Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TERAPÊUTICA APLICADA: BASES DA BOA PRESCRIÇÃO UNIDADE I O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA? Elaboração Juliano de Pierri Atualização Talita Zanin Damas Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................4 UNIDADE I O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA? ..............................................................................................................................................7 CAPÍTULO 1 CONCEITO ........................................................................................................................................................................................ 7 CAPÍTULO 2 TERAPÊUTICA AMPARADA NA CIÊNCIA ........................................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................16 INTRODUÇÃO O objetivo desta disciplina é introduzir o aluno no estudo da terapêutica, bem como investigar bases sólidas que permitam a esse aluno uma correta prescrição medicamentosa, discernindo entre o risco e o benefício que determinado tratamento expõe ao paciente. Ainda sobre o tema, deixaremos claro que a prescrição medicamentosa não pode ser feita com bases puramente empíricas, como em outrora, mas sim se observando as constatações científicas e, principalmente, estabelecendo-se uma maneira clara e racional que leve em consideração a disponibilidade dos fármacos, bem como suas limitações, riscos e benefícios ao paciente. Fazer uma prescrição medicamentosa em odontologia é relativamente fácil, inclusive com programas de computador que realizam essa tarefa de maneira automatizada. Executar uma prescrição odontológica bem-feita, que considere todos esses fatores mais as particularidades do paciente, sem se esquecer dos aspectos legais envolvidos, não é uma tarefa das mais corriqueiras, ao contrário, é algo que exige muito mais do prescritor do que se imagina, conforme mostraremos com o passar do curso. Por fim, melhoraremos a capacidade de tomada racional de decisão, fazendo com que o aluno esteja realmente disposto a prescrever com excelência e tendo acesso a um arsenal terapêutico que lhe propicie tratar não somente os casos mais simples, como também os mais complexos, sempre com liberdade e conhecimento para escolher os fármacos a serem utilizados. Objetivos » Mostrar o que é terapêutica aplicada. » Explicar a importância da ciência dentro das tomadas de decisão. » Apresentar as características mais importantes de ação dos fármacos. » Discutir as relações mínimas entre as prescrições medicamentosas e a legislação vigente. » Explicitar as bases teóricas da prescrição de fármacos. » Compreender em que se baseiam as normas para boa prescrição. » Conhecer pelo menos uma técnica para boa prescrição de fármacos. » Mostrar que a boa prescrição utiliza medidas farmacológicas e não farmacológicas. » Mostrar aos profissionais quais os fármacos utilizados e quais não devem ser usados em odontologia. 6 7 UNIDADE IO QUE É TERAPÊUTICA APLICADA? CAPÍTULO 1 CONCEITO O conceito de terapêutica aplicada Ao longo da formação dos profissionais de saúde, algumas disciplinas atuam como ponto-chave na estruturação dos conhecimentos. Quando falamos desses profissionais, observamos que temáticas de formação, como a farmacologia, a bioquímica e a terapêutica medicamentosa, possuem papel primordial, pois possibilitam tratar os pacientes e livrá-los da angústia, do medo do envelhecimento e, eventualmente, até mesmo da morte (TORTAMANO, 2006). A farmacologia é uma conceituada área que estuda os fármacos e as especialidades deles, além de suas ações no organismo humano. É uma ciência ampla que precisa ser dividida em subáreas para que possa ser mais bem compreendida. Algumas de suas subáreas são farmacognosia, farmacotécnica, farmacodinâmica, farmacologia clínica, farmacologia química, farmácia, psicofarmacologia, autofarmacologia e farmacoterapêutica, também chamada de terapêutica medicamentosa ou terapêutica aplicada (YAGIELA et al., 2011). Vejamos mais sobre essas subáreas (TORTAMANO, 2006): » Farmacognosia: ocupa-se da origem, das características e das distribuições das drogas na natureza, especialmente dos vegetais. Tem mais importância do ponto de vista da criação de novas drogas, porém é relevante no tratamento de comunidades que eventualmente podem não ter acesso a medicamentos industrializados. » Farmacotécnica: ramo que trata do preparo dos medicamentos em si desde o isolamento da molécula ativa (droga) até sua transformação em medicamentos. É importante para o clínico que queira fazer uso de medicamentos manipulados. 8 UNIDADE I | O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA » Farmacodinâmica: estuda os caminhos e as reações sofridas pelos fármacos desde seu ingresso no organismo, passando pela metabolização até sua eliminação. É de suma importância para o clínico, pois oferece uma clara indicação de como determinada droga pode refletir em efeitos desejados e indesejados no organismo do paciente, como, por exemplo, as interações medicamentosas e a velocidade de ação dos fármacos. » Farmacologia clínica: é o estudo dos efeitos dos medicamentos no homem, ou seja, estudos visando à observação dos efeitos em grupos humanos populacionais controlados, e não diretamente em um ou outro paciente. » Farmacologia molecular: estuda os mecanismos mais íntimos de ação dos fármacos e suas interações em nível muito específico dentro do organismo. Pode, inclusive, estar associada ao estudo de como essa droga se liga aos locais do organismo encarregados de receber as moléculas do fármaco. Esses locais são corriqueiramente chamados de sítios receptores. » Farmácia: estuda o preparo, a obtenção e, principalmente, a padronização dos medicamentos. É muito importante para o clínico, pois parte desse estágio a confiança que iremos depositar em determinado medicamento em detrimento de quem o fabricou. » Farmacogenética: estuda como as drogas influenciam os mais diversos campos da transmissão genética. » Psicofarmacologia: procura entender mecanismos de ação e uso de drogas que agem alterando os estados de consciência e psíquicos dos pacientes normais ou portadores de alguma patologia neurológica. » Autofarmacologia: ao contrário do que muitos pensam, a autofarmacologia não trata da maneira como os pacientes fazem uso dos medicamentos por contra própria (esse uso indiscriminado se chama automedicação), mas sim é um ramo muito interessante que procura compreender quais são e como agem as substâncias farmacologias já existentes no organismo, como os hormônios, as enzimas, os sais minerais e as tantas milhares de moléculas complexas produzidas no organismo. Entre todas essas definições, não encontramos até o momento nenhuma que se atreva a tratar diretamente dos pacientes portadores de determinada doença. Nesse contexto, temos, então, a denominada farmacoterapêutica, também chamada de terapêutica medicamentosa, e a terapêutica aplicada: 9 O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA | UNIDADE I » Farmacoterapêutica: estuda a utilização direta de medicamentos no tratamento das enfermidades dos indivíduos específicos de uma população (chamados de enfermos). Ela constitui uma das maneiras de curar um indivíduo que apresente um mal-estar físico, mental, social ou uma combinação desses fatores. Assim, fica claro que outros meios, além dos farmacológicos, devem ser aplicados aos pacientes no sentido mais amplo de busca da cura ou de controle das enfermidades, para garantir o restabelecimento do bem-estar. Há um termo que traduz o sentido mais amplo dos tratamentos que podem ser oferecidos aos pacientes: » Terapêutica aplicada: éum termo mais amplo que tem o sentido de utilizar todos os meios disponíveis para tratamento, controle ou cura das enfermidades dos indivíduos. Assim, quando falamos em terapêutica aplicada, estamos nos referindo ao uso de muitos mecanismos (que eventualmente chamaremos de ferramentas) para eliminar ou diminuir o sofrimento de nossos pacientes. Essas ferramentas podem ser de ordem física (como a fisioterapia), de cirúrgica (como os procedimentos cirúrgicos invasivos), dietética (como a instituição de determinadas dietas) e psíquica (como o controle da ansiedade no consultório). Enfim, trata-se de utilizar todos os meios lícitos no sentido de auxiliar os enfermos a atingirem um estado físico e mental saudável. É chamada por alguns autores simplesmente de terapêutica (ARMONIA et al., 2007). Por fim, a terapêutica, por se tratar de um termo tão amplo, pode estar presente em inúmeras ciências, como a medicina e a medicina veterinária. Então, afunilaremos o tema e faremos alusão, neste estudo, apenas à terapêutica odontológica, que se trata da aplicação dos conhecimentos terapêuticos com a intenção de restituir a saúde bucal de pacientes enfermos. Para melhor desenharmos o panorama de nosso estudo, a figura a seguir ilustra as áreas que fazem parte da terapêutica e da farmacoterapêutica. 10 UNIDADE I | O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA Figura 1. Áreas afins da terapêutica e farmacologia. Farmacologia Terapêutica odontológica Terapêutica aplicada Fonte: elaborado pela autora. Uma modalidade terapêutica ainda não utilizada na odontologia, mas bastante explorada na medicina dos países desenvolvidos, é a musicoterapia. Sugerimos a leitura do texto a seguir como estímulo para que, no futuro, possamos aplicar mais essa ferramenta aos pacientes odontológicos: BERGOLD, L. B.; ALVIM, N. A. T. A música terapêutica como uma tecnologia aplicada ao cuidado e ao ensino de enfermagem. Escola Anna Nery Rev. Enferm., v. 13, n. 3, pp. 537-542, jul./set. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n3/ v13n3a12. 11 CAPÍTULO 2 TERAPÊUTICA AMPARADA NA CIÊNCIA O sucesso terapêutico no tratamento de doenças depende de bases que permitam a escolha do tratamento (medicamentoso e/ou não medicamentoso), a seleção do medicamento de forma científica e racional (considerando sua efetividade, segurança e custo), bem como a prescrição apropriada, a disponibilidade oportuna, a dispensação em condições adequadas e a utilização pelo usuário de forma adequada. Assim, as decisões clínicas e as relações estabelecidas entre os profissionais e usuários são determinantes para a efetividade terapêutica. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (WHO, 2007), mais de 50% de todos os medicamentos são incorretamente prescritos, dispensados e vendidos, e mais de 50% dos pacientes os usam incorretamente. Mais de 50% de todos os países não implementam políticas básicas para promover uso racional de medicamentos. A situação é pior em países em desenvolvimento, com menos de 40% dos pacientes no setor público e menos de 30% no privado sendo tratados de acordo com diretrizes clínicas. De acordo com a OMS, a melhor forma de implementar o uso correto de medicamentos nos países em desenvolvimento é combinar educação e supervisão dos profissionais de saúde, educação do consumidor e garantia de adequado acesso a medicamentos apropriados. No entanto, dentre todas essas estratégias, o uso racional de medicamentos é apontado como item de suma importância para nortear a ação decisiva dos profissionais no momento da prescrição. O uso racional de medicamentos baseia-se no conhecimento científico sólido de estudos prévios que utilizaram e compararam diversos fármacos e têm disponíveis informações que garantem ao clínico chances maiores de sucesso no seu tratamento e uma prévia noção dos riscos aos quais os pacientes estarão submetidos. Desse modo, o tratamento de determinada condição clínica não se baseia somente na prescrição de um fármaco que atue naquela doença, mas sim na escolha sábia da droga, com o pensamento sempre voltado para a premissa de qual seria a melhor entre tantas drogas existentes e não necessariamente a mais “moderna” ou mais tradicional utilizada. Para realizar uso racional de medicamentos, é preciso selecionar informações provenientes de conhecimentos sólidos e independentes e, por isso, confiáveis. Isso corresponde a tomar uma decisão baseada na melhor evidência disponível 12 UNIDADE I | O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA para a tomada de decisão em pacientes individuais. Esse método constitui um processo sistemático e contínuo de autoaprendizado e autoavaliação, sem o que as condutas se tornam rapidamente desatualizadas e não racionais, porém com ele as prescrições em geral apresentam taxas de sucesso maiores e riscos associados muito menores do que a pura e simples prescrição do “tradicional” ou do “mais moderno” (STRAUS et al., 2005). Sempre que pensamos nos procedimentos adotados em medicina, na odontologia ou em qualquer área da saúde, a avaliação das condutas mais racionais passa por um procedimento primordial, que é comparar diferentes estratégias de tratamento com diferentes fármacos, como, por exemplo, tratar ou não tratar, usar um novo procedimento terapêutico ou permanecer no procedimento usual, utilizar um medicamento ou usar um placebo, aplicar um medicamento novo ou prescrever um medicamento já existente. Estudos de intervenção focados em comparações e com alta validade metodológica são os melhores instrumentos para orientar condutas. Mesmo assim, persiste alguma incerteza que existe até nos melhores estudos científicos. Qual seria então a origem dessa incerteza? Essa incerteza está ligada ao fato de que os estudos científicos podem ser conduzidos de várias maneiras, isto é, existe uma série de tipos diferentes de estudos buscando dar validade para este ou aquele fármaco, para este ou aquele procedimento. Todos os estudos são classificados de acordo com a maneira como são projetados para atuar e cada método utilizado tem maior ou menor confiabilidade, ou seja, de acordo com a metodologia do estudo, pode-se “acreditar” mais ou menos nas conclusões que são oriundas desses estudos, e, em última análise, a incerteza proveniente dessa evidência científica fica minimizada dependendo do tipo de estudo em questão. Assim, é importante conhecer como a ciência ampara nossas decisões. Precisamos conhecer os tipos de estudo disponíveis e como o projeto de cada estudo promove uma melhor ou pior chance de acerto quando se deseja prescrever o fármaco ou instituir o tratamento mais adequado para um paciente específico. A seguir, estão expostos os principais tipos de estudo e os níveis de relevância clínica. Quanto maior o nível de relevância clínica, menor é a incerteza na aplicação da metodologia descrita pela técnica avaliada e maior a chance de acerto com menor risco da terapêutica proposta (FUCHS, 2010). 13 O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA | UNIDADE I Quadro 1. Tipos de estudos e sua relevância clínica. Nível do estudo Projeto ou “desenho” do estudo I Ensaio clínico aleatório com desfecho e magnitude de efeitos clinicamente relevantes, correspondentes à hipótese principal em teste, com adequado poder e mínima possibilidade de erro. Revisões de vários ensaios clínicos prévios, comparáveis e com validade interna, com adequado poder final e mínima possibilidade de erro. II Ensaio clínico aleatório, mas que não preenche os critérios do nível I. Análise de hipóteses consideradas secundárias aos estudos de nível I. III Estudos quase-experimentais que utilizam controles atualizados selecionados por método sistemático independente de julgamento clínico. Análise de subgrupos de ensaios clínicos aleatórios, partes de estudos maiores. IV Estudo quase-experimental com controles históricos. Estudos de acompanhamento por gerações (chamados de coorte). V Estudosque se utilizam de caso e controles. VI Séries de casos, ou relatos de casos. Fonte: (FUCHS, 2010). Pelo Quadro 1, podemos perceber que os estudos responsáveis por fazer revisões sistemáticas de vários outros estudos são classificados como nível I, e os estudos que fazem relatos de casos ou de uma série de casos recebem a denominação de nível VI, existindo níveis intermediários entre eles (os níveis II, III, IV e V). Assim, um estudo classificado como nível I tem uma confiabilidade muito maior do que um estudo do nível V e assim por diante. É necessário atentar para a diferença entre significância estatística e significância clínica. A primeira tem sido comumente usada para convencer os profissionais odontólogos sobre os benefícios clínicos de certo tratamento ou fármaco. Entretanto, ela só representa a probabilidade de estar certa ou errada a afirmativa de que determinada diferença entre tratamentos existe ou que tal fármaco é melhor ou pior que outro. A segunda refere-se à utilidade dos resultados obtidos em pesquisa durante a aplicação dos resultados na prática clínica, sendo considerada a relevância clínica dos achados. A falha na ênfase da importância clínica tem levado a frequentes concepções errôneas e discordâncias a respeito da interpretação dos resultados de ensaios clínicos e à tendência de igualar significância estatística com significância clínica. Dessa maneira, é importante estabelecer uma correlação entre a importância clínica e a aplicabilidade dos estudos existentes sobre determinado assunto. O Quadro 2 faz essa correlação classificando os estudos de acordo com o grau de recomendação. 14 UNIDADE I | O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA Quadro 2. Graus de recomendação clínica. Grau de recomendação clínica Grau é caracterizado por: A ao menos um estudo de nível I; B pelo menos um estudo de nível II; C ao menos um estudo de nível III ou dois de nível IV ou V; D somente estudos de nível VI; recomendações de especialistas. Fonte: elaborado pelo autor. Dessa maneira, no Quadro 2 observa-se que clinicamente é importante seguir estudos mais abrangentes (do nível I), pois eles têm relevância clínica muito maior do que a simples recomendação de um especialista (a não ser que essa recomendação se baseie em estudos do nível I). Assim sendo, é muito comum que os profissionais de odontologia deem/superestimem um relato de caso clínico, muitas vezes único, em detrimento de se observar uma sequência de estudos devidamente relatados em estudos relevantes. O relato de um caso clínico isolado é importante, mas é infinitamente menos importante do que um estudo de revisão da literatura pertinente sobre o mesmo assunto. Figura 2. Níveis de relevância dos estudos que servem de base para a tomada de ações pelo clínico. Fonte: elaborado pelo autor. Precisa-se, nesse momento, estabelecer um senso crítico no sentido de entender o perigo de se tomar o relato de um caso clínico como “verdade” a ser utilizada no tratamento do seu paciente. Em realidade, levar em consideração um único 15 O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA | UNIDADE I caso é até uma atitude perigosa, pois a chance de que o mesmo procedimento adotado naquele caso especificamente funcione no seu paciente é realmente mais baixo do que a aplicação dos resultados observados em um estudo de grau I. Perceber que uma tomada de decisão clínica não é simples demanda de uma série de conhecimentos e estudos prévios para que se tenha sucesso pleno; por isso, deve-se sempre basear essas decisões em estudos clínicos realmente consistentes e não somente na opinião desse ou daquele profissional, o que muitas vezes pode induzir o cirurgião-dentista a um erro até despropositadamente, simplesmente por não conhecer os achados científicos mais contemporâneos. Leia o Capítulo 8 do “Uso racional de medicamentos”, elaborado em 2012 pelo Ministério da Saúde. Qual a segurança do fármaco Metamisol conhecido comercialmente como Dipirona? Fica a pergunta para especulações. Figura 3. Medicamento e sua molécula. Nota: esse é um assunto do artigo em leitura conhecida como metamizol ou dipirona cujo nome oficial é: [(2,3-diidro- 1,5-dimetil-3-oxo-2-fenil-1H-pirazol-4-il)metilamino] metanossulfonato sódico (ou 1-fenil-2,3-dimetil-5-pirazolona-4- metilaminometano sulfonato de sódio) Fonte: http://www.cliquefarma.com.br/blog/dipirona-sodica/. A partir da leitura do fragmento mencionado, explique se devemos ou não aceitar que a dipirona seja banida do uso odontológico, uma vez que os Estados Unidos e a Europa não aceitam há muitos anos que essa droga seja empregada no seu território em decorrência de relatos clínicos de que ela droga pode causar morte por doenças graves, como a agranulocitose, por exemplo. Você pode ler sobre questão que envolve a segurança do uso da dipirona acessando o estudo de revisão (portanto, nível I) realizado no Brasil em 2001 que levou o título de “Painel internacional de avaliação da segurança da dipirona”. Disponível em: http:// www.anvisa.gov.br/divulga/informes/relatoriodipirona2.pdf. 16 REFERÊNCIAS ALVES, L. B. Formas farmacêuticas. 2013. 37 slides. Disponível em: https://pt.slideshare. net/DanielaBatista4/trabalho-farmacia. Acesso em: 17 abr. 2021. ANDRADE, E. D. et. al. Farmacologia, anestesiologia e terapêutica em odontologia. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2013. ANDRADE, E. D. Terapêutica medicamentosa em odontologia. 1. ed. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1999. ARMONIA, P. L; TORTAMANO, N.; FRACO-SCHWED, F. Anestésicos Locais. In: ARMONIA, P. L; TORTAMANO, N. (Org.). Como prescrever em Odontologia. 9. ed. São Paulo: Santos, 2007. BORGES, E. Orientação para a prescrição, comércio e dispensação de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Universidade Federal de Santa Catarina, 2008. Disponível em: https://neurologiahu.ufsc.br/files/2012/08/Orienta%C3%A7%C3%A3o-para- prescri%C3%A7%C3%A3o-de-medicamentos-de-controle-especial.pdf. Acesso em: 2 abr. 2021. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC n. 53, de 53, de 30 de agosto de 2007. Altera os itens 1.2 e 2.1, ambos do item VI, do Anexo da Resolução RDC n. 17, de 2 de março de 2007. Disponível em: http://portal.crfsp.org.br/noticias/2458-intercambialidade. html. Acesso em: 2 abr. 2021. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 679, de 21 de novembro de 2019. Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico nas operações logísticas de importação/ exportação, distribuição, fracionamento, armazenagem, courier, transporte nos modais terrestre, aéreo ou fluvial, e demais agentes da cadeia logística de medicamentos e insumos farmacêuticos, substâncias sujeitas a controle especial e outros produtos para a saúde, cosméticos, produtos de higiene pessoal, perfumes, saneantes, alimentos com propriedades funcionais ou finalidades especiais e produtos biológicos. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2019. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-679-de- 21-de-novembro-de-2019-241336577#:~:text=CONSIDERANDO%20a%20Lei%20Federal%20 n%C2%BA,CONSIDERANDO%20a%20Lei%20Federal%20n%C2%BA. Acesso em: 25 abr. 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de especialidades em saúde bucal. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Uso racional de medicamentos: temas selecionados. Brasília: Ministério da Saúde, (Série A. Normas e Manuais Técnicos) 2012. BRUNTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R.; KNOLLMANN, B. C. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e Gilman. 11. ed. Rio de Janeiro: Mcgraw-Hill Interamericana, 2007. CASTRO, M. S.; COSTA, T. D. Vias e métodos de administração e formas farmacêuticas. In: WANNMACHER, L.; FUCHS, F. D. Farmacologia Clínica. Fundamentos da terapêutica racional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, pp.29-37. 1998. 17 REFERÊNCIAS CAVALCANTE, L. B. Sedação consciente: um recurso coadjuvanteno atendimento odontológico de crianças não cooperativas. Arq. Odontol., Belo Horizonte, v. 47, n. 1, jan./mar. 2011. Disponível em: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-09392011000100007. Acesso em: 20 abr. 2021. CLIQUEFARMA. Dipirona sódica. CliqueFarma, 17 abr. 2013. Disponível em: http://www. cliquefarma.com.br/blog/dipirona-sodica/. Acesso em: 15 abr. 2021. FUCHS, S. C.; FUCHS, F. D. Métodos de investigação farmacológico-clínica. In: FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. (eds.). Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, pp. 9-25. 2010. GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. G. As bases farmacológicas da terapêutica. 9. ed. Rio de Janeiro: McGraw Hill Interamericana Editores, 1996. JBM. Dicionário de especialidades farmacêuticas - 2012-2013. EPUB/EPUME/EPUC, versão online. 2012. KUMMER, C. L.; COELHO, T. C. R. B. Anti-inflamatórios não esteroides inibidores da COX-2: aspectos atuais. Rev. Bras. Anestesiol., v. 52, jul./ago. 2002. PEPE, V. L. E.; OSORIO-DE-CASTRO, C. G. S. Prescrição de medicamentos. Toledo: [s. n.], [s. d.]. SÃO PAULO (Estado). Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Prescrição e dispensação de medicamentos na odontologia. São Paulo: CRO-SP, [s. d.]. Disponível em: http://www. crosp.org.br/uploads/arquivo/c2035e1fd371097aa1de449aceca1291.pdf. Acesso em: 17 abr. 2021. STRAUS, S. E. et al. Evidence-based medicine: how to practice and teach EBM. 3. ed. Edinburgh: Churchill Livingstone, 2005. TORTAMANO, N. Guia terapêutico odontológico. 14. ed. São Paulo: Editora Santos, 2001. WORLD HEALTH ASSEMBLY. Progress in the rational use of medicines. World Health Organization, 2007. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/22589. Acesso em: 11 maio 2021. YAGIELA, J. A. et al. Farmacologia e terapêutica para dentistas. 6. ed. São Paulo: Elsevier, 2011. Introdução UNIDADE I O QUE É TERAPÊUTICA APLICADA? CAPÍTULO 1 Conceito capítulo 2 Terapêutica amparada na ciência Referências
Compartilhar