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Patologia geral

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Patologia é o estudo da doença. Doença é a alteração da forma e de função de uma célula, órgão, de um sistema, de um individuo, de uma população e de uma sociedade. Saúde é descrita como, o bem-estar físico, mental e social do indivíduo.
A patologia é uma investigação, ela descobre a causa da morte do animal, alterações relacionadas a níveis celular, tecidual e orgânico. Ela é dividida em três tipos, patologia geral, patologia especial ou sistêmica e patologia clínica.
Morte
O animal estará morto quando houver: Perda de consciência;
Apneia;
Parada cardíaca;
Perda de ação reflexa ao estímulo; Perda de função cerebral.
Necrópsia/Autópsia são investigações feitas após a morte, pois os órgãos nos diz muito sobre a morte do animal, porém, algumas alterações são cadavéricas, ou seja, são normais de ocorrer assim que o animal morre.
Alteração Cadavéricas
Estudar as alterações cadavéricas é importante para saber interpretar corretamente a presença ou ausência de lesões produzidas em vida. Verificar se houve manipulação do cadáver, saber estimar o tempo da morte (horas, dias) conhecida como, cronotanatognose, tempo decorrido entre a morte e o encontro do cadáver.
Essas alterações acontecem logo após a morte do animal, no cadáver, elas são inevitáveis, irreversíveis e progressivas, podendo acontecer de forma rápida ou tardia (horas). Tais alterações podem ser bioquímicas, estruturais e morfológicas.
A necessidade de se estimar o tempo da morte serve para excluir suspeitos do crime, saber se houve negligência e/ou abuso antes do animal morrer.
Porém existe fatores que podem acabar dificultando ou ajudando nessa análise, como:
Geral
· A temperatura
· O tamanho do animal
· Estado nutricional
· Cobertura corporal (lã ou penas)
· Causa mortis.
Desse modo, as alterações cadavéricas acabam se dividindo:
Transformativas destrutivas
Autólise: a enzima do próprio corpo do animal destrói suas próprias células.
Putrefação: decomposição da matéria orgânica, em especial as proteínas, produzindo odor desagradável, onde na maioria das vezes são oriundos do próprio trato gastrointestinal do animal.
Na fase de putrefação, começa acontecer vários fenômenos:
· Período de coloração
· Período gasoso
· Período Liquefativo/qualitativo: derretimento
· Período de esqueletização.
Na progressão da putrefação ocorre, o desaparecimento do rigor mortis, embebição hemolítica e biliar, eliminação do sangue pelas cavidades naturais devido a hemólise, maceração das mucosas, amolecimento das polpas, timpanismo cadavérico, odor ofensivo (cadaverina).
Na primeira fase da decomposição acontece o resfriamento, livores(manchas) e o rigor mortis.
Na segunda fase ocorre a fermentação e abaulamento do cadáver.
Na terceira fase ocorre a dissolução pútrida.
Peseudomelanose: são manchas amarronzadas ou negras em superfícies serosas e nas cápsulas dos órgãos, decomposição do sangue por ação de bactérias.
Maceração: fragmentação tecidual e desprendimento da mucosa.
Coliquação/liquefação: perda progressiva do aspecto estrutural dos órgãos.
Esqueletização: desintegração/dissolução dos tecidos moles, ou seja, os ossos começam a ficar evidentes.
Abióticos mediatos
Livor mortis: hipóstase cadavérica, mancha cadavérica, lividez cadavérica. São manchas róseas, ou violetas que aparecem em partes do corpo que estavam em contato com a superfície. Os rins, pulmões, podem indicar qual parte estava mais inferior no cadáver. Após a parada da circulação o sangue não coagulado por meio da gravidade, irá se direcionar para as partes mais baixas do cadáver o que formará as manchas, ela iniciará cerca de 2-4h após a morte.
Algor Mortis: arrefecimento cadavérico, frialdade cadavérica, frigor mortis. Ocorre o esfriamento do cadáver por conta da interrupção das atividades metabólicas e do esgotamento das fontes energéticas. A velocidade é de aproximadamente 1°C/hora até atingir a temperatura ambiente, iniciando-se imediatamente após a morte.
Rigor mortis: rigidez cadavérica. Após um estágio inicial de relaxamento muscular, ocorre um estado de rigidez muscular sendo impossível realizar movimentos passíveis as articulações com duração de 12-24h. Por ser um músculo com atividade interrupta, o coração é o primeiro a entrar em rigor. Ele se inicia cerca de 2-4h após a morte e depende do estado nutricional e da causa mortis. Isso ocorre devido ao consumo gradativo de ATP pela fibra muscular e aumenta o ácido lático levando a sua contração.
Trombo: Inelástico, friável, opaco, aderido, forma e tamanhos variáveis, formados ante-mortem, aspecto seco, sem brilho.
Coágulo: elástico, liso, brilhante, são soltos, formas do vaso, formados pós-mortem, aspecto gelatinoso.
· Coágulo cruóricos (vermelhos): possuem mais hemácia e menos plaqueta.
· Coágulos lardáceos (amarelos): vai ter mais plaquetas e menos hemácias, frequente em animais anêmicos).
· Coágulos mistos
Equimose: presença de coágulo, infiltração hemorrágica, qualquer parte do corpo
Manobra de Virchow: a vesícula biliar é apertada para verificar se o liquido cai no duodeno ou se está rompido.
Embebição por hemoglobina: ocorre hemólise dos coágulos e autólise da parede dos vasos. Surge manchas avermelhadas em superfícies serosas como, omento, mesentério, endocárdio e vasos.
Embebição biliar: vesícula rompida, manchas amarelo-esverdeadas, em órgãos como fígado e estômago.
Intussuscepção: o intestino vai entrar um dentro do outro.
Timpanismo é uma distensão abdominal causada por gás no rúmen, porém existe duas classificações:
· Timpanismo (meteorismo): pós-morte, possui ausência de alterações circulatórias nas paredes do esôfago.
· Timpanismo (meteorismo): ante-morte, possui hiperemia e hemorragia na parede do esôfago.
Além dessas alterações cadavéricas, ocorrem outras como, por exemplo:
· Deslocamento, torção e ruptura de vísceras;
· Ruptura pós-mortal do estômago;
Células
Agressão/estresse: vai acontecer um aumento na demanda funcional, e se adaptando a lesão, e a célula voltando ao normal. Pode também do aumento da demanda funcional ter uma lesão reversivel, se adaptando e ficando com sequelas (reversível) ou viar uma lesão irreversível ocasionando a necrose, não se regenerando.
Mecanismo de agressão celular
· Baixa glicose, diminui a produção de energia (ATP).
· Dano mitocondrial, comprometimento da membrana celular,e com a barreira danificada pode ter perda de integridade ou perda de função, resultando em uma apoptose ou necrose.
· Alterações genômicas.
Hipoglicemia (baixa glicose), hipóxia (diminuição de O2), inibição enzimática e deslocamento da fosforilação oxidativa podem ser causas da diminuição da produção de ATP. Esses problemas podem causar consequências, como falha na bomba de Na/K, por haver acumulo intracelular de água e eletrólitos, e desvio para o metabolismo anaeróbio, por acidose celular
Comprometimento da Membrana Celular
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