Tem células serosas e 
mucosas (Glâ. Salivares 
submandibulares sublinguais) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Merócrinas 
A secreção é liberada por 
exocitose, sem perda de outro 
material. 
(Pâncreas) 
 
Holócrinas 
O produto de secreção é 
eliminado juntamente com 
toda a célula. 
(Glâ. Sebáceas) 
 
Apócrinas 
O produto da secreção é 
descarregado junto com 
porções do citoplasma apical 
(Glâ. Mamária) 
Glândula Tubular Composta 
Com mais de um ducto e porção secretora 
em forma de tubo. 
Secretora: 
Glândula Composta Acinosa ou Alveolar 
Com mais de um ducto e porção secretora 
redonda. (Glândula sebácea) 
Glândula Composta Tubuloacinosa 
Quando há 2 tipos de porções secretoras 
(Glândulas salivares, sublinguais e 
submandibulares). 
 
 Ácino Mucoso 
 Ácino Seroso 
 Ácino Misto 
 
 
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Glândulas Endócrinas 
A conexão com o epitélio foi obliterada 
durante o desenvolvimento, estas glândulas 
não possuem ductos e suas secreções são 
lançadas no sangue e transportadas para o 
seu local de ação pela circulação sanguínea. 
Classificação quanto ao número de células: 
 Unicelulares – o funcionamento de uma 
célula independe das outras (Ex: Células 
de Leydig) 
 Multicelulares – a secreção é o resultado 
do trabalho conjunto de várias células. 
 
Classificadas quanto a Porção Secretora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Há órgãos com funções exócrina e 
endócrina, sendo consideradas glândulas 
mistas. (Pâncreas). 
Biologia nos tecidos epiteliais 
A área de contato entre o epitélio e a lâmina 
própria pode ser aumentada pelas 
invaginaçõesdo tecido conjuntivo – as papilas. 
As papilas existem com maior frequência em 
tecidos epiteliais de revestimento sujeitos a 
tensão mecânica (Pele – Língua – Gengiva). 
 
 
Glândula Cordonal 
Quando as células se 
dispõem enfileiradas, 
formando cordões que 
se anastomosam ao 
redor de capilares 
(Adrenal e 
Adeno-hipófise) 
Glândula Vesicular ou Folicular 
Quando as células se 
arranjam em folículos, 
onde se acumula 
a secreção 
(Glândula Tireoide). 
 
Acinos Serosos 
 Células colunares ou piramidais 
 Lúmen reduzido e que continua com 
um Ducto Excretor. 
 Região Basal – contém ácido 
ribonucleico (se cora com hematoxilina) 
 Região Apical – contém grãos de 
secreção (se cora com eosina). 
 
Túbulos Mucosos 
 Tubulares e alongados 
 Lúmen dilatado e que continua com um 
Ducto Excretor 
 Coram-se por hematoxilina 
 
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Polaridade 
Em muitas células epiteliais a distribuição de 
organelas no polo basal das células é diferente 
da distribuição no polo apical. 
A essa diferença de distribuição, dá-se o 
nome de polaridade das células epiteliais. 
Isso significa que diferentes partes dessas 
células podem ter diferentes funções – a 
membrana plasmática das células epiteliais 
pode ter composição molecular diferente em 
seus dois polos. 
Inervação 
A maioria dos tecidos epiteliais é ricamente 
inervada por terminações nervosas do Plexo 
nervoso da Lâmina própria. 
A sensibilidade da córnea é devido ao grande 
número de fibras nervosas sensoriais que se 
ramificam entre essas células. Além da 
inervação sensorial, o funcionamento de 
muitas células epiteliais secretoras depende de 
inervação motora que estimula sua atividade. 
Renovação das células 
O tecido epitelial é uma estrutura dinâmica 
cujas suas células continuamente se renovam 
por atividade mitótica. 
A taxa de renovação é variável – pode ser 
rápido em tecidos como no epitélio intestinal 
(substituído a cada semana) ou pode ser lento, 
como no fígado e pâncreas. 
As mitoses ocorrem na camada mais basal, 
próxima à lâmina basal, onde se encontram as 
células-tronco do epitélio. 
 
Controle de atividade glandular 
As glândulas são sensíveis a estímulos 
endócrinos e a controle nervoso 
OBS: um dos dois mecanismos predomina 
sobre o outro. 
Ambos os controles são estabelecidos por 
mensageiros químicos para os quais as células 
secretoras têm receptores em suas 
membranas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obesidade 
Hipertrófica – relacionada com o aumento 
no tamanho das células de gordura 
(adipócito). 
Hiperplástica – é o aumento no número de 
adipócitos (ocorre nos primeiros anos de 
vida). 
Apudomas 
São tumores benignos ou malignos 
derivados de células secretoras de 
polipeptídios. 
Sintomas clínicos resultam da – 
Hipersecreção do mensageiro químico pela 
célula tumoral. 
Diagnóstico – é realizado por 
imunocitoquímica em cortes de biopsias do 
tumor. 
Mais comuns no: intestino (região em que 
há grande população de células APUD). 
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Metaplasia 
É quando um tipo de tecido epitelial 
transforma-se em outro 
(processo reversível) 
Não é restrita apenas para o tecido 
epitelial, pode ocorrer no Tecido 
Conjuntivo. 
Exemplos 
Tabagistas – por fumarem uma grande 
quantidade de cigarros, o Epitélio 
Pseudoestratificado Ciliado dos Brônquios 
pode transforma-se em Epitélio 
Estratificado Pavimentoso. 
Deficiência de Vitamina A – os epitélios dos 
brônquios e da bexiga urinária são 
substituídos por Epitélio Estratificado 
Pavimentoso. 
Nicotina – pois ela tem a capacidade de 
diminuir a quantidade de cílios e aumentar 
a capacidade de células caliciformes e, 
consequentemente, a produção de muco. 
Como há menos cílios para movimentar o 
muco, essa substância fica acumulada o 
que caracteriza o cigarro. 
 
Permeabilidade das Zônulas 
de oclusão 
A quantidade de locais de fusão de 
membranas que formam a zônula de 
oclusão depende do tipo e da localização 
do epitélio, além da grande correlação com 
a permeabilidade do epitélio. 
Epitélio com um ou poucos locais de fusão 
(Ex: Túbulos proximais do rim) – são mais 
permeáveis à água e aos solutos do que 
os Epitélios com numerosos locais de fusão 
(Ex: bexiga). 
Principal função dessas Zônula – promover 
uma vedação que dificulta o movimento de 
materiais entre células epiteliais, tanto do 
ápice para a base como da base para o 
ápice. – formação de compartimentos 
delimitados por epitélios. 
 
Tumores derivados do epitélio 
Tumores benignos e malignos podem 
originar-se da maioria dos tipos de células 
epiteliais. 
Tumores malignos derivados de tecidos 
epiteliais glandulares são chamados de – 
Adenocarcinomas. 
Tumor maligno de origem epitelial., 
constituído de células diferenciadas, difícil 
de diagnosticar e geralmente contém 
queratina – a detecção dessa substancia 
por imunocitoquímica ajuda a determina o 
diagnóstico de – Carcinoma. 
 
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Características Gerais 
 Grande variedade de células 
 Grande quantidade de matriz 
extracelular 
 Fácil reparação 
 Tecido vascularizado 
Funções 
 Estabelecimento e manutenção da 
forma do corpo 
 Absorve impactos 
 Armazenamento de gordura e íons 
 Defesa do organismo 
 Conexão + Sustentação + 
Preenchimento 
Composição 
Os componentes desse tecido podem ser 
divididos em: células + fibras + substancia 
fundamental amorfa. 
Mas, o principal constituinte do tecido 
conjuntivo é a Matriz Extracelular. 
Matriz Extracelular 
É constituído por um emaranhado de fibras + 
gel incolor e hidratado, que fica entre as 
células e fibras, denominado de Substância 
Fundamental Amorfa. 
Banhando tudo isso tem o Plasma Intersticial, 
que vem do sangue e banha o tecido 
conjuntivo. 
Substância Fundamental 
Constituído por 
Proteoglicanos + Glicoproteinas adesivas.. 
Esta complexa mistura molecular é incolor e 
transparente, preenche os espaços entre as 
células e fibras do tecido conjuntivo e, como é 
viscosa, atua como lubrificante e como 
barreira à penetração de microrganismos 
invasores. 
 Glicoproteinas adesivas – permitem a 
adesão da célula com os componentes da 
matriz – Fibromequitina e Lamina. 
 Proteoglicanos – possui nas espículas as 
Glicosaminoglicanas (dissacarídeos) 
Origem: 
Mesênquima 
(que tem a capacidade de 
se diferenciar em todas as 
células do tecido 
conjuntivo) 
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Células do Tecido Conjuntivo 
Algumas células desse tecido, como os 
Fibroblastos – originam-se localmente a partir 
de células mesenquimais indiferenciadas, e 
permanece toda sua vida no tecido conjuntivo. 
Em outras células, tais como os Mastócitos, 
Macrófagos, Plasmócitos e Leucócitos – 
originam-se de uma célula-tronco 
hemocitopoética da medula óssea,circulam no 
sangue e se movem para o tecido conjuntivo, 
no qual executam suas funções. 
As células desse tecido são: Fibroblastos + 
Macrófagos + Mastócitos + Plasmócitos + 
Células adiposas + Leucócitos. 
 
Fibroblastos 
 
Função 
Sintetiza a proteína colágeno e a elastina, 
além dos glicosaminoglicanos, proteoglicanos e 
glicoproteinas multiadesivas. 
(Compostos da MEC) 
Essas células também produzem os fatores 
de crescimento, que controlam a proliferação 
e a diferenciação celular. 
As células com intensa atividade de síntese 
são chamadas de Fibroblastos, enquanto as 
células metabolicamente quiescentes (em 
repouso) são chamadas de Fibrócitos. (os 
fibrócitos são menores que os fibroblastos e 
tendem a um aspecto fusiforme) 
 
 
 
 
OBS: Os fibroblastos raramente se dividem 
nos adultos, exceto quando necessário. 
 
Fibroblastos 
 
Síntese de 
fibras colágenas 
Plasmócito Produção de anticorpos 
Linfócitos Participação na resposta 
imunológica 
Eosinófilo Participação em reações 
alérgicas 
 
Neutrófilo 
Fagocitose de substâncias e 
organismos estranhos 
 
Macrófago 
Fagocitose de substâncias 
estranhas e bactérias 
Mastócitos e 
Basófilos 
Liberação de moléculas 
 
Célula adiposa 
Estocagem de gordura, 
reserva de energia 
Origem: 
Células 
Mesênquimais 
Células com 
intensa 
atividade de 
síntese 
Principal 
celulas 
envolvida na 
cicatrização 
Diapedese 
Quando uma célula do 
sangue atravessa a parede 
dos vasos sanguíneos e vai 
para outro tecido conjuntivo. 
(+ comum) 
Fibroblastos 
Fibrócitos 
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Características 
 Possuem citoplasma abundante e com 
muitos prolongamentos 
 Ricos em RER e Complexo de Golgi 
 Núcleo em forma ovoide, grande e 
fracamente corado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macrófagos 
Origem: 
células 
precursoras 
da medula 
óssea 
Atuam como 
células de 
defesa 
(fagocitam) 
 
São células 
de vida longa 
Os macrófagos têm características 
morfológicas muito variáveis que dependem 
de seu estado 
de atividade 
funcional e do 
tecido que 
habitam. 
Apresentam 
uma superfície 
irregular com 
protrusões e reentrâncias que caracterizam 
sua grande atividade de pinocitose e 
fagocitose. 
Células inativas = monócito 
Os macrófagos derivam de células precursoras 
da medula óssea que dividem, produzindo os 
monócitos, os quais circulam no sangue. Em 
uma segunda etapa, os monócitos cruzam as 
paredes de vênulas pericíticas e capilares e 
penetram o tecido conjuntivo, no qual 
amadurecem e adquirem as características 
morfológicas e funcionais de macrófagos. 
Durante a transformação de monócito para 
macrófago ocorre um aumento no tamanho 
da célula e na síntese de proteínas, além 
disso, o aparelho de golgi, o lisossomos, 
microtrúbulos e microfilamentos também 
aumenta. 
OBS: monócitos e 
macrófagos são as 
mesmas células em 
diferentes estágios 
de maturação. 
OBS: Por 
quimiotaxia o monócito é avisado que entrou 
um corpo estranho no tecido conjuntivo, por 
diapedese o monócito vira macrófago. 
A capacidade regenerativa dos tecidos 
conjuntivos é observada quando os tecidos 
são destruídos por lesões inflamatórias ou 
traumáticas. 
Os espaços deixados pela lesão são 
preenchidos por uma cicatriz de tecido 
conjuntivo. 
A célula envolvida na cicatrização é o 
Fibroblasto. 
Na reparação de feridas, observam-se os 
Miofibroblastos – possuem a maioria das 
características dos fibroblastos, mas contêm 
uma quantidade aumentada de filamentos 
de actina e miosina. Sua atividade contrátil é 
responsável pelo fechamento das feridas 
após as lesões – contração da ferida. 
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Os macrófagos estão distribuídos na maioria 
dos órgãos e constituem o 
Sistema Fagocitário Mononuclear. 
Secretam colagenase-elastaze e enzimas que 
degradam glicosaminoglicanos facilitando a 
migração pela matriz extracelular. 
Liberam LISOZIMAS que destrói a parede das 
bactérias. 
Características 
 Citoplasma basófilo com vacúolos e 
grânulos densos (lisossomos). 
 Aparelho de golgi bem desenvolvido e 
REG proeminente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Plasmócitos 
Origem: Precursores 
da medula óssea - 
Linfócitos B é 
intermediário. 
Responsáveis pela 
síntese de anticorpos 
São pouco numerosos no tecido conjuntivo 
normal, exceto nos locais sujeitos à 
penetração de bactérias e proteínas 
estranhas. 
Produzem imunoglobulinas que vão parar nos 
receptores dos Mastócitos. 
Características 
 São grandes e ovoides 
 Citoplasma é rico em RER 
 Complexo de golgi e centríolos 
localizam-se próximo ao núcleo 
São mais numerosas: 
 Tubo digestório 
 Órgãos linfoides 
 Áreas de inflamação crônica 
Mastócitos 
 
Origem: Células 
hematopoiéticas 
da medula 
óssea. 
 
Metacromasia: 
capacidade de 
mudar a cor 
de corantes 
A superfície 
dos 
mastócitos 
tem 
receptores 
para IgE 
 
São as maiores células fixas do Tecido 
Conjuntivo e localizam-se, principalmente, no 
tecido conjuntivo propriamente dito. 
 
 
Em algumas regiões, os macrófagos 
recebem nomes especiais: 
 Fígado – Células de Kupffer 
 SNC – Micróglia 
 Pele – Células de Langerhans 
 Tecido ósseo – Osteoclastos 
 Sangue – Monócito 
 Linfonodo – Células dendrítica 
 
Situação 1 
Quando o corpo estranho é muito grande, 
os monócitos atraem por meio de 
mediadores químicos, novos macrófagos. 
Situação 2 (inflamação crônica) 
Quando o corpo estranho é mais forte, os 
macrófagos chamam os leucócitos. 
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Função 
 Estocar mediadores químicos da 
resposta inflamatória em seus grânulos 
secretores 
 Colaboram com as reações imunes 
 Tem papel fundamental na inflamação 
– reações alérgicas e infecções 
parasitárias. 
OBS: Os grânulos dos 
mastócitos são 
metacromáticos devido à 
alta concentração de 
radicais ácidos presentes 
nos glicosaminoglicanos.. 
Divisão 
Mastócito do tecido conjuntivo 
 Grânulos com anticoagulante (heparina) 
 Encontrado na Pele e Cavidade 
Peritoneal 
Mastócito da mucosa 
 Grânulos contém condroitim sulfatado 
 Encontrado na Mucosa intestinal e 
Pulmões 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: a superfície dos mastócitos contém 
receptores específicos para imunoglobulina E 
(igE), produzida pelos plasmócitos. 
Características 
 Ovoides 
 Núcleo esférico e central, frequente 
coberto por grânulos. 
OBS: são diferenciados pela grande quantidade 
de grânulos citoplasmáticos que armazenam 
heparina e histamina (mediadores primários). 
 
 
 
 
 
 
 
Células Adiposas 
 
Células 
esféricas 
grandes 
 
Armazenamento 
de energia 
(Triglicerídeos) 
Podem ser 
encontradas 
em 
pequenos ou 
grandes 
grupos. 
 
 
A liberação de mediadores químicos 
armazenado nos mastócitos promove 
reações alérgicas – Reação de 
hipersensibilidade imediata. 
Pois ocorre em poucos minutos após a 
penetração do antígeno em indivíduos 
previamente sensibilizados pelo mesmo 
antígeno. 
(Choque anafilático) 
Integrinas 
Promovem a adesão dos 
mastócitos a Matriz extracelular. 
Importante para a diferenciação, 
migração, modulação da resposta 
biológica. 
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Leucócitos ou Glóbulos brancos 
 
Células 
especializadas 
na defesa 
Mais 
numerosas 
no: Sistema 
digestório e 
respiratório 
 
Faz 
Diapedese 
OBS: Linfócito é o único capazde sair da 
corrente sanguínea ir para o tecido e retornar 
para a corrente 
Monócitos – após a migração para os tecidos 
conjuntivos, diferencia-se em Macrófagos. 
Linfócitos – participam da defesa imunológica 
Neutrófilos – fagocitam e digerem bactérias 
na área da inflamação, resultando na formação 
do pus (neutrófilos mortos + resíduos). 
Eosinófilos – combatem parasitas liberando 
citotoxinas e fagocitam complexos “anticorpo-
antígeno” regulando a reação alérgica. 
Basófilos – liberam agentes farmacológicos 
que iniciam, mantém e controlam o processo 
inflamatório 
Fibras do Tecido Conjuntivo 
São formadas por proteínas que se 
polimerizam formando estruturas alongadas. 
Os 3 tipos de fibras do tecido conjuntivo são 
as Colágenas, as Reticulares e as Elásticas. 
 As fibras colágenas e reticulares são 
formadas pela proteína Colágeno. 
 As fibras elásticas são compostas pela 
proteína Elastina. 
A distribuição das fibras varia nos diferentes 
tipos de tecidos conjuntivos. 
 Existindo 2 sistemas de fibras: 
1. Sistema Colágeno (formado por fibras 
colágenas + reticulares) 
2. Sistema Elástico (formado por fibras 
elásticas + elaunínicas + oxitalânicas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fibras Reticulares 
 Sustentação 
 Formada por 
proteína colágeno 
tipo I e III 
 Transparente 
há olho nu 
 São inelásticas e compostas de um tipo 
de colágeno chamado retiulina. 
 Formam o arcabouço de alguns órgãos 
hematopoiéticos (baço – medula óssea). 
 São argirófilas – possui afinidade por 
prata, por isso são visualizadas em cor 
preta. 
 
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Colágeno 
É o tipo mais abundante de proteína do 
organismo. 
Encontrado na pele – osso – cartilagem – 
músculo liso – lâmina basal 
Principais aminoácidos 
Glicina + Prolina + Hidroxiprolina 
Classificação 
 Colágenos que formam longas fibrilas 
 Associados a fibrila 
 Formam rede de ancoragem 
As fibrilas de colágeno são formadas pela 
polimerização de tropocolágeno (formando 3 
cadeias peptídicas enroladas em 5 cadeias 
longas) 
Biossíntese de colágeno 
 
 
 
6º - Formação da cadeia alfa e união de 3 cadeias com 2 
peptídeos de registro - alinhando essas cadeias no REG e 
dobrando-as em forma de tripla hélice. (Como não há a 
agregação, impede que as cadeias formem fibrilas no 
interior da célula.) 
5º - Ocorre há Glicosilação com adição de 
Galactose ou Glinil galactose. 
4º - Ocorre a Hidroxilação da lisina e da prolina 
em Hidroxilisina e Hidroxiprolina - para que ocorra 
essa hidroxilação é necessário a presença da 
Vitamina C. 
3º - ocorre a sintese de preprocolágeno, depois 
ocorre a Clivagem do peptídeo-sinal (que 
começa a sequência de AA) formando o 
Procolágeno. 
2º - ocorre a remoção dos peptídeos de 
registro através da Enzima Pró-Colágeno 
Peptase, restando somente o colágeno. 
1º - Para ocorrer a produção de uma proteína é 
necessário que ocorra inicialmente a replicação do DNA 
para a formação do RNAm (Transcrição) que sai do 
núcleo para o citoplasma para que ocorra a Tradução. 
Fibras Colágenas 
 Resistência 
 Tipo mais 
abundante, forte 
e inelástica. 
 Formada por 
proteína colágeno tipo I 
 Formas de feixes 
 Brancas há olho nu 
 São acidófilas (eosina) – rosa 
 
Fibras Elásticas 
 Elasticidade 
 Formada por 
proteína elastina 
 Finas e delgadas 
 Amarelas há olho 
nu 
 Componente estrutural = elaumínicas + 
oxitalâmicas 
 Corante próprio – oceina 
 Formam vasos de grande calibre (aorta) 
 
 DNA RNA Colágeno 
Transcrição Tradução 
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OBS: Escorbuto – um dos sintomas é o 
sangramento das gengivas e mobilidade dos 
dentes. O paciente que tem escorbuto perde o 
dente pois não esta ocorrendo a síntese do 
colágeno, por carência da vitamina C. Assim, as 
fibras colágenas do ligamento periodontal, que 
inserem o dente no alvéolo, não estão sendo 
repostas. 
Tipos de colágeno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As fibras colágenas do Tipo I ao XX – são 
inelásticas e possuem GRANDE resistência à 
tração. 
São constituídas por subunidades finas ou 
tropocolágeno e sintetizadas pelos 
Fibroblastos. 
São encontradas na pele e têm participação 
bem importante nos processos de 
cicatrização. 
Classificação do tecido conjuntivo 
Os tecidos são classificados de acordo com a 
natureza da sua substancia fundamental e o 
tipo de organização das fibras nessa 
substância. 
 
Propriamente 
dito 
Frouxo 
 
Denso 
Modelado 
Não 
modelado 
 Elástico 
Reticular 
Mucoso 
Adiposo 
Cartilaginoso 
Ósseo 
Tipo I (Resistência à tensão) 
 Localizado: tendões, ligamentos e ossos. 
 Produzida por: Fibroblastos – Condroblastos 
– Osteoclastos. 
 
Tipo II (Resistência à pressão) 
 Localizado: cartilagem hialina e elástica 
 Produzida por: Células cartilaginosas. 
 
Tipo III 
 Associado ao tipo I para formar as fibras 
reticulares 
 Produzido por: Fibroblastos – Células 
reticulares 
 Função: manutenção da estrutura de 
órgãos expansíveis. 
Tipo IV (EXCEÇÃO) 
 NÃO participa do tecido conjuntivo 
 É associado ao tecido epitelial 
 Forma a lamina basal 
 Produzida por: Tecido epitelial. 
Tipo V 
 Associado ao tipo I forma = fibrilas 
 Constitui a Placenta 
 
Tipo XI 
 Localização: cartilagem hialina e elástica 
 Associado ao tipo II forma = 
fibrilas colágenas 
 
Especial 
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Tecido Conjuntivo Propriamente Dito 
Frouxo 
Composto por fibras dispostas frouxamente + 
células incluídas na substância fundamental 
gelatinosa. 
Localizado abaixo 
da epiderme – 
fica abaixo do 
revestimento 
Mesotelial da 
cavidade interna 
do corpo e está 
associado à adventícia dos vasos sanguíneos, 
além de envolver o parênquima das glândulas. 
 Possui Células + Fibras + SFA na 
mesma proporção 
 Suporta a pressão e pequenos atritos. 
 Tem consistência delicada, é flexível e 
bem vascularizado. 
 Encontrado na derme – hipoderme – 
membranas serosas – glândulas. 
 As células + numerosas desse tecido 
são: fibroblastos e macrófagos. 
Denso (+ resistente) 
 É flexível e mais resistente à tensão 
que o tecido conjuntivo frouxo. 
 Contém menos células e um 
predomínio de fibras colágenas. 
 Branco a olho nu 
 Classificado de acordo com a 
orientação das fibras em: Denso NÃO 
modelado e Denso modelado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Denso Não Modelado – quando as fibras 
colágenas são organizadas em feixes 
sem uma orientação definida. 
Nesse tecido as fibras formam uma 
trama tridimensional – o que lhe da 
resistência. 
 
 Ex: derme 
profunda da 
pele. 
Denso Modelado – quando as fibras 
colágenas estão paralelas umas as 
outras e alinhadas com 
os fibroblastos. 
. 
 
Ex: tendões 
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Tecido Conjuntivo Especial 
Tecido Elástico 
Composto por feixes espessos e paralelos de 
fibras elásticas. 
Os espaços entre as fibras são ocupados por 
fibras delgadasde colágeno e fibroblastos. 
Possui cor amarela típica e grande elasticidade. 
Exemplos: 
 Ligamentos 
amarelos 
da coluna 
vertebral 
 Ligamento 
suspensor 
do pênis 
 Camada média dos vasos. 
Tecido Reticular 
Predomínio de fibras reticulares. 
É muito delicado e forma uma rede que 
suporta as células de alguns órgãos. 
Provê uma estrutura que cria um ambiente 
para órgãos 
linfoides e 
hematopoiéticos 
(medula óssea, 
linfonodos e 
nódulos linfáticos e 
baço). 
Exemplo: 
 Fibroblasto do tecido reticular 
 
Tecido Mucoso 
Possui consistência gelatinosa com predomínio 
de matriz 
fundamental 
com poucas 
fibras. 
As principais 
celulas deste 
tecido são os 
fibroblastos 
Exemplo: 
 Cordão umbilical – onde o tecido 
mucoso é chamado de Geleia de 
Wharton. 
 Polpa jovem dos dentes. 
Adiposo 
É composto de células adiposas dispersas no 
tecido conjuntivo frouxo. 
Cada célula contém 
uma grande gota de 
gordura que 
comprime e achata o 
núcleo e confina o 
citoplasma a um 
delgado anel na 
periferia celular. 
Serve como local de estoque de gorduras e 
preenche e protege certas regiões do corpo. 
Tecido Conjuntivo de Suporte 
Cartilaginoso 
 Suporte de tecidos moles 
 Revestimento de superfícies articulares 
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 Formação e o crescimento dos ossos 
longos 
Contem células (condrócitos) e abundante 
material extracelular. 
As cavidades da matriz são chamadas de 
lacunas. 
Desprovidos de vasos sanguíneos e de 
nervos – nutrido pelos capilares do 
pericôndrio. 
Hialina – Elástica – Fibrosa 
Ósseo 
Constituinte principal do esqueleto. 
Funções 
 Suporte para as partes moles 
 Proteção a órgãos vitais 
 Aloja e protege a medula óssea 
 Proporciona apoio aos músculos 
esqueléticos 
 Constitui um sistema de alavancas 
 Depósito de cálcio e fósforo. 
É um tipo especializado de TC formado por 
células e material extracelular calcificado – a 
matriz óssea. 
Temos ossos compactos e esponjosos 
Vascularização 
Pressão Hidrostática – líquido sai dos vasos 
para o tecido conjuntivo (Plasma Intersticial) 
Pressão Osmótica – líquido retorna para os 
vasos 
Vasos Linfáticos 
Drena o restante do líquido que fica no tecido 
conjuntivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eventos característicos da inflamação 
 Aumento do fluxo sanguíneo 
 Aumento da Permeabilidade vascular 
 Quimiotaxia 
 Fagocitose 
Edema 
Ocorre pelo aumento da quantidade de 
líquido intersticial no meio extracelular. 
Causas do edema: 
 Obstrução de vasos linfáticos 
 Obstrução venosa 
 Diminuição da pressão oncótica gerada 
pelas proteínas no plasma. 
 Aumento da pressão hidrostática, pois 
eleva a pressão de filtração. 
 Retenção de sódio, pois ocasiona um 
aumento da quantidade de líquido fora dos 
vasos sanguíneos. 
 Aumento da permeabilidade vascular 
 Desnutrição 
 Retorno venoso deficiente 
 Metástase de tumores 
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Diapedese 
Quando uma célula do sangue atravessa a 
parede dos vasos sanguíneos e vai para 
outro tecido conjuntivo. 
Macrófagos e Monócitos 
Capacidade de regeneração 
A capacidade deles é observada quando os 
tecidos dão destruídos por lesões 
inflamatórias ou traumáticas. 
Os espaços deixados pela lesão são 
preenchidos por uma cicatriz de tecido 
conjuntivo. 
A principal célula envolvida na cicatrização é 
o Fibroblasto. 
Durante a cicatrização, os fibrócitos revertem 
para o estado de fibroblastos (reativando sua 
capacidade de síntese). 
Na reparação das feridas, observam-se os – 
Miofibroblastos., possuem características de 
fibroblastos mas contém uma maior 
quantidade de filamentos de actina e miosina. 
– sua atividade contrátil é responsável pelo 
fechamento das feridas. 
 
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O Tecido Adiposo é um tipo especial do 
Tecido Conjuntivo. 
Tem predominância de células adiposas 
(adipócitos). 
Essas células podem ser encontrar isoladas, 
em pequenos grupos no tecido conjuntivo 
frouxo ou formando grandes agregados 
distribuídos pelo corpo. 
Em indivíduos de peso normal, o tecido 
adiposo corresponde: 
 20 a 25% do peso em mulheres 
 15 a 20% do peso em homens 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções 
 Papel energético 
 Modela a superfície corporal 
 Isolamento térmico 
 Absorve choques (coxins) 
 Preenche espaço entre os tecidos 
 Atividade secretora 
 Mantém determinados órgãos em suas 
posições normais 
Divisão 
Tecido adiposo Comum 
 
Tecido cujas células possuem apenas uma 
gotícula de gordura que ocupa quase todo o 
espaço do citoplasma. 
A coloração varia do branco ao amarelo-
escuro, isso se deve ao número de carotenos 
dissolvidos nas gotículas 
de gordura. 
OBS: todo tecido 
adiposo encontrado 
em adultos é do 
tipo unilocular. 
 
O tecido adiposo é o MAIOR 
depósito corporal de energia, sob 
forma de Triglicerídeos. 
Triglicerídeos 
São mais eficientes como reserva 
energética do que o glicogênio. 
Não são depósitos estáveis, 
renovam-se continuamente. 
São muito influenciados por 
estímulos nervosos e hormonais. 
 
Amarelo ou Unilocular 
Origem: 
Lipoblasto 
(células derivadas 
do mesênquima). 
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Esse tecido acumula-se em certos locais 
sendo influenciado pelo: Sexo – Idade 
Histogênese do Tecido Adiposo Unilocular 
As células adiposas uniloculares se originam no 
embrião, a partir de células derivadas do 
mesênquima – os Lipoblastos. 
Células bem parecidas com os fibroblastos, 
porém, logo acumulam gordura no seu 
citoplasma. 
Características das células 
 Células grandes 
 São esféricas (quando isoladas), mas 
tornam-se poliédricas no tecido pela 
compressão. 
 Principal reserva de energia em longo 
prazo. 
 Cada célula é envolta por lâmina basal. 
 Sua membrana plasmática apresenta 
numerosas vesículas de pinocitose. 
 Apresenta septos conjuntivos que 
contêm: Vasos e Nervos. 
 Possui uma vascularização abundante 
 É um órgão secretor: sintetiza a molécula 
de Leptina e a Lipase Lipoproteica. 
OBS: dos septos conjuntivos partem fibras 
reticulares (colágeno tipo III) que sustentam as 
células adiposas. 
Além disso, o tecido adiposo unilocular forma 
o Panículo adiposo – uma camada disposta 
sob a pele e que possui espessura uniforme 
por todo o corpo do recém-nascido. Porém, 
com a idade, o panículo tende a desaparecer 
de certas partes e ir para outras. 
 
 
OBS: esse depósito seletivo de gorduras é 
regulado, pelos hormônios sexuais e pelos 
hormônios produzidos na camada cortical da 
glândula adrenal. 
Deposição dos lipídios 
Os Lipídios armazenados nos adipócitos são = 
Triglicerídeos 
(ésteres de ácidos graxos e glicerol) 
Origem dos Triglicerídeos: 
1. Absorvidos da alimentação e trazidos 
até as células adiposas como 
triglicerídeos dos quilomícrons. 
2. No fígado sendo transportados até o 
tecido adiposo, sob forma de 
triglicerídeos constituintes da VLDL. 
3. Sintetizado nas células adiposas, a partir 
da glicose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando necessário, a hidrólise dos 
triglicerídeos é desencadeada pela 
Noradrenalina.Este neurotransmissor é liberado e 
captado por receptores da membrana 
dos adipócitos que ativam a Lipase 
sensível a hormônio – promovendo a 
liberação de ácidos graxos e glicerol. 
Os ácidos graxos são utilizados como 
fonte de energia, e o glicerol é captado 
pelo fígado e reaproveitado. 
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Sequência da remoção dos lipídios 
A remoção dos lipídios, nos casos de 
necessidade energética, não se faz por igual 
em todos os locais. 
 
Após períodos de alimentação deficientes em 
calorias, o tecido adiposo unilocular perde 
quase toda a sua gordura e se transforma em 
um tecido com células poligonais ou 
fusiformes – com raras gotículas lipídicas. 
Já o tecido adiposo multilocular é também um 
órgão secretor – sintetiza várias moléculas 
como adiponectina e leptina, que são 
transportadas pelo sangue, e a lípase 
lipoproteica que ficam ligadas as superfícies 
das células endoteliais dos capilares sanguíneos 
situados em volta dos adipócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1º - Depósitos 
subcutâneos 
2º - Mesentério e 
Retroperitoneais 
3º - Coxins das 
mãos e os pés 
Leptina 
Hormônio proteico constituído por 164 
aminoácidos e produzido pelas células adiposas. 
Participa da regulação da quantidade de tecido 
adiposo no corpo e da ingestão de alimentos 
Atua principalmente no hipotálamo – diminuindo a 
ingestão de alimentos e aumento o gasto de 
energia. 
 
Quilomícrons 
São partículas formadas por células 
epiteliais do intestino delgado. 
É constituído por 90% de triglicerídeos e 
pequenas quantidades de colesterol, 
fosfolipídios e proteínas 
 
 
 
 
 
 
 
Os quilomícrons são quebrados através da 
(enzima Lipase lipoproteica) nos capilares 
sanguíneos do tecido adiposo. 
A hidrólise dos quilomícrons e das 
lipoproteínas (VLDL) plasmáticas promove 
a liberação de seus componentes = 
ácidos graxos e glicerol. 
Esses compostos vão se difundir para o 
citoplasma das células adiposas, onde de 
recombinam para formar novas moléculas 
de triglicerídeos, que são depositados. 
As células adiposas podem sintetizar 
ácidos graxos e glicerol a, partir da 
glicose, processo que é acelerado pela 
insulina que, assim como em outras 
células, acelera a penetração da glicose na 
célula adiposa. 
Célula epitelial 
intestino delgado 
Quilomícrons 
Capilares linfáticos 
Sangue 
Organismo 
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Tecido adiposo Pardo 
 
Tecido formado 
por células que 
contem 
numerosas 
gotículas lipídicas e 
muitas 
mitocôndrias. 
A coloração se 
deve a vascularização abundante e as 
numerosas mitocôndrias encontradas nas 
células (por serem ricas em citocromos as 
mitocôndrias tem cor avermelhada) 
É abundante em animais que hibernam – 
onde é chamado de glândula hibernante e é 
especializado na produção de calor. 
OBS: nos humanos a quantidade deste tecido 
só é significante em recém-nascidos, tendo 
como papel a termorregulação. 
Possue células menores do que as do tecido 
adiposo unilocular e têm forma poligonal com 
citoplasma carregado de gotículas lipídicas de 
vários tamanhos. 
OBS: não há neoformação de tecido adiposo 
multilocular após o nascimento e nem ocorre 
transformação de um tipo de tecido adiposo 
em outro. 
Histogênese do Tecido Adiposo Mulilocular 
São originados pelas células mesenquimais, 
que se tornam epitelióides, adquirindo um 
aspecto de glândulas endócrinas cordonal, 
antes de acumularem gordura. 
OBS: Não há neoformação de tecido adiposo 
multilocular após o nascimento nem ocorre 
 
Receptores sensoriais na pele enviam sinais ao 
centro cerebral de regulação da temperatura, 
que, por sua vez envia impulsos nervosos a 
essas células adiposas. 
Ao ser estimulado pela liberação de 
Noradrenalina, o tecido adiposo multilocular 
acelera a lipólise e a oxidação dos ácidos 
graxos. Essa oxidação produz calor e não 
ATP – pois as mitocôndrias desse tecido 
apresentam na sua membrana interna a 
proteína Termogenina ou UCP 1 – que 
permitem o fluxo dos prótons acumulados no 
espaço intermembranosos durante o 
transporte de elétrons para a matriz = 
dissipando a energia potencial como CALOR 
Multilocular 
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Vascularização 
O tecido adiposo Unilocular e Multilocular são 
inervados por fibras simpáticas do Sistema 
Nervoso Autônomo (SNA). 
 Tecido Unilocular – as terminações 
nervosas são encontradas apenas na 
parede dos vasos sanguíneos (Os 
adipócitos não são diretamente inervados). 
 Tecido Multilocular – as terminações 
nervosas simpáticas atingem diretamente 
as células adiposas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tumores no tecido adiposo unilocular 
Os adipócitos uniloculares com frequência 
originam tumores benignos – os Lipomas. 
Os tumores malignos dos adipócitos 
uniloculares – os Lipossarcomas são menos 
frequentes, porém o tratamento é bem mais 
difícil, pois podem formar metástase. 
Lipossarcomas costumam aparecer em 
pessoas com mais de 50 anos. 
 
Obesidade 
A obesidade em adultos se deve a um 
aumento na quantidade de triglicerídeos 
depositados em cada adipócito unilocular, sem 
que exista aumento no número de adipócitos 
– Obesidade Hipertrófica. 
A obesidade em crianças se deve a um 
aumento no número de adipócitos uniloculares 
– Obesidade Hiperplástica. 
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É uma forma especializada de tecido 
conjuntivo - porém de consistência rígida 
É essencial para a formação e o crescimento 
de ossos longos. – processo que ocorre 
desde a vida intrauterina. 
Funções 
 Suporte de tecidos moles 
 Reveste superfícies articulares 
 Facilita o deslizamento dos ossos nas 
articulações 
 Absorção de choques 
Características 
 Possui abundante MEC 
(matriz cartilaginosa) 
 Não contém vasos sanguíneos, 
linfáticos e nervos. – é nutrido pelos 
capilares do conjuntivo envolvente = 
Pericôndrio 
 É formado por células conhecidas 
como Condrócitos, que estão 
localizados dentro 
de lacunas. 
OBS: uma lacuna 
pode conter um ou 
mais condrócitos 
 
 As cartilagens (exceto as articulares e a 
fibrosa) são envolvidas por bainha – 
Pericôndrio 
OBS: O Pericôndrio contém vasos sanguíneos 
e linfáticos, e nervos. 
 As cartilagens que revestem a superfície 
dos ossos nas articulações móveis não 
tem pericôndrio e recebem nutrientes do 
Líquido Sinovial das cavidades articulares. 
Constituição da Matriz 
As funções do tecido cartilaginoso dependem 
principalmente da estrutura da matriz: 
 Colágeno ou Colágeno + Elastina 
 Macromoléculas de proteoglicanos 
(proteínas + glicosaminoglicanas) 
 Ácido Hialurônico 
 Diversas Glicoproteínas. 
A consistência firme da cartilagem se da pelas 
ligações eletrostáticas entre os 
Glicosaminoglicanos sulfatados e o Colágeno. - 
além disso, a grande quantidade de água ligada 
ao glicosaminoglicano confere a turgidez à 
matriz. 
Regeneração/ Degeneração 
A regeneração ocorre pela atividade do 
pericôndrio, que invade a área destruída e da 
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origem a tecido cartilaginoso que repara a 
lesão. 
A degeneração da hialina (calcificaçãoda 
matriz) – consiste na deposição de fosfato de 
cálcio sob a forma de cristais de hidroxipatita. 
Classificação 
Cartilagem Hialina 
 São as mais comuns. 
 Sua matriz possui delicadas fibrilas 
constituídas de colágeno tipo II 
 Essa cartilagem é branca-azulada e 
translúcida (a fresco). 
 Forma o 1º esqueleto do embrião 
(substituída por osso) 
Entre a diáfise e as epífises dos ossos longos 
em crescimento encontra-se o Disco 
Epifisiário de cartilagem hialina. – esse disco é 
responsável pelo crescimento do osso em 
extensão. 
OBS: enquanto o Disco Epifisiário estiver 
presente, significa que o osso ainda não 
completou seu processo de crescimento. 
Nos adultos é encontrada: 
 Parede das fossas nasais 
 Traquéia e Brônquio 
 Extremidade ventral das costelas 
 Recobrindo as superfícies articulares 
dos ossos longos.. 
Matriz da Cartilagem Hialina 
40% do seu peso se da por fibrilas de 
colágeno tipo II + ácido hialurônico, 
proteoglicanos muito 
hidratados e glicoproteinas. 
O elevado conteúdo de 
água de solvatação das 
moléculas de 
glicosaminoglicanos atua 
como um sistema de 
absorção de choques 
mecânicos – muito 
importante nas cartilagens 
articulares. 
Outro componente 
importante é a 
Condronectina – que 
participa da associação 
do arcabouço 
macromolecular da 
matriz com os 
condrócitos. 
Em torno dos 
condrócitos existem 
zonas estreitas, que são ricas em 
proteoglicanos e pobres em colágeno, que 
são chamadas de – Cápsulas. 
Pericôndrio 
Todas as cartilagens Hialinas, exceto as 
cartilagens articulares – são envolvidas por 
essa camada de tecido conjuntivo denso 
chamado de Pericôndrio. 
Além de ser uma fonte de novos condrócitos 
para o crescimento, o pericôndrio é 
responsável pela nutrição, oxigenação e 
eliminação dos refugos metabólicos da 
cartilagem – pois neles estão localizados vasos 
sanguíneos e linfáticos. 
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Morfologicamente, as células do pericôndrio 
são semelhantes aos fibroblastos, porém 
situam-se mais profundamente, isto é, próximo 
à cartilagem. Podem facilmente multiplicar-se 
por mitoses e originar condrócitos – 
caracterizando-se assim, funcionalmente como 
condroblastos. 
Ele é formado por – Tecido conjuntivo rico 
em fibras de colágeno tipo I na sua parte + 
superficial. Porém, quanto mais próximo a 
cartilagem, maior será a quantidade de células 
e menos a de fibras. 
Condrócitos 
Na periferia da cartilagem hialina – 
apresentam uma forma alongada., com o 
eixo maior paralelo à superfície. 
Mais profundamente tornam-se arredondados 
e aparecem em grupos de até 8 células – 
Grupos Isógenos, por serem originados de 
um único condroblasto. 
Os Condrócitos são células secretoras de: 
colágeno tipo II + proteoglicanos + 
glicoproteinas (como a condronectina). 
Vivem em baixas tensões de oxigênio – pois 
as cartilagens são desprovidas de capilares 
sanguíneos. 
O funcionamento dos condrócitos depende de 
um balanço hormonal adequado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Histogênese 
Esboços das cartilagens surgem no 
mesênquima do embrião. 
1ª modificação 
Arredondamento das células 
mesenquimatosas, que retraem seus 
prolongamentos e se aglomeram (devido à 
rápida multiplicação) – essas células passam a 
se chamar de condroblastos. 
2ª modificação 
Inicia a síntese da matriz – o que afasta os 
condroblastos uns dos outros. 
A diferenciação das cartilagens dá-se do 
centro para a periferia, de modo que as 
células mais centrais já apresentam as 
características de condrócitos, enquanto as 
mais periféricas ainda são condroblastos 
típicos. 
Hormônios que aumentam a síntese de 
proteoglicanos – são a Tiroxina e 
Testosterona 
Hormônios que diminuem a síntese de 
proteoglicanos – são a Cortisona, 
Hidrocortisona e Estradiol. 
 
O Hormônio do crescimento (hipofiário) – 
promove a síntese de Somatomedina C 
pelo fígado. 
Somatomedina C – aumenta a capacidade 
sintética dos condroblastos e também a 
multiplicação dessas células, estimulando o 
crescimento das cartilagens. 
 
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O mesênquima superficial forma o Pericôndrio 
Crescimento 
O crescimento ocorre por 2 processos: 
 
 
 
 
 
Em ambos os casos, os novos condrócitos 
formados produzem fibrilas de colágeno, 
proteoglicanos e glicoproteinas – de modo 
que o crescimento real é muito maior do que 
o produzido pelo aumento do número de 
células. 
OBS: o crescimento intersticial (menos 
importante) quase só ocorre nas primeiras 
fases de vida da cartilagem, a medida que a 
matriz torna-se mais rígida o crescimento 
intersticial deixa de ser viável e ai passa a ser 
o crescimento aposicional. 
Cartilagem Elástica 
É semelhante à cartilagem hialina, porém inclui 
poucas fibrilas de colágeno tipo II e uma 
abundante rede de fibras elásticas, contínuas 
com as do 
pericôndrio.. 
 Possui uma 
cor amarela – 
por conta da 
elastina 
 
 Essa cartilagem pode estar presente 
isoladamente ou formar uma peça 
cartilaginosa junto com a cartilagem hialina. 
 Possui pericôndrio e cresce por oposição.. 
 Menos sujeita a processos degenerativos 
que a cartilagem hialina. 
Nos adultos é encontrada: 
 Pavilhão auditivo 
 Tuba auditiva 
 Conduto auditivo externo 
 Epiglote 
 Cartilagem cuneiforme da laringe 
Cartilagem Fibrosa ou 
Fibrocartilagem. 
Possui 
características 
intermediárias 
entre o conjuntivo 
denso e a 
cartilagem hialina 
e, por estar 
sempre associada 
a conjuntivo 
denso, fica difícil estabelecer o limite entre os 
dois. 
 É desprovida de pericôndrio 
 Apresenta matriz preponderantemente 
constituída por fibras de colágeno tipo I 
 A substancia fundamental é escassa e 
limita as proximidades das lacunas. 
 Os condrócitos, frequentemente, 
encontram-se enfileirados. 
Crescimento intersticial – por divisão mitótica 
dos condrócitos preexistentes. 
 
Crescimento aposicional – que se faz a partir 
de células do pericôndrio. 
 
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As numerosas fibras colágenas tipo I 
constituem feixes, que seguem uma 
orientação irregular entre os condrócitos ou 
um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos 
em fileiras. 
Essa orientação é influenciada pelas forças 
que atuam sobre a fibrocartilagem. 
Nos adultos é encontrada: 
 Discos intervertebrais 
 Sínfise púbica 
Nos pontos em que alguns tendões e 
ligamentos se inserem nos ossos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Discos Intervertebrais 
Localizados no corpo das vértebras e 
unidos a elas por ligamentos. 
Cada disco é formado por 2 
componentes: 
 Anel fibroso 
 Núcleo pulposo 
(derivado da notocorda do embrião) 
É um anel fibroso que contém uma 
porção periférica de tecido conjuntivo 
denso, sua maior extensão é constituída 
por fibrocartilagem, cujos feixes de 
colágeno formam camadas concêntricas. 
O núcleo pulposo encontra-se na parte 
central do anel fibroso. O tecido é formado 
por células arredondadas dispersas em um 
líquido viscoso rico em ácido hialurônico e 
contendo pequena quantidade de 
colágeno tipo 2. 
OBS: no jovem, o núcleo pulposo é maior, 
sendo gradual e parcialmente substituído 
por fibrocartilagem com o avançar da 
idade. 
Os discos funcionam como coxins 
lubrificando e prevenindo o desgaste do 
osso das vértebras. 
 
Hérnia do Disco Intervertebral 
A ruptura do anel fibroso – resulta na 
expulsão do núcleo pulposo e no 
achatamento do disco. 
Este se desloca de sua posiçãonormal 
entre os corpos vertebrais e se 
movimenta na direção da medula espinhal, 
comprimindo nervoso e produzindo fortes 
dores e distúrbios neurológicos. 
A dor se estende pela parte inferior da 
região lombar 
 
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É um tipo especializado de tecido conjuntivo 
formado por células e matriz óssea. 
 Principal constituinte do esqueleto 
 Possui Matriz extracelular calcificada 
 É vascularizado. 
As células são os: 
Todos os ossos são revestidos em suas 
superfícies externas e internas por 
membranas conjuntivas que contêm células 
osteogênicas – o Periósteo (externo) e o 
Endósteo (interno). 
 
 
 
 
 
Origem 
 Fonte Mesenquimais 
 Podem ser induzidas no tecido ósseo 
ou qualquer outro 
 Nos adultos são encontrados na 
camada interna do Periósteo e 
Endósteo. 
Funções 
 Serve de suporte para os tecidos 
moles 
 Protege órgãos vitais 
 Aloja e protege a medula óssea 
 
 Depósito de cálcio e fosfato para o 
metabolismo. 
 Constitui um sistema de alavancas 
 Absorção de toxinas e metais pesados 
Nutrição 
Como não existe difusão de substâncias 
através da matriz calcificada do osso, a 
nutrição dos osteócitos depende de 
canalículos que existem na matriz. 
Esses canalículos possibilitam as trocas de 
moléculas e íons entre capilares sanguíneos e 
os osteócitos. 
 
Origem: 
Osteoprogenitora 
ou Osteogênicas 
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Revestimento 
Todos os ossos são revestidos em suas 
superfícies externas e internas por 
membranas conjuntivas que possuem células 
osteogênicas. 
 Periósteo (externa) 
 Endósteo (interna) 
Células do Tec. Ósseo. 
Osteócitos 
 
 
São as células MADURAS encontradas no 
interior da matriz óssea (região central). 
 Ocupam as Lacunas ou Osteoplasto – 
cada uma contém apenas um 
osteócito. 
 São células achatadas – com pequena 
quantidade de RER, aparelho de golgi 
pouco desenvolvido e núcleo com 
cromatina condensada. = pouca 
atividade sintética. 
 São essenciais para a manutenção da 
matriz óssea 
Dentro dos canalículos os prolongamentos dos 
osteócitos 
estabelecem 
contatos 
através de 
junções 
comunicantes, 
por onde 
podem passar 
pequenas 
moléculas e íons de um osteócito para outro. 
– a nutrição dos osteócitos depende desses 
canalículos que existem na matriz. 
A morte dos osteócitos é seguida por 
reabsorção da matriz 
Osteoblastos 
 
 
São as células jovens, que sintetizam a parte 
orgânica (colágeno tipo I, proteoglicanos e 
glicoproteínas) da matriz óssea. Além disso, 
sintetizam também Osteonectina e 
Osteocalcina. 
OBS: Osteonectina facilita a deposição de 
cálcio e Osteocalcina estimula a atividade dos 
osteoblastos. 
Os Osteoblastos também são capazes de 
concentrar fosfato de cálcio, produzindo a 
matriz óssea e participando da calcificação 
através da Enzima Fosfatase Alcalina 
Localiza-se na periferia da superfície óssea, 
lado a lado, num arranjo que lembra um 
epitélio simples.. 
 Em estado de síntese da matriz óssea, 
os osteoblastos são– cuboides + 
citoplasma basófilo. 
 Já em estado pouco ativo, tornam-se 
– achatados e citoplasma pouco 
basófilo. 
Uma vez aprisionado pela matriz recém-
sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamado 
de osteócito. 
Origem: Osteoblasto 
Origem: Cél. Osteoprogenitora 
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A matriz se deposita ao redor do corpo da 
célula e de seus prolongamentos, formando 
assim as lacunas e os canalículos. 
A matriz óssea recém-formada, adjacente aos 
osteoblastos ativos que ainda não estão 
calcificadas, recebe o nome de osteóide. 
(1ª matriz) 
Osteoclastos 
 
 
Originam-se de precursores mononucleados 
provenientes da medula óssea que, ao contato 
com o tecido ósseo, unem-se para formar os 
osteoclastos multinucleados. 
São células gigantes, móveis, multinucleadas e 
ramificadas. 
OBS: Ramificações irregulares 
(forma e espessura variável) 
Nas áreas de reabsorção (destruição) de 
tecido ósseo encontramos os osteoclastos – 
colocados em depressões da matriz chamadas 
de Lacunas de Howship 
A superfície ativa dos osteoclastos, voltada 
para a matriz óssea, apresenta 
prolongamentos vilosos irregulares que possui 
forma de folhas ou pregas que se subdividem. 
Circundando essa área com prolongamentos 
vilosos, existe uma zona citoplasmática – Zona 
Clara. É pobre em organelas, porém contem 
muitos filamentos de actina. É o local de 
adesão dos osteoclastos com a matriz e cria 
um microambiente fechado, onde ocorre a 
reabsorção óssea. 
Os osteoclastos secretam para dentro do 
microambiente fechado: Ácido + Colagenase 
+ Hidrolases – que atuam digerindo a matriz 
orgânica e dissolvendo os cristais de sais de 
cálcio. 
A atividade dos osteoclastos é coordenada por 
citocinas e por hormônios como calcitonina, 
um hormônio tireoideano, e paratormônio. 
Matriz Óssea 
A parte inorgânica representa cerca de 50% 
do peso da matriz óssea. É composta por: 
Fosfato – Cálcio – Bicarbonato – Citrato – 
Magnésio – Sódio – Potássio 
OBS: o cálcio + fósforo formam cristais com 
estrutura da hidroxiapatita e em volta desse 
cristal existe uma camada de água e íons – 
Capa de hidratação. 
Capa de hidratação – facilita a troca de íons 
entre o cristal e o líquido intersticial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem: Monócitos do sangue 
Cristais de Hidroxipatita 
Cálcio + Fosfato + H²O 
Capa de Hidratação 
Cálcio + Fosfato + H²O + Fibras colágeno I 
Remoção dos Cristais de Hidroxiapatita = 
Osso MOLE 
Remoção das Fibras colágenas tipo I = 
Osso QUEBRADIÇO 
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OBS: A associação de hidroxiapatita com fibras 
colágenas é responsável pela dureza e 
resistência do tecido ósseo. Após a remoção 
do cálcio, os ossos mantém sua forma intacta, 
porém tornam-se tão flexíveis quanto os 
tendões.. 
A parte orgânica da matriz é formada por 
fibras colágenas (95%) constituídas de 
colágeno do tipo I e por pequena quantidade 
de proteoglicanos e glicoproteinas. 
OBS: A destruição da parte orgânica pode ser 
realizada por incineração, e também deixa o 
osso com sua forma intacta, porém, tão 
quebradiço que dificilmente pode ser 
manipulado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As principais funções do Endósteo e do 
Periósteo são a – nutrição do tecido ósseo e 
o fornecimento de novo osteoblastos, para o 
crescimento e a recuperação do osso. 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação Macroscópica 
 
 
 
Periósteo 
Membrana conjuntiva que reveste o osso 
externamente. 
Esta aderida ao osso através das 
Fibras de Sharpey. 
 Camada interna = É mais celular – 
células osteoprogenitoras 
 Camada externa = É mais fibrosa – 
contém fibras colágenas e 
fibroblastos. 
OBS: As Fibras de Sharpey são feixes que 
penetram no tecido ósseo e prendem 
firmemente o periósteo ao osso. 
Endósteo 
Membrana conjuntiva que reveste o osso 
internamente 
Camada de células osteogênicas revestidas 
por: 
 Cavidade do osso esponjoso 
 Canal medular 
 Canal de Havens 
 Canais de Volkmann 
Osso Compacto 
Formado por partes sem cavidades visíveis. 
 
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Nos ossos longos, as extremidades ou Epífisessão formadas por osso esponjoso com uma 
delgada superfície compacta. Já a Diáfise 
(parte cilíndrica) é quase totalmente compacta, 
com pequena quantidade de osso esponjoso 
na sua parte profunda, delimitando o canal 
medular. 
As cavidades do osso esponjoso e o canal 
medular da diáfise dos ossos longos são 
ocupados por medula óssea. 
OBS: Nos ossos longos, o osso compacto é 
chamado de Osso cortical. 
Os ossos curtos têm o centro esponjoso, 
sendo recoberto em toda a sua periferia por 
uma camada compacta. 
Nos ossos chatos (abóbada craniana) existem 
duas camadas de osso compacto – as Tábuas 
interna e externa, separadas por osso 
esponjoso que, nesta localização, recebe o 
nome de díploe. 
 
 
 
OBS: no recém-nascido, toda a medula óssea 
tem a cor vermelha, devido ao alto teor de 
hemácias, e é ativa na produção de células do 
sangue. – Medula óssea Hematógena. 
Porém, pouco a pouco com a idade, essa 
medula vai sendo infiltrada por tecido adiposo, 
com diminuição da atividade hematógena = 
Medula óssea Amarela. 
Classificação Histológica 
Histologicamente existem 2 tipos de tecido 
ósseo: os 2 tipos possuem as mesmas células 
e os mesmos constituintes da matriz. 
O que diferencia os tecidos é a Maturidade e 
a Organização dos tecidos. 
Osso Imaturo ou Primário 
O primeiro tecido ósseo que aparece é o 
tecido primário (não lamelar), tanto no 
desenvolvimento embrionário como na 
reparação das fraturas – é temporário e 
substituído por tecido secundário. 
 Apresenta fibras colágenas dispostas em 
várias direções sem organização definida 
 Tem menor quantidade de minerais 
 Possui maior proporção de osteócitos do 
que o tecido ósseo secundário. 
No adulto é pouco frequente, persistindo 
apenas próximo às suturas dos ossos do 
crânio, nos alvéolos dentários e em alguns 
pontos de inserção de tendões. 
 
Osso Esponjoso 
Possui cavidades visíveis e é ocupado pela 
medula óssea amarela ou vermelha. 
 
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Osso Maduro, Secundário ou 
Lamelar 
É a variedade encontrada no adulto. 
Possui fibras colágenas organizadas em 
lamelas, (arranjo concêntrico) que ou ficam 
paralelas umas às outras, ou se dispõem em 
camadas concêntricas em torno de canais 
com vasos, formando os – Sistema de Havers 
ou Ósteons. 
As lacunas contendo osteócitos estão em 
geral situadas entre as lamelas ósseas, porém 
algumas vezes estão dentro delas. 
Em cada lamela, as fibras colágenas são 
paralelas umas às outras e separando grupos 
de lamelas, ocorre o acumulo de uma – 
Substância cimentante, que consiste em 
matriz mineralizada, porem com muito pouco 
colágeno. 
Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se 
organizam em arranjo típico, constituindo os 
Sistemas de Havers. + Circunferênciais interno, 
externo e intermediários. 
O tecido ósseo secundário que contém 
sistema de Havers é característico da diáfise 
dos ossos longos, embora sistemas de Havers 
pequenos sejam encontrados no osso 
compacto de outros locais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: como cada sistema é construído por 
deposição sucessiva de lamelas ósseas a partir 
da periferia para o interior do sistema, os 
sistemas mais jovens têm canais mais largos, e 
as lamelas mais internas são as mais recentes 
– quanto mais jovem + dilatado é o canal, 
quanto mais maduro + estreito é o canal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema de Havers ou Ósteons 
 Cilindro longo 
 Paralelo a diáfise de ossos longos 
 Formado por 4 a 20 lamelas ósseas 
concêntricas. 
 Possui lamelas claras e escuras. 
No centro desse Sistema existe um 
Canal revestido de endósteo – Canal de 
Havers (que contém vasos e nervos) 
 
Canais de Havers 
 Circundado pelas lamelas 
 Paralelo ao canal medular 
 Por onde passa os vasos 
sanguíneos 
 O diâmetro do canal de Havers é 
variável, pois o tecido ósseo está 
em constante remodelação. 
Os Canais de Havers comunicam-se entre 
si, com a cavidade medular e com a 
superfície externa do osso por meio de 
canais transversais ou oblíquos – os 
Canais de Volkmann. 
 
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OBS: os Canais de Volkmann se distinguem 
dos de Havers por não apresentaram lamelas 
ósseas concêntricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Histogênese 
O tecido ósseo é formado através de 2 
processos: 
 Ossificação Intramembranosa – ocorre no 
interior de uma membrana conjuntiva. 
 Ossificação Endocondral - se inicia dentro 
de um molde de cartilagem hialina, que 
gradualmente é destruído e substituído 
por tecido ósseo formado a partir de 
células do conjuntivo adjacente. 
Em ambas as ossificações, o primeiro tecido 
ósseo formado é do tipo primário, que é 
pouco a pouco substituído por tecido 
secundário. 
Ossificação Intramembranosa 
Se formar a partir de uma Membrana 
Mesenquimal. 
Forma os ossos frontal + parietal + partes do 
occipital do temporal e dos maxilares superior 
e inferior e contribui para o crescimento dos 
ossos curtos e o aumento em espessura dos 
ossos longos. 
O crescimento do osso ocorre em – 
Espessura 
Canais de Volkmann 
 Não é circundado por lamelas 
 Perpendicular ao canal medular 
 Liga os canais de Havers entre si e o 
Canal de Havers com o canal medular. 
Sistemas Circunferenciais 
interno e externo 
São constituídos por lamelas ósseas 
paralelas entre si, formando 2 faixas: . 
 Situada na parte interna do osso (em 
volta do canal medular) 
 Situada na parte externa do osso 
(próxima ao periósteo) 
O sistema externo é mais desenvolvido que 
o interno. 
Entre os 2 sistemas encontram-se 
inúmeros Sistemas de Havers e grupos 
irregulares de lamelas – as Lamelas 
Intersticiais (Sistema Intermediário) que 
provêm de restos de sistemas de Havers 
que foram destruídos durante o 
crescimento do osso. 
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O local da membrana onde a ossificação 
começa chama-se – 
Centro de ossificação primária. 
O processo tem inicio pela diferenciação de 
células mesenquimatosas que se transformam 
em grupo de osteoblastos. Estes sintetizam os 
osteóides que logo se mineralizam, 
englobando os osteoblastos que se 
transformam em osteócitos. 
OBS: O 1º tecido ósseo a aparecer no osso 
longo é formado por ossificação 
intramembranosa do pericôndrio – formando 
um cilindro, o Colar ósseo. 
Ossificação Endocondral 
Se forma a partir de um Molde de cartilagem 
Hialina. 
O crescimento do osso ocorre em – 
Comprimento 
. Ocorre em 2 processos: 
1. A cartilagem sofre modificações, 
havendo hipertrofia dos condrócitos, 
redução da matriz cartilaginosa, sua 
mineralização e a morte dos 
condrócitos por apoptose. 
2. As cavidades ocupadas pelos 
condrócitos são invadidas por capilares 
sanguíneos e células osteogênicas 
vindas do conjuntivo adjacente. Essas 
células diferenciam-se em osteoblastos, 
produzindo o osso. 
Dessa maneira aparece tecido ósseo apenas 
onde havia tecido cartilaginoso.. 
Forma os ossos longos e curtos. 
OBS: não ocorre a transformação da 
cartilagem em osso, ocorre a Substituição. 
Discos Epifisário 
( 5 zonas de ossificação) 
Zona de Repouso: onde existe cartilagem 
hialina sem qualquer modificação. 
Zona de cartilagem seriada ou proliferação: 
divisão rápida dos condrócitos e disposição 
em fileiras ou colunas paralelas de células 
achatadas e empilhadas. 
Zona de cartilagem hipertrófica: apresenta 
condrócitos volumosos, com depósitos 
citoplasmáticos de glicogênio e lipídios. Os 
condrócitos entram em apoptose. 
Zona

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