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gestao-financeira-para-eventos-35.pdf de R$25.000,00 mais o saldo inicial de R$15.000,00 irá totalizar o valor de R$40.000,00 como saldo final desse mês, e também seria o inicial do mês seguinte caso a projeção continuasse para mais um período. Vamos raciocinar para verificar qual será a melhor opção para equilibrar o caixa na segunda semana. Poderíamos tentar negociar a antecipação de al- gumas das receitas da terceira ou quarta semana. Por exemplo, poderíamos negociar a antecipação dos recebimentos com os patrocinadores B, C ou a antecipação dos subsídios do governo (o que é pouco provável que ocorra) ou a antecipação dos direitos de transmissão. Não há a necessidade de ne- gociar com um ou com outro, nada impede que façamos a antecipação de pequenas parcelas com todos eles. Outra possibilidade seria a negociação dos valores a pagar. Poderíamos ne- gociar o adiamento do pagamento com os fornecedores A, B e C. Outra opção seria verificar uma composição com todos os pagamentos para equi- librar essa diferença de R$50.000,00. Recomenda-se evitar em atrasar os salários que estão programados para pagamento nessa semana, visto que poderia desmotivar a equipe na organização do evento. Resumo Nessa aula desenvolvemos um fluxo de caixa semanal de uma empresa or- ganizadora de eventos. Avaliamos os recebimentos e os pagamentos e tam- bém a necessidade de realizar negociações para equilibrar o saldo de caixa. Atividades de aprendizagem • Abaixo será apresentado um fluxo de caixa, também do período de um mês, com a divisão semanal de pagamentos. Você deverá totalizar os valores e analisar se a empresa terá que realizar negociações ou não para o equilíbrio dos seus saldos de caixa. Não se esqueça de anotar quais seriam as melhores opções para serem negociadas. Subsídios: Auxílio ou benefício que se dá a qualquer empresa. Quantia que vai prestar benefício ou coadju- vação a alguém. Quantia que um Estado dá a uma potência aliada em virtude de tratados. Tabela 13.4: Exercício de Projeção de Fluxo de Caixa, com simulação das contas a rece- ber e das contas a pagar em uma empresa de eventos 1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana TOTAL Saldo Inicial (saldo do mês anterior) 5.000 Contas a Receber (R$) Patrocinador A - - 30.000 - - Patrocinador B - 10.000 - 10.000 - Receita com venda de ingressos 5.000 5.000 3.000 2.000 - Direito de transmissão - - - 50.000 - Outras receitas 5.000 - - - - TOTAL e-Tec BrasilAula 13 – Entendendo o fluxo de caixa 69 Contas a Pagar (R$) Fornecedor A - 30.000 - 20.000 - Fornecedor B - - 20.000 - - Fornecedor C 5.000 5.000 - 10.000 - Salários 5.000 - - - - Pró-labore dos proprietários 2.000 - - - - Impostos - - 800 - - Água / Luz / Telefone - 350 - - - Aluguel - - 1.200 - - Honorários Contábeis - 500 - - - Combustível - 200 - 200 - Material de escritório - 60 150 - - Despesas com manutenção - 300 - - - Despesas com veículos - - - 200 - Despesas comerciais - 1.000 - - - Despesas financeiras - - 100 - - Compra de equipamentos - - - 3.500 - Outros pagamentos 100 290 350 200 - TOTAL Saldo Parcial (contas a rece- ber – contas a pagar) Saldo Final (Saldo inicial + saldo parcial) Obs. O sinal negativo (-) na frente dos números significa que o volume de pagamentos superou o volume de recebimentos, deixando o saldo parcial e/ou final negativo. Fonte: Elaborada pelo autor. Anotações Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 70 gestao-financeira-para-eventos-59.pdf d) Previsão e) Controle 7. De acordo com o texto, podemos definir um orçamento como a estimativa de despesas e receitas de um evento, sendo a sua prin- cipal função o controle generalizado de um evento. Um bom or- çamento é fundamental para um bom funcionamento e credibili- dade de um evento, e o seu equilíbrio permite dar a conhecer os: a) Participantes do evento b) Funcionários da empresa c) Patrocinadores d) As áreas operacionais e seus limites e) Os gastos com publicidade 8. Os recursos públicos são oriundos de: a) Participação da iniciativa privada b) Venda de ingressos c) Doações d) Entidades governamentais e) Loterias 9. São exemplos de fontes de recursos para eventos: a) Empréstimos b) Dívidas de curto prazo c) Impostos d) Direto de transmissão e) Sorteio e-Tec BrasilAtividades autoinstrutivas 117 10. Para que uma empresa privada seja patrocinadora e tenha interes- se em um evento, deve-se observar que: a) O evento poderá diminuir os custos fixos da empresa b) O evento possa agradar os proprietários, os clientes e os colaboradores da empresa c) O evento como uma ferramenta de comunicação e atingindo o público- alvo da empresa d) Que o evento possa gerar empréstimos com juros mais baixos juntos aos bancos e) Todas as alternativas estão corretas 11. Existe uma diferença entre o conceito de custos e despesas. Qual das opções abaixo melhor define o conceito de custo: a) Custos e despesas são as mesmas coisas. Não existem diferenças. b) Gastos relacionados a bens e serviços utilizados para a produção de ou- tros bens e serviços c) Todos os gastos com investimentos administrativos da empresa d) Todos os valores pagos de forma parcelada ou financiada. e) Gastos com bens e serviços utilizados na manutenção da atividade, bem como os esforços para obtenção das receitas 12. Existe uma diferença entre o conceito de custos e despesas. Qual das opções abaixo melhor define o conceito de despesas: a) Custos e despesas são as mesmas coisas. Não existem diferenças. b) Gastos relacionados a bens e serviços utilizados para a produção de outros bens e serviços c) Todos os gastos com investimentos administrativos da empresa d) Todos os valores pagos de forma parcelada ou financiada. e) Gastos com bens e serviços utilizados na manutenção da atividade, bem como os esforços para obtenção das receitas e-Tec Brasil 118 Gestão Financeira para Eventos gestao-financeira-para-eventos-26.pdf Tabela 10.2: Demonstração de Projeção Orçamentária de um evento Evento Y Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 TOTAL Recursos 15.000 44.000 16.000 - - - 75.000 Patrocínios 15.000 40.000 15.000 - - - 70.000 Outros - 4.000 1.000 - - - 5.000 Custos Variáveis 5.000 28.000 5.000 - - - 38.000 Locação de espaço 5.000 5.000 5.000 - - - 15.000 Contratação de atendentes - 7.000 - - - - 7.000 Contratação de equipa- mentos - 5.000 - - - - 5.000 Coffee break - 3.000 - - - - 3.000 Palestrantes (5 palestras) - 6.000 - - - - 6.000 Custos com os palestrantes - 2.000 - - - - 2.000 Custos Fixos 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 30.000 Resultado Final 5.000 11.000 6.000 (5.000) (5.000) (5.000) 7.000 Obs. A linha de Recursos é totalizada com a soma de patrocínios e outros. A linha de custos variáveis é o somatório de locação de espaço, contratação de atendentes, contratação de equipamentos, coffee break, palestrantes e custos de palestrantes. O resultado final é totalizado pela dedução das receitas pelos custos variáveis e pelos custos fixos. Fonte: Elaborada pelo autor. Podemos observar na tabela 10.2 que o evento Y, que será realizado no segun- do mês, apresentou no primeiro e no segundo mês um lucro de R$5.000,00 e R$11.000,00 respectivamente. Já no terceiro o lucro foi de R$6.000,00. Nos meses seguintes teve que absorver apenas os custos fixos. Dessa forma, con- siderando os meses que foram lucrativos e os meses que geraram prejuízos, o evento Y considerando suas receitas, seus custos variáveis e seus custos fixos, está totalizando um lucro no orçamento de R$7.000,00. e-Tec BrasilAula 10 – Elaboração de um orçamento 51 Tabela 10.3: Demonstração de Projeção Orçamentária de um evento Evento Z Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 TOTAL Recursos 15.000 15.000 21.000 61.000 8.000 - 120.000 Patrocínios 15.000 15.000 15.000 55.000 - - 100.000 Outros - - 6.000 6.000 8.000 - 20.000 Custos Variáveis - - 20.000 56.000 - - 76.000 Locação de espaço - - 20.000 20.000 - - 40.000 Contratação de atendentes - - - 10.000 - - 10.000 Contratação de equipamentos - - - 8.000 - - 8.000 Coffee break - - - 4.000 - - 4.000 Palestrantes (5 palestras) - - - 10.000 - - 10.000 Custos com os palestrantes - - - 4.000 - - 4.000 Custos Fixos 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000 30.000 Resultado Final 10.000 10.000 (4.000) - 3.000 (5.000) 14.000 Obs. A linha de Recursos é totalizada com a soma de patrocínios e outros. A linha de custos variáveis é o somatório de locação de espaço, contratação de atendentes, contratação de equipamentos, coffee break, palestrantes e custos de palestrantes. O resultado final é totalizado pela dedução das receitas pelos custos variáveis e pelos custos fixos. Fonte: Elaborada pelo autor. Podemos observar na tabela 10.3 que o evento Z, que será realizado no quarto mês, apresentou no primeiro e no segundo mês um lucro de R$10.000,00 em cada mês. Já no terceiro teve um prejuízo de R$4.000,00 e no mês quarto não teve nem lucro e nem prejuízo. Nos meses seguintes teve respectivamente um lucro de R$3.000,00 no quinto mês e um prejuízo de R$5.000,00 no sexto mês. Dessa forma, considerando os meses que foram lucrativos e os meses que geraram prejuízos, o evento Z considerando suas receitas, seus custos variáveis e seus custos fixos, está totalizando um lucro no orçamento de R$14.000,00. Já temos agora a projeção orçamentária dos três eventos, tendo o evento X apresentado um prejuízo de R$10.000,00. Os eventos Y e Z apresentaram lucros de R$7.000,00 e R$14.000,00 respectivamente. Na tabela 10.4 temos o agrupamento da projeção dos três eventos. Será possível visualizar o resultado geral da empresa que organizará os even- tos. Foram somados todos os valores mensais de receitas, todos os valores Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 52 gestao-financeira-para-eventos-30.pdf e-Tec Brasil59 Aula 12 – Fluxo de Caixa: facilidade e vantagens Nesta aula serão apresentados exemplos de fluxos de caixa. O objetivo será demonstrar claramente as vantagens do uso dessa ferramenta. 12.1 Facilidades proporcionadas pelo uso do fluxo de caixa Uma das contribuições que o fluxo de caixa traz para a empresa é a visuali- zação dos impactos que as decisões de negociação, de prazos e valores, irão trazer para o dia a dia do caixa da empresa. Quando se está trabalhando comercialmente na captação dos recursos ou na contratação de serviços, nem sempre são percebidos dos descompassos entre a entrada e a saída dos recursos. Quando começa a existir esses descompassos, que também podemos cha- mar de desequilíbrios na caixa, esse fato poderá comprometer os resultados dos eventos. Veja, por exemplo: se você está organizando um evento e ne- gocia a maioria dos pagamentos antes do evento e a maioria dos recebimen- tos posterior ao evento, você terá um desequilíbrio de caixa. Você gastará antes de receber, ou também podemos dizer que os prazos das suas contas a pagar são menores que os prazos das suas contas a receber. Isso se confir- mando, você terá um descompasso entre os prazos e provavelmente faltará dinheiro em seu caixa. Quando ocorre essa situação geralmente recorremos a um financiamento, ou seja, vamos emprestar dinheiro - geralmente junto a uma instituição fi- nanceira/banco - para depois que recebermos as nossas contas a receber pagarmos pelo empréstimo. O maior problema em tomar esses empréstimos é o valor dos juros que teremos para pagar ao banco, que normalmente são altos. Nesse momento o banco entra na condição de antecipar o desequi- líbrio de prazos que a nossa negociação gerou quando determinamos as datas dos pagamentos e dos recebimentos. O fluxo de caixa irá trazer com antecedência a disposição dos momentos em que ocorrerão os pagamentos e os recebimentos. Caso seja possível elaborar um fluxo de caixa com 30 dias de antecedência, por exemplo, será possível visualizar a programação daquilo que irá ocorrer no caixa dentro deste período. Para o autor Piveta (2005) um fluxo de caixa ajuda a perceber toda a movi- mentação que ocorrerá no caixa. O autor também menciona a importância de trabalhar com o dinheiro do caixa, sem depender muito dos emprésti- mos junto aos bancos. O autor destaca em seu estudo cinco pontos cruciais que um fluxo de caixa permite visualizar: a) Existência de concentração de pagamentos/recebimentos; b) Sazonalidades; c) Necessidade e resultados das políticas de marketing e promoções; d) Estrutura de custos/despesas fixa; e) Efeitos dos impostos; 12.2 As vantagens do fluxo de caixa A grande vantagem na elaboração de um fluxo de caixa, sem sombra de dúvidas, é a visualização do saldo de caixa de forma antecipada. Conseguir enxergar os próximos dias, as próximas semanas e às vezes os próximos meses traz informações relevantes para a tomada de decisão, de forma mais segura, na área financeira. Quando temos essa visão projetada da movimentação de caixa poderemos antecipadamente já avaliar quais serão as melhores decisões. Veja o seguinte exemplo: Em uma empresa que está organizando eventos é feito o fluxo de caixa sempre de 30 dias. Na projeção do próximo mês observou-se que na segunda semana o volume nominal de pagamentos é superior ao de rece- bimentos. A empresa terá uma falta de dinheiro na ordem de R$50.000,00 (por exemplo). A área financeira, através dessa informação gerada pelo fluxo de caixa, já começa a pensar em alternativas para cobrir essa diferença. É importante frisar que última alternativa que deveria ser buscada é o financia- mento bancário, porém, na maioria das vezes, é a primeira porque é a forma mais fácil de se resolver o problema. Quais seriam as outras opções? Tem como acertar essa diferença sem depen- der do banco? As alternativas estariam em negociar a antecipação dos recebimentos ou o alongamento dos pagamentos. Essas negociações serão mais fáceis de Figura 12.1: Financiamen- tos bancários Fonte: http://verdadevsmentira. blogspot.com Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 60 gestao-financeira-para-eventos-37.pdf perceber que é o cliente que influencia no preço está em grande risco de insucesso no seu negócio. Desta forma o lucro, que antes era calculado pelo gestor financeiro (quando era possível colocar a margem de lucro que que- ria), passou a ser a diferença entre o preço “aceito pelo mercado” e o total dos custos e despesas. Essa mudança é significativa, pois, enquanto no modelo anterior o preço era função de uma planilha interna, propiciando meros repasses de custos, no modelo atual o preço é definido pelo mercado. Neste novo modelo também é levado em conta o poder aquisitivo, qualidade, alternativas de escolha e a utilidade do produto e/ou serviço. Na empresa, isso significa repensar méto- dos de trabalho e gestão, planejando com base na variável externa, ou seja, de fora para dentro, buscando seu retorno via produtividade, redução de custos, eficiência, qualidade, o que significa repensar a empresa estrategica- mente quanto aos métodos de gestão financeira. 14.3 Critérios para a formação de preço Como o preço é dado pelo mercado, por que então se preocupar tanto com a política e formação de preços? Não deveríamos apenas seguir os preços praticados pelo mercado? Dentro deste cenário e desta nova forma de calcular os preços, passa a ser fundamental um bom gerenciamento de “Custos”. Podemos comparar que antigamente era o período de “formação dos preços”, enquanto que atual- mente é o período de “formação dos custos”. Podemos dizer que o lucro provém dos preços e dos volumes de negócios; portanto, muito mais do que qualquer outra situação, é de importância vital que a empresa conheça seus custos e despesas de forma detalhada, que exa- mine cuidadosamente sua política de formação de preços e administre todas as variáveis envolvidas na questão, de forma a conhecer exatamente seus limites de atuação, no que diz respeito ao mercado, volumes e retornos pos- síveis. Assim sendo, a empresa irá observar o preço que o mercado está pra- ticando e confrontar com os custos internos. Casos os custos sejam muitos altos e próximos do preço praticado, a empresa terá uma baixa lucratividade. Por outro lado, se os custos superarem o preço de venda praticado pelo mercado a empresa terá duas opções: tentar vender mais caro, demonstran- do que seu produto é diferenciado, ou buscar a redução de custos para ser competitivo e poder atuar com o preço de venda praticado no mercado. Produtividade: Qualidade ou estado de produtivo; faculdade de produzir. Rendimento de uma atividade econômica em função de tempo, área, capital, pessoal e outros fatores de produção. e-Tec BrasilAula 14 – Formação de preços 73 14.4 Visão Mercadológica X Visão Financeira A formação do preço de venda deve respeitar duas perspectivas (interna e externa) e ambas são importantes de serem consideradas. Na financeira (interna) é considerado o paradigma tradicional, em que o pre- ço é formado de dentro para fora. Esta visão permite cobrir os custos e des- pesas e gerar a rentabilidade desejada. Considera-se como o produto e/ou serviço ideal ao cliente e neste modelo respeita-se a rentabilidade. Na mer- cadológica (externa) é observado o comportamento dos preços no mercado. O preço é formado de fora para dentro. Nesta perspectiva existe interação com a liberdade de preços e com a necessidade de mercado, respeitando-se a competitividade. (SALANEK FILHO, 2006). Figura 14.3: Conhecendo melhor a formação de preços Fonte: http://diariosdebordo-2.blogspot.com Resumo Nessa aula começamos a conhecer um novo assunto, o preço. Aprendemos que o preço deve superar os custos para gerar lucros e também respeitar os valores que são praticados pelo mercado, sendo assim competitivos. Como iniciamos um novo assunto – preço de venda – leitura complementares são importantes para o entendimento do conceito. Acesse o link: <http://www. martinsfontespaulista. com.br/anexos/produtos/ capitulos/518870.pdf>. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 74 gestao-financeira-para-eventos-12.pdf Para Santos (2011), o planejamento financeiro empresarial pode ter início em qualquer etapa do empreendimento. O mais recomendado é que seja feito mes- mo antes de iniciar e fundar o empreendimento e/ou empresa, e deve levar em consideração todos os aspectos financeiros calculados para o monitoramento. Segundo Mandelli (2009), o conceito de planejamento financeiro deve ser fragmentado em planejamento e finanças. Pelo dicionário, planejar é traçar metas, elaborar planos direcionados a peculiaridades do projeto que se al- meja pôr em prática. Já as finanças, pode-se dizer que são um método de administração dos recursos disponíveis, encaixando-se no meio empresarial ou particular, discutindo-se a distribuição e aplicação dos recursos. Esses dois autores nos mostram a importância de pensar de forma planejada. Sempre que fazemos um planejamento teremos grandes possibilidades de obter êxito. Se não fizermos planejamento teremos provavelmente que con- tar com a sorte para que não tenhamos surpresas negativas. Figura 3.2: Planejando finanças Fonte: http://www.grzero.com.br O que é Planejamento Financeiro? Planejamento financeiro é um processo de desenvolvimento e implementação de um plano personalizado para evitar ou resolver problemas financeiros com objetivo de alcançar metas previamente determinadas. Esta forma sistemáti- ca de se planejar pode ser empregada tanto na nossa vida pessoal como em ambientes empresariais. Um planejamento financeiro eficiente inclui a elabo- ração e cumprimento das metas de forma disciplinada. De fato não é fácil criar metas ambiciosas e ao mesmo tempo realistas, muito menos conseguir cumpri-las dentro dos prazos estabelecidos, e por isso a proposta deste site é ajudar a todos que buscam um planejamento financeiro de sucesso. Fonte: http://www.planejamentofinanceiro.net.br/ e-Tec BrasilAula 3 – Planejamento na área de finanças 23 Resumo Nessa aula aprendemos como é importante desenvolver um planejamento financeiro para gerenciar com mais segurança uma empresa ou a organiza- ção de um evento. Atividades de aprendizagem • Por onde você começaria a planejar um evento? Pensando nos gastos ou nas receitas? Anotações Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 24 gestao-financeira-para-eventos-58.pdf e-Tec Brasil115 Atividades autoinstrutivas 1. Em finanças são muito conhecidos os termos crédito e débito. Es- ses dois termos possuem sua relação respectivamente com quais termos relacionados às finanças de eventos? a) Captação de recursos e Desembolsos b) Fluxo de caixa e preços c) Gastos e pagamentos d) Pagamentos e custos e) Dinheiro e cheques 2. O administrador ou gestor financeiro é a pessoa que terá a res- ponsabilidade de controlar os recursos, buscando as melhores op- ções e tomando as decisões mais oportunas para obter o maior _______ possível: a) Controle b) Custo c) Lucro d) Pagamento e) Percentual 3. Fazem parte das características do administrador financeiro: a) Descontrole, disponibilidade e ética b) Descontrole, irritação e transparência c) Nervosismo, ética, disponibilidade d) Nervosismo, ética, descontrole e) Transparência, disponibilidade e ética 4. De acordo com o texto, o administrador financeiro deve controlar as finanças da empresa, mas também ficar sempre atento para os aspectos externos do negócio, entre eles: a) Concorrência e indicadores do governo b) Meio ambiente e impostos c) Prejuízos e impostos d) Taxas de juros e prejuízos e) Taxas de juros e indicadores de inflação 5. Podemos definir planejamento financeiro como: a) É um controle relacionado apenas para anotar toda a movimentação de dinheiro que circula na empresa, sem prévio observação dos gastos. b) É um processo de controle dos custos e das despesas que ocorrem na empresa e não inclui o controle das receitas. c) É um processo de desenvolvimento e implementação de um plano perso- nalizado para evitar ou resolver problemas financeiros com objetivos de alcançar metas previamente determinadas. d) É um processo de elaboração de um plano de contingência para somente evitar endividamento bancário e) O planejamento financeiro está ligado ao arquivo de documentos e da empresa que possuem registro de valores financeiros. 6. Um orçamento é uma espécie de antecipação daquilo que vai acontecer nas finanças da empresa ou mesmo do evento que será realizado. Todo evento que está programado deve, durante a sua programação, ter a elaboração de um orçamento. Assim, teremos uma ideia clara daquilo que possivelmente seja recebido e tam- bém daquilo que possivelmente seja pago. O orçamento também pode ser definido como uma espécie de _____________. a) Movimentação b) Registro c) Revisão e-Tec Brasil 116 Gestão Financeira para Eventos gestao-financeira-para-eventos-32.pdf 1. Pagar juros de 5% para negociar valores a pagar; 2. Conceder desconto de 2,5% no contas a receber; 3. Pagar juros de 8,5% ao banco para obter um empréstimo. Anotações e-Tec BrasilAula 12 – Fluxo de Caixa: facilidade e vantagens 63 gestao-financeira-para-eventos-46.pdf Observamos no exemplo acima que, na ótica do custo variável unitário, cada formando irá custar o mesmo valor. É obvio que se isolarmos o total dos cus- tos variáveis estes aumentaram à medida que aumentarem o número de for- mandos. Mas é importante frisar que estamos calculando o custo unitário. Com relação ao custo fixo a visão já deve ser outra. Necessitamos obrigato- riamente saber o número de formandos para que seja possível diluir o custo fixo total. Neste tipo de custos, caso aumente o número de formandos te- remos custos fixos unitários menores e se diminuir o número de formandos, teremos custos fixos unitários maiores. Observe a tabela 17.2: Tabela 17.2: Exemplos de custos unitários fixos de uma empresa organiza- dora de formaturas Itens Quantidade de formandos Custo Fixo Total 10 50 80 100 Custos Fixos Unitários (por formando) - Aluguel 40.000,00 4.000,00 800,00 500,00 400,00 - Cerimonial 3.000,00 300,00 60,00 37,50 30,00 - Decoração 7.000,00 700,00 140,00 87,50 70,00 - Iluminação/Som 8.000,00 800,00 160,00 100,00 80,00 - Outros custos 25.000,00 2.500,00 500,00 312,50 250,00 TOTAL 83.000,00 8.300,00 1.660,00 1.037,50 830,00 Fonte: Elaborada pelo autor. Verificamos na tabela 17.2 que à medida que o número de formandos au- menta diminui o custo fixo unitário por formando e vice-versa. Nessa situa- ção teremos claramente o valor que cada formando terá de custo fixo. Com os dois cálculos efetuados e as duas tabelas prontas será possível de- terminar o custo unitário total, que é a soma do custo fixo unitário mais o custo variável unitário. Tabela 17.3: Exemplos de custos unitários totais de uma empresa organizadora de formaturas Itens Quantidade de formandos 10 50 80 100 Custos Variáveis Unitários (por formando) - Roupa 300,00 300,00 300,00 300,00 - Canudo 40,00 40,00 40,00 40,00 - Convites 500,00 500,00 500,00 500,00 - Outros custos 430,00 430,00 430,00 430,00 TOTAL 1.270,00 1.270,00 1.270,00 1.270,00 e-Tec BrasilAula 17 – Calculando o Mark-up 91 Na tabela 17.3 tivemos uma visão muito clara do fechamento dos custos unitários. É possível avaliar que se tiver apenas dez formandos os custos fica- rão altíssimos, não tanto em função dos custos variáveis, mas sim em função dos custos fixos distribuídos para apenas dez formandos. A formatura pro- vavelmente ficará inviabilizada com este custo. Caso tenhamos cinquenta ou oitenta formandos o custos totais atingirão R$2.930,00 e R$2.307,50, respectivamente. Ou seja, à medida que aumen- ta o número de formandos o custo unitário total diminui, sempre devido à redução dos custos fixo por formando. E finalmente, se tivermos cem for- mandos será atingido o valor do nosso exemplo inicial, ou seja, um custo de R$2.100,00 por formando. Tendo esse custo determinado, o gestor financeiro deverá a seguir aplicar o mark-up e formar o preço de venda por formando. Com esse preço unitá- rio, a comissão de formatura começa a levantar os recursos para realizar a formatura. Figura 17.2: Eventos de sucesso Fonte: http://www.mundosebrae.com.br 1. Um evento deve ser muito bem planejado. Veja no link como isso deve ser planejado: <http://www. mundosebrae.com.br/2010/06/ como-organizar-eventos-de- sucesso/>. 2. Métodos de custeio: conheça outras formas de gerenciar custos acessando o link: <http:// www.fae.edu/publicacoes/pdf/ financas/4.pdf>. Custos Fixos Unitários (por formando) - Aluguel 4.000,00 800,00 500,00 400,00 - Cerimonial 300,00 60,00 37,50 30,00 - Decoração 700,00 140,00 87,50 70,00 - Iluminação/Som 800,00 160,00 100,00 80,00 - Outros custos 2.500,00 500,00 312,50 250,00 TOTAL 8.300,00 1.660,00 1.037,50 830,00 Custo Unitário Total (CUT) (por formando) 9.570,00 2.930,00 2.307,50 2.100,00 Fonte: Elaborada pelo autor. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 92 gestao-financeira-para-eventos-27.pdf mensais de custos variáveis e de custos fixos. O objetivo do agrupamento, destas informações é visualizar o resultado geral do negócio, que será lucra- tivo em R$11.000,00, que foram originados pelas receitas que totalizaram R$495.000,00 – os custos variáveis projetados são de R$364.000,00 e os custos fixos totalizam o valor de R$120.000,00. Tabela 10.4: Demonstração de Projeção Orçamentária Agrupado Evento Z Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 TOTAL Recursos 30.000 59.000 87.000 111.000 108.000 100.000 495.000 - Patrocínios 30.000 55.000 80.000 105.000 100.000 80.000 450.000 - Outros - 4.000 7.000 6.000 8.000 20.000 45.000 Custos Variáveis 5.000 28.000 25.000 56.000 - 250.000 364.000 - Locação de espaço 5.000 5.000 25.000 20.000 - 150.000 205.000 - Contratação de atendentes - 7.000 - 10.000 - 30.000 47.000 - Contratação de equipamentos - 5.000 - 8.000 - 8.000 21.000 - Coffee break - 3.000 - 4.000 - 4.000 11.000 - Palestrantes (5 palestras) - 6.000 - 10.000 - 50.000 66.000 - Custos com os palestrantes - 2.000 - 4.000 - 8.000 14.000 Custos Fixos 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 20.000 120.000 Resultado Final 5.000 11.000 42.000 35.000 88.000 (170.000) 11.000 Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 10.2: Definição de custos em eventos Fonte: http://akademia.comunicamos.org Resumo Nessa aula aprendemos a agrupar os diversos conceitos que conversamos no decorrer das dez primeiras aulas deste curso. Foi possível visualizar, através da projeção orçamentária três eventos, que acontecerão ao longo de seis meses, todas as receitas, os custos (fixos e variáveis) e os resultados. Saiba mais sobre tabela de custo padrão para a realização de eventos acessando: <http:// cetsp1.cetsp.com.br/pdfs/ eventos/tabelaEventos.pdf>. e-Tec BrasilAula 10 – Elaboração de um orçamento 53 Atividades de aprendizagem • Analise e avalie detalhadamente os valores das tabelas desta aula. Anotações Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 54 gestao-financeira-para-eventos-50.pdf para cobrir todos os custos de estrutura e também para gerar resultado po- sitivo para a empresa. A margem de contribuição é muito importante de ser calculada, pois de- monstra quanto sobra do faturamento após pagar os custos de produção. Em nosso exemplo sobrou um percentual relativamente alto (43,72%), mas poderia ter sobrado apenas 20%. Nessa situação estaríamos afirmando que a atividade da empresa contribui com apenas 20% para cobrir os custos fixos e gerar lucro. Nessa linha de raciocínio você já deve estar imaginando que é melhor que tenhamos uma margem de contribuição alta. Isso mesmo! Quanto maior a margem de contribuição, maior será a sobra de recursos para a empresa cobrir sua estrutura fixa e ganhar dinheiro. Figura 18.2: Calculando a mar- gem de contribuição Fonte: http://www.uapi.ufpi.br Margem de Contribuição O estudo aborda os problemas empresariais ligados à necessidade de ma- ximização do resultado em um contexto de escassez de recursos e outras condições adversas que limitam a capacidade produtiva. Neste sentido, apresenta o Custeio Variável e o conceito de Margem de Contribuição pelo fator limitante da produção, como um instrumento de controle e otimização de recursos da maior importância para o processo decisório, sendo tais conceitos ilustrados com um exemplo numérico. e-Tec BrasilAula 18 – Conceito de Margem de Contribuição (MC) 99 Resumo Nessa aula aprendemos a calcular a margem de contribuição. Esse cálculo irá nos mostrar se somos eficientes em gerar receitas e gastar pouco com os custos de produção do evento. Quanto menos gastarmos com a produção, mais dinheiro irá sobrar para pagar os custos fixos e também gerar lucro. Atividades de aprendizagem • Calcule a margem de contribuição dos exemplos abaixo e assinale qual dos exemplos traz a melhor margem de contribuição, tanto em valor como em percentual sobre o preço de venda. Tabela 18.3: Exercício sobre cálculo da Margem de Contribuição Itens Exemplo 1 Exemplo 2 Custos Variáveis 1.200,00 850,00 Custos Fixos 800,00 150,00 Custos totais 2.000,00 1.000,00 Preço de Venda 2.500,00 1.250,00 8 % de impostos 200,00 100,00 2 % de comissões 50,00 25,00 10% de lucro 250,00 125,00 Margem de Contribuição Receitas – (custos variáveis + (receitas x percentuais de impostos e comissões)) Margem de Contribuição em percentual sobre o faturamento Fonte: Elaborada pelo autor. Anotações Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 100 gestao-financeira-para-eventos-1.pdf Gestão Financeira para Eventos Pedro Salanek Filho 2013 Curitiba-PR PARANÁ INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para a rede e-Tec Brasil. Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Prof. Irineu Mario Colombo Reitor Prof. Joelson Juk Chefe de Gabinete Prof. Ezequiel Westphal Pró-Reitoria de Ensino - PROENS Prof. Gilmar José Ferreira dos Santos Pró-Reitoria de Administração - PROAD Prof. Silvestre Labiak Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação - PROEPI Neide Alves Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Assuntos Estudantis - PROGEPE Bruno Pereira Faraco Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional - PROPLAN Prof. Marcelo Camilo Pedra Diretor Geral do Câmpus EaD Prof. Célio Alves Tibes Junior Diretor de Ensino, Pesquisa e Extensão - DEPE/EaD Coordenador Geral da Rede e-Tec Brasil – IFPR Thiago da Costa Florencio Diretor Substituto de Administração e Planejamento do Câmpus EaD Prof.ª Patrícia de Souza Machado Coordenadora de Ensino Médio e Técnico do Câmpus EaD Prof.ª Marlene de Oliveira Coordenadora do Curso Jéssica Brisola Stori Assistência Pedagógica Prof.ª Ester dos Santos Oliveira Prof.ª Sheila Cristina Mocellin Idamara Lobo Dias Silvia Kasprzak Prof.ª Maria Angela Motta Revisão Editorial Vanessa Trevisan Marcon Fabiola Penso Diagramação e-Tec/MEC Projeto Gráfico Atribuição - Não Comercial - Compartilha Igual Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal do Paraná Biblioteca IFPR - Campus Curitiba Bibliotecária: Elisete Lopes Cassiano – CRB-9/1446 S161g Salanek Filho, Pedro Gestão financeira para eventos [recurso eletrônico] / Pedro Salanek Filho. – Dados eletrônicos (1 arquivo: 1 megabyte). – Curitiba: Instituto Federal do Paraná, 2013. ISBN 978-85-8299-098-8 1. Eventos especiais - Administração. 2. Administração financeira. I. Título. CDD: Ed. 23 - 060.68 gestao-financeira-para-eventos-5.pdf Aula 18 – Conceito de Margem de Contribuição (MC) 95 18.1 O conceito de margem 95 18.2 Conceituando margem de contribuição 96 Aula 19 – Ponto de equilíbrio em valores e em quantidade 101 19.1 O conceito de ponto de equilíbrio 101 19.2 Cálculos do Ponto de Equilíbrio 103 Aula 20 – Plano de Negócio e avaliação de investimentos 107 20.1 Ferramentas financeiras que devemos utilizar na elaboração de um Plano de Negócio 107 20.2 Retorno sobre os investimentos 109 20.3 Período de payback 109 20.4 Cálculos da TIR e VPL 110 20.5 Cálculos do ROI 111 Referências 113 Atividades autoinstrutivas 115 Currículo do professor-autor 137 e-Tec Brasil gestao-financeira-para-eventos-38.pdf Atividades de aprendizagem Você já formou preço de algum produto ou serviços que você vendeu? a) Em caso positivo, lembre-se de como você fez essa conta. O preço pelo qual você vendeu foi correto? Foi adequado para você e para o seu cliente? b) Caso você nunca tenha vendido nenhum produto ou serviço, pergunte para algum comerciante próximo de sua casa como ele forma o preço dos produtos/serviços que vende. Anotações e-Tec BrasilAula 14 – Formação de preços 75 gestao-financeira-para-eventos-34.pdf Vamos agora começar a elaborar o fluxo de caixa! Ainda está faltando uma informação: sempre teremos que considerar o saldo de caixa do mês ante- rior, ou seja, quanto a empresa tem de saldo em relação aos pagamentos e recebimentos ocorridos anteriormente. Para esse nosso exemplo vamos considerar um valor de R$15.000,00 de saldo inicial. Dessa forma, em nossa projeção o caixa vai iniciar com um saldo de R$15.000,00 e passaremos a considerar a cada semana os valores dos rece- bimentos e pagamentos apontados nas tabelas. Na elaboração da nossa planilha de fluxo de caixa teremos que criar as se- guintes linhas totalizadoras: • Saldo Inicial – Informações referentes ao saldo de caixa que encerrou o período anterior; • Total das Contas a Receber – Informações referentes ao volume sema- nal de recebimentos; • Total das Contas a Pagar – Informações referentes ao volume semanal de pagamentos; • Saldo Parcial – Diferença entre o total dos recebimentos e dos pagamentos da semana; • Saldo Final – Saldo inicial adicionado do saldo parcial. Tabela 13.3: Projeção de Fluxo de Caixa com simulação das contas a receber e das contas a pagar em uma empresa de eventos 1ª semana 2ª semana 3ª semana 4ª semana TOTAL Saldo Inicial (saldo do mês anterior) 15.000 27.650 - 50.000 44.800 Contas a Receber (R$) - Patrocinador A - 300.000 - - 300.000 - Patrocinador B - - 50.000 50.000 100.000 - Patrocinador C - - 200.000 - 200.000 - Patrocinador D 15.000 15.000 15.000 15.000 60.000 - Receita com venda de ingressos 20.000 30.000 50.000 100.000 200.000 - Doações 10.000 - - - 10.000 - Subsídios governamentais - - 50.000 - 50.000 - Direito de transmissão - - - 70.000 70.000 - Outras receitas - 10.000 - - 10.000 TOTAL 45.000 355.000 365.000 235.000 1.000.000 e-Tec BrasilAula 13 – Entendendo o fluxo de caixa 67 Pronto! Já temos um fluxo de caixa projetado. Considerando que essa será a programação dos recebimentos e pagamentos para o próximo mês, po- demos observar aquela condição que mencionamos na aula 12 - que na se- gunda semana o caixa apresentaria um saldo final negativo de R$50.000,00. Nas outras semanas o resultado foi positivo, sendo R$27.650,00 na primei- ra semana; R$44.800,00 na terceira semana e R$40.000,00 o saldo final, na última semana. Podemos também analisar por que sobrou esse valor de R$40.000,00 na última semana através do raciocínio abaixo. A empresa começou com um saldo inicial de R$15.000,00 durante o mês teve uma programação de recebimentos de R$1.000.000,00 e uma progra- mação de pagamentos de R$975.000,00 - observamos que a diferença entre a movimentação desses dois valores será de R$25.000,00 - certo? O total Honorários Contábeis: Valores para escritórios de contabilidade terceirizados, para a elaboração da contabilidade da empresa. Contas a Pagar (R$) - Fornecedor A - 200.000 200.000 200.000 600.000 - Fornecedor B - 120.000 - - 120.000 - Fornecedor C 25.000 25.000 - - 50.000 - Fornecedor D - - - 30.000 30.000 - Fornecedor E - - 40.000 - 40.000 - Salários - 70.000 - - 70.000 - Pró-labore dos proprietários - 10.000 - - 10.000 - Impostos - - 20.000 8.000 28.000 - Água / Luz / Telefone 1.000 300 100 - 1.400 - Aluguel - 4.000 - - 4.000 - Honorários Contábeis - 1.000 - - 1.000 - Combustível - 500 - 500 1.000 - Material de escritório 100 - - - 100 - Despesas com manutenção - 500 - - 500 - Despesas com veículos - 200 - 200 400 - Despesas comerciais - - 3.000 - 3.000 - Despesas financeiras - 200 100 - 300 - Compra de equipamentos 5.000 - 3.800 - 8.800 - Outros pagamentos 1.250 950 3.200 1.100 6.500 TOTAL 32.350 432.650 270.200 239.800 975.000 Saldo Parcial (contas a receber – contas a pagar) 12.650 - 77.650 94.800 - 4.800 Saldo Final (Saldo inicial + saldo parcial) 27.650 - 50.000 44.800 40.000 Obs. O sinal negativo (-) na frente dos números significa que o volume de pagamentos superou o volume de recebimentos, deixando o saldo parcial e/ou final negativo. Fonte: Elaborada pelo autor. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 68 gestao-financeira-para-eventos-28.pdf e-Tec Brasil55 Aula 11 – O conceito de fluxo de caixa Após a conclusão das aulas que tratavam sobre as previsões de receitas e dos custos (fixos e variáveis) que são utilizadas para a elaboração do orçamento, passaremos agora a conversar sobre outra ferramenta financeira, o Fluxo de Caixa. 11.1 Conceito de fluxo de caixa Você já ouviu falar em fluxo de caixa? Qual será a finalidade dessa ferramen- ta no processo de gestão de eventos? Qual a relação do fluxo de caixa com o orçamento? São várias as perguntas que podem ser feitas sobre essa nova ferramenta que iremos aprender a utilizar. O fluxo de caixa tem uma relação direta com a movimentação dos recursos financeiros. Enquanto que no orçamento realizamos uma provisão com antecedência, podendo até ser superior ao período de um ano, no fluxo de caixa já trabalhamos com o controle dos pagamentos e recebimentos; ele também ocorre em períodos bem mais reduzidos. O fluxo de caixa tem a finalidade de controlar os rece- bimentos e pagamentos do caixa. Utilizamos o fluxo de caixa para observar em que momento, de um determi- nado período (dia, semana, mês, trimestre etc.), teremos mais ou menos dinheiro no caixa. Enquanto o orçamento é elaborado para avaliar a viabili- dade como um todo do evento, observando se o mesmo é ou não lucrativo, o fluxo de caixa é utilizado posterior- mente e tem a finalidade de controlar a movimentação do caixa. Costuma-se também elaborar provisões de fluxo de caixa. Nesta provisão o administrador observa tudo o que ele terá para receber, e tam- bém para pagar, e vai acompanhando se os valores vão se confirmando. Para Piaveta (2005), o fluxo de caixa é uma demonstração de caráter dinâmico e prático, que oferece ao gerente financeiro uma bagagem de informações que o ajudará na tomada de decisões. Esse documento representa a previsão, o controle e o registro de entradas e saídas financeiras durante um determinado período, contendo informações sobre a vida financeira da empresa. Provisão: Ato ou efeito de prover ou programar. Figura 11.1: Elaborando um flu- xo de caixa Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br Dinâmico: Referente a dinâmica, a movi- mento, a força. Para Reinert e Bertolini (2011) “o fluxo de caixa de uma empresa é o conjunto de entradas e saídas de recursos ao longo de um determinado período, ele consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa”. Nessa mesma linha o site <www.efetividade.net> menciona que o fluxo de caixa é um instrumento gerencial que controla e informa todas as movi- mentações financeiras (entradas e saídas de valores monetários) de um dado período (diário, semanal, mensal etc.). O fluxo de caixa é composto dos dados obtidos dos controles de contas a pagar, contas a receber, de saldos de aplicações e todos os demais que representem as movimentações de re- cursos financeiros disponíveis da organização. É muito interessante observar que nas definições acima são mencionados termos relacionados a controle e tomada de decisão. Na segunda definição são apresentados também os conceitos de contas a pagar e contas a receber. Essas duas informações serão fundamentais para elaborar o fluxo de caixa. Vamos saber um pouco mais sobre essas duas contas. Para Reinert e Bertolini (2011) o controle de contas a pagar proporciona uma visualização global dos compromissos assumidos pela empresa, permitindo acompanhar de forma fácil os pagamentos a serem efetuados em deter- minado período nos exemplos a seguir. Os mesmos autores ainda desta- cam que também deve ser elaborado um demonstrativo dos compromissos a vencer para efeito de controle de vencimentos e de disponibilidades de recursos na ocasião dos pagamentos. Quanto aos conceitos de contas a receber, os autores Reinert e Bertolini (2011) mencionam que as contas a receber são representadas por faturas ou duplicatas e são relacionadas com as receitas da empresa, ou seja tudo aquilo que a empresa tem para receber. Agora já sabemos o conceito de fluxo de caixa, e que nesse documento ela- borado pelo departamento financeiro encontramos duas grandes contas, as contas a receber e as contas a pagar. Em todo departamento financeiro existem controles, através de documen- tos, da movimentação financeira que será feita no caixa. Vamos supor que é confirmada a captação de recursos financeiros através de um patrocínio. Com essa confirmação será emitido um contrato entre as partes (a empresa promotora do evento e o patrocinador). Neste contrato serão descritas as condições de repasse desse patrocínio. Vamos contextualizar esse assunto observando os exemplos a seguir. Fatura: Relação que acompanha a remessa de mercadorias expedidas e que contém a designação de quantidades, marcas, pesos, preços e importâncias. Documento que legitima a circulação da mercadoria, servindo também de base para a cobrança de impostos. Duplicata: Título de crédito, negociável, pelo qual o comprador se obriga a pagar no prazo estipulado a importância da fatura. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 56 gestao-financeira-para-eventos-62.pdf 26. Conforme mencionado no texto, é considerado também um dos fatores que influência na formação de preços? a) Conhecimento da marca. b) Orçamento defasado. c) Fluxo de caixa negativo. d) Empréstimo bancário elevado. e) Prejuízos acumulados. 27. Complete a frase conforme a afirmação do autor Oliveira: “a fi- xação de preços é uma decisão de suma importância para a ad- ministração, por ser o fator primordial de _______________, _______________ e ________________ da empresa no mercado a) Gestão, avaliação dos lucros, inadimplência. b) Custos, recebimentos, pagamentos. c) Sobrevivência, lucratividade, posicionamento. d) Empréstimos, inadimplência, controle. e) Empréstimos, lucratividade e controle. 28. O texto menciona a visão mercadológica e financeira para a for- mação de preços. Podemos afirmar que a visão mercadológica respeita-se a______________ e na visão financeira respeita-se a ______________. a) Gestão e Lucro. b) Custos e Despesas. c) Lucros e Prejuízos. d) Competitividade e rentabilidade. e) Pagamentos e recebimentos. e-Tec BrasilAtividades autoinstrutivas 123 29. Imagine uma empresa com receita total de R$ 100.000,00 e um cus- to total de R$ 60.000,00. Qual o lucro percentual desta empresa? a) 10%. b) 50%. c) 40%. d) 5%. e) 100%. 30. Uma empresa que teve uma receita total de R$100.000,00 e um custo total de R$80.000,00 – podemos afirmar que o lucro percentual foi de: a) 80%. b) 10%. c) 20% d) 8%. e) 100%. 31. Qual das frases abaixo melhor define o conceito de Mark-up: a) É um termo usado para indicar quanto do orçamento está abaixo do prejuízo gerado na empresa. b) É um termo usado para indicar quanto do preço do produto está acima do seu lucro. c) É um termo usado em economia para indicar quanto do preço do produ- to está acima do seu custo de produção e distribuição. d) É um termo usado para indicar quanto do custo fixo do produto está abaixo do seu custo variável. e) É um termo usado para indicar quanto do fluxo de caixa do produto está acima do lucro da empresa. e-Tec Brasil 124 Gestão Financeira para Eventos gestao-financeira-para-eventos-66.pdf 48. Qual o significado de VPL? a) Variação Permanente do Lucro b) Variação de Prejuízos e Lucros c) Valor Presente Líquido d) Valor Permanente de Lucro e) Valor Progressivo sobre Lucro 49. Qual a definição de ROI? a) É a tradução de Resultado Operacional de Indicadores. É uma planilha elaborada para avaliação dos recursos que circularam pela empresa b) Retorno sobre indicadores de faturamento e empréstimos bancários. É a relação entre os juros pagos para bancos e o lucro. c) Retorno sobre investimento e também chamado de taxa de retorno, (em inglês, return on investment ou ROI). É relação entre o dinheiro ganho ou perdido através de um investimento e o montante de dinheiro. d) É a tradução de Renda Operacional de investimentos. É uma planilha elaborada para análise dos custos e dois lucros da empresa. e) É a relação entre os custos e o mark-up calculado. É utilizado para avaliar o volume do nível de preços praticados pelo mercado. 50. Calcule o ROI para a seguinte situação: Investimentos: R$400.000,00 e Lucro de R$80.000,00? a) 80% b) 40% c) 20% d) 10% e) 12% e-Tec BrasilAtividades autoinstrutivas 131 gestao-financeira-para-eventos-7.pdf e-Tec Brasil13 Aula 1 – Como controlar finanças em eventos O foco desta aula inicial é apresentar o conceito de finanças e a sua importância na gestão de eventos. 1.1 Eventos e finanças O pensamento financeiro está em várias atividades do nosso dia a dia. Po- demos citar como exemplo as atividades básicas que realizamos, como: a compra mensal de mantimentos no supermercado ou aquelas decisões que envolvem um grande volume de dinheiro, como a compra da casa própria. Nestas duas situações você terá que controlar seus recursos para realizar bons negócios, ou seja, precisa avaliar, pesquisar e realizar controles para gerir bem o seu dinheiro. Em nosso módulo de Finanças, para que um evento seja realizado de forma bem sucedida e contemple todos os seus objetivos, tanto no seu processo de planejamento como na finalização, será fundamental que se desenvol- vam também controles confiáveis da movimentação de todos os recursos financeiros. Se esses controles forem bem elaborados, podemos dizer que teremos uma boa gestão financeira nos eventos. Para seguir com nosso aprendizado inicial de finanças, é importante concei- tuarmos gestão ou administração financeira. Segundo Ross, Westerfield e Jordan (2008), o objetivo da administração fi- nanceira é ganhar dinheiro e aumentar o valor do patrimônio dos proprie- tários. Para Gitman, (2004) a administração financeira diz respeito às responsabi- lidades e tarefas de controle visando a melhoria do resultado da empresa. Patrimônio: Herança paterna. Bens de família. Bens necessários à ordenação e sustentação de um eclesiástico. Quaisquer bens materiais ou morais, pertencen- tes a uma pessoa, instituição ou coletividade. Para Lemes Junior (2002, p. 243): A administração financeira direciona a empresa e estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Em sua maio- ria, as decisões demoram bastante para serem implantadas. Numa si- tuação de incerteza, isso exige que as decisões sejam analisadas com grande antecedência. Podemos afirmar que, controlar finanças de um evento, guardadas as devidas proporções, é como controlar as nossas contas de finanças pes- soais. Todos nós precisamos ganhar dinheiro para conseguir pagar as nossas contas e, além disso, todos deveríamos gastar menos do que ganhamos, certo? Nessa condição, obtendo ganhos maiores do que gastos, iremos ter um saldo positivo (uma sobra de dinheiro) que pode- remos poupar para adquirir futuramente outros bens (como um carro ou uma moto). Outro ponto fundamental para aprendemos são as nomenclaturas utilizadas em finanças. Inicialmente serão comentadas sobre as entradas e saídas de recursos financeiros. Quando recebemos dinheiro dizemos que temos um crédito e quando desembolsamos dinheiro, teremos um débito. No item a seguir definiremos essas duas grandes contas financeiras. 1.2 Créditos e Débitos Você vai concordar comigo que esses dois termos, crédito e débito já são bem conhecidos, certo? Um dos exemplos é quando acessamos a nossa con- ta corrente junto ao banco para observar a movimentação do nosso dinhei- ro. Sempre que é feito um depósito, a conta corrente registra um crédito e por outro lado quando emitimos um cheque ou utilizamos o nosso cartão da conta corrente, aparecerá o registro de um débito. Abaixo, vamos abordar um pouco mais esses exemplos de créditos e débitos. Figura 1.2: Crédito e Débito Fonte: http://controle-economico.blogspot.com Figura 1.1: Livro de Adminis- tração Financeira Fonte: http://www.livrariaresposta.com.br Crédito: Dinheiro posto à disposição de alguém numa casa bancária ou comercial. Aquilo que, na sua escrita, o negociante há de haver; dívida ativa. Facilidade em obter dinheiro por empréstimo ou de abrir conta em casas comerciais. Direito de receber o que se emprestou. Quantia a que corresponde este direito. Débito: Aquilo que se deve; dívida. Parte de uma conta, oposta ao crédito, onde o negociante lança o que fornece ou paga. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 14 gestao-financeira-para-eventos-63.pdf 32. Existem duas formas de calcular o Mark-up: a) Público e privado. b) Positivo e negativo. c) Multiplicador e divisor. d) Adição e subtração. e) Direto e inverso. 33. Qual é o Mark-up multiplicador para a soma de percentual de 20%: a) 0,20. b) 1,20. c) 1,25. d) 120. e) 125. 34. Qual é o preço de venda para uma empresa que possui custos uni- tários de R$ 100,00 e a soma dos percentuais de 50%: a) R$150,00. b) R$200,00. c) R$2.000,00. d) R$1.500,00. e) R$105,00. 35. Qual é o preço de venda para uma empresa que possui custos uni- tários de R$10,00 e a soma dos percentuais de 30%: a) R$13,00. b) R$13,90. c) R$14,29. e-Tec BrasilAtividades autoinstrutivas 125 d) R$140,29. e) R$130,00. 36. Qual é o Mark-up divisor para uma soma de percentual de 20%: a) 0,80. b) 1,20. c) 1,25. d) 0,20. e) 1,80. 37. O que significa margem de contribuição? a) É o valor que sobra do fluxo de caixa total menos o lucro. A margem de contribuição representa quanto a empresa tem para pagar os custos fixos. b) É o valor que sobra do faturamento total menos o custo fixo. A margem de contribuição representa quanto a empresa tem para pagar os custos variáveis e gerar o lucro estimado. c) É o lucro menos o custo variável. A margem de contribuição representa quanto a empresa tem para pagar gerenciar o fluxo de caixa. d) É o valor que sobra do faturamento total menos o custo variável. A mar- gem de contribuição representa quanto a empresa tem para pagar os custos fixos e gerar o lucro estimado. e) É o valor que sobra do faturamento total menos o custo fixo. A margem de contribuição representa quanto a empresa tem para pagar os gastos administrativos e de manutenção. e-Tec Brasil 126 Gestão Financeira para Eventos gestao-financeira-para-eventos-41.pdf e-Tec Brasil81 Aula 16 – A definição de Mark-up Continuaremos a falar sobre o lucro, mas daremos outro en- foque. Nesta aula também vamos conhecer um novo conceito usado na formação do preço, que é chamado de mark-up ou também de taxa de marcação. Na aula passada aprendemos a importância da empresa gerar lucro e saber avaliar o desempenho desse lucro sobre o total das receitas. Nesta aula aprenderemos a calcular um percentual de lucro desejado, ou seja, teremos o custo total e desejamos definir o percentual de lucratividade que a empre- sa terá no período. Então vamos lá, mais uma aula estudando os resultados do negócio! 16.1 Calculando o lucro a partir dos custos Pense na seguinte situação: Você tem uma empresa que organiza casamentos. O custo de um dos formatos de ca- samento que você organiza é de R$10.000,00 e você dese- ja ganhar 20% de lucro: por quanto você deverá negociar com o seu cliente? Você deve ter pensado rapidamente nessa resposta, certo? Agora tome muito cuidado com ela, pois o valor de venda não será um cálculo direto e simples. Caso você aplique 20% diretamente sobre os custos e determine que o seu preço de venda seja R$12.000,00 - o cálculo estará errado! O preço de venda será outro. Acompanhe comigo esse raciocínio. Você, definindo o preço de venda pelo valor de R$12.000,00 e aplicando aquele conceito que nós aprendemos na aula anterior, em que dividimos o lucro pelo total do faturamento, terá outro percentual e não o de 20%. Figura 16.1: Calculando o lucro Fonte: http://www.w3.org/Style/CSS/translating Lucro em percentual = Lucro (R$) = 2.000,00 = 16,7% Receita (R$) 12.000,00 Nesse cálculo direto não ganharemos 20% de lucro, mas apenas 16,7%. Caso você calcule neste formato você imagina que atingirá um percentual de lucro quando na verdade estará atingindo um percentual menor. Para sabermos calcular adequadamente o nosso preço de venda e o nosso lucro percentual vamos aprender o conceito de mark-up, também chamado de taxa de marcação. 16.2 Cálculo de Mark-up Veja só que palavra nova apareceu aqui na nossa aula. O que será que significa esse termo? Como ele é calculado? Vamos então para a definição e demonstração dos cálculos. O site Wikipédia traz a seguinte definição “é um termo usado em economia para indicar quanto do preço do produto está acima do seu custo de produ- ção e distribuição”. Para Monteiro (2002, p. 11) apud Padoveze (2007) “o mark-up é uma me- todologia usada para se calcular preços de venda a partir do custo de cada produto. Este método consiste na aplicação de um multiplicador sobre os custos, que resulta no preço final de venda”. Para Porton e Furlan (2002) o mark-up representa um percentual sobre o preço de venda, necessário para cobrir despesas e custos do produto, impos- tos sobre venda e a margem de lucro pretendida. O conceito mark-up é muito usado pelas empresas, esse cálculo parte do pressuposto de que a base para diferenciação de preços de venda dos diver- sos produtos produzidos pela empresa é o custo (PADOVEZE, 1994). Após a apresentação dos conceitos, vamos agora entender como os cálculos são feitos. Para Porton e Furlan (2002) existem duas formas do mark-up ser calculado. Encontramos o cálculo do mark-up divisor e o cálculo do mark-up multiplicador. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 82 gestao-financeira-para-eventos-56.pdf Figura 20.2: Cálculo da TIR e VPL Fonte: Desenvolvido pelo autor em planilha de Excel. Nesse exemplo a empresa elaborou um investimento de R$100.000,00 e obteve recebimentos diversos ao longo de seis anos. A planilha calcula a relação desses valores - que ao longo do tempo totalizaram R$108.000,00 - e apresenta um único percentual de 2,2442%. Esse percentual é a taxa interna de retorno geral do projeto. Os dois quadros com as setas e com as descrições de TIR e VPL são exata- mente as fórmulas que deverão ser escritas dentro de cada célula. Para o cálculo da TIR deverá ser marcado o intervalo, que no exemplo acima está entre a célula C49 e a célula C55. Para o cálculo do VPL deve contemplar ini- cialmente a célula da TIR e posteriormente o intervalo de recebimentos, que é da célula C50 até a C55. A linha C57 é apenas uma confirmação de que a TIR de 2,2442%, com seis pagamentos de R$18.000,00, correspondem a um valor presente líquido de R$100.000,00. 20.5 Cálculos do ROI Agora apresentaremos um outro indicador em percentual. O ROI é uma re- lação da lucratividade com o capital investido. Geralmente a conta é feita da seguinte forma: uma divisão do lucro com o valor que o dono da empresa investiu. No site Wikipédia a definição de ROI é dada como: retorno sobre investimento (em inglês, return on investment ou ROI), também chamado taxa de retorno (em inglês, rate of return ou ROR), taxa de lucro ou simplesmente retorno, é a relação entre o dinheiro ganho ou perdido através de um investimento, e o montante de dinheiro investido. e-Tec BrasilAula 20 – Plano de Negócio e avaliação de investimentos 111 Esse indicador tem um grande objetivo: demonstrar para o dono da empresa se compensa mais ele investir o seu dinheiro na empresa ou, por exemplo, na poupança. Vamos para um exemplo: Um empresário resolveu criar um empresa de eventos e investiu no primeiro ano R$50.000,00 - no final do ano ele obser- vou que o lucro da empresa foi de R$5.000,00 - ou seja, seu retorno foi de 10% ao ano. Esse empresário compara com o ganho que ele teria se tivesse investido na poupança, que normalmente paga em torno de 6% ao ano. Nessa comparação, foi mais vantajoso investir no negócio que trouxe um retorno maior. Porém devemos levar em conta que no negócio ele não tem a facilidade de retirar os R$-50.000,00 da empresa. Já na poupança ele pode, em qualquer momento, ir até o caixa do banco e efetuar o saque. Cálculo do ROI ROI = Lucro / Investimento Fonte: Elaborado pelo autor com base no site Wikipédia Resumo Nessa aula final descrevemos as etapas fundamentais para a elaboração de um plano de negócio em seus aspectos financeiros. Outro aprendizado foi com relação a ferramentas para medir o resultado, como o payback, a TIR, o VPL e o ROI. Atividades de aprendizagem • Descreva o seu entendimento sobre as ferramentas TIR e VPL. Utilize a leitura do texto conceitual no site a seguir para embasar a sua resposta: http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_interna_de_retorno Acesse o site http:// pt.wikipedia.org/wiki/Retorno_ sobre_investimento e conheça outras metodologias para o cálculo do ROI. Figura 20.2: Calculando o lucro Fonte: http://blogalize.net Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 112 gestao-financeira-para-eventos-25.pdf e-Tec Brasil49 Aula 10 – Elaboração de um orçamento Esta nossa aula será muito especial, pois será montado um orça- mento que envolve geração de receitas, lançamentos de custos variáveis do evento e distribuição de custos fixos. 10.1 Estudo prático de uma empresa de eventos Chegou o momento que vamos integrar todas as informações que estamos conversando desde a aula 5. Será possível elaborarmos um orçamento jun- tando todas as informações que aprendemos. Faremos isso de forma simula- da, projetando um período de seis meses, e utilizando informações fictícias já citadas nas aulas anteriores. Figura 10.1: Orçamento de eventos Fonte: http://ideli.org.br/atividades.htm Na aula 8 citamos uma empresa de eventos que possui um custo fixo de R$120.000,00 e que irá realizar três eventos em seis meses. Um desses even- tos é responsável por metade dos custos (50%) e os outros eventos por 25% cada. Na aula 9 vimos o exemplo de um evento, que chamamos de evento X, que terá entre captação de recursos e outras receitas um total de R$300.000,00 e seus gastos com a organização (custos variáveis) serão de R$250.000,00 – restando R$50.000,00 como saldo. Fictícia: Ilusório. Simulado. Imaginário. Fabuloso É nessa base de informações que iremos projetar um orçamento para os próximos seis meses. Veja a tabela 10.1 com a descrição dos valores do evento X. Tabela 10.1: Demonstração de Projeção Orçamentária de um evento Evento X Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 TOTAL Recursos - - 50.000 50.000 100.000 100.000 300.000 Patrocínios - - 50.000 50.000 100.000 80.000 280.000 Outros - - - - - 20.000 20.000 Custos Variáveis - - - - - 250.000 250.000 Locação de espaço - - - - - 150.000 150.000 Contratação de atendentes - - - - - 30.000 30.000 Contratação de equipamentos - - - - - 8.000 8.000 Coffee break - - - - - 4.000 4.000 Palestrantes (5 palestras) - - - - - 50.000 50.000 Custos com os palestrantes - - - - - 8.000 8.000 Custos Fixos 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 60.000 Resultado Final (10.000) (10.000) 40.000 40.000 90.000 (160.000) (10.000) Obs. A linha de Recursos é totalizada com a soma de patrocínios e outros. A linha de custos variáveis é o somatório de locação de espaço, contratação de atendentes, contratação de equipamentos, coffee break, palestrantes e custos de palestrantes. O resultado final é totalizado pela dedução das receitas pelos custos variáveis e pelos custos fixos. Podemos observar que o evento X, que será realizado no sexto mês, apre- sentou nos dois primeiros meses em função dos custos fixos um prejuízo de R$10.000,00 em cada mês. Entre o terceiro e o quinto mês apresentou de forma acumulada um valor de R$170.000,00 de lucro (40.000 + 40.000 + 90.000). No último mês, em que teve todo o desembolso da realização do evento, o prejuízo do mês ficou em R$160.000,00. Dessa forma, conside- rando os meses que foram lucrativos e os meses que geraram prejuízos, o evento X, considerando suas receitas, seus custos variáveis e seus custos fixos, está totalizando um prejuízo provável, no orçamento, de R$10.000,00. Fonte: Elaborada pelo autor. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 50 gestao-financeira-para-eventos-45.pdf e-Tec Brasil89 Aula 17 – Calculando o Mark-up Na aula anterior aprendemos um conceito importantíssimo para a formação do preço que é o cálculo do mark-up. Nesta aula vamos aprimorar um pouco mais esse conhecimento, principal- mente aprendermos mais sobre os custos. A cada nova aula, geramos novos conhecimentos! Estamos caminhando muito bem para ter uma visão ampla de como funciona a gestão financeira de um evento. Já aprendemos sobre o orçamento, o fluxo de caixa e agora vamos relembrar um assunto importante: os custos, que são de grande im- portância na formação de preços. 17.1 Custo unitário total Na aula passada usamos um exemplo, para formar preço, de uma empresa que organiza formaturas. No decorrer do descritivo desta empresa foi co- mentado que o “custo unitário por formando” é de R$2.100,00 - como será que a empresa chegou neste custo? Que tipos de custos fazem parte deste custo unitário? Com base nestes questionamentos vamos recapitular os conceitos de custos que abordamos lá no início do nosso curso, mais precisamente na aula 7. Aprendemos a separar os custos entre fixos e variáveis. Comentamos que os custos fixos são os custos de estrutura e os custos variáveis são os custos de produção. Naquela oportunidade também conversamos muito sobre o total destes custos e agora conversaremos sobre os custos unitários. Vamos lá então! Custos unitários são compostos por custos fixos unitários e custos variáveis unitários, ou seja, precisamos chegar à unidade que estaremos produzindo. No exemplo da empresa que organiza formaturas, a empresa “Canudo na mão”, (lembra dela?) será necessário ter muito claro o seguinte: Quanto vamos gastar com cada formando com os custos relacionados à produção da formatura. Nestes custos entram os valores de locação da rou- pa, as fotos, a filmagem, etc. Todos aqueles custos que somente irão existir devido à produção do evento. Estes são os eventos de produção. Observe que neste custo todos os valores serão iguais por formando. Veja o exemplo: O valor da roupa locada para o formando será igual para todos. Se tivermos 100 formandos cada formado irá pagar pela locação da roupa R$300,00 - se tiver 90 formandos a locação da roupa também será de R$300,00 cada uma delas. Outro exemplo é o custo do diploma, o famoso “canudo” que o formando recebe durante a colação de grau: o custo por cada unidade pode ser de R$40,00, outro exemplo de custo variável. Podíamos citar também o custo de buffet que se relaciona à quantidade de formados e de convidados, a impressão dos convites, quantidade de garçons etc. Todos os custos que mudarem, ou como o próprio nome diz, variarem, em relação ao número de formandos serão os custos de produção. Por outro lado, teremos o custo com o aluguel do salão onde será o “baile de formatura”: esse local provavelmente terá um valor já determinado in- dependente de quantas pessoas irão se formar e de quantas pessoas serão convidadas. Neste caso já teremos um exemplo de custo fixo. O custo da banda que irá animar o baile também é um custo fixo, ou seja, a banda não irá cobrar menos porque teve uma redução no número de formandos ou porque uma parte dos convidados não compareceu. Ela determina um valor e irá animar o baile independente de quantas pessoas estão presentes. Outros exemplos de custos fixos: a) Cerimonial; b) Decoração; c) Equipe de iluminação; d) Equipe de Som. Com base nessas duas questões apresentadas acima podemos observar o se- guinte: que o custo variável unitário será igual para cada um, independente se houver dez formados ou cem formandos. Observe melhor essa questão na tabela 17.1: Tabela 17.1: Exemplos de custos variáveis unitários de uma empresa orga- nizadora de formaturas Itens Quantidade de formandos 10 50 80 100 Custos Variáveis Unitários (por formando) - Roupa 300,00 300,00 300,00 300,00 - Canudo 40,00 40,00 40,00 40,00 - Convites 500,00 500,00 500,00 500,00 - Outros custos 430,00 430,00 430,00 430,00 TOTAL 1.270,00 1.270,00 1.270,00 1.270,00 Fonte: Elaborada pelo autor. Figura 17.1: Evento de formatura Fonte: http://sergioflima.pro.br Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 90 gestao-financeira-para-eventos-11.pdf e-Tec Brasil21 Aula 3 – Planejamento na área de finanças Nesta aula daremos os primeiros passos no que diz respeito ao planejamento financeiro em eventos. 3.1 Planejando finanças Em todas as áreas de negócios, as melhores decisões sempre são aquelas que foram tomadas de forma planejada. Uma decisão que foi pensada com antecedência terá uma menor probabilidade de dar errado do que aquela tomada por impulso e sem nenhum tipo de planejamento. Na área financeira isso não é diferente. Podemos até afirmar que nesta área o risco é ainda maior, pois envolve recursos financeiros, podendo assim ge- rar grandes prejuízos. Uma decisão financeira sem uma análise preliminar, sem uma reflexão de suas consequências, poderá gerar impactos negativos e dependendo do volume de dinheiro, envolvido nessa decisão, comprometer seriamente a empresa podendo levá-la a insolvência. Figura 3.1: Gráfico demonstrando impactos financeiros negativos Fonte: http://www.sermateczaninionline.com.br Com os comentários acima foi pos- sível você observar como uma deci- são financeira errada pode gerar sérios problemas para a empresa. Nesse módulo, em que estamos es- tudando a gestão financeira em eventos, podemos imaginar como isso aconteceria nesse setor. Um evento mal planejado, sem a defi- nição clara dos seus gastos ou que não receba toda a receita espera- da, pode ser um caso que se en- quadre neste tipo de situação. Vamos simular um exemplo? Imagine que você está elaborando os controles financeiros de um evento musical que terá uma banda bem conhecida, que será a grande atração do evento. Essa banda poderá tocar músicas sertanejas, samba, pagode ou Insolvência: Qualidade de insolvente. Situação na qual o devedor não pode pagar as suas dívidas. Prejuízos: Perda de lucro, certo e positivo, que se deixou de obter. Dano que alguém sofreu no seu patrimônio material ou moral. qualquer outro ritmo. Esse show terá grandes gastos (que são os débitos, assunto que já estudamos na primeira aula) e os seus recebimentos (crédito) serão apenas com a venda de ingressos, sem nenhum outro tipo de recurso. Nesse exemplo já começa a ficar evidente que você terá que fazer um plane- jamento, senão corre o risco de faltar dinheiro. O primeiro passo será ter uma noção geral de quando que a banda irá co- brar, qual o aluguel do espaço em que será feito o show, quantas pessoas cabem nele e, principalmente, quanto será cobrado por cada ingresso. Vale ressaltar ainda que podem ser feitas as promoções para estudantes e para pessoas acima de 65 anos. Você já está percebendo a quantidade de coisas que terá que controlar e nesse momento começa a ficar claro que um planejamento financeiro deve ser sempre elaborado. Abaixo começaremos a falar melhor sobre essa necessidade de planejar. 3.2 O que é um Planejamento Financeiro Um planejamento financeiro pode começar a qualquer momento. Pode ser feito no instante que a empresa está sendo criada, pode ser durante a exe- cução de suas atividades e também pode ser feito quando começam as difi- culdades financeiras. É fundamental que no momento do planejamento sejam levados em conta todos os aspectos financeiros que são visíveis e também observar se não existem aspectos financeiros que são invisíveis. Como assim: aspectos visíveis e invisíveis? Você pode estar se perguntando! É muito comum em finanças você não lembrar de tudo que irá gastar. Geralmente são lembrados dos gas- tos mais comuns e evidentes, ficando esquecidos aqueles gastos que você somente irá perceber na hora de pagar. Vamos colocar um exemplo para ficar bem claro. Nesse show musical você lem- bra de pesquisar quanto que a banda irá cobrar, mas esquece de incluir os gastos com deslocamento, alimentação e hospedagem dos componentes da banda. Outro ponto com o qual devemos sempre tomar cuidado é que na hora de pesquisar e planejar fica estabelecido um determinado valor, e na hora de pagar acabam aparecendo outros valores... Por que isso acontece? A respos- ta é simples! Foi por falta de planejamento. Vamos agora conhecer o que alguns autores falam sobre planejamento financeiro. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 22 gestao-financeira-para-eventos-3.pdf Indicação de ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. e-Tec Brasil gestao-financeira-para-eventos-52.pdf 19.2 Cálculos do Ponto de Equilíbrio Para Prado, Cordeiro e Salanek Filho (2009) o cálculo do ponto de equilíbrio envolve o uso das informações de custos fixos, margem de contribuição, faturamento e preço de venda. Ponto de Equilíbrio em valores PE (valores) = ( CF / MC ) x Faturamento Ponto de Equilíbrio em quantidades PE (quantidade) = PE (valores) / Preço de venda O nosso próximo passo será utilizar a aplicação do ponto de equilíbrio na empresa “Canudo na mão”. Vamos observar como se comporta o ponto de equilibro. Abaixo, na tabela 19.1, resgataremos os cálculos com o comple- mento do ponto de equilíbrio. Tabela 19.1: Exemplo sobre cálculo do Ponto de Equilíbrio Itens Valores Totais (100 formandos) Custos Variáveis 127.000,00 Custos Fixos 83.000,00 Custos totais 210.000,00 Faturamento 350.000,00 15 % de impostos 52.500,00 5 % de comissões 17.500,00 20% de lucro 70.000,00 Margem de Contribuição Receitas – (custos variáveis + (receitas x percentuais de impostos e comissões)) 153.000,00 Margem de Contribuição em percentual sobre o faturamento 43,72% Ponto de Equilíbrio em valores PE (valores) = (CF / MC) x Fatura- mento 189.869,28 Ponto de Equilíbrio em quantidade PE (quantidade) – PE (valores) / preço de venda Praticamente 55 formandos 54,25 Fonte: Elaborada pelo autor. e-Tec BrasilAula 19 – Ponto de equilíbrio em valores e em quantidade 103 Pronto! Agora temos o ponto de equilíbrio calculado para a empresa “Canu- do na mão”. Vamos então interpretar os valores para ficar bem claro o seu entendimento. Atingimos o valor de R$189.869,28 - esse será o valor mínimo que a empre- sa deverá atingir para pagar todas as suas contas, inclusive as de característi- cas fixas. Para atingir esse volume de faturamento é preciso saber exatamen- te quantos alunos irão participar da formatura. Para obter essa quantidade devemos dividir o valor pelo preço de venda. A quantidade calculada é de 54,25 formandos. Como não é possível formar um aluno de forma fraciona- da, determinamos que o ponto de equilíbrio fica próximo a 55 formandos. Caso a empresa decida fazer a formatura para esse número de formandos atingirá um volume que terá um lucro muito baixo, próximo de zero, que seria o ponto de equilíbrio. Veja essa demonstração na tabela 19.2: Tabela 19.2: Exemplo sobre cálculo do Ponto de Equilíbrio Itens Valores Totais (100 formandos) Valores Totais (55 formandos) Valores Totais (54 formandos) Custos Variáveis 127.000,00 69.850,00 68.580,00 Custos Fixos 83.000,00 83.000,00 83.000,00 Custos totais 210.000,00 152.850,00 151.580,00 Faturamento 350.000,00 192.500,00 189.000,00 15 % de impostos 52.500,00 28.875,00 28.350,00 5 % de comissões 17.500,00 9.625,00 9.450,00 Lucro nominal 70.000,00 1.150,00 - 380,00 Lucro percentual 20% 0,60% - 0,20% Fonte: Elaborada pelo autor. Pela tabela 19.2 podemos visualizar, na primeira coluna, o volume to- tal de faturamento com a participação de cem formandos e um lucro de R$70.000,00, que corresponde a 20% do faturamento. Na segunda coluna o resultado, para um total de cinquenta e cinco formandos, é de apenas R$1.150,00 ou 0,60% sobre o faturamento. Se a empresa realizar a for- matura com menos de cinquenta e cinco formandos, na terceira coluna é mencionada a opção de cinquenta e quatro formandos, e ao invés de lucro a empresa “Canudo na mão” estará amargando um prejuízo de R$380,00 ou 0,20% (negativo) sobre o faturamento. Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 104 gestao-financeira-para-eventos-68.pdf e-Tec Brasil135 Anotações gestao-financeira-para-eventos-67.pdf e-Tec Brasil133 Currículo do professor-autor Pedro Salanek Filho É administrador de Empresas formado pela FESP (1996); Pós-graduado em Finanças Avançado pela UNIFAE (1998); MBA em Gestão Empresarial pelo ISAE/FGV (2003); Curso de Extensão em Metodologia de Ensino Superior pela FESP (2004); Mestre em Organizações e Desenvolvimento pela UNIFAE (2007). Menção Honrosa com o Prêmio Jovem Empreendedor prestada pela Assem- bleia Legislativa/PR em novembro/2007; Prêmio TOYP BRASIL 2008 na cate- goria: Liderança Social e Ambiental pela JCI - Junior Chamber International Brasil em novembro/2008. Atuando desde 1988 em empresas privadas, reúne experiência nos setores da construção civil, bancário, petroquímico, imobiliário e cooperativismo. Dentro das principais atividades atuou com: Acompanhamento por indica- dores e assessoria do processo de gestão econômico-financeira; Organiza- ção de eventos de treinamento na área de gestão financeira; elaboração de diagnósticos. Como educador atua em cursos de graduação e pós-gradua- ção nas disciplinas de gestão financeira e sustentabilidade corporativa. gestao-financeira-para-eventos-57.pdf e-Tec Brasil113 Referências BERK, J.; DEMARZO, P.; HARFORD, J. Fundamentos de finanças empresariais. São Paulo: Artmed, 2010. GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. São Paulo: Harbra, 2004. GUERREIRO, R. Gestão do Lucro. São Paulo. Atlas: 2006. HANSEN, Don R.; MOWEN, M. M. Gestão de custos: Contabilidade e Controle. São Paulo: Pioneira, 2001. KOTLER, P. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2000. KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 4. ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2000. LEMES JUNIOR, A. B.; CHEROBIM, A. P; RIGO, C. M. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras. Rio de Janeiro: Campus, 2002. MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2000. PADOVEZE, C. L. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura, aplicação. São Paulo: Thomson Learning, 2007. PRADO, J. L.; CORDEIRO, L.; SALANEK FILHO, P. Apostila
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