Buscar

609775

Prévia do material em texto

História
Ensino Fundamental: Anos Finais
Nivelamento – Resistências à escravidão
8o
1o bimestre – Aula 03
ANO
2024_AF_B1_V1
(EF07HI19*) Analisar as condições das pessoas escravizadas e identificar as formas de resistência à escravidão na América Portuguesa. 
Formas de resistência à escravidão.
Analisar as formas de resistência dos africanos e afrodescendentes;
Compreender o sentido da liberdade para os escravizados no mundo colonial.
Conteúdo
Objetivos
2024_AF_B1_V1
A partir de seus conhecimentos prévios, levante a mão se quiser responder ao questionamento abaixo:
O que você sabe sobre as formas de resistência à escravidão nas colônias europeias na América por parte dos escravizados de origem africana?
Todas as mãos
Para começar
2024_AF_B1_V1
Desde a chegada dos africanos à América portuguesa, houve resistência contra sua escravização. Fugas e rebeliões eram comuns e os responsáveis por esses atos eram castigados com torturas físicas. Quando havia fugas, os capitães-do-mato eram encarregados de buscar, aprisionar e trazer de volta os fugitivos. Havia também os feitores, uma espécie de administrador da escravaria, que controlavam os trabalhos, a obediência e os castigos dos escravizados. 
A resistência à escravidão
Representação de um capitão-do-mato trazendo um escravizado africano que havia fugido da fazenda em que trabalhava, de Johann Moritz Rugendas, 1823.
Foco no conteúdo
2024_AF_B1_V1
Fuga para quilombos: os escravizados que conseguiam fugir das fazendas iam, na maioria das vezes, para quilombos (povoados nos quais se estabeleciam aqueles que fugiam da escravidão).
Revoltas de escravizados: os escravizados se organizavam e promoviam revoltas contra as condições nas quais se encontravam, ou com a intenção de alcançar sua liberdade. 
Algumas formas de resistência à escravidão durante a colônia 
Mapa histórico da Capitania de Pernambuco com uma representação do Quilombo dos Palmares, desenvolvida a partir dos registros de Frans Post, 1647.
Foco no conteúdo
2024_AF_B1_V1
As fugas e rebeliões foram menores em comparação à resistência dos que não se rebelaram. A historiografia sobre a escravidão africana discute o conceito de "negociação" como uma forma de resistência, pois sobreviver à escravidão era o maior desafio dos escravizados. É importante ressaltar que os escravizados, durante o período colonial, não podiam combater a instituição da escravidão desejando simplesmente que ela deixasse de existir. A luta pela abolição da escravidão é algo que só passou a ser uma possibilidade no final do século XVIII e, no Brasil, ao longo do século XIX. Existiram diferenças entre a escravidão do período colonial e da escravidão durante o Império no Brasil.
Negociações
Foco no conteúdo
2024_AF_B1_V1
Existiam vários motivos para que os senhores libertassem seus escravizados durante o período colonial e o Império no Brasil. A possibilidade de ganhar a alforria do seu senhor por lealdade e bons serviços prestados levava muitos escravizados à obediência. Alguns deles, ao obterem sua liberdade, eram promovidos à função de trabalhadores assalariados, como feitores, capitães do mato, mestres de ofícios e algumas funções especializadas na fabricação de açúcar, pecuária, mineração etc. Os capitães-do-mato, por exemplo, para permanecerem livres, necessitavam atuar na captura daqueles que resistiam à escravidão fugindo das fazendas.
Os libertos
Foco no conteúdo
2024_AF_B1_V1
Os quilombos foram parte da sociedade colonial e imperial e chegavam até mesmo a fornecer alimentos para as vilas e cidades do entorno. É como se fossem uma espécie de efeito colateral necessário da escravidão, segundo a visão dos senhores na época. 
A história do Quilombo dos Palmares é lembrada como um exemplo de resistência à escravidão. O quilombo foi invadido diversas vezes e, em sua última invasão, foi aniquilado a ponto de não haver mais resistência militar.
O Quilombo dos Palmares
Continua...
Foco no conteúdo
2024_AF_B1_V1
Seu último líder ficou conhecido como Zumbi. Durante esse conflito, ele inicialmente conseguiu fugir, mas foi capturado e morto em um ataque liderado pelo bandeirante e militar português Domingos Jorge Velho, no dia 20 de novembro de 1695. Desde 2003, esse dia é celebrado oficialmente como o Dia da Consciência Negra, que se tornou feriado estadual em São Paulo a partir de setembro de 2023.
Representação de Zumbi dos Palmares, de Antônio Parreiras, 1927.
Foco no conteúdo
2024_AF_B1_V1
Fugas aconteciam e os responsáveis por esses atos costumavam ser castigados com torturas físicas.
Por vezes, os escravizados resistiam à situação de escravidão se organizando e promovendo revoltas contra a condição na qual se encontravam, ou com a intenção de alcançar sua liberdade.
O Quilombo dos Palmares foi invadido diversas vezes e, em sua última invasão, foi aniquilado a ponto de não haver mais resistência militar.
Durante a época da colônia no Brasil, todos os escravizados aceitavam passivamente sua condição, não promovendo nenhum tipo de resistência.
Mostre-me
Considere as afirmativas abaixo sobre os atos de opressão e resistência à escravidão:
X
2024_AF_B1_V1
Na prática
I e II.
II e III.
I, II e III.
I, II, III e IV.
Mostre-me
X
Considerando as afirmações anteriores, mostre-me qual dessas alternativas está correta:
2024_AF_B1_V1
Na prática
Resposta esperada: alternativa C.
Fugas e rebeliões eram estratégias adotadas pelos escravizados para manifestarem sua resistência à escravidão e, quando capturados, muitas vezes esses escravizados enfrentavam punições severas, incluindo torturas físicas. O Quilombo dos Palmares, resistiu a várias invasões, mas, durante a última invasão, foi aniquilado, levando ao fim da resistência militar na região.
Correção
Mostre-me
X
2024_AF_B1_V1
Na prática
“Conseguir autorização para morar fora da casa do seu senhor, portanto, era algo que os escravos valorizavam – era um passo, pelo menos simbólico, no sentido da liberdade. E [...] as alternativas viáveis de moradia na corte no período eram cada vez mais os cortiços e as casas de cômodos. Sair da casa do senhor, ou do ex-senhor, era um desejo que talvez não tivesse muito a ver com a expectativa de melhores condições materiais de vida. Os cativos continuavam a ter de pagar os jornais*, e havia agora a despesa do aluguel e da alimentação(...)”
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo, SP: Editora Nova Companhia das Letras, 1990, p. 239.
Puxe mais
Vamos analisar o trecho de um texto historiográfico sobre o assunto estudado!
2024_AF_B1_V1
Aplicando
Após ter analisado o texto junto com seu professor, e lembrando do que aprendemos na aula de hoje, responda: 
Qual a relação entre o trecho "autorização para morar fora da casa do seu senhor" e o processo de resistência à escravidão? Explique.
Puxe mais
*“Jornais" eram os valores pagos pelos "escravos de ganho” aos senhores.
Os “escravos de ganho” vendiam produtos ou realizavam pequenos ofícios nas cidades. Ficavam com uma parcela pequena do pagamento para conseguirem se sustentar, pois, muitas vezes, moravam fora das casas dos senhores.
2024_AF_B1_V1
Aplicando
Qual a relação entre o trecho "autorização para morar fora da casa do seu senhor" e o processo de resistência à escravidão? Explique.
Puxe mais
Correção
Resposta esperada: o trecho destaca a importância da autorização para os escravizados morarem fora da casa do senhor como um passo simbólico em direção à liberdade. Essa permissão representava uma forma de autonomia limitada, e desafiava o controle do senhor sobre a vida cotidiana do escravizado. Os “escravos de ganho” poderiam até conseguir comprar sua liberdade ao longo de sua vida, no entanto, os "jornais" que tinham que pagar aos seus senhores eram altos e não lhes sobravam muitos recursos. 
2024_AF_B1_V1
Aplicando
Analisamos como se deram as formas de resistência à escravização durante o Brasil colonial e as contradições inerentes a esse processo. 
2024_AF_B1_V1
O queaprendemos hoje?
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na corte. São Paulo, SP: Editora Nova Companhia das Letras, 1990.
LEMOV, D. Aula nota 10 2.0: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2018.
REIS, J. J.; SILVA, E. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das letras, 2009.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental. São Paulo, 2019.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação. Coordenadoria Pedagógica – COPED. São Paulo, 2023.
2024_AF_B1_V1
Referências
Slide 4: Wikimedia Commons. Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/23/Capitao-mato.jpg. Acesso em: 22 nov. 2023.
Slide 5: Wikimedia Commons. Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Mapa_da_Capitania_de_Pernambuco%2C_com_representa%C3%A7%C3%A3o_do_Quilombo_dos_Palmares_%281647%29.jpg/1280px-Mapa_da_Capitania_de_Pernambuco%2C_com_representa%C3%A7%C3%A3o_do_Quilombo_dos_Palmares_%281647%29.jpg. Acesso em: 22 nov. 2023.
Slide 8: Wikimedia Commons. Disponível em:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0b/Ant%C3%B4nio_Parreiras_-_Zumbi_2.jpg. Acesso em: 22 nov. 2023.
2024_AF_B1_V1
Referências
2024_AF_B1_V1
 
 
.MsftOfcResponsive_Fill_000000 {
 fill:#000000; 
}

Continue navegando