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Regimes Totalitários e Arte

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281O Estado imperialista e sua crise
História
• Em grupo, façam uma pesquisa sobre a situação política da Ásia e da África na atualidade, desta-
cando os seguintes questionamentos:
a) Existem países, tanto na África quanto na Ásia, que continuam sendo colônias de países euro-
peus? Justifique.
b) Confirme, com exemplos, a existência de conflitos locais na atualidade nestes continentes.
 PESQUISA
Analise a imagem Imperialismo, presente no documento 3, registrando suas impressões quanto:
a) O que representa o homem no centro da imagem?
b) O que representa os fios em torno do homem?
c) Para você, qual a mensagem central da imagem. Justifique.
 ATIVIDADE
 A formação dos regimes totalitários: 
ameaça à liberdade
A “era da catástrofe”. Foi assim que o historiador Eric Hobsbawm 
(1917- ) denominou as quatro décadas que vão do início da Primei-
ra Guerra Mundial até os desdobramentos da Segunda Guerra Mundial 
(anos 1910 à década de 1940).
No início do século XX, a classe trabalhadora passou a exigir maior 
participação política, principalmente através do voto secreto e univer-
sal, o qual garantiu a participação de boa parte da população nas ques-
tões dos seus países. Conseqüentemente, surgiram partidos diferentes 
dos existentes no século XIX para atender a esses interesses.
De modo geral, os sindicatos e os movimentos dos trabalhadores 
tiveram participação direta ou indiretamente na formação desses no-
vos partidos políticos. Aproveitando-se da situação em que se encon-
trava a Europa após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), as novas 
correntes políticas basearam-se em discursos nacionalistas, criticando a 
democracia elitista burguesa, com o objetivo de chegar ao poder com 
o apoio das massas urbanas. 
No início dos anos 30, partidos que propunham resolver a crise 
econômica, social e política, através de ações autoritárias, ganharam 
espaço na sociedade européia. Mas foi na Itália e na Alemanha que es-
sas ações conseguiram chegar ao poder desencadeando o nascimen-
282 Relações de poder
Ensino Médio
to de Estados totalitários: o fascismo e o nazismo. Através de suas pro-
postas, convenceram a sociedade da época que suas ideologias eram 
a solução imediata para a organização social, política e econômica tão 
precisada no pós-guerra.
Diferente dos outros tipos de governos autoritários e ditatoriais, es-
sa era uma forma de Estado historicamente nova, cuja ideologia tinha 
por base a relação entre nação e Estado. Essa relação garantiu a for-
mação de um estado totalitário, pois a nação era vista como uma mãe, 
a quem todos deveriam se dedicar e obedecer, entretanto, ela se con-
fundia com o próprio Estado, que expressava a vontade da nação, ou 
seja, do povo. Qualquer traição ao Estado seria uma traição à nação, 
por isso deveria ser combatida sem piedade.
Este referencial pode ajudar no entendimento dos princípios do to-
talitarismo colocados em prática na Itália e Alemanha, como: a inter-
venção na vida pública e a destruição dos grupos e instituições, tais 
como: sindicatos, associações, partidos políticos, entre outros.; o me-
do e a submissão; a criação e divulgação de crenças como verdades 
absolutas, sem comprovação e verificação; a fusão de Estado e partido 
(único); o expansionismo (conquista de territórios); o uso da propa-
ganda autoritária gerando o medo e o terror; a concentração do poder 
nas mãos de uma única pessoa ou partido político, formando uma du-
pla autoridade – a do partido e a do Estado, a exemplo de Benito Mus-
solini (1883-1945), na Itália, e Adolf Hitler (1889-1945), na Alemanha. 
Foi na figura do ditador que o Estado totalitário realizou-se plenamen-
te, estabelecendo normas e princípios que deveriam ser aceitos.
Os regimes totalitários tiveram importante papel no acontecimento 
do segundo conflito mundial (1939-1945) e este, por sua vez, contri-
buiu para o desmoronamento dos mesmos.
 A arte nos regimes totalitários 
na Alemanha e Itália
O fascismo e o nazismo utilizaram, de forma abrangente, a arte co-
mo meio para doutrinação ideológica dos cidadãos italianos e alemães 
(principalmente crianças e jovens), impondo a concepção do regime 
através desta.
Cinema, teatro, música, arquitetura, pintura, fotografia, entre outras 
formas de expressões artísticas, estiveram a serviço dos Estados totali-
tários tornando-os populares. Procuravam passar o sentimento de na-
cionalismo, o orgulho de pertencer àquele povo, um modelo de um 
novo homem e uma nova mulher, a beleza através da ordem e dis-
ciplina, demonstradas, também, nos grandes desfiles e manifestações 
de massa que reuniam milhares de pessoas, nos quais as bandeiras, 
os discursos emocionantes dos líderes e outros símbolos traziam sen-

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