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SEMANA 4 Quiz da Videoaula - Estratégias argumentativas de introdução Propor perguntas ou fazer declarações iniciais costumam ser estratégias empregadas: a. Na conclusão do texto. b. No desenvolvimento do tema. c. Na introdução do texto. d. Na correção do texto. e. No estudo dos versos. Você acertou! Essa é a alternativa correta. De acordo com a exposição do professor, fazer declarações iniciais ou lançar perguntas são algumas dentre as estratégias recomendadas, quando se introduz um texto. Isso acontece porque elas funcionam como cartão de visitas para o leitor e permitem a quem escreve desenvolvê-las no Desenvolvimento e/ou Conclusão. Quiz de objeto educacional PERGUNTA 1 Questão referente ao Texto-base – Escrever e Argumentar (Leia as páginas 183 a 201 e 207 a 214) | Ingedore Koch e Vanda Maria Elias Contrapor argumentos favoráveis e contrários é uma estratégia utilizada comumente na(o) ____________________ do texto argumentativo. a. Conclusão b. Introdução c. Título d. Tema e. Desenvolvimento Você acertou! Essa é a alternativa correta. De acordo com Koch e Elias, contrapor argumentos favoráveis e contrários favorece o desenvolvimento do texto, pois demanda avaliar e julgá-los, permitindo ao autor evidenciar quais dentre eles são mais consistentes. Além disso, a comparação de argumentos fornece subsídios para uma reflexão mais ampla por parte do leitor. PERGUNTA 2 Questão referente ao Texto-base – Resenha do livro Internet & Ensino (p. 256 a 261) | Rogéria Lourenço dos Santos De acordo com a resenhista Rogéria Lourenço dos Santos, as autoras do livro Internet e Ensino sugerem que a intertextualidade é um fenômeno que considera a relação entre qualquer discurso; já a intertextualidade strictu sensu: a. Só acontece em textos filosóficos. b. Está restrita ao gênero argumentativo. c. Restringe-me aos textos descritivos. d. Restringe-se à conclusão do texto. e. Só acontece quando há presença do intertexto. Você acertou! Essa é a alternativa correta. A resenhista ressalta essa divisão proposta pelas autoras do livro Internet e Ensino, com vistas a problematizar o que entendemos por Intertextualidade strictu sensu, que pode envolver textos de quaisquer gêneros. Ela se diferencia da intertextualidade em geral, que leva em conta o diálogo entre quaisquer tipos de discurso. Quiz da videoaula - Resenha Poderíamos dizer que o gênero textual Resenha possui quatro partes: Apresentação da obra – Descrição da obra - ________________ e _________________. Resposta Selecionada: a. Reapresentação e conclusão. b. Introdução e conclusão. c. Desenvolvimento e retomada. d. Avaliação e recomendação. e. Conclusão e desenvolvimento. Você acertou! Essa é a alternativa correta. De acordo com a exposição do professor, a resenha acadêmica costuma contar com quatro seções. As duas primeiras descrevem e apresentam a obra; as duas finais registram a avaliação do resenhista e a recomendação (ou não) da leitura, considerando as características da obra e o interesse do público-alvo. Atividade Avaliativa PERGUNTA 1 No enunciado “As estatísticas mostram que o presidente perde popularidade, dia a dia”, o autor recorreu: a. Ao argumento baseado em Perguntas. b. Ao argumento baseado em uma Definição. c. Ao Argumento apoiado em Fatos. d. Ao Argumento que equivale ao boato. e. Ao Argumento sem fundamento. PERGUNTA 2 Tendo que explicar a um amigo que não conhecia a música de Caetano Veloso, e ainda há quem não a conheça, qual o sentido e a orientação da coisa toda, o valor de seus múltiplos valores, elaborei para mim próprio um esquema que permitisse algum esclarecimento. Para além da inteligência especial para os elementos íntimos, as soluções particulares, da forma canção, as sacadas formais precisas e simples do compositor, penso que seu trabalho, seu pensamento pela canção, se organiza ao redor de quatro eixos, que são eles mesmos multiplicados em variações e deslocamentos para mais perto ou para mais longe de seu centro” (AB´SÁBER, 2014, p. 44-45). AB´SÁBER, T. Ensaio, fragmento. São Paulo: Editora 34, 2014. Tendo em mente as estratégias argumentativas de introdução, assinale a alternativa que melhor caracterize a parte sublinhada. a. O trecho sublinhado demonstra uma declaração entre textos b. O trecho sublinhado demonstra uma declaração inicial c. O trecho sublinhado está estabelecendo relações entre textos d. O trecho sublinhado está lançando uma pergunta e. O trecho sublinhado está estabelecendo comparações PERGUNTA 3 Preparar um plano de redação é importante porque permite ao autor: a. Escrever sem pensar. b. Redigir o texto sem planejamento. c. Estabelecer um roteiro prévio a ser seguido. d. Desprezar a Gramática. e. Desprezar a Lógica. PERGUNTA 4 “Mas, como sabemos, do ponto de vista do desenvolvimento do texto e da argumentação pretendida, apenas indicar uma lista de razões na forma de tópicos não é suficiente. Ainda é preciso avançar, agora em um segundo movimento que, por sua vez, pressupõe a explicação dos tópicos elencados” (KOCH; ELIAS, 2016, p. 185). KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2016. Assinale a alternativa na qual esteja a melhor definição para a parte final do trecho acima, a qual está negritada. a. A indicação de uma lista, presente no segundo momento, é desenvolver os tópicos apenas elencados anteriormente b. A explicação, presente no primeiro momento, é desenvolver os tópicos apenas elencados anteriormente c. A explicação, presente no segundo momento, é indicar os tópicos apenas desenvolvidos anteriormente d. A explicação, presente no segundo momento, é desenvolver os tópicos apenas elencados anteriormente e. A indicação de uma lista, presente no segundo momento, é desenvolver os tópicos apenas elencados anteriormente PERGUNTA 5 Analise os excertos 1 e 2 a seguir. 1) Via láctea – Olavo Bilac “Ora (direis) ouvir estrelas! Certo/ Perdeste o senso! “ E eu vos direi, no entanto, / Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto/ E abro as janelas, pálido de espanto... [...]”. BILAC, O. Obra reunida. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 117. 2) Divina comédia humana – Belchior “Eu quero gozar no seu céu, pode ser no seu inferno/ Viver a divina comédia humana onde nada é eterno/ Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso/ Eu vos direi no entanto: Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não /Eu canto.” BELCHIOR. A divina comédia humana. Letras, [c2022]. Acesso em: 5 set. 2022. De acordo com os conceitos de intertextualidade, como a música de Belchior se relaciona com o poema de Bilac? Assinale a alternativa correta. a. A intertextualidade é explícita, já que o verso de Bilac é altamente reconhecido na literatura brasileira, o que faria com que qualquer leitor o reconhecesse de imediato, sobretudo, se fosse um leitor considerado ouvinte b. A intertextualidade se dá como paródia na música de Belchior, utilizando o verso de Bilac em contexto diferente e com o intuito claro de fazer uma crítica aos versos esmerados do poeta. c. A intertextualidade pode ser considerada implícita, já que não faz menção explícita à obra de Olavo Bilac, o que não prejudica o entendimento do leitor, caso ele não tenha o conhecimento de se tratar de um trecho de outra obra d. Trata-se de intertextualidade temática, pois se trata de dois textos da mesma época literária, embora um deles seja poema e o outro seja música, o que não altera a compreensão, por mais que sejam de gêneros distintos e. Trata-se de intertextualidade estilística, pois Belchior faz uma paródia da variante linguística antiga utilizada por Olavo Bilac em sua época, porém recontextualizando à nossa época. PERGUNTA 6 Complete as lacunas com os termos mais adequados, de acordo com o livro Produção textual na universidade (Motta- Roth; Hendges, 2010): “O Resumo e a Resenhasão gêneros textuais ___________________: o primeiro consiste, basicamente em _______________ um enunciado; o segundo envolve a _______________ por parte de seu autor”. a. Similares – Ampliar – Avalição b. Similares – Reduzir - Concordância c. Diferentes – Sintetizar - Avaliação d. Diferentes – Refutar – Condenação e. Similares – Avaliar - Condenação PERGUNTA 7 Leia o trecho a seguir, o qual está relacionado ao livro “O que devíamos ter feito”, de Whisner Fraga, lançado pela Editora Patuá, em 2020. “Todo livro provoca reflexões. E tanto melhor a obra quando nos provoca reflexões críticas como as acima enunciadas, porque aquela ponte da qual falamos acima parece se alargar a unir autor, personagens e leitores no que diz respeito a esta nossa tão sofrida condição humana. “O que devíamos ter feito”- contos, do escritor e crítico literário Whisner Fraga, é livro que se enquadra precisamente nisto. [...] De fato, Whisner Fraga lança mão de um potente arsenal metafórico. Um “caleidoscópio de sutilezas estilísticas, em que muitas vezes prescinde da linearidade ou da coerência das histórias (pois onde há caos não há estabilidade formal, mas ruptura), e toma as rédeas uma entidade que subverte toda a ordem estabelecida e anacrônica, que é a primazia de uma linguagem peculiaríssima e sofisticada.” FRAGA, W. O que devíamos ter feito. São Paulo: Patuá, 2020. De acordo com o seu conhecimento acerca de resumos e resenhas, assinale a alternativa que classifica corretamente o excerto acima. a. Pode ser considerado resenha crítica resumida, porque a extensão curta do texto não permite que classifiquemos inteiramente como resenha. b. Pode ser considerado como uma resenha elogiosa, pois o autor aborda apenas aspectos positivos do livro analisado. c. Pode ser considerado um resumo, porque faz um breve resumo, em poucas linhas, do livro “O que devíamos ter feito”. d. Pode ser considerado um resumo de crítica negativa, pois o autor do texto deixa claro que há apenas aspectos negativos no livro analisado. e. Pode ser considerado como uma resenha construtiva, pois o autor aborda pontos positivos e outros negativos, com a finalidade de dizer aquilo que poderia ser melhorado. PERGUNTA 8 Considerada como gênero textual, a Resenha consiste em: a. Apenas Ajuizar uma obra. b. Apresentar uma obra sem emitir juízo crítico. c. Condenar uma obra. d. Elogiar uma obra. e. Apresentar, Descrever, Avaliar e Recomendar (ou não) uma obra. PERGUNTA 9 “Atualmente, o desemprego é uma realidade que favorece a discriminação socioeconômica, mesmo em cidades ricas do país”. Esse argumento pode ser identificado como: a. Declaração Inicial. b. Lançamento de Perguntas. c. Comparação de Ideias. d. Relação do texto com outro. e. Análise de estatísticas. PERGUNTA 10 Tomando ainda o caso do depoimento de Sebastian Erb, qual estratégia argumentativa o autor empregou para nalizar/concluir a argumentação do texto no último parágrafo? Finalizando com remissão a textos. Finalizando com a solução para um problema. Elaborando uma síntese. Recorrendo à exemplificação. Fazendo uma pergunta retórica. PERGUNTA 11 Tomando ainda o caso do depoimento de Sebastian Erb, qual estratégia argumentativa o autor empregou para desenvolver a argumentação do texto? Recorrendo à exemplificação. Levantando o problema e apresentando a solução. Indicando argumentos favoráveis x argumentos contrários. Tecendo comparações. Fazendo pergunta e apresentando a resposta. PERGUNTA 12 Um texto pode se tornar mais instigante para o leitor à medida que ele vai sendo construído pelas estratégias argumentativas estudadas na Videoaula 1 desta semana e no livro Escrever e argumentar, de Ingedore Koch e Vanda Elias. Para trabalhar com esse conhecimento aprendido, leia o depoimento de Sebastian Erb sobre a experiência dele de pedalar na cidade de São Paulo e na Alemanha. Em seguida, responda à questão: qual estratégia de argumentação Sebastian Erb empregou para iniciar seu depoimento? Na Alemanha, ciclistas não são tratados como extraterrestres Neste momento me parece claro: é loucura andar de bicicleta em São Paulo. Estou na Avenida Brasil, os carros estão me empurrando para o meio-o, um ônibus quase me toca. É perigoso. Em Berlim, onde moro, quase sempre vou aos lugares de bicicleta e, na maioria das vezes, chego mais rápido do que se fosse de transporte público, de táxi ou de carro. Tentei fazer o mesmo aqui. [...] As ciclovias têm uma desvantagem: com elas, o resto da rua parece proibido para o ciclista. No território dos automóveis, intrusos são tratados sem misericórdia. Na Alemanha, nem tudo é perfeito, mas há uma diferença importante: lá, os ciclistas não são extraterrestres, mas usuários normais das ruas. Eles têm de ser respeitados. Pode ser que aqui os ciclistas tenham direito em alguma lei – só que na rua você não vê nada disso. Ao chegar na Avenida Paulista, por um, sinto que é impossível pedalar ali. Então, vou pela ciclovia no canteiro central [...]. No coração da metrópole, apesar de ser preciso tomar cuidado com os carros que vêm das transversais, é lindo ir de bicicleta com mais segurança ao longo da avenida, admirando os arranha-céus. Para que seja assim em toda cidade, são necessárias não somente melhorias na infraestrutura, como mudanças na cultura da população. Sebastian Erb para Folha de São Paulo. Cotidiano, 28 jun. 2015. (Retirado de Elias e Koch, 2016, p. 202.) Lançando perguntas. Estabelecendo comparações. Fazendo uma declaração inicial. Estabelecendo relações entre textos. Apresentando de fatos. PERGUNTA 13 No início dos anos 2000, o computador pessoal e a internet facilitaram o compartilhamento de arquivos de texto, áudio e vídeo. Surgiam os diversos programas que permitiam não só o compartilhamento de arquivos pessoais, como também arquivos de outros autores, incluindo aí, por exemplo, músicas e filmes, até então acessíveis apenas no cinema ou nas rádios, ou pela compra de CDs e DVDs. Não demorou muito para, em alguns países, haver a abertura de processos judiciais sob a justificativa de violação dos direitos autorais. No entanto, era impossível processar todos os já milhares de internautas ao redor do mundo que compartilhavam arquivos protegidos por direitos autorais. Apenas algumas pessoas foram processadas. Instalou-se então um debate sobre até que ponto isso era justo, uma vez que a prática já tinha se tornado comum na sociedade conectada. Um exemplo de como esse debate ocorreu pode ser encontrado no artigo Truculência na internet publicado por Marcelo Leite, na Folha de São Paulo, em 2003. Abaixo você encontra três trechos adaptados desse artigo. Leia-os e analise-os tentando identificar a estratégia argumentativa de cada um. Em seguida, reconstrua o artigo colocando os trechos numa progressão argumentativa coerente em que seja possível reconhecer introdução, desenvolvimento e conclusão/finalização. 1 Soa no mínimo arbitrário escolher a esmo 43 meias dúzias de indivíduos entre os que usam os recursos KaZaA, iMesh, Blubster, Grokster e Gnutella. Não seriam eles bodes expiatórios, escolhidos para dar um exemplo para lá de duvidoso? Sim, porque, primeiramente, de um ponto de vista mais probabilísticos, não parece que vá ter muita eficácia. As chances de ser pego e processado ainda são minúsculas (da ordem de uma em 1 milhão, se processado ainda são minúsculas (da ordem de uma em 1 milhão, se houvesse pelo menos 261 milhões de internautas baixando músicas da rede). Só nos EUA estima-se em 60 milhões o total de “criminosos”. Seria preciso entupir a Justiça com outros milhares de processos antes que a garotada hormonalmente inclinada à contestação de fato se intimidasse. E sim também porque isso equivale a cutucar a onça com vara curta. A medida tornará os produtores e fabricantes de discos ainda mais impopulares do que já são entre jovens, seus futuros e atuais consumidores.Se você duvida e tem uma adolescente conectada por perto, pergunte a ela o que pensa do preço dos CDs. 2 Está mais do que na hora de os gênios do marketing queimarem seus miolos, tão criativos, para inventar uma forma de ganhar dinheiro com as novas redes – como elas são. Não vão conseguir enfiá-las no figurino acanhado do mercado nutrido com bolachas negras de vinil. 3 A indústria fonográfica norte-americana – ou seja, mundial – deu um passo radical há duas semanas, quando iniciou 261 processos judiciais contra pessoas que baixaram da internet canções protegidas por direitos autorais. Pode ser um passo rumo ao abismo. Ordem correta: 3 – 1 – 2. Sendo que: 3 – Faz uma declaração inicial e apresenta um fato; 1 – Faz uma pergunta e apresenta uma resposta; 2 – Finaliza com uma conclusão. Ordem correta: 3 – 1 – 2. Sendo que: 3 – Faz uma pergunta e apresenta uma resposta; 1 – Faz uma declaração inicial e apresenta um fato; 2 – Finaliza com uma conclusão. Ordem correta: 2 – 3 – 1. Sendo que: 2 – Faz uma pergunta e apresenta uma resposta; 3 – Faz uma declaração inicial e apresenta um fato; 1 – Finaliza com uma conclusão. Ordem correta: 1 – 2 – 3. Sendo que: 1 – Faz uma declaração inicial e apresenta um fato; 2 – Faz uma declaração inicial e apresenta um fato; 3 – Faz uma pergunta e apresenta uma resposta. Ordem correta: 3 – 2 – 1. Sendo que: 3 – Faz uma declaração inicial e apresenta um fato; 2 - Faz uma declaração inicial e apresenta um fato; 1 – Finaliza com uma conclusão. PERGUNTA 14 Abaixo você encontra trechos retirados de diferentes partes da resenha científica escrita por Acir Karwoski sobre o livro Letramentos múltiplos, escola e inclusão social, de Roxane Rojo. Ilustre as diferentes partes de uma resenha científica (Apresentação, Descrição, Avaliação e Recomendação) associando o nome da parte a um dos trechos abaixo retirados da resenha de Karwoski. Depois, se desejar, você pode fazer a leitura completa da resenha clicando no link que vai junto à referência da resenha abaixo do trecho 4. 1 O mais novo livro da professora e pesquisadora Roxane Rojo intitula-se Letramentos múltiplos, escola e inclusão social e apresenta questionamentos interessantes acerca da importância da educação linguística (leitura e escrita) alicerçada em princípios éticos, críticos e democráticos. O livro pertence à coleção Estratégias de Ensino da Parábola Editorial, uma editora que vem se dedicando à publicação de obras na área de Letras, Educação e áreas afins. Roxane Rojo é doutora em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e professora no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade de Campinas (UNICAMP). Tem vasta experiência em estudos da linguagem e ensino de língua portuguesa baseados na teoria dos gêneros discursivos. 2 Esta obra traz, mesmo que de forma ainda incipiente, relevantes contribuições aos estudos de letramentos múltiplos, gêneros textuais e ensino de língua portuguesa. A comunidade de estudiosos de linguagem e educação espera que Roxane Rojo continue suas reflexões acerca do assunto, amplie as discussões acerca dos gêneros multimodais, anunciados timidamente nesta obra. [...] 3 O primeiro capítulo intitula-se "O insucesso escolar no Brasil do século XX - um processo de exclusão social", e situa o leitor na temática do insucesso escolar provocado pela escola nos meios populares: reprovações, analfabetismo, evasão e outros assuntos explorados pelos estudos iniciais acerca de letramento no Brasil no século XX. A autora cita Bernard Lahire, um importante sociólogo da educação francês, e os resultados interessantes de suas pesquisas em letramento e sucesso escolar em meio às comunidades que tinham tudo para dar em fracasso escolar. Apresenta tabelas e gráficos do IBGE acerca dos pers e desempenhos da população brasileira na escola. E conclui o capítulo com uma constatação muito séria: "temos pelo menos metade da população ainda muito longe da realidade de uma escolaridade de longa duração, que possa ser tomada como uma experiência significativa e rica, ao invés de um percurso de fracasso e de exclusão." (p. 23) O capítulo seguinte intitula-se "Letramento escolar, resultados e problemas - o insucesso escolar no Brasil do século XXI" e apresenta resultados de estatísticas acerca das capacidades de leitura e escrita dos alunos envolvidos em exames nacionais e internacionais (ENEM, SAEB, PISA) bem como discute brevemente os sintomas do insucesso dos alunos nas avaliações. E conclui o capítulo questionando criticamente o leitor: "Para além da nossa experiência cotidiana das salas de aula e da impressão de desinteresse, desânimo e resistência dos alunos das camadas populares em relação a propostas de ensino e letramento oferecidas pelas práticas escolares, resultados concretos e mensuráveis como esses configuram um quadro de ineficácia das práticas didáticas que nos leva a perguntar: como alunos de relativamente longa duração de escolaridade puderam desenvolver capacidades leitoras tão limitadas? [...]" (p.35) 4 A obra destina-se a professores da Educação Básica, estudantes de Letras, Pedagogia e áreas afins bem como a pesquisadores de linguagem e educação. [...] KARWOSKI, Acir. Resenha de Letramentos múltiplos, escola e inclusão social, DELTA, v. 26, n. 1, p. 199-203, 2010. Disponível em: <https://bit.ly/3qAkkbY>. 1 – Recomendação; 2 – Avaliação; 3 – Descrição; 4 – Apresentação. 1 – Avaliação; 2 – Descrição; 3 – Apresentação; 4 – Recomendação. 1 – Apresentação; 2 – Avaliação; 3 – Descrição; 4 – Recomendação. 1 – Apresentação; 2 – Descrição; 3 – Recomendação; 4 – Avaliação. 1 – Avaliação; 2 – Apresentação; 3 – Descrição; 4 – Recomendação. PERGUNTA 15 Para que um texto seja bem escrito, é necessário que haja um planejamento de sua estrutura, ou seja, é preciso que saiba de onde vai partir e aonde quer chegar com sua escrita, tudo isso levando em consideração o seu leitor. Por isso, é importante: I - Delimitar o tema que será abordado. II - Delimitar o objetivo, ou seja, estipular qual é a finalidade da produção textual. III - Delimitar o gênero, ou seja, qual o gênero adequado para o objetivo do texto. IV - Delimitar o tempo de escrita, colocando um tempo para que esteja finalizada. V - Buscar fragilidades no leitor, criando uma estratégia de enaltecimento do autor. São corretas as proposições: a. I, II e V, apenas b. I, II e III, apenas c. I, III e V, apenas d. I, II, III e IV, apenas e. I, II, III e V, apenas PERGUNTA 16 Houve uma época em que se dizia que a resenha era o resumo do resumo, o que não é verdade. A fim de esclarecer, a resenha crítica é um texto expositivo argumentativo. Ela se divide em três tipos: a elogiosa, a negativa e também a construtiva. Quanto às suas características: I. A elogiosa não tece apenas comentários positivos. II. A negativa foca apenas nos pontos que deixam a desejar III. A construtiva é semelhante aos recados de um professor de redação, primeiro sobre os pontos negativos, logo depois sobre o que pode melhorar E correto o que se afirma em. a. II, apenas. b. III, apenas. c. I e II apenas. d. I e III, apenas. e. II e III, apenas. PERGUNTA 17 Para Koch e Elias (2016), há estratégias de produção textual argumentativa que contribuem para convencer um leitor, para indicar se aquele argumento está tomando um sentido coerente de posicionamento, se é positivo ou negativo. Os argumentos favoráveis ou contrários são possíveis por conta de uma ordem da estrutura do texto argumentativo, que é poder avaliar aquilo que está sendo discutido. KOCH I V ELIAS, V. M. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2016 Sendo assim, observe os excertos a seguir, os quais dissertam sobre a obrigatoriedade do voto. Excerto 1 - Para muitos doutrinadores, o ato de votar constitui um dever, e não um mero direito. A essência desse dever está na ideia da responsabilidadeque cada cidadão tem para com a coletividade ao escolher seus mandatários Excerto 2 - Os que não concordam com o voto obrigatório acreditam de que não temos uma sociedade com maturidade política suficiente para praticar a democracia como a maioria dos países do Primeiro Mundo Excerto 3 - Os argumentos que determinaram a obrigatoriedade do voto no Brasil merecem uma reavaliação, pois essa exigência já existia no Código Eleitoral de 1932, ou seja, há mais de meio século, quando as condições econômicas e políticas do país eram bastante diferentes SOARES P 11. Textos para discussão. Brasília 2004 Acesso em 16 set 2022. Avalie os excertos acima, de acordo com a estratégia argumentativa, e assinale a alternativa correta. Os três expertos podem ser considerados como argumentações contrárias ao voto obrigatório. O excerto 1 é um argumento a favor do voto obrigatório, mas os excertos 2 e 3 são contrários. Os três excertos podem ser considerados como argumentações a favor do voto obrigatório. O excerto 1 é um argumento a favor do voto obrigatório o excerto 2 é argumento contrato ao voto obrigatório e o excerto 3 é a conclusão. O excerto 1 é um argumento a favor do voto obrigatório o excerto 3 é argumento contrato ao voto obrigatório e o excerto 2 é a conclusão. PERGUNTA 18 A produção de um texto não é algo rápido, embora haja um mito de que, para se escrever um texto, basta apenas “sentar e escrever”. O ato de escrever envolve, também, planejamento, o que implica fazer e refazer diversas vezes até que se alcance o objetivo. É por isso que a introdução é o __________ de ____________________________________. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas no trecho acima. a. Trecho; concluir o texto de forma inicial, o que pode ser usado como estratégia para uma conclusão mais assertiva no final. b. Momento; prender a atenção do leitor, fazendo com que ele tenha vontade ou curiosidade de prosseguir na leitura em busca de mais informações. c. Trecho; leveza, em que preparamos a leitura, porém sem muita pretensão, já que tudo que é mais importante estará no desenvolvimento do texto. d. Momento; demonstrar argumentos fortes e impactantes, a fim de esclarecer do que se trata o texto. e. Trecho; demonstrar o conhecimento sofisticado do autor do texto, a fim de que, desde o início, o leitor se prepare para acompanhar a visão de mundo do autor. PERGUNTA 19 Leia o trecho a seguir, o qual está relacionado ao livro “O que devíamos ter feito”, de Whisner Fraga, lançado pela Editora Patuá, em 2020.“Todo livro provoca reflexões. E tanto melhor a obra quando nos provoca reflexões críticas como as acima enunciadas, porque aquela ponte da qual falamos acima parece se alargar a unir autor, personagens e leitores no que diz respeito a esta nossa tão sofrida condição humana. “O que devíamos ter feito”- contos, do escritor e crítico literário Whisner Fraga, é livro que se enquadra precisamente nisto. [...] De fato, Whisner Fraga lança mão de um potente arsenal metafórico. Um “caleidoscópio de sutilezas estilísticas, em que muitas vezes prescinde da linearidade ou da coerência das histórias (pois onde há caos não há estabilidade formal, mas ruptura), e toma as rédeas uma entidade que subverte toda a ordem estabelecida e anacrônica, que é a primazia de uma linguagem peculiaríssima e sofisticada.” FRAGA, W. O que devíamos ter feito. São Paulo: Patuá, 2020. De acordo com o seu conhecimento acerca de resumos e resenhas, assinale a alternativa que classifica corretamente o excerto acima. a. Pode ser considerado resenha crítica resumida, porque a extensão curta do texto não permite que classifiquemos inteiramente como resenha. b. Pode ser considerado um resumo de crítica negativa, pois o autor do texto deixa claro que há apenas aspectos negativos no livro analisado. c. Pode ser considerado como uma resenha construtiva, pois o autor aborda pontos positivos e outros negativos, com a finalidade de dizer aquilo que poderia ser melhorado. d. Pode ser considerado um resumo, porque faz um breve resumo, em poucas linhas, do livro “O que devíamos ter feito”. e. Pode ser considerado como uma resenha elogiosa, pois o autor aborda apenas aspectos positivos do livro analisado. PERGUNTA 20 "Uma das contribuições do livro está em exemplificar casos em que o uso da Internet auxiliou consideravelmente tanto na aprendizagem de alunos de diferentes níveis escolares, como no ensino pelo professor. Um segundo ponto positivo está na ênfase à inclusão digital na escola, como forma de inclusão social, []. Uma terceira contribuição do livro reside na importância atribuída a se considerarem as variações linguísticas como formas de interação [...]. SANTOS, R. L. dos. Linguagem e Ensino, Pelotas, v. 11, n. 1, p. 237-261, jan/jun 2008 Com base no exemplo dado e os fundamentos teóricos nele pressupostos, identifique se são Verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmativas a seguir I. ( ) Por apresentar uma estrutura curta, no qual não traz referência a nenhum tópico estrutural da resenha, o trecho acima é um exemplo de resumo II. ( ) As orações destacadas no trecho acima fazem parte da estrutura retórica básica de uma resenha, mais especificamente, a de avaliar III. ( ) Apresentar, descrever, avaliar e recomendar ou não a leitura da obra são os quatro momentos da estrutura básica da resenha Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA a. F-F-V b. V-V-F c. V-V-V d. F-V-V e. V-F-V
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