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SOBRE LA LITERATURA EN LA 
GRAMÁTICA CASTELLANA 
DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRÍQUEZ UREÑA 
ELENA B A R R O S O V ILLAR 
Universidad de Sevilla 
R E S U M E N 
La enseñanza de la lengua tiene que asentarse en la lectura y expl icación 
de textos. Este es u n o de los postulados fundamentales que art iculan el plante-
amiento docente de la Gramática castellana de A m a d o Alonso y Pedro 
Henríquez Ureña, junto a otros de n o menor importancia. Entre ellos destaca el 
decantarse por posiciones entonces modernas de la lingüística, conjugadas con 
la tradicional concepción normativa de la gramática y del habla literaria c o m o 
mode lo , por su corrección intrínseca, al que el lenguaje oral debe adecuarse. 
Este trabajo ref lexiona sobre la vigencia o caducidad de dicha Gramática 
castellana en lo que afecta a algunas cuestiones vinculadas a ese instrumenta-
lizar la literatura. Considera también la coherencia o inconex ión que ellos i m p l i -
can con el enfoque estilístico de lo l iterario, en el que las lúcidas aportaciones 
de Amado Alonso dejaron huella tan indeleble. 
P A L A B R A S CLAVE 
A. Alonso y P. Henríquez: Gramática castellana. Gramática y literatura. 
Norma, corrección y literatura. Literatura instrumental . Prosa, poesía. Literatura 
y moral . Narración, descripción. Escritura y sencillez. 
A B S T R A C T 
Languaje teaching must be based o n reading and text commentary. This is 
one, among others equal ly important , o f the basic ideas under ly ing the posi t ion 
CAUCE. Revista de Eilologia y su Didactica, n.° 18-19. 1995-96 / pdgs. 195-213 
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ELENA BARROSO VILLAR 
of A m a d o Alonso and Pedro Henríquez Ureña's Gramática castellana. Another 
one of particular importance is a tendency towards l inguistic v iews very m o d e r n 
at their t ime, c o m b i n e d w i t h the tradit ional normat ive concept ion of Grammar 
and w i t h literary language as a mode l , due to its intrinsic correct ion, to w h i c h 
oral language should adequate. 
This paper discusses the present day value of the Gramática castellana, 
considering issues l inked to the instrumental izat ion of l iterature. It also consi-
ders the coherence or lack o f connect ion w i t h their stylistic v i e w o f l i terature, 
in w h i c h Amado Alonso's insightful f indings left such a permanent mark. 
K E Y W O R D S 
A. Alonso and P. Henríquez: Gramática castellana. Grammar and l i teratu-
re. N o r m , correct ion and literature. Instrumental l iterature. Prose, poetry. 
Literature and morals. Narration, descript ion. Wri t ing and simplici ty. 
RÉSUMÉ 
L'enseignement de la langue doit se baser sur la lecture et sur l 'expl icat ion 
de textes. Celui-ci est l 'un des postulats essentiels q u i articulent l 'approche 
enseignante de la Gramática castellana de A m a d o Alonso et Pedro Henríquez 
Ureña, à côté d'autres d'une importance n o n moindre . Parmi eux, i l faut sou-
l igner leur penchant pour des posit ions, modernes à l 'époque, de la l inguist i -
que, unies à la concept ion normat ive tradit ionelle de la grammaire et de la lan-
gue littéraire comme modèle , par sa correct ion intr insèque, à laquelle le lan-
gage oral doit s'adapter. 
Cette étude réfléchit sur la val idité ou la caducité de la dite Gramática cas-
tellana en rapport avec quelques sujets liés à cette instrumentat ion de la l i t té-
rature. I l contemple aussi la cohérence o u le manque de l ien qu ' eux imp l iquent 
sur l 'approche stylistique d u littéraire, où les lucides apportat ions d 'Amado 
Alonso ont laissé une trace indélébi le. 
MOTS-CLÉ 
A. Alonso et P. Henríquez: Gramática castellana. Grammaire et l ittérature. 
Norme, correct ion et l ittérature. Littérature instrumentale. Prose, poésie. 
Littérature et morale. Narrat ion, descript ion. Écriture et simplici té. 
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SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO 
E n 1 9 3 8 A m a d o A l o n s o y P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a p u b l i c a n c o n j u n -
t a m e n t e la Gramática castellana. Primer curso. U n a ñ o d e s p u é s v e la l u z 
la Gramática castellana. Segundo curso. 
L a s d o s s e a d a p t a n a l o s p r o g r a m a s d e e n s e ñ a n z a s e c u n d a r i a p o r 
e n t o n c e s v i g e n t e s e n A r g e n t i n a , p a r a e s t u d i a n t e s d e d o c e a c a t o r c e a ñ o s 
y d e c a t o r c e a d i e c i s é i s r e s p e c t i v a m e n t e . C o n e l p a s o d e l t i e m p o s i g u e 
r e c o n o c i é n d o s e , c o m o e n s u d í a , la i m p o r t a n c i a d e e s e m a n u a l , r e s p a l -
d a d a p o r s u s n u m e r o s a s e d i c i o n e s . Y e s q u e e n m u c h o s a s u n t o s a b a n -
d o n a , p o r o b s o l e t o s , p l a n t e a m i e n t o s t r a d i c i o n a l e s , y d a p a s o a o t r o s n u e -
v o s , a c o r d e s c o n l a s c o n c e p c i o n e s l i n g ü í s t i c a s c o e t á n e a s , d e e n f o q u e 
f u n c i o n a l . A n d r é s B e l l o l e s h a b í a a b i e r t o e l c a m i n o . Y e l l o s n o d u d a n e n 
d e m o s t r a r e l f e r v o r q u e l e s i n s p i r a la g r a m á t i c a d e é s t e , c u y a s p a u t a s 
s i g u e n m u y a m e n u d o , p o r q u e e n é l v e n el más genial de los gramáti-
cos en lengua española y uno de los más perspicaces y certeros del mundo 
( 1 9 6 7 , I, 7 ) . E s a a p u e s t a p o r l a s n u e v a s o r i e n t a c i o n e s g r a m a t i c a l e s t i e n e 
q u e v e r c o n l a p o s i c i ó n a v a n z a d a d e A m a d o A l o n s o t a n t o e n e l c a m p o 
d e la l i n g ü í s t i c a c o m o e n e l d e la t e o r í a y l a c r í t i c a l i t e r a r i a s . E n l o q u e 
s e r e f i e r e a e s t a s d o s ú l t i m a s , r e c o r d e m o s q u e a c e i t ó a s o s l a y a r l a s d i f i -
c u l t a d e s d e la c r í t i c a i d e a l i s t a , a n t i c i p á n d o s e a v e c e s a l a e s t r u c t u r a l e 
i n c l u s o a l a m o d e r n a s e m i ó t i c a , c o m o b i e n s e ñ a l a A . Y l l e r a ( 1 9 7 9 ) . Y 
q u e c o i n c i d i ó c o n l o s f o r m a l i s t a s r u s o s e n p l a n t e a r e l e s t u d i o d e l a o b r a 
l i t e r a r i a c o m o a r t e f a c t o v e r b a l y c o m o e n t i d a d a r t í s t i c a , r e c a b a n d o e l 
r i g o r c i e n t í f i c o i m p r e s c i n d i b l e e n l o s e s t u d i o s l i t e r a r i o s . 
Al r e d a c t a r la Gramática castellana, a A m a d o A l o n s o y a P e d r o 
H e n r í q u e z U r e ñ a l e s m u e v e u n a f á n d o b l e : e l d e e s e m i s m o r i g o r c i e n -
t í f i co y e l d e l p e d a g ó g i c o . P o r e s o p r e c i s a n que solamente dan cabida 
aquí a los resultados de la Lingüística moderna cuando puedan tenerse 
como seguros y sean fáciles de exponer, y especialmente a los que coinci-
den, por lo menos en su orientación, con los que obtuvo hace un siglo 
Andrés Bello ( 1 9 6 7 , I, 7 ) , q u i e n a n t i c i p ó i m p o r t a n t e s a p o r t a c i o n e s d e la 
i n v e s t i g a c i ó n l i n g ü í s t i c a p o s t e r i o r . C l a r o q u e h o y s ó l o u n a e x c e s i v a c o n -
f i a n z a d a « p o r s e g u r a s » l a s h i p ó t e s i s o l o s r e s u l t a d o s d e n i n g u n a c i e n -
c i a . T h o m a s K u h n a c l a r a b a p o r q u é e n s u l i b r o , y a c l á s i c o , La estructu-
ra de las revoluciones científicas. 
La Gramática castellana c i m e n t a s u p r o p u e s t a p a r a la e n s e ñ a n z a d e 
la l e n g u a m e d i a n t e l a l i t e r a t u r a e n c i e r t o s p o s t u l a d o s , e x p r e s o s o i m p l í -
c i t o s . S e l e c c i o n o a l g u n o s d e l o s q u e a t a ñ e n a e s t a ú l t i m a , p u e s s e p r o -
y e c t a n e n e l l a , v i é n d o l o s a la l u z d e e n f o q u e s a c t u a l e s d e la T e o r í a l i t e -
r a r i a . P o r q u e la D i d á c t i c a d e h o y s e d e s m o r o n a , fa l tad e r i g o r , s i n o s e 
f u n d a m e n t a e n d i c h a T e o r í a . N o p r e t e n d o , c l a r o e s , a p l i c a r r e t r o a c t i v a -
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ELENA BARROSO VILLAR 
m e n t e c r i t e r i o s d e a h o r a a a q u e l l a Gramática. T a n s ó l o r e f l e x i o n a r s o b r e 
la v i g e n c i a d e l o s q u e la i n s p i r a n . 
E n e l l a h a y u n a c i e r t o i m p o r t a n t e , t e n i e n d o e n c u e n t a s u s d e s t i n a -
t a r i o s : p o s t u l a y p r a c t i c a la e n s e ñ a n z a d e la l e n g u a e n v í n c u l o í n t i m o c o n 
la l i t e r a t u r a . L o s a u t o r e s i n s i s t e n e n q u e e l i d i o m a d e b e e s t u d i a r s e a p a r -
t i r d e la l e c t u r a y e x p l i c a c i ó n d e t e x t o s : 
El estudio del idioma debe hacerse desde el comienzo sobre pasajes con-
cretos de la lengua escrita o de la oral. Para la lectura y explicación de 
textos, puede tomarse un pasaje sencillo de prosa... (I, 19). 
(...) el profesor y los alumnos harán explicación de textos sobre los libros 
que se hayan escogido para lectura completa durante el año, señalando 
en cada capítulo o sección los rasgos característicos del contenido y 
del lenguaje, con atención también al significado de las palabras (I, 25). 
I m p o r t a a d v e r t i r q u e A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a s u b r a y a n e l p a p e l 
d e c i s i v o d e l p r o f e s o r , e n q u i e n d e l e g a n la m a y o r p a r t e d e la r e s p o n s a -
b i l i d a d , p a r a o r i e n t a r a l a l u m n o m e d i a n t e e s e e x p l i c a r l o s t e x t o s , s i n q u e 
d e t a l l e n q u é e n t i e n d e n p o r « e x p l i c a c i ó n » . E n c a m b i o , c u a n d o t r a t a n l a s 
d i m e n s i o n e s s i n t á c t i c a y m o r f o l ó g i c a d e l a l e n g u a s o n m u y c a u t o s . D a n 
p a u t a s e i n f o r m a c i ó n m i n u c i o s a . D e s c o n f i a n d o d e la varia preparación 
d e l o s d o c e n t e s , l e s d e s t i n a n p á r r a f o s o e p í g r a f e s d e c o n t e n i d o m á s c o m -
p l e j o y t i p o g r a f í a d i f e r e n c i a d a . Y A los profesores d i r i g e n l a s r e f l e x i o n e s 
y a d v e r t e n c i a s q u e a b r e n e l v o l u m e n I: 
Las doctrinas gramaticales del presente manual no siempre son las que 
uniformemente se repiten en los demás. Es sabido que, por la enorme pro-
fusión de la enseñanza gramatical, cuyo profesorado es numerosísimo 
y de muy varia preparación, en ninguna otra disciplina cuesta tanto 
esfuerzo desterrar un error o quebrantar la «venerable rutina" de que se 
lamentaba Bello (p. 7) . 
S i n e m b a r g o , la Gramática d e A l o n s o y H . U r e ñ a n o e s i n n o v a d o r a , 
n o q u e b r a n t a la « v e n e r a b l e r u t i na» , e n a s p e c t o s q u e i n c i d e n m u c h o e n la 
e f i c a c i a d e l p r o c e s o d e e n s e ñ a n z a y a p r e n d i z a j e d e la l i t e r a t u r a . E n p r i -
m e r l u g a r , s i g u e fiel a u n c r i t e r i o n o r m a t i v o , p r e s c r i p t i v o , s i n d u d a p o r 
c r e e r l o ú t i l p a r a a q u e l l o s n i v e l e s e s c o l a r e s p r i m e r o s , d o n d e s u e l e n e s t i -
m a r s e n e c e s a r i o s l o s a s i d e r o s f i r m e s , t a n t o e n e l p l a n o t e ó r i c o c o m o e n 
e l d e u s o d e l l e n g u a j e . P e r o q u e s i e n o t r a s d i m e n s i o n e s d e la l e n g u a 
p l a n t e a c o n t r o v e r s i a s , r e s u l t a s o m b r e m a n e r a d i s c u t i b l e e n e l á m b i t o d e l 
l é x i c o , e n e s p e c i a l s i s e p i e n s a e n e l a n c h o d o m i n i o d e l e s p a ñ o l . P o r o t r a 
p a r t e , la v e r t i e n t e h i s t ó r i c a d e la l i t e r a t u r a o b l i g a r í a a h a c e r c o r t e s s i n -
c r ó n i c o s e n s u t r a n s c u r r i r p a r a r e f e r i r s e n o a u n a , s i n o a m ú l t i p l e s n o r -
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SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO 
m a s . Y, p o r m á s a j u s t a d o a n o r m a , o p o r m á s c o r r e c t o q u e f u e r a e l u s o 
d e l o s p r o n o m b r e s e n C e r v a n t e s , n o p r e t e n d e m o s q u e n u e s t r o s a l u m n o s 
d e h o y t e r m i n e n h a b l a n d o , n i e s c r i b i e n d o , c o n f o r m e a e s q u e m a s d e 
u s o s v e r b a l e s p r o p i o s d e l p a r a d i g m a s e m i ó t i c o y c u l t u r a l e n q u e e s t u v o 
i n s e r t o e l g r a n e s c r i t o r . 
N o o b s t a n t e , A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a h a c e n s a l v e d a d e s , a d v i r -
t i e n d o q u e e l l e n g u a j e l i t e r a r i o requiere aprendizaje especial y q u e t i e n e 
d i f e r e n c i a s i m p o r t a n t e s , y hasta rasgos incompatibles c o n e l o r a l . P e r o 
e n t i e n d e n q u e s o n d o s m o d a l i d a d e s d e u n o m i s m o . 
La norma, d e r i v a d a d e c o n v e n c i o n e s , l l e v a s i e m p r e d e la m a n o e l 
c r i t e r i o d e corrección: 
(...) la idea de corrección (...) es la que preside siempre la gramática nor-
mativa ... (I, 1 6 ) . 
Y e l e s p e j o e n q u e é s t a s e m i r a , d e d o n d e e m a n a e s a n o r m a , e s e l l e n -
g u a j e c u l t o , p r i n c i p a l m e n t e e n s u m a n i f e s t a c i ó n d e e s c r i t u r a . P o r e x c e -
l e n c i a , e l l i t e r a r i o . N u e s t r o s a u t o r e s a s í l o a f i r m a n u n a v e z y o t r a : 
(...) la lengua general tiene espíritu de universalidad y aspira a una vali-
dez superior a la puramente local. La cultivan y enriquecen en todos los 
países los hombres de letras, de negocios, de aventura, de apostolado; en 
suma, todos aquellos cuya vida no está limitada al ámbito local. Sus nor-
mas procuran acomodarse a las normas del lenguaje literario y por eso 
ganan un incomparable radio de alcance y un superior poder expresivo 
(I. 15). 
Las normas y reglas de la gramática se refieren siempre a la lengua gene-
ral y a su modelo, que es la lengua literaria (I, 18). 
Y e s q u e , s e g ú n e s e p l a n t e a m i e n t o , la l i t e r a r i a e s la l e n g u a i d e a l . 
P r e c i s a m e n t e p o r s e r l o , e n c i e r r a e n sí m i s m a la n o r m a d e u s o c o r r e c t o . 
P e r o e s t a p r e s u m i b l e « c o r r e c c i ó n » h a i n s p i r a d o a b u n d a n t e s r e f l e x i o n e s 
d e la t e o r í a l i t a r a r i a , q u e h o y s e d e c a n t a p o r e n t e n d e r q u e n o p u e d e p r e -
d i c a r s e e l a t r i b u t o «co r r ec to» n i « i n c o r r e c t o » d e l d i s c u r s o d e l a l i t e r a t u r a , 
p u e s l o c o n f i g u r a n e n u n c i a d o s c u y o s e l e m e n t o s g e n e r a n s i s t e m a s d e 
r e l a c i o n e s e s p e c í f i c o s e n e l a c t o d e h a b l a q u e e s c a d a o b r a , v á l i d o s s ó l o 
d e n t r o d e l o s l í m i t e s d e é s t a ; n o s e r e p i t e n i d é n t i c a m e n t e e n n i n g u n a 
o t r a . 
El c r i t e r i o d e c o r r e c c i ó n a p l i c a d o a l i t e r a t u r a c o n d u c e , e n ú l t i m a i n s -
t a n c i a , a b o r r a r d e s u s p á g i n a s a t o d o a u t o r i n n o v a d o r , t o d a t e n d e n c i a o 
m o v i m i e n t o q u e r o m p a e s q u e m a s c o n s o l i d a d o s . G ó n g o r a , B o r g e s , 
J o y c e . . . t o d a s l a s v a n g u a r d i a s l i t e r a r i a s , p o r e j e m p l o , q u e d a r í a n e l i m i n a -
d o s . P e r o s i la o b r a d e l o s a u t o r e s m á s e x c e l s o s p u e d e s e r v i r d e a c i c a t e 
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ELENA BARROSO VILLAR 
e s p l é n d i d o p a r a n u e s t r o s a l u m n o s e n l a s d i m e n s i o n e s o r a l y e s c r i t a d e l 
l e n g u a j e , n o s e d e b e a l u s o m á s o m e n o s c o r r e c t o d e é s t e q u e c o m -
p r u eb e n e n l a s o b r a s , n i t a m p o c o a l « o r d e n l ó g i c o » q u e e n e l l a s p e r c i -
b a n , t a l c o m o A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a a f i r m a n : 
Nuestra lengua general se está enriqueciendo constantemente con trans-
fusiones de la lengua literaria, no sólo en el léxico sino en todos sus aspec-
tos y, en especial, en el modo ordenado de formular el pensamiento (I, 
1 6 ) . 
Si a s í f u e r a , h a b r í a q u e p r e s c i n d i r d e t o d o s l o s d i s c u r s o s l i t e r a r i o s 
c u y a s Dispositio o s e m á n t i c a s a l t a n s o b r e l a l ó g i c a . E n s u m a , d e c u a n t a 
l i t e r a t u r a s e a p a r t a d e p o s i c i o n e s r a c i o n a l i s t a s . S e d e b e a n t e t o d o a la 
n e c e s i d a d d e e s t i m u l a r y d e s a r r o l l a r , m o s t r á n d o l e s e s o s t e x t o s , t e s t i m o -
n i o s m a g n í f i c o s d e r i q u e z a y v e r s a t i l i d a d l i n g ü í s t i c a s , la c o m p e t e n c i a d e l 
a l u m n o e n la p r o y e c c i ó n e s t é t i c a d e la c o m u n i c a c i ó n v e r b a l . 
Y p o r e s e v e r e n e l d i s c u r s o l i t e r a r i o la n o r m a l i n g ü í s t i c a d e u s o 
c o r r e c t o , A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a c o n t i n ú a n la r u t i n a d e u t i l i z a r l a l i t e -
r a t u r a , e n e s p e c i a l l o s t e x t o s e n p r o s a , p a r a , y s ó l o p a r a , e n s e ñ a r l e n g u a . 
C o n t i n ú a n i n c u r r i e n d o e n la c o n t r a d i c c i ó n t r a d i c i o n a l : si d e u n l a d o p r o -
p o n e n a l l i t e r a r i o c o m o m o d e l o d e u s o l i n g ü í s t i c o , d e o t r o l o d e s p o j a n 
d e s u t a l a n t e m á s g e n u i n o , l o d e s v i r t ú a n . P o r q u e , u t i l i z a n d o p a l a b r a s d e 
R i c a r d o S e n a b r e ( 1 9 9 1 , 1 2 - 1 3 ) r e f e r i d a s a l l é x i c o , p e r o v á l i d a s p a r a e l 
l e n g u a j e t o d o , ciertos usos, ciertas relaciones vedadas en el léxico de una 
lengua porque contradicen nuestra experiencia del mundo, pueden ser 
perfectamente aceptables en una obra literaria: Más aún, se convierten 
en algo necesario, porque si el escritor no es capaz de traspasar las 
barreras que impone el uso práctico y cotidiano del lenguaje, su obra no 
alzará el vuelo por encima del estrato puramente informativo. De modo 
que estudiar el léxico literario equivale a estudiar cómo el léxico de una 
lengua adquiere caracteres especiales, que lo distancian del uso 
común, en el seno de la obra literaria. Dicho más tajantemente: 
equivale a estudiar literatura. No «historia de la literatura», sino lite-
ratura: el conjunto de enunciados y artificios que convierte un enuncia-
do verbal en obra de arte. 
U n a d e l a s c o n c l u s i o n e s q u e p r o y e c t a n e n la e n s e ñ a n z a d e la l i t e r a -
t u r a l a s a c t u a l e s p e r s p e r c t i v a s t e ó r i c a s s o b r e é s t a e s q u e , s i b i e n e n l o s 
p r i m e r o s c u r s o s a c a s o r e s u l t a a c o n s e j a b l e e n s e ñ a r c o n j u n t a s l e n g u a y 
l i t e r a t u r a , a c a s o a m b a s d e b a n t r a n s c u r r i r s i m u l t á n e a m e n t e , p o r q u e s e 
c o m p l e m e n t a n , e s t o n o i m p l i c a q u e c u a l q u i e r a d e e l l a s - h a b i t u a l m e n t e 
la s e g u n d a - p u e d a s u b o r d i n a r s e a la o t r a , p u e s c a d a u n a t i e n e o b j e t i v o s 
p r o p i o s , r e q u i e r e m é t o d o s y a c t i v i d a d e s e s p e c í f i c a s , t a n t o s i p e n s a m o s 
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SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO 
e n e l f u n c i o n a m i e n t o p e c u l i a r d e s u s l e n g u a j e s c o m o si a t e n d e m o s a l a 
c l a s e d e o p e r a c i o n e s m e n t a l e s q u e e n t r a ñ a n , o a l a s d i f e r e n t e s r e l a c i o -
n e s e n t r e l o s e l e m e n t o s d e s u s r e s p e c t i v o s p r o c e s o s c o m u n i c a t i v o s . T r a s 
p u b l i c a r s e La estructura del texto artístico, d e J . M . L o t m a n , p a r a q u i e n 
la l i t e r a t u r a f o r m a p a r t e d e la c a t e g o r í a a r t í s t i c a , s i e n d o p o r e l l o u n l e n -
g u a j e m o d e l i z a n t e s e c u n d a r i o y El arte (...) uno de los medios de comu-
nicación ( 1 9 8 2 , 2-, 1 7 ) , t r a s t o d a s l a s m o d e r n a s c o n c e p c i o n e s d e l l e c -
t o r c o m o homo significans y d e la o b r a l i t e r a r i a c o m o u n a p o t e n c i a l i d a d 
q u e s ó l o s e p o n e e n f u n c i o n a m i e n t o c u a n d o u n l e c t o r l a a c t u a l i z a c o n -
f i r i é n d o l e p e r t i n e n c i a s i g n i f i c a t i v a ; c u a n d o s e a f i a n z a e l c o n v e n c i m i e n t o 
d e q u e e s e a c t o l e c t o r s e r e a l i z a m e d i a n t e d e t e r m i n a d a s o p e r a c i o n e s 
m e n t a l e s d i s t i n t a s a l a s q u e s e e f e c t ú a n a n t e o t r a c l a s e d e t e x t o s , y 
t e n i e n d o e n c u e n t a q u e e s a s o p e r a c i o n e s s o n p o s i b l e s s i s e e s t á e n p o s e -
s i ó n d e d e r m i n a d a s c o n v e n c i o n e s d e l e c t u r a , p a r e c e c l a r o q u e la e n s e -
ñ a n z a d e la l i t e r a t u r a n o p u e d e s u b o r d i n a r s e a l a d e la l e n g u a , s i n o q u e 
t e n d r á c o m o e x i g e n c i a f u n d a m e n t a l s u r e l a c i ó n c o h e r e n t e c o n la e n t i d a d 
d e l o b j e t o e s t u d i a d o : e l f e n ó m e n o l i t e r a r i o . 
A m a d o A l o n s o y P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a c r e e n e n e l v a l o r i n s t r u -
m e n t a l d e la l i t e r a t u r a p a r a e n s e ñ a r l e n g u a . U s a n l a p a l a b r a d e f i g u r a s 
s e ñ e r a s - y t a m b i é n , a v e c e s , s e c u n d a r i a s - e s c r i t a e n e s p a ñ o l , s e la m u e s -
t r a n a l o s a l u m n o s p a r a q u e a p r e n d a n g r a m á t i c a , o f o n é t i c a u o r t o l o g í a . 
C e r v a n t e s , Q u e v e d o , G a l d ó s , J u a n R a m ó n , S a r m i e n t o , J o s é A s u n c i ó n 
S i lva , J o s é E n r i q u e R o d ó y o t r o s a u t o r e s d e u n a m p l i o r e p e r t o r i o a t e s t i -
g u a n b i e n e l u s o «co r r ec to» d e a d j e t i v o s , v e r b o s , p r o n o m b r e s , p r o p o s i -
c i o n e s s u b o r d i n a d a s d e d i v e r s a s c l a s e s . . . P e r o la Gramática castellana 
o m i t e h a b l a r d e l a s c l a v e s d e s i g n i f i c a c i ó n l i t e r a r i a q u e t r o q u e l a e s o s 
e s c r i t o s ; n i , c l a r o e s , d e l o s m e d i o s p o r q u e l a a l c a n z a n , a m e n u d o t a n 
a l e j a d o s d e la « n o r m a » d e u s o o r a l . 
A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a p r o c l a m a n , r e c u r r e n t e s , la n e c e s i d a d d e 
d e s v e l a r e n c a d a c a s o e l s i g n i f i c a d o d e l v o c a b u l a r i o , p e r o s e r e f i e r e n a l 
c o n c e p t u a l d e n o t a t i v o . S a l v o e n c o n t a d a s o c a s i o n e s , n o m e n c i o n a n n i 
a l u d e n a la c o n n o t a c i ó n , o a l « s e n t i d o f i g u r a d o » q u e l o s r e v i s t e , a m e n u -
d o d e s p l a z a n d o a l a n t e r i o r . 
R e s u l t a n l l a m a t i v o s e s o s p l a n t e a m i e n t o s d o c e n t e s p o r p a r t e d e l 
a u t o r d e l o s e s t u d i o s s o b r e e s t i l í s t i c a r e c o g i d o s e n Materia y forma en 
poesía y , e n p a r t i c u l a r , d e la Carta a Alfonso Reyes sobre la estilística, p o r 
n o m e n c i o n a r m á s q u e e s t o s h i t o s d e l a m p l i o y s o b r a d a m e n t e c o n o c i d o 
r e p e r t o r i o d e l a s a p o r t a c i o n e s d e A m a d o A l o n s o a l á m b i t o d e la « c i e n c i a 
d el es t i lo» . T o d a s i n s i s t e n e n la d i m e n s i ó n e s t é t i c a d e l o l i t e r a r i o . 
R e c o r d e m o s q u e e n e s a Carta s e r e f i e r e p r i m e r o a la e s t i l í s t i c a d e la l e n -
2 0 1 
ELENA BARROSO VILLAR 
g u a , e n c a m i n a d a a l e s t u d i o d e l o s v a l o r e s a f e c t i v o s , n o c o n c e p t u a l e s , d e l 
l e n g u a j e , q u e e m e r g e n d e u n a r e a l i d a d p s í q u i c a c o m p l e j a . L u e g o , a l 
c e n t r a r la a t e n c i ó n e n l a e s t i l í s t i c a l i t e r a r i a , i n s i s t e e n q u e s e b a s a e n la 
a n t e r i o r , p e r o la t r a n s c i e n d e p o r q u e encara el estudio de cada obra, en 
cuanto creación poética, en sus dos aspectos esenciales: cómo está 
constituida, formada, hecha lo mismo en su conjunto y en sus elemen-
tos, y qué delicia estética provoca. P o r e s o la e s t i l í s t i c a e s t u d i a t a n t o 
e l sistema expresivo de una obra o de un autor c o m o e l poder sugestivo 
de las palabras ( 1 9 6 9 , 8 2 ) . P r e v i a m e n t e A m a d o A l o n s o h a b í a a d v e r t i d o : 
Ya le adelanto que una mera lista de particularidades estilísticas no nos 
hace conocer y gozar la índole de una obra ni de un autor-, los rasgos 
diferentes tienen que componer una fisonomía ( 1 9 6 9 , 7 8 ) . 
P e r o h a y u n t e x t o s u y o , y a d e 1 9 3 2 , q u e q u i e r o d e s t a c a r e s p e c i a l -
m e n t e p o r s u i m p o r t a n c i a p a r a m i i n t e n c i ó n , p u e s a b o r d a t a m b i é n la 
p r o y e c c i ó n d e la e s t i l í s t i c a e n l o s e s t u d i o s g r a m a t i c a l e s . E s e l « P r o p ó s i t o » 
q u e f i g u r a a l f r e n t e d e l l i b r o d e V o s s l e r , S p i t z e r y H a t f e l d Introducción 
a la estilística romance. All í , a d e m á s d e ins i s t i r , c o m o e n o t r o s e s t u d i o s , 
e n q u e s o n d o s l a s v e r t i e n t e s c o m u n i c a t i v a s d e l l e n g u a j e , u n a l ó g i c a y 
o t r a e m o t i v a , a f i r m a q u e la g r a m á t i c a t r a d i c i o n a l t i e n e u n a c o r t a p i s a , u n a 
s e r i a l i m i t a c i ó n : p r e s c i n d e d e la s e g u n d a d e e s a s d i m e n s i o n e s , d e la q u e 
e x p r e s a n u e s t r a s v i v e n c i a s m á s h o n d a s . Y a d v i e r t e A l o n s o q u e y a se ha 
emprendido el estudio sistemático del aspecto subjetivo, desatendido 
hasta el presente. Se discierne lo significado de lo notificado por la expre-
sión, como enseña Husserl, o lo que significa de lo que sugiere, como dice 
Paulhan. S o b r a d e t a l l a r h a s t a q u é p u n t o e s a s e g u n d a v e r t i e n t e d e la 
c o m u n i c a c i ó n v e r b a l s e e v i d e n c i a e n la l i t e r a t u r a , y n o s ó l o a j u i c i o d e 
l a s p o s i c i o n e s e s t i l í s t i c a s . 
E n la Gramática castellana, la s e l e c c i ó n d e t e x t o s l i t e r a r i o s p a r a l o s 
«e j e r c i c io s g r a m a t i c a l e s » r e s p o n d e a l c o n v e n c i m i e n t o d e q u e la e n s e ñ a n -
z a d e l a l e n g u a d e b e a s e n t a r s e e n la l e c t u r a y e x p l i c a c i ó n d e l o s m i s -
m o s . P e r o é s t a r e q u i e r e u n a i n t e r p r e t a c i ó n , y m a l s e p u e d e n i n t e r p r e t a r 
s i n o s e c o m p r e n d e n s e g ú n s u c ó d i g o p r o p i o , a r t í s t i c o . Y p a r a e s t a c o m -
p r e n s i ó n n o b a s t a , y h a s t a p u e d e s e r n o p e r t i n e n t e , d e s c u b r i r o v e r i f i c a r , 
p o r e j e m p l o , l a s f u n c i o n e s o la c o n c o r d a n c i a d e l a d j e t i v o e n u n e s c r i t o r . 
T r a t a r a s í l o s t e x t o s e s d e s v i r t u a r s u d i m e n s i ó n l i t e r a r i a , o d e s p o j a r l o s d e 
e l l a . Y e s t a d e s v i a c i ó n « l ingüís t ica» h a v e n i d o o p e r a n d o e n t r e l o s e s t u -
d i a n t e s c o m o u n l a s t r e , u n a r e m o r a i n h i b i d o r a , e s t e r i l i z a n t e , d e la m o t i -
v a c i ó n p o s i t i v a p o r la l i t e r a t u r a . 
Q u e c u r s e n e n s e ñ a n z a s e c u n d a r i a l o s d e s t i n a t a r i o s d e la Gramática 
castellana y q u e é s t a p e r s i g a c o m o f in p r i m o r d i a l la e n s e ñ a n z a d e la l e n -
202 
SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO 
g u a n o jus t i f i ca d e s a t e n d e r e l f u n c i o n a m i e n t o ar t ís t ico de los t e x t o s i n s ­
t r u m e n t a l e s . La c o m p e t e n c i a l i te rar ia - i n t e r p r e t a t i v a y c r e a d o r a - d e esos 
a l u m n o s n o t i e n e p o r q u é ser t a n i n f e r i o r a la l i n g ü í s t i c a q u e se les s u p o ­
n e al p r o p o n e r l e s t o d a u n a casuíst ica g r a m a t i c a l , c o n su c o m p l e j i d a d ter­
m i n o l ó g i c a i n h e r e n t e , pa ra e s t u d i a r e l l e n g u a j e . 
P o r o t ra p a r t e , h a y e n la Gramática i n d i c i o s de q u e los a u t o r e s i d e n ­
t i f i c a n l e n g u a l i te rar ia c o n l e n g u a escr i ta , e n s e n t i d o a m p l i o , p u e s i n t r o ­
d u c e n e n sus p r o p u e s t a s a l g u n o s t e x t o s de e n s a y o p o l í t i c o o f i l o s ó f i c o , 
q u e la c o n v e n c i ó n m á s e x t e n d i d a s o b r e los g é n e r o s o m o d a l i d a d e s l i t e ­
rarias n o suele ca ta logar e n t r e éstas. 
N o o b s t a n t e , c o n v i e n e a d v e r t i r q u e q u i e n e s r e d a c t a n la Gramática 
castellana p e r s i g u e n d e s a r r o l l a r aspectos d i f e r e n t e s d e la c o m p e t e n c i a 
e n el l e n g u a j e s e g ú n se s i r v a n d e p r o s a o d e p o e m a s . D e m a n e r a h a b i ­
t u a l p r o p o n e n f r a g m e n t o s e n p r o s a c o m o t e x t o s - t e s t i g o e n e l e p í g r a f e 
E j e r c i c i o g r a m a t i c a l d e cada l e c c i ó n , c o n e l s o l o f i n d e q u e e l a l u m n o 
o b s e r v e y d e s c u b r a , o r e c o n o z c a y d o c u m e n t e e n e l los , los f e n ó m e n o s 
gramat ica les o b j e t o d e e s t u d i o e n cada caso. 
La poes ía t i e n e u n t r a t a m i e n t o e n p a r t e d i f e r e n t e , e x c e p t o a l g u n a 
vez e n q u e se la u t i l i z a c o m o e j e r c i c i o d e d i c t a d o . E n l e c c i o n e s a l ternas 
h a y o t r o e p í g r a f e f i n a l , R e c i t a c i ó n , c o n d o s p o e m a s e m p a r e n t a d o s e n 
c o n t e n i d o , e n c ie r tos rasgos f o r m a l e s o e n t o d o e l l o . Sa lvo e x c e p c i o n e s , 
s o n d e escr i tores d i s t i n t o s . I g u a l q u e los pros is tas , es tán p r e s e n t a d o s d e 
f o r m a m u y s o m e r a , apenas l i m i t a d a a i n d i c a r la é p o c a e n q u e v i v i e r o n , 
su n a c i o n a l i d a d y su c o n d i c i ó n de «dist inguidos», «grandes» o a t r i b u t o s 
s imi la res . A la r e s p o n s a b i l i d a d , c r i t e r i o y saber d e l p r o f e s o r se reserva la 
p o s i b l e i n f o r m a c i ó n c o m p l e m a n t a r i a . 
C o m o se i n f i e r e d e l m e r o h e c h o d e t i t u l a r así esos ep ígra fes , su f i n a ­
l i d a d es la r e c i t a c i ó n m i s m a c o m o p r á c t i c a escolar al s e r v i c i o de la 
e x p r e s i ó n o r a l . P o r eso p r o p i c i a n q u e e l a l u m n o se f a m i l i a r i c e de f o r m a 
p r o g r e s i v a y p o r i n d u c c i ó n c o n los aspectos d e f o r m a y f o n é t i c o s s o b r e 
los q u e se a p o y a más d i r e c t a m e n t e la r e c i t a c i ó n : m é t r i c a , es t ro fa , r i m a , 
r i t m o . Por l o r e g u l a r n o se a l u d e al v í n c u l o í n t i m o , i n d e l e b l e , q u e estos 
e l e m e n t o s t i e n e n c o n s i g n i f i c a c i o n e s . Ya d e s d e los p r i m e r o s e je rc ic ios sehace consta r la m e d i d a d e l v e r s o , s in d e f i n i r l o n i e x p l i c a r c ó m o se c o m ­
p u t a n sus sí labas. Esto se p o s p o n e a la l e c c i ó n X X V I I , p r ó x i m o ya e l f i n 
d e l p r i m e r v o l u m e n , d o n d e los au tores h a b l a n d e l r i t m o y p o r m e n o r i ­
zan la casuíst ica m é t r i c a , i n c l u i d a la n o m e n c l a t u r a p o c o u s u a l d e v e r s o s 
c o m o e l de d iec isé is sí labas, e l o c t o n a r i o . E n a l g u n a s l e c c i o n e s a n t e r i o ­
res se v a m e n c i o n a n d o e l n o m b r e d e c ier tas estrofas ( s o n e t o , c u a r t e t o , 
r o m a n c e , o c t a v a , s i l va . . . ) , e v i t a n d o t a m b i é n d e f i n i r l a s y caracter izar las , 
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ELENA BARROSO VILLAR 
porque recapitulan lo ya tratado sobre el verso y estudian la estrofa e n 
las d o s lecc iones del capítulo X, que cierra el v o l u m e n s e g u n d o . 
Lecciones estas últimas de información densa, compleja, de asimilación 
difícil para el a lumnado. 
En lo relativo a la vertiente significativa de los p o e m a s , la atención 
a la referencialidad denotativa es preeminente . También ahora sue le 
silenciarse o insinuarse apenas la significación literaria, a pesar de q u e a 
v e c e s es m u y patente e n los se lecc ionados para recitar, c o m o s u c e d e c o n 
la rubeniana Sinfonía en gris mayor, o c o n los versos del romancero 
viejo -Romance de Abenámary el rey Don Juan, El infante Arnaldos (I, 
177-179)- , de Juana de Ibarbourou, Gabriela Mistral (I, 52-53), José 
Martí, Juan Ramón J iménez (1,192-193), José Moreno Villa, Jorge Luis 
Borges (I, 212) y otros muchos . Teniendo e n cuenta la trayectoria teóri-
ca de A m a d o Alonso , resulta llamativo que e n tantos ejercicios d e esta 
Gramática n o se proyecte el planteamiento estilístico al presentar los 
textos líricos. Sólo hay de él pinceladas ocas ionales y alguna e x c e p c i ó n 
más destacada, d o n d e se hace notar el sent ido n o conceptual del p o e m a , 
atr ibuyéndoselo a sus imágenes y valor s imbólico. Pero sin explicarlos 
ni documentarlos e n los versos. Una de esas e x c e p c i o n e s se encuentra 
e n las actividades só lo recomendadas , sin pautas para realizarlas, a pro-
pós i to de d o s p o e m a s de Lope de vega: Canción de la Virgen María 
durmiendo al Niño Jesús y Canción de la noche de San Juan: 
Hágase observar el sentimiento a la vez tan religiosamente respetuoso y 
tan humanamente tierno de la canción de cuna. Guiar la atención de los 
alumnos hacia el movimiento rítmico de ambas canciones como expre-
sión de un estado sentimental y suscitar en ellos el gusto por descubrir 
calidades poéticas, tanto en el conjunto como en los detalles ( I , 66-67). 
Orientaciones parecidas se hacen sobre los p o e m a s Setenta balcones 
y ninguna flor, de Fernández Moreno, y La voz ausente, de Rafael 
Alberto Arrieta (I, 79-80), así c o m o sobre El patio, de Jorge Luis Borges 
(II, 101) y algún otro m e n o s significativo. 
Imagen y s ímbolo n o son objeto de atención específica e n ninguna 
lección. Porque ninguna se ocupa de los aspectos léxicos d e s d e el punto 
de vista literario, del m o d o e n q u e funciona la palabra poét ica e n senti-
d o amplio. En consecuenc ia , t a m p o c o se les destina n ingún apartado de 
las N o t a s finales, se lecc ión de cuest iones estudiadas c o n que finaliza 
el primer curso. 
Por otra parte, alguna de las escasas y someras informaciones sobre 
el referente de los p o e m a s n o e s sostenible para los m o d e r n o s paradig-
mas teóricos sobre la literatura -sean del c a m p o de la hermenéutica, d e 
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SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO 
la f i l o so f í a a n a l í t i c a o d e la t e o r í a l i t e r a r i a - , p o r q u e i m p l i c a n n o d i s t i n -
g u i r e n t r e r e f e r e n t e l i t e r a r i o y r e f e r e n t e l i n g ü í s t i c o . Y j u s t o c o n l a d i f e -
r e n c i a e n t r e a m b o s t i e n e q u e v e r h o y e l e j e d e r e f l e x i ó n s o b r e l a l i t e r a -
t u r a : s u estatuto de ficcionalidad ( T. P a v e l , D o l e z e l , W . B o o t h , G é r a r d 
G e n e t t e , U . E c o . . . ) , d e r a n g o m u y d i s t i n t o al l ó g i c o y l i n g ü í s t i c o ; s u 
m o d o p e c u l i a r d e p r e s e n t a r la c o n s t r u c c i ó n d e la r e a l i d a d , i n c l u i d a la l l a -
m a d a l i t e r a t u r a r e a l i s t a . P o r q u e la p o é t i c a d e l a l i t e r a t u r a e n t e n d i d a 
c o m o p r o c e s o c o m u n i c a t i v o h a s u s t i t u i d o a la p o é t i c a d e l t e x t o m e n s a -
je i n m a n e n t e y h a g e n e r a d o t o d o e l a m p l i o d e s a r r o l l o t e ó r i c o s o b r e e l 
pacto de ficción y s o b r e l o s mundos posibles, t a n e s t u d i a d o s p o r la p r a g -
m á t i c a l i t e r a r i a . P o r e l l o , a p e s a r d e q u e d e n t r o d e e s o s m a r c o s t e ó r i c o s 
s e r e f l e x i o n a t a m b i é n s o b r e l a s p e c u l i a r i d a d e s d e l f e n ó m e n o l í r i c o r e s -
p e c t o d e l n a r r a t i v o , a h o r a n o s e a c e p t a n s i n m á s c i e r t a s d i f e r e n c i a s q u e 
e s t a b l e c e n A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a e n t r e la r e f e r e n c i a l i d a d d e d o s 
p o e m a s : Elogio de los ojos asombrados, i n c l u i d o e n E l l i b r o d e l o s e l o -
g i o s , d e E n r i q u e B a n c h s , y Los maderos de San Juan, d e J o s é A s u n c i ó n 
S i lva . R e p r o d u z c o e l p r i m e r o y , p o r s u l o n g i t u d , s ó l o u n f r a g m e n t o d e l 
s e g u n d o , a s í c o m o l a s p a l a b r a s s o b r e e l l o s q u e l e e m o s e n la Gramática 
castellana. D i c e a s í e l s o n e t o d e B a n c h s : 
El asombro es como un viento blando, 
como brisa que besa abedules, 
brisa mansa que está suspirando 
en los ojos profundos y azules. 
Hoy trajimos al niño que impera 
en la casa con su balbuceo, 
más amado que la primavera, 
un zorzal de cartón. Y aún le veo 
cuando el pájaro abría las alas 
y rompía en el pico un gemido, 
los ojillos llenar de sorpresa... 
Dulce asombro que grácil resbalas 
en los ojos del niño querido, 
cuando naces, la Vida me besa. 
Y é s t o s s o n l o s v e r s o s d e S i lva , q u e i m p r e g n a n l a p o p u l a r c a n c i ó n 
p a r a n i ñ o s d e la c o n c i e n c i a d e " s a b e r s e r í o " , u n i d a a l a d e i n c ó g n i t a a n t e 
l o f u t u r o : 
...Y aserrín 
aserrán, 
los maderos 
de san Juan 
piden queso, 
205 
ELENA BARROSO VILLAR 
piden pan: 
(...) 
Y en las rodillas firmes y duras de la abuela 
con movimiento rítmico se balancea el niño 
mas cruza por su espíritu como un temor extraño 
y entrambos agitados y trémulos están... 
La abuela se sonríe con maternal cariño, 
por lo que en el futuro, de angustia y desengaño 
los días ignorados del nieto guardarán... 
(I, 120-121) . 
Sobre esos d o s p o e m a s se hace este c o m e n t a r i o , e n e l q u e d e s t a c o 
e l pasaje más s i g n i f i c a t i v o para m i p r o p ó s i t o d e ahora : 
Tanto la poesía (soneto) del distinguido poeta argentino contemporáneo 
Bancbs como la del célebre colombiano Silva (1865-1896) se refieren a la 
infancia. En la primera se habla de un niño real; en la segunda, de 
un niño imaginario, que puede ser cualquier niño. Los versos de 
Banchs son de diez sílabas; los de Silva, de catorce, con estribillo fluc-
tuante, en que predominan los de cuatro (I, 121). 
Otras veces A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a d i f e r e n c i a n e n t r e p o e m a s d e 
l e n g u a j e directo - de r e f e r e n c i a l i d a d c o n c e p t u a l d e n o t a t i v a - y simple, 
f r e n t e a los d e lenguaje más complejo. P o r e j e m p l o , a p r o p ó s i t o d e la 
c o n o c i d a Cantilena, de Vi l l egas (Yo vi sobre un tomillo/quejarse un paja-
rillo), y d e El ave y el nido, d e S a l o m é U r e ñ a d e E n r í q u e z ( I , 3 6 - 3 7 ) . O 
d e La perla y el diamante, d e Sant iago Pérez, versus La flecha de oro, d e 
M i g u e l A n t o n i o Caro ( I , 9 3 - 9 5 ) . Así , m i e n t r a s d e este ú l t i m o se n o s d i c e 
q u e su l e n g u a j e es c o m p l e j o y q u e deja libre la imaginación para con-
cebir el significado de la flecha ideal en la vida del personaje imagina-
rio que habla ( I , 9 5 ) , d e l p o e m a de Pérez s ó l o se m e n c i o n a su p a l a b r a 
d i rec t a y q u e contiene diálogo; y , e n a m b o s casos, la m e d i d a versa l . P e r o 
n o estará de más q u e r e p r o d u z c a esos versos de p r e t e n d i d o l e n g u a j e 
d i r e c t o : 
Dijo la perla al diamante: 
- Valgo mucho más que tú: 
de negro carbón naciste 
y yo de la mar azul. 
Y le respondió el diamante: 
-Tu mérito es muy común, 
siempre fuiste y serás blanca; 
yo fui negro y vierto luz. 
2 0 6 
SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO 
S i n e m b a r g o , a l m i s m o t i e m p o p u e d e p e n s a r s e q u e l a s p r o p u e s t a s 
d e A m a d o A l o n s o y P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a s o b r e e l s i g n i g i c a d o d e l o s 
t e x t o s l i t e r a r i o s , e n e s p e c i a l d e l o s l í r i c o s , l o s q u e m e n o s s u p e d i t a a l o 
e s t r i c t a m e n t e g r a m a t i c a l , p r e s a g i a n o t r a s d e n u e s t r o s d í a s , p o r q u e i m p l i -
c a n u n c r i t e r i o n o i n m a n e n t i s t a d e la i n t e r p r e t a c i ó n . A c a b a m o s d e c o m -
p r o b a r c ó m o v a l o r a n p o s i t i v a m e n t e e s e «de jar l i b r e la i m a g i n a c i ó n » q u e 
d e t e c t a n e n e l d e M i g u e l A n t o n i o C a r o p a r a a t r i b u i r s e n t i d o a la « f lecha 
idea l» . Y e l l o s m i s m o s , a l l i m i t a r s e a d a r i n d i c a c i o n e s m u y s o m e r a s s o b r e 
la s i g n i f i c a c i ó n d e l o s p o e m a s , o a l p r e s c i n d i r d e d a r l a s , d e j a n m a r g e n a 
la a c t i v i d a d c r e a d o r a d e l l e c t o r e n e l c o n f i g u r a r s e n t i d o s . P o r e j e m p l o , 
d i c e n a p r o p ó s i t o d e l p o e m a d e B o r g e s Un patio, y a m e n c i o n a d o : 
Los versos de Borges son de los que nos descubren el alma de las cosas, la 
vida que van acumulando en las cosas los hombres que las viven, tienen 
la virtud de sugerir mucho más de lo que dicen, por la densidad de los 
pensamientos y de la emoción que los acompaña (II, 101). 
Y e s b i e n s a b i d o q u e h o y , d e s p u é s d e u n d e b a t e a m p l i o s o b r e l a s 
i n t e r p r e t a c i o n e s «co r rec t a s» , l a s p o s i c i o n e s t e ó r i c a s m á s a f i a n z a d a s s o b r e 
la l i t e r a t u r a h a n s u s t i t u i d o e l p a r a d i g m a d e la s i g n i f i c a c i ó n i n m a n e n t e a l 
t e x t o l i t e r a r i o p o r la c o n c e p c i ó n d e é s t e c o m o p a r t e d e u n a s e m i o s i s 
c o m p l e j a , d e c o d i f i c a c i ó n m ú l t i p l e ( L o t m a n , 1 9 7 0 ) , d o n d e n i e m i s o r n i 
d e s t i n a t a r i o s o n c a t e g o r í a s p l e n a m e n t e p e r t i n e n t e s ; d o n d e e l a u t o r 
- e n t e n d i d o c o m o c a t e g o r í a h i s t ó r i c a - y e l l e c t o r c o n s t r u y e n , l o s d o s , s e n -
t i d o ; y l o h a c e n s o m e t i d o s a la i n c i d e n c i a c u l t u r a l . P o r q u e e l p r o c e s o 
d e la c o m u n i c a c i ó n l i t e r a r i a e s p e r m e a b l e a la c u l t u r a , y é s t a s e e r i g e e n 
e j e q u e e s t r u c t u r a l a s s i g n i f i c a c i o n e s , la i n f o r m a c i ó n t o d a . P o r e s t o n o 
p u e d e p e n s a r s e e n e l s e n t i d o d e u n t e x t o l i t e r a r i o a j e n o a l o s p a r a d i g -
m a s c u l t u r a l e s e n q u e e s t á i n m e r s o t a n t o q u i e n l o e s c r i b e c o m o q u i e n 
l o i n t e r p r e t a . L e c t o r e s c o n disposiciones de recepción d i f e r e n t e s p o r r a z o -
n e s h i s t ó r i c a s y s o c i a l e s construyen s e n t i d o s d i s t i n o s s o b r e u n t e x t o 
d e t e r m i n a d o . Las p o s i c i o n e s t e ó r i c a s g l o b a l m e n t e l l a m a d a s Estética de la 
recepción l i t e r a r i a i n s i s t e n e n la i m p o r t a n c i a d e l horizonte cultural, e n 
la situación de lectura y c o n c e p t o s a f i n e s e n t a n t o c o n d i c i o n a la i n t e r -
p r e t a c i ó n . La c o n c e p c i ó n c o n s t r u c t i v i s t a d e la c o g n i c i ó n o constructi-
vismo radical e n t i e n d e la p e r c e p c i ó n c o m o c o n s t r u c c i ó n i n t e r p r e t a t i v a . 
D e c u a l q u i e r a d e e s t o s m a r c o s t e ó r i c o s , q u e e n s u s e x p r e s i o n e s m á s 
p o n d e r a d a s n o i n f r a v a l o r a n e l p a p e l d e l a u t o r o d e l e m i s o r e x t e r n o , s e 
d e r i v a n c o n s e c u e n c i a s d i d á c t i c a s q u e , si n o s o n i d é n t i c a s e n t o d o s s u s 
t é r m i n o s , c o i n c i d e n e n d e s c a r t a r d e la e n s e ñ a n z a d e la l i t e r a t u r a la i n t e r -
p r e t a c i ó n «cor rec ta» , prefijada y única d e l o s t e x t o s . P u e s c o n d u c e a q u e 
l o s a l u m n o s a p r e n d a n e s a s i g n i f i c a c i ó n , p e r o n o a q u e p o r s í m i s m o s 
2 0 7 
ELENA B A R R O S O VILLAR 
i n t e r p r e t e n c o m p r e n d i e n d o , n i t a m p o c o a d e s a r r o l l a r s u c a p a c i d a d c r e -
a t i v a e n e l r a n g o a r t í s t i c o d e l l e n g u a j e . L o c u a l n o s i g n i f i c a q u e s e d e f i e n -
d a u n r e l a t i v i s m o a b s o l u t o e n e l i n t e r p r e t a r . P a r a e v i t a r l o , c a d a v e z s e 
e x t i e n d e m á s e l u s o d e t e s t e n c a m i n a d o s c u i d a d o s a m e n t e a «or ien ta r» , n o 
a d e t e r m i n a r , l a c o m p r e n s i ó n . C u e s t i ó n d i f e r e n t e y q u e s o b r e p a s a l o s 
f i n e s d e e s t a e x p o s i c i ó n e s la d e l o s p r o b l e m a s q u e s e p l a n t e a n e n t o r n o 
a e s a o r i e n t a c i ó n . 
S a b e m o s q u e e n la a c t u a l i d a d h a y d i f e r e n t e s p o s i c i o n e s a c e r c a d e s i 
c o n v i e n e e m p e z a r p r o p o n i e n d o e n l o s n i v e l e s i n i c i a l e s d e la e n s e ñ a n z a 
l i t e r a r i a p o e m a s c o r t o s o l a r g o s , a u n c o n s c i e n t e s d e q u e l o s l í m i t e s e n t r e 
u n o s y o t r o s s o n a m e n u d o i m p r e c i s o s . Q u i e n e s s e d e c a n t a n p o r l o s 
s e g u n d o s s u e l e n d e f e n d e r t a m b i é n la o p o r t u n i d a d m e t o d o l ó g i c a d e 
a b o r d a r a n t e s e l « c o n t e n i d o » y s u d i s p o s i c i ó n p a r a l l e g a r l u e g o a la e s t r o -
fa y , p o r f in , a l v e r s o . A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a s e e n c u e n t r a n e n t r e l o s 
p r i m e r o s , p e r o s i n r i g o r e x c l u y e n t e . P e n s e m o s q u e l o s m á s j ó v e n e s d e s -
t i n a t a r i o s d e s u Gramática t i e n e n d o c e a ñ o s . Y a u n q u e s i g u e n o t o r g a n -
d o i m p o r t a n c i a a t e m a s d e l o s q u e s u e l e n c o n s i d e r a r s e d e i n t e r é s i n f a n -
til - l o s j u e g o s , e l h o g a r , l o h e r o i c o , l o t r á g i c o . . . - , n o s e c o n s t r i ñ e n a e l l o s . 
I n c l u s o d a n c a b i d a a a l g u n a c o m p o s i c i ó n d e e s c a s o r a n g o p o é t i c o y s e n -
s i b l e r í a m a n i f i e s t a , a c a s o p o r e s t a r e n t r e q u i e n e s o p i n a n q u e n o d e b e 
p r i v a r s e a l o s a l u m no s d e e s a c l a s e d e t e x t o s . E n p r i m e r l u g a r , p o r q u e a 
l o s n i ñ o s l e s g u s t a n y , e n s e g u n d o , p o r q u e a s í p r o y e c t a m o s s o b r e e l l o s , 
q u e n o s o n h o m b r e s p e q u e ñ o s , s i n o n i ñ o s , n u e s t r a s e x p e c t a t i v a s e s t é -
t i c a s d e a d u l t o s c u l t u r a l m e n t e m o d e l a d o s . P e r o n o p u e d e d e s c a r t a r s e 
q u e a l g u n a v e z la e l e c c i ó n d e e s a s c o m p o s i c i o n e s s ó l o s i g n i f i q u e u n a 
c o n c e s i ó n a l a a m i s t a d o a la f a m i l i a . P o r e j e m p l o , la d e l p o e m a , a n t e s 
c i t a d o , d e S a l o m é U r e ñ a d e H e n r í q u e z . 
La s e l e c c i ó n d e t e x t o s l i t e r a r i o s , y t a m b i é n s u s i n t e r p r e t a c i o n e s , a 
m e n u d o e v i d e n c i a n q u e la Gramática castellana n o a b a n d o n a e l c r i t e -
r i o p e d a g ó g i c o y m o r a l i z a n t e q u e v e n í a i n s p i r a n d o l a e n s e ñ a n z a t r a d i -
c i o n a l d e la l i t e r a t u r a . As í , s u s a u t o r e s a b r e n e l v o l u m e n II c o n u n p a s a -
j e d e J o s é M a r t í , d e q u i e n c o m e n t a n : 
En los trabajos de su revista La Edad de Oro, José Martí, libertador de 
Cuba y gran escritor, se dirige a los niños. Su estilo es sencillo, con pen-
samientos claros y expresados sobriamente sin adornos pegadizos. Martí 
informa a sus lectorcitos de lo más esencial de cada tema y les pone ante 
los ojos, con toda naturalidad, lo que las cosas tienen de bueno y de malo, 
y lo que la conducta de los hombres tiene de plausible y de condenable. 
Con eso Martí educa a los niños moral y socialmente, esto es, para el com-
portamiento privado y para el social (II, 10). 
2 0 8 
SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO 
L i t e r a t u r a a l s e r v i c i o d e v a l o r e s i n s t i t u i d o s , c o n s a g r a d o s , q u e e x a l t a n 
e l h o n o r , e l v a l o r , e l a m o r al h o g a r , a la t i e r r a , a la p a t r i a , a l s a b e r . . . 
A m a d o A l o n s o , a f i a n z a d o e n A m é r i c a , y P e d r o h e n r í q u e z U r e ñ a , a m e r i -
c a n o , a l e l e g i r p a s a j e s e n p r o s a y p o e m a s s e e s f u e r z a n t a m b i é n p o r q u e 
e n s a l c e n la a m e r i c a n i d a d h i s p a n a , la h i s p a n i d a d t o d a . E n s u a m p l i a , 
a b a r c a d o r a p r o p u e s t a d e t e x t o s , h a y a u t o r e s d e m u c h a s n a c i o n e s h i s p a -
n o a m e r i c a n a s , c o n p r e s e n c i a n o t a b l e d e n o m b r e s c i m e r o s - c l á s i c o s y 
c o n t e m p o r á n e o s - d e E s p a ñ a . P e r o e s m u y s u p e r i o r e l e l e n c o d e n o m -
b r e s a m e r i c a n o s , e n e s p e c i a l a r g e n t i n o s , c o m o e s n a t u r a l . S o n e s c r i t o -
r e s q u e h a b l a n d e s u t i e r r a y d e s u g e n t e , d e h é r o e s i n d i o s , d e g r a n d e s 
f i g u r a s d e l a s l i b e r a c i o n e s n a c i o n a l e s , d e p e n s a d o r e s . . . P o r q u e t o d o e s -
t o , p o r c e r c a n o , p e r t e n e c e a la e s f e r a d e i n t e r e s e s m á s a l l e g a d o s a l 
a l u m n o . 
P e r o e s e f in p e d a g ó g i c o l l e g a a h a c e r s e u n l a s t r e a l q u e s e s a c r i f i c a 
e n a l g ú n c a s o la a d e c u a c i ó n d e l t e x t o a l n i v e l e s c o l a r r e c e p t o r , d e b i d o 
a r a z o n e s t e m á t i c a s , f o r m a l e s , o a m b a s a l a v e z . P o r e j e m p l o , c u a n d o 
A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a i n v i t a n a r e c o n o c e r l o s g r a d o s d e s i g n i f i c a -
c i ó n d e l a d j e t i v o e n u n p a s a j e d e l o s Discursos d e E u g e n i o M a r í a d e 
H o s t o s , q u e r e p r o d u z c o e n p a r t e : 
El que de modo impersonal se ha puesto a la obra del bien, de nadie, abso-
lutamente de nadie, ha podido recibir el mal...Él es lo más alto y lo más 
triste que hay en la creación. Es la roca desierta que soberanos esfuerzos 
han solevantado lentísimamente por encima del mar de tribulaciones, y 
que sufre sin quebrantos la espuma de la rabia, el embate de la furia, el 
horror desesperado de las olas mortales que la asedian. Es la conciencia, 
triste como la roca, pero alta como la roca desierta del océano. Y no la 
conciencia individual, que siempre toma su fuerza de la inconsciencia 
circunstante, sino la conciencia humana, que toma su fuerza de sí 
misma, que de sí misma recibe su poder de resistencia, y, secundando a 
la naturaleza, sacrifica el individuo a la especie, la personalidad a la 
colectividad, lo particular a lo general, el bienestar de uno al bienestar de 
todos, el hombre a la humanidad ( I , 59). 
O c u a n d o p r o p o n e n o b s e r v a r e l u s o d e m a y ú s c u l a s y d e la c u r s i v a 
e n e s t e p a s a j e d e la Historia de la poesía hispano-americana, d e 
M a r c e l i n o M e n é n d e z y P e l a y o , p o r q u e e n s a l z a a A n d r é s B e l l o , d e l q u e 
s e h a c e n a f i r m a c i o n e s d e d u d o s o i n t e r é s p a r a l o s a l u m n o s : 
Bello probó antes que nadie que el asonante no había sido carácter pecu-
liar de la versificación española, y rastreó su legítima filiación latino-ecle-
siástica en el ritmo de San Columbano, que es del siglo VI, en la Vida de 
la condesa Matilde, que es del XI, y en otros numerosos ejemplos; lo 
209 
ELENA BARROSO VILLAR 
encontró después en series monorrimas en los cantares de gesta de la 
Edad media francesa, comenzando por la Canción de Rolando ( I , 203). 
M e n é n d e z y P e l a y o p r o s i g u e r e f i r i é n d o s e a las t e m p r a n a s a p o r t a -
c i o n e s d e A n d r é s B e l l o e n el c a m p o de la é p i c a , q u e a n t i c i p a n las d e 
G a s t ó n Paris y D o z y . 
Los autores d e la Gramática castellana se s i r v e n t a m b i é n d e l Teatro 
crítico universal para q u e los es tud ian tes r e c o n o z c a n las c o n j u n c i o n e s 
c o p u l a t i v a s y sus f u n c i o n e s . El f r a g m e n t o e l e g i d o c o m i e n z a así: 
Pero ¿será posible especificar las impresiones que causan tan diferentes 
sensaciones, esto es, señalar qué especie de movimiento constituye a cada 
una de ellas?Materia es ésta sólo accesible al entendimiento angélico. Mas 
por un género de analogía, ya con los efectos que causan, ya con 
algunas sensaciones externas, creo podemos caracterizarlas de algún 
modo. Siguiendo esta idea, me imagino que el movimiento que causa la 
sensación de amor en el corazón es ondulatorio; el que causa la del 
miedo, comprensivo ( I I , 179). 
Para su p r o p ó s i t o , A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a a n t e p o n e n los t e x t o s 
d e s c r i p t i v o s , e n p r o s a y e n v e r s o , a los n a r r a t i v o s . D e a q u é l l o s s u e l e n 
d e c i r q u e «pintan» d e t e r m i n a d o paisaje o f i g u r a . D e f o r m a para le la , l os 
e je rc ic ios de c o m p o s i c i ó n se o r i e n t a n más al d e s a r r o l l o de la c o m p e t e n -
cia d e s c r i p t i v a , a u n q u e c o n p r e f e r e n c i a e n m o d o a l g u n o e x c l u y e n t e . Y 
c o n v i e n e prec isar q u e a m e n u d o e l a s u n t o p r o p u e s t o p a r a c o m p o n e r 
t i e n e p o c a r e l a c i ó n , o n o la t i e n e e n a b s o l u t o , c o n e l d e l f r a g m e n t o l i t e -
r a r i o p r e v i a m e n t e t r a b a j a d o . 
Es s i g n i f i c a t i v o q u e esa Gramática t a n n o r m a t i v a d e c l a r a d a , y , p o r 
e l l o , t an p r o c l i v e a m a r c a r pautas para e l u s o d e l l e n g u a j e e n su d o b l e 
v e r t i e n t e de o r a l i d a d y escr i tu ra , n o d a o r i e n t a c i o n e s para d e s c r i b i r n i 
para narrar, las escasas veces q u e p r o p o n e e s c r i b i r u n c u e n t o . O r e c o n s -
t r u i r l o , c o m o s u c e d e c o n los d e l Padre F e i j o o ( I I , 20) y D. J u a n M a n u e l 
( I I , 77) . El a l u m n o d e b e i n d u c i r esas pautas a pa r t i r d e los m o d e l o s l i t e -
ra r ios , c u a n d o se le o f r e c e n , c o n la a y u d a sola d e l p r o f e s o r , s in la d e l 
l i b r o , q u e t a m p o c o c o n t i e n e n i n g u n a l e c c i ó n d e d i c a d a a estas c u e s t i o -
nes. C ie r to q u e hasta casi acabar la década c i n c u e n t a n o se t r a d u j o al 
i n g l é s la Morfología del cuento de V l a d i m i r P r o p p , d e i n f l u e n c i a t a n 
i m p o r t a n t e e n e l n a c i m i e n t o y d e s a r r o l l o de la n a r r a t o l o g í a ac tua l , p e r o 
se h a b í a p u b l i c a d o ya e n 1928, d i e z a ñ o s antes q u e e l p r i m e r c u r s o d e 
la Gramática castellana, y a d e m á s n o es necesar io espera r los p l a n t e a -
m i e n t o s f u n c i o n a l e s y f o r m a l i s t a s para d i s t i n g u i r e n u n r e l a t o l o «pr inc i -
pal» d e l o «accesorio», q u é persona jes h a c e n q u é a c c i o n e s , e n q u é t i e m -
p o , e n q u é lugar . H o y t a m b i é n a t e n d e m o s al p u n t o d e v is ta y a la v o z 
210 
SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO 
nar ra t i va e n t r e las c u e s t i o n e s q u e n o p u e d e o m i t i r e l e s t u d i o y e j e r c i c i o 
d e l re la to . 
A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a q u i e r e n t a m b i é n e s t i m u l a r la c a p a c i d a d 
nar ra t i va d e los escolares e n otras m o d a l i d a d e s d e la l i t e ra tu ra , n o s ó l o 
e n e l c u e n t o : 
Redacten los alumnos una narración corta, de preferencia de algún 
hecho o suceso que hayan observado u oído contar; es preferible que no 
tenga forma de cuento. Como modelo léase este pasaje de la exquisita 
'novelaXaimaca, del escritor argentino Ricardo Güiraldes (1887-1928), 
autor de Don Segundo Sombra (II, 66) . 
P e r o e l l o i m p l i c a c o n o c e r las marcas d is t in t i vas d e u n a y ot ras c la -
ses d e re la tos v e r b a l e s , q u e t a m b i é n h a b r á n d e in fe r i rse . 
T a m p o c o de ja d e ser a r r i e s g a d o c las i f icar s i n más e n t r e los d e s c r i p -
t i v o s o n a r r a t i v o s e n u n c i a d o s q u e , c o m o sue le suceder , g r a m a t i c a l m e n -
te p a r t i c i p a n de a m b a s c o n d i c i o n e s , dadas las f o r m a s y f u n c i o n e s de los 
s i g n o s q u e los c o n f i g u r a n , s i e n d o la p e r t i n e n c i a j e r a r q u i z a d o r a d e sus 
c o m p o n e n t e s la q u e n o s i n c l i n a a c o n s i d e r a r l o s d e u n a u o t r a ca tegor ía . 
E l l o aconseja a d o p t a r p r e c a u c i o n e s e n la d o c e n c i a , e n c a m i n a d a s a p r e -
v e n i r e l p o s i b l e d e s c o n c i e r t o d e los a l u m n o s , y a t e n e r e n c u e n t a q u e ya 
es tamos e l e v á n d o n o s al r a n g o es té t ico d e la i n t e r p r e t a c i ó n . A l o n s o y 
H e n r í q u e z U r e ñ a n o s i e m p r e a d o p t a n esa caute la . 
E n l o q u e sí ins is ten es e n r e c o m e n d a r la sencillez e x p r e s i v a , i n c l u -
so si se trata d e l l e n g u a j e a d m i n i s t r a t i v o . R e c o r d e m o s q u e ya la g r a m á -
t ica y la r e t ó r i c a t r a d i c i o n a l e s o p o n e n la «sencillez» o «natural idad» d e la 
n o r m a l ingü ís t i ca a la «desviación» q u e i m p l i c a n las «figuras» o «adornos» 
de la l e n g u a l i te rar ia , y q u e los f o r m a l i s t a s rusos - S k l o v s k i j - r e b a t i e r o n 
c o n énfasis este p u n t o d e v is ta , si b i e n al rev isar a l g u n a d e sus p r o -
puestas a l te rna t ivas , c o m o la d e l «extrañamiento» i n h e r e n t e al l e n g u a j e 
l i t e r a r i o , m u c h o s t e ó r i c o s actua les v e n e n e l la u n a a p o r t a c i ó n d u d o s a 
r e s p e c t o a los p l a n t e a m i e n t o s an te r io res . A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a 
r e c o m i e n d a n para redactar u n a carta: 
S i bien para estos casos hay fórmulas usuales de expresión que el profe-
sor indicará, conviene que los alumnos eviten redactar en forma dema-
siado "curialesca", es decir, demasiado cargada de expresiones conven-
cionales y artificios (II, 95). 
P e r o ese l e n g u a j e s e n c i l l o , n o «curialesco», a igual distancia de la 
afectación y de la vulgaridad ( I I , 3 6 ) , l o a c o n s e j a n e s p e c i a l m e n t e para 
e l d i s c u r s o l i t e r a r i o . A z o r í n s i rve de m o d e l o m a g n í f i c o : 
2 1 1 
ELENA BARROSO VILLAR 
El lenguaje de Azorín es sencillo: las palabras son aquí usuales; las frases, 
de estructura elemental. Con su sencillez, el lenguaje de Azorín resulta de 
alta calidad artística: buen ejemplo de que no se necesita la complicación 
para producir efectos expresivos ( I , 20). 
La Gramática castellana r e c a b a p r o p i e d a d y d e s n u d e z o r n a m e n t a l 
e n e l l e n g u a j e o r a l y e s c r i t o , p u e s m a n t i e n e e l c o n c e p t o d e « a d o r n o » p a r a 
l a s f o r m a s v e r b a l e s i n n e c e s a r i a s o r e d u n d a n t e s e n la c o m u n i c a c i ó n : 
Que los alumnos resuman una obra de teatro o una película que hayan 
visto. El lenguaje no necesita ser adornado ( I I , 187). 
C l a r o q u e la «senci l lez» d e l o s e n u n c i a d o s l i t e r a r i o s n o e s t a n t o f r u t o 
d e e s p o n t a n e i d a d c o m o r e s u l t a d o q u e e m e r g e a la s u p e r f i c i e d i s c u r s i v a 
s ó l o t r a s u n p r o c e s o m e n t a l l a b o r i o s o . Ya e n e l s i g l o X V I I J u a n d e 
J á u r e g u i a d v e r t í a e n e l Discurso poético q u e Facilitar con el oyente los 
versos magníficos es suma dificultad para el autor, así, cuando vemos 
alguna obra de manos concluida en últimos primores, decimos con dis-
creto adagio: «aquíparece que no han llegado manos», y es cuando ha 
intervenido inmenso trabajo de las manos y del entendimiento. Y, a d e -
m á s , la f r o n t e r a e n t r e e l d i s c u r s o «senci l lo» y e l « a d o r n a d o » n o s i e m p r e 
e s c l a r a . D e h e c h o , A l o n s o y H e n r í q u e z U r e ñ a i n t r o d u c e n e n l a 
Gramática, p o r l o g e n e r a l e n l o s e p í g r a f e s d e e j e r c i c i o s g r a m a t i c a l e s , 
m u e s t r a s q u e r o z a n e l l í m i t e d e la l l a n e z a e x p r e s i v a o q u e l o r e b a s a n , 
s o b r e t o d o t e n i e n d o e n c u e n t a e l n i v e l e s c o l a r a l q u e d i r i g e n s u o b r a y 
la c i r c u n s t a n c i a h i s t ó r i c a y c u l t u r a l d e l a l u m n a d o , c o n s u s m o d e l o s 
s e m i ó t i c o s p r o p i o s . Y a m e h e r e f e r i d o a a l g u n o s d e e s o s e j e m p l o s , 
r e p r o d u c i é n d o l o s , a p r o p ó s i t o d e la o r i e n t a c i ó n m o r a l i z a d o r a d e l a l i t e -
r a t u r a . P u e d e n a ñ a d i r s e o t r o s m u c h o s , c o m o e l f r a g m e n t o d e Motivos de 
Proteo. IV, d e J o s é E n r i q u e R o d ó ( I I , 5 2 - 5 3 ) , o a l g u n o s d e l o s q u e p e r -
t e n e c e n a n u e s t r o s c l á s i c o s d e l o s s i g l o s d e o r o . 
S i n d u d a , p u e d e a h o n d a r s e b a s t a n t e m á s e n e l t r a t a m i e n t o d e la l i t e -
r a t u r a t a l c o m o s e m u e s t r a e n la Gramática castellana d e A m a d o A l o n s o 
y P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a . P e r o n o h e p r e t e n d i d o h a c e r a q u í u n a n á l i s i s 
e x h a u s t i v o d e e s t a c u e s t i ó n , s i n o s ó l o a p r o x i m a r m e a a l g u n o s d e s u s 
p l a n t e a m i en t o s , a t e n d i e n d o a s u v i g e n c i a y s i n p r e t e n d e r q u e l o s a u t o -
r e s s e g u i a r a n p o r p a r á m e t r o s t e ó r i c o s d e a h o r a . O j a l á b a s t a n t e s m a n u a -
l e s e s p a ñ o l e s d e n u e s t r o s d í a s h u b i e r a n a b o r d a d o la e n s e ñ a n z a d e l l e n -
g u a j e e n l o s p r i m e r o s c u r s o s e s c o l a r e s s i n d a r p a s o s a t r á s r e s p e c t o a e s e 
l i b r o . H o y n i n g ú n e s f u e r z o p u e d e e s c a t i m a r s e p a r a c o n f i g u r a r u n a e n s e -
ñ a n z a d e la l i t e r a t u r a a s e n t a d a n e c e s a r i a m e n t e e n l o s p a r a d i g m a s a c t u a -
l e s d e l c o n o c i m i e n t o , a u n c o n s c i e n t e s d e q u e n o h a n d e s e r d e f i n i t i v o s ; 
2 1 2 
SOBRE LA LITERATURA EN LA GRAMÁTICA CASTELLANA D E A M A D O A L O N S O 
d e q u e ta l v e z r e s u l t e n m á s e f í m e r o s d e l o e s p e r a b l e . Y, a l a v e z , u n a 
e n s e ñ a n z a c a p a z d e e s t i m u l a r p o s i t i v a y s u f i c i e n t e m e n t e a l a l u m n a d o e n 
l a s d i m e n s i o n e s l e c t o r a y c r e a d o r a . As í t e n d r á n a c c e s o a l a s e x p e c t a t i v a s 
c u l t u r a l e s y d e g o c e e s t é t i c o q u e la l i t e r a t u r a p r o p o r c i o n a . El e m p e ñ o , 
y a d e p o r s í a r d u o , l o e s m á s p o r la r i v a l i d a d d e la t r a n s m i s i ó n o r a l , 
s o b r e t o d o a t r a v é s d e l o s m e d i o s d e c o m u n i c a c i ó n d e m a s a s . S e h a b l a 
d e oralidad versus escritura c o m o t é r m i n o s d e u n a o p o s i c i ó n n o s ó l o 
p o r l a s d i f e r e n c i a s f o r m a l e s o f u n c i o n a l e s d e s u s d i s c u r s o s r e s p e c t i v o s , 
s i n o p o r q u e la c u l t u r a a c t u a l s e a s i e n t a c o n p r e f e r e n c i a e n l a o r a l i d a d , 
q u e l l e g a a a b s o r b e r l o s t e x t o s e s c r i t o s . É s t o s s e t r a n s m i t e n y s e r e c i b e n 
p o r v í a o r a l , c o n o s i n i m á g e n e s , y p a r a la m a y o r í a d e l o s h a b l a n t e s é s a 
e s la p r i n c i p a l m o d a l i d a d , s i n o la ú n i c a , d e r e c e p c i ó n i n f o r m a t i v a . 
N u e s t r a e n s e ñ a n z a d e la l i t e r a t u r a s e d e b a t e e n t r e p o s i c i o n e s i n t e g r a d o -
r a s y d i s t a n c i a d o r a s . L á s t i m a q u e e l h o n d o s a b e r d e A m a d o A l o n s o n o 
p u e d a o r i e n t a r n o s e n e s t a e n c r u c i j a d a . 
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	CampoTexto: CAUCE. Núm. 18-19. BARROSO VILLAR, Mª Elena. Sobre la literatura en la "Gramática ...