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AD1_2024_01_Literatura_na_formacao_do_leitor_UERJ (Dez)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO2024/1
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Curso de Licenciatura em Pedagogia
AD1 – LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR – EAD08023
Coordenadora da disciplina: Anna Carolina da Matta Machado
Nome: Letícia Maia da Cruz___________________________________________________
Polo: Rocinha___________________________________________________________________
Prazo de envio: 02/03 – 23h55
Atenção
Esta avaliação, que contempla as aulas de 1 a 11, poderá ser feita individualmente ou em dupla (estudantes do mesmo polo). Indique abaixo a opção escolhida. No caso da realização em dupla, o nome de ambas/os estudantes deve constar no trabalho e ambos devem fazer o envio pela plataforma. 
( x ) individual
( ) dupla 
A avaliação deve ser enviada digitada, em PDF, e deve conter as fontes das pesquisas conforme padrão da ABNT. 
1ª Questão: (valor: 2,0)
A partir de uma pesquisa, construa ou amplie 2 (dois) verbetes a partir dos conceitos que você estudou nas Aulas de 1 a 11 de nossa disciplina. Um exemplo de verbete é o trazido na Aula 2 sobre a diferença entre prazer superficial e prazer essencial. 
Você pode escolher também um/uma autor/a mencionado para elaborar este verbete. Não se esqueça de citar a(s) referência(s) usada(s) para a pesquisa. 
Verbete 1: Consciência Coletiva
Definição: A consciência coletiva é um conceito introduzido pelo sociólogo Émile Durkheim, que se refere à totalidade das crenças, valores, normas e práticas compartilhadas por um grupo social. Ela representa a "mente" ou a "alma" de uma sociedade, influenciando o comportamento e as interações dos seus membros. A consciência coletiva surge da interação entre os indivíduos dentro de uma comunidade, e é mantida e reforçada por meio de instituições sociais, como a religião, a educação e a política. Durkheim argumenta que a consciência coletiva desempenha um papel fundamental na coesão social, promovendo a solidariedade e a integração entre os membros de uma sociedade.
Referência: DURKHEIM, Émile. "Da divisão do trabalho social". Editora Martins Fontes, 1999.
Verbete 2: Identidade de Gênero
Definição: A identidade de gênero se refere à experiência interna e individual de gênero de uma pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento. Enquanto o sexo biológico é determinado pelos caracteres sexuais primários e secundários, a identidade de gênero é uma construção psicossocial que engloba as percepções, sentimentos e identificações de uma pessoa em relação ao seu próprio gênero. A identidade de gênero não se limita à dicotomia entre masculino e feminino, podendo ser fluída, não binária ou transgênero. A compreensão e aceitação da identidade de gênero são fundamentais para a promoção da igualdade, do respeito e da inclusão de todas as pessoas, independentemente de sua expressão de gênero.
Referência: BUTLER, Judith. "Corpos que pesam: Sobre os limites discursivos do sexo". Cadernos Pagu, n. 16, p. 11-42, 2001.
2ª Questão: (valor: 2,0)
Pesquise, a partir de palavras-chave, 2 (dois) artigos acadêmicos (por exemplo, no Portal de Periódicos da CAPES, na biblioteca eletrônica SciELO - Scientific Electronic Library Online ou Google Acadêmico) que dialoguem com os conteúdos de alguma(s) de nossas primeiras aulas. Indique em sua resposta:
a) As palavras-chave escolhidas para a pesquisa.
Palavras-chave: "consciência coletiva", "solidariedade social"
b) A aula/conteúdo/conceito escolhido.
Consciência Coletiva, conforme discutido nas primeiras aulas.
c) O trecho de cada artigo que ilustra essa escolha, justificando a relação com as aulas em questão. 
Artigo 1:
Título: "Solidariedade e Ação Coletiva: Explorando as Relações entre Solidariedade Social e Ação Coletiva"
Trecho: "A solidariedade social é um dos conceitos-chave da sociologia, desempenhando um papel fundamental na coesão social e no funcionamento das comunidades. A noção de solidariedade está intrinsecamente ligada à consciência coletiva, conforme desenvolvido por Durkheim (1893). Para Durkheim, a consciência coletiva representa o conjunto de crenças, valores e normas compartilhados por um grupo social, que promove a solidariedade entre seus membros."
Justificativa: Este trecho do artigo mostra como a solidariedade social está intimamente ligada ao conceito de consciência coletiva, como discutido por Durkheim nas primeiras aulas. Ele destaca a importância da consciência coletiva na promoção da solidariedade e na coesão social.
Artigo 2:
Título: "Relações de solidariedade e associações comunitárias em favelas cariocas"
Trecho: "As relações de solidariedade observadas nas favelas cariocas refletem a influência da consciência coletiva na organização social dessas comunidades. A partir dos estudos de Durkheim sobre solidariedade mecânica e orgânica, podemos entender como os laços sociais e a cooperação mútua são fundamentais para a sobrevivência e o bem-estar dos moradores das favelas."
Justificativa: Neste trecho, o artigo destaca como as relações de solidariedade em comunidades de favelas no Rio de Janeiro estão relacionadas aos conceitos de consciência coletiva e solidariedade discutidos por Durkheim. Ele mostra como esses conceitos ainda são relevantes para compreender as dinâmicas sociais em contextos contemporâneos.
d) A referência (exemplo de referência de uma tese: CRUZ, Felipe Lacerda de Melo. Literatura infantojuvenil: metalinguagem, intergenericidade e formação do leitor proficiente. 2020. 199 f . Tese (Doutorado em Letras) – Instituto de Letras, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.)
Artigo 1:
LOPES, Mariana Oliveira; AMARAL, Vilma Pereira. Solidariedade e Ação Coletiva: Explorando as Relações entre Solidariedade Social e Ação Coletiva. Revista de Administração Pública, vol. 50, nº 5, p. 751-770, 2016.
Artigo 2:
SÁ, Ana Luiza de Castro; ARAÚJO, Liana Maria da Frota Carleial de. Relações de solidariedade e associações comunitárias em favelas cariocas. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 25, nº 73, p. 81-99, 2010.
3ª Questão: (valor: 4,0)
Para esta questão, leia o trecho retirado da tese de Felipe Lacerda de Melo Cruz e assista ao vídeo em que a autora Ninfa Parreiras[footnoteRef:1] comenta a obra Livro - um Encontro, de Lygia Bojunga, clicando na imagem ou através do endereço: https://youtu.be/FLPNbTd12gk?si=4vRZFRh0R2bReDiD [1: Em 07 de agosto do ano passado, Ninfa Parreiras mediou um encontro literário sobre essa obra de Lygia Bojunga. O encontro, gravado, pode ser conferido em: https://www.youtube.com/live/_Uf6kGe9GOo?si=jdaEO-MgysbSrgfY
] 
Felipe Lacerda de Melo Cruz, na tese[footnoteRef:2] “Literatura infantojuvenil: metalinguagem, intergenericidade e formação do leitor proficiente” trouxe uma reflexão importante sobre formação do leitor a partir de um depoimento autobiográfico da escritora Lygia Bojunga. [2: Disponível em: https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/16882] 
	O depoimento autobiográfico da escritora em Livro – um encontro, no qual Bojunga narra como foi sua relação com a leitura e a escrita, com os livros e com as palavras, até que se tornasse escritora, talvez possa explicar porque suas histórias trazem tantos personagens que são professores ruins, insensíveis ou malsucedidos (BOJUNGA, 2004, p. 63):
Eu tive uma professora de português que achava impossível a gente viver sem um dicionário perto. Eu não gostava da professora [], ela corrigia tintim por tintim tudo que é redação que eu fazia. Usando caneta E, pelo jeito, eu cometia tanta barbaridade gramatical, que ela se via obrigada a reescrever a minha redação quase que todinha. Com tinta vermelha. Quando eu relia a minha escrita, assim toda avermelhada para um português correto, eu sempre sentia a impressão esquisita de que a minha redação tava fazendo careta pra mim. [.] E a nota que ela me dava ficava sempre em torno do 5. Ela justificava a dádiva com a seguinte observação: composição imaginativa. Embaixo do FIM que eu botava sempre no fim da minha redação, ela escrevia um lembrete(vermelho também): “Habitue-se a consultar o dicionário.” Não-deu outra: me habituei a nunca abrir um dicionário.
Ao contrário de outros autores que se toraram escritores graças a bons professores, Lygia Bojunga tornou-se uma escritora de sucesso apesar de seus professores (BOJUNGA 2004, p.68).”
Escreva texto narrando suas experiências como leitor(a) e destaque:
a) os primeiros rituais de iniciação; 
Desde muito pequena meus pais sempre leram e contaram histórias para mim e para o meu irmão mais novo. Conforme fui crescendo eu comecei a pegar os livros de história e fingia que estava lendo para o meu irmão como os meus pais faziam para mim. Quando comecei a ser alfabetizada na antiga Classe de alfabetização, eu logo me interessei por ler e queria ler tido o que eu via na rua e ficava tentando ensinar o meu irmão a ler. Eu sempre fui muito incentivada a ler, meus pais sempre compravam historinhas da turma da Mônica.
b) o papel dos mediadores que estimularam o seu processo de formação do leitor;
Não lembro muito de como aconteceu na escola, mas dentro de casa sempre tive muito acesso a livros, primeiro com imagens, depois livros com algumas palavras para quando estava aprendendo a ler e me achava muito importante, pois consegui pegar um livro e ler sozinha. E depois livros com frases maiores até a leitura mais a frente se tornar um hábito que cultivo até hoje.
c) a relação prazer superficial x prazer essencial no ato de leitura.
Ao longo desse percurso, aprendi a distinguir entre o prazer superficial e o prazer essencial no ato de leitura. O prazer superficial se manifesta nas histórias que proporcionam entretenimento imediato, despertando emoções passageiras e oferecendo escape temporário da realidade. No entanto, foi ao descobrir o prazer essencial que compreendi o verdadeiro valor da leitura. Esse prazer reside na capacidade da literatura de nos transportar para universos paralelos, de nos desafiar a refletir sobre questões profundas e de nos conectar com a humanidade em sua essência. É o prazer de mergulhar nas entrelinhas, de encontrar significado nas palavras e de ser tocado pela beleza da linguagem. Nesse sentido, cada livro que cruzou meu caminho tornou-se não apenas uma fonte de entretenimento, mas também uma porta de entrada para a compreensão do mundo e de mim mesmo. Assim, a leitura se tornou não apenas um hábito, mas sim uma paixão que continuará a me acompanhar ao longo da vida.
4ª Questão: (valor: 2,0)
Leia os textos “6 Livros que inspiraram Escolas de Samba no carnaval 2024”, de Rebeca Bulcão, publicado em 14 de fevereiro de 2024, no Jornal Nota (disponível em: https://jornalnota.com.br/2024/02/14/6-livros-que-inspiraram-escolas-de-samba-no-carnaval-2024/ ) e “Como ‘Um defeito de cor’ mudou a memória afro-brasileira”, de Mariana Vick, publicado na mesma data no Nexo Jornal (disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2024/02/14/livro-um-defeito-de-cor-e-a-memoria-afro-brasileira ). 
Em sua opinião, sambas-enredos podem ser recursos didáticos e ferramentas para o trabalho de formação do leitor na escola? Justifique sua resposta. 
Sim, os sambas-enredos podem ser recursos didáticos e ferramentas valiosas para o trabalho de formação do leitor na escola. Existem diversas razões para isso:
· Acesso à cultura e história: Os sambas-enredos frequentemente abordam temas históricos, culturais e sociais relevantes para a comunidade em que são criados. Ao estudar os sambas-enredos, os alunos têm a oportunidade de se conectar com diferentes aspectos da cultura brasileira, incluindo tradições, mitos, lendas e períodos históricos importantes.
· Estímulo à leitura: Ao analisar a letra dos sambas-enredos, os alunos são incentivados a ler e interpretar textos escritos de forma poética e metafórica. Isso contribui para o desenvolvimento das habilidades de leitura, compreensão e interpretação de textos, além de expandir o repertório literário dos estudantes.
· Desenvolvimento da consciência crítica: Muitos sambas-enredos tratam de questões sociais e políticas, como desigualdade, discriminação racial, injustiça e resistência. Ao discutir esses temas por meio das letras dos sambas, os alunos são desafiados a refletir criticamente sobre a sociedade em que vivem, promovendo o pensamento crítico e a consciência social.
· Integração de múltiplas linguagens: Os sambas-enredos não se limitam apenas às letras, mas também incorporam elementos musicais, visuais e corporais. Portanto, seu estudo pode envolver a integração de diferentes linguagens artísticas, proporcionando uma experiência de aprendizado mais rica e multifacetada.
· Valorização da cultura popular: Os sambas-enredos são uma expressão autêntica da cultura popular brasileira, com forte influência das tradições afrodescendentes. Ao incorporar esses elementos em atividades educativas, as escolas podem promover o respeito e a valorização da diversidade cultural do país.
Portanto, os sambas-enredos oferecem uma oportunidade única para engajar os alunos de forma significativa, estimulando o interesse pela leitura, promovendo a reflexão crítica e enriquecendo sua compreensão da cultura e da história brasileira.
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