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e-Tec Brasil95
Aula 18 – Conceito de Margem de 
Contribuição (MC)
Nessas últimas aulas estamos tendo vários assuntos novos e 
nesta aula aprenderemos um novo conceito que é margem de 
contribuição.
A margem de contribuição (MC) é um tema novo e de grande importância 
na avaliação financeira dos eventos. Abaixo vamos entender melhor esse 
indicador, abordando a sua conceituação e os seus cálculos.
18.1 O conceito de margem
É muito comum, na área de finanças, ouvirmos o termo margem. A mais 
conhecida, sem dúvidas, é a margem de lucro. Nas aulas anteriores já cal-
culamos o lucro, tanto em valor como em percentual, inclusive o percentual 
podemos chamar de margem de lucro.
Figura 18.1: Cálculos financeiros do negócio 
Fonte: http://loungeempreendedor.blogspot.com
Sempre que usarmos o termo margem significa dizer que é a relação entre o 
volume de recursos que entra e que sai do caixa. Encontramos um termo de-
nominado margem bruta, outro denominado margem líquida... Existe tam-
bém a margem antes dos impostos, ou seja, podemos observar essa relação 
entre as receitas e em alguns momentos em que os pagamentos vão sendo 
efetuados. A seguir conversaremos então sobre a margem de contribuição e 
por que ela é tão importante assim.
18.2 Conceituando margem de contribuição
Existe um momento em que é fundamental observar a relação entre as en-
tradas e as saídas de caixa. Para descobrirmos esse momento precisamos 
relembrar os conceitos de custos fixos, de custos variáveis e dos percentuais 
de mark-up.
Para calcularmos a margem de contribuição será necessário observarmos a 
relação entre estas variáveis. Em linhas gerais podemos dizer que a margem 
de contribuição é o valor que sobra para pagar os custos fixos e para a em-
presa ter lucro. Como assim? Como essa margem então é calculada? Vamos 
descrever agora esse detalhamento. Em um primeiro momento precisamos 
ter a receita total. Em seguida devemos refletir sobre todos os custos que 
teremos para obter essa receita, que são os custos variáveis. Vale relembrar 
que os custos variáveis são custos de produção e os custos fixos são os de 
estruturas. Caso a empresa não produza nada, não existiram custos de pro-
dução, mas teremos os custos de estrutura.
Além dos custos variáveis teremos que considerar também os percentuais do 
mark-up que não ficaram para a empresa, ou seja, precisaremos saber tam-
bém os percentuais de impostos sobre receitas e o percentual de comissão.
Agora já temos todas as informações necessárias para calcular a margem de 
contribuição. Vamos observar a fórmula no quadro a seguir:
MC = RECEITAS – (CUSTOS VARIÁVEIS + (RECEITAS x PERCENTUAIS DE 
IMPOSTOS E COMISSÕES))
Fonte: Prado, Cordeiro e Salanek Filho (2009).
Para Guerreiro (2006, p. 24) “margem de contribuição corresponde às recei-
tas de vendas menos os custos e despesas variáveis. O total da margem de 
contribuição deve ser suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas 
e propiciar o lucro esperado”.
Segundo Prado, Cordeiro e Salanek Filho (2009, p. 196) “a margem de con-
tribuição é o valor que sobra do faturamento total menos o custo variável. 
A margem de contribuição representa quanto a empresa tem para pagar os 
custos fixos e gerar o lucro estimado”.
Então vamos lá! Com o entendimento do conceito poderemos agora aplicar 
a fórmula da margem de contribuição. Vamos usar aquele nosso mesmo 
exemplo da empresa que atua na organização de eventos, a nossa conheci-
da “Canudo na mão”. 
Gestão Financeira para Eventose-Tec Brasil 96

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