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GABARITO AD1 – 2023.2 DISCIPLINA: LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR – EAD08136 Coordenação: Profª Ana Maria de Bulhões Carvalho Este gabarito foi inteiramente elaborado a partir das respostas que consideramos mais adequadas, dentre as possíveis interpretações enviadas pelos(as) alunos(as). QUESTÃO 1. (2,0) Observe atentamente a imagem abaixo e responda: Na gangorra, a menina franzina cujo corpo é feito de livros pesa mais que o adolescente muito maior e seus dois telefones celulares. (site japonês de esculturas: http://www.qyhbds.com/rwtd/xiaopintongdiao/) 1.1 Pelo que depreendeu da leitura da Aula 1, escreva um comentário sobre a imagem, dizendo o que mais chamou a sua atenção. Resposta: O interessante que identifiquei nessa imagem é que nesta gangorra prevaleceu o saber, a leitura, o conhecimento, pois a menina sendo pequena em comparação ao outro, pesou mais, pelo fato de estar com os livros. Dá uma ideia de que a menina leu mais. Porém o menino também poderia ter lido os mesmos livros da menina no smartphone e a gangorra ceder com ele. Mas não é essa mensagem que a imagem quer nos passar. E sim, o quanto mais sabemos e mais nos aprofundamos nas leituras e adquirimos mais conhecimento pesam mais. A imagem nos mostra que não é o peso físico que é maior o ponto de descer o lado da gangorra, mas sim o peso intelectual, de ter lido mais, mesmo a menina tendo baixa estatura. A imagem é extremamente reflexiva. É retratado um menino com maior peso corporal sendo mais “leve” do que uma menina franzina. Mas para além disto, eles estão acompanhados, o menino com celulares e a menina por livros. Intitularia a escultura como “gangorra do saber”. http://www.qyhbds.com/rwtd/xiaopintongdiao/ Mostra-nos que não é a quantidade de informação e conteúdo que forma um bom leitor, mas sim a qualidade do que se lê. Não desmerecendo as tecnologias, mas ressaltando que elas, na maioria das vezes, abrem espaço para reflexões nulas ou rasas, devido ao excesso de conteúdo e o pouco tempo para “ruminá-los”. Além do acesso a conteúdo, que por vezes, são inapropriados ao leitor, os expondo a absorção de informação que ainda não estão prontos para administrar. Na imagem, nota-se que o peso literário existente em nós é mais válido do que toda a “sabedoria do celular”, visto que os aparelhos eletrônicos quando estão descarregados, nada são. Um livro não descarrega, seu conteúdo pode ser passado pelas gerações e cada um de nós pode ter uma interpretação diferente. O peso da leitura, de se aprofundar nas obras literárias, vale muito mais do que horas desperdiçadas nas redes sociais. Se comparássemos as duas personagens com olhar da física, o homem, por ser mais velho e maior que a menina deveria pesar mais. Porém, ela, que é menor e mais magra que o homem, é a que mais pesa na gangorra. Isso não se deve à sua estrutura corporal e aos seus anos de experiência, mas àquilo que ela carrega em sua mente e em suas mãos: o conhecimento e os livros. Assim como foi citado no Aula 1, a leitura possibilita ao indivíduo crescer e se tornar um ser autônomo. Da mesma forma, a leitura também possibilita ter uma inteligência mais desenvolvida e uma vida mais saudável. 1.2 Imagine o local numa cidade em que esta escultura ficaria adequadamente instalada. Justifique sua resposta. As muitas repostas que recebemos e consideramos mais assertivas giram em torno das ideias abaixo: Acredito que a escultura deveria ser multiplicada e colocada em todos os bairros e favelas. Por vezes, o jovem da favela não acredita no próprio potencial, não acredita que pode ter um futuro e acaba desperdiçando o seu tempo. Creio que, com uma escultura assim nas favelas, os jovens se sentirão mais motivados a estudar e a buscar um futuro melhor. A escultura ficaria adequadamente instalada em uma praça pública em frente a uma escola. Importa ressaltar que, por mais que estejamos vivendo uma “revolução do conhecimento” por meio das tecnologias, isso não garante um letramento eficaz. Para formar cidadãos com visão crítica e voz ativa na sociedade, é necessário que eles sejam estimulados a ler, refletir, duvidar, investigar e argumentar. A formação do leitor consciente vai na contramão de formar meros reprodutores de conhecimento ou cidadãos inaptos para administrar a gama de conteúdos disponíveis nos meios tecnológicos. QUESTÃO 2. (2,0) Vá ao Fórum de apresentação, releia as postagens. 2.1 Escolha um depoimento que pareça estar fazendo alguma proposta bem positiva sobre o encontro com a leitura e comente. Esta resposta é pessoal e livre. O(A) aluno (a) escolheu seu interlocutor no Fórum, se comunicou com esta pessoa e COPIOU ESTA PARTICIPAÇÃO NA RESPOSTA. Só então garantiu a pontuação completa. 2.2 Que impressão geral a leitura dos textos dos colegas leitores deixou em você? Também aí a resposta era pessoal. Só não teve ponto quem não escreveu nada. QUESTÃO 3. (3,0) Leia os dois poemas abaixo e responda: Foi para ti que desfolhei a chuva para ti soltei o perfume da terra toquei no nada e para ti foi tudo. Para ti criei todas as palavras e todas me faltaram no minuto em que talhei o sabor do sempre. Para ti dei voz às minhas mãos abri os gomos do tempo assaltei o mundo e pensei que tudo estava em nós nesse doce engano de tudo sermos donos sem nada termos simplesmente porque era de noite e não dormíamos eu descia em teu peito para me procurar e antes que a escuridão nos cingisse a cintura ficávamos nos olhos vivendo de um só amando de uma só vida”. Mia Couto, Para ti IN: Raiz do Orvalho (1983). Morrer de amor ao pé da tua boca Desfalecer à pele do sorriso Sufocar de prazer com o teu corpo Trocar tudo por ti se for preciso Maria Teresa Horta Morrer de amor IN: Destino (1998). https://ncultura.pt/8-grandes-poemas-de-amor-da-lingua-portuguesa/ 3.1 (1,5) Você leu na Aula 1 que o leitor vai formando um tecido mental (hipertexto) com os texto lidos. Imagine que você um leitor e esses dois poemas acima sejam os únicos que conheça sobre amor, de autores portugueses. Diga com que ideias principais formaria este hipertexto. Que versos as expressariam? A questão 3 era a única que realmente verificava o conhecimento mínimo para leitura de poemas. E confirmava a apreensão do conteúdo da Aula 1. Serviu como termômetro para a competência de ler literatura e teoria e responder ao que foi solicitado. O hipertexto formado a partir desses dois poemas giraria em torno das seguintes ideias principais: a intensidade do amor, a entrega completa e a fusão de duas pessoas. Alguns versos que expressariam essas ideias seriam: 1. "Foi para ti que desfolhei a chuva, para ti soltei o perfume da terra" - Demonstrando a dedicação intensa e a ligação entre o eu lírico e a pessoa amada. 2. "Para ti criei todas as palavras e todas me faltaram" - Ilustrado a dificuldade em expressar plenamente o sentimento, apesar dos esforços. 3. "Trocar tudo por ti se for preciso" - Refletindo a disposição de abrir mão de tudo em favor do amor. 4. "Assaltei o mundo e pensei que tudo estava em nós" - Mostrando como o amor pode criar a sensação de possuir tudo, mesmo sem possuir realmente. 5. "ficávamos nos olhos vivendo de um só amando de uma só vida" - Descrevendo a união profunda e a ideia de compartilhar uma única vida. 6. "Morrer de amor ao pé da tua boca" - Evocando a intensidade avassaladora do sentimento. 7. "Desfalecer à pele do sorriso" - Expressando a conexão emocional profunda e visceral. 8. "Sufocar de prazer com o teu corpo" - Capturando a paixão física e a entrega total. No geral, o hipertexto criado pelos dois poemas abordaria o amor como um sentimento avassalador, capaz de transcender palavras e mergulhar em uma fusão completa entre os amantes. O hipertexto formado a partir dos dois poemas principais aborda as complexidadese intensidades do amor. A primeira ideia principal é a entrega incondicional e profunda a alguém, em que cada ação e sentimento é dedicado ao outro de forma total e exclusiva. Os versos "Foi para ti / que desfolhei a chuva / para ti soltei o perfume da terra" e "Morrer de amor / ao pé da tua boca" expressam essa ideia de dedicação completa. Outra ideia seria entre os amantes, em que a união transcende as barreiras do tempo e espaço. Os versos "ficávamos nos olhos / vivendo de um só / amando de uma só vida" e "Desfalecer / à pele / do sorriso" capturam essa ideia de comunhão profunda e íntima. É possível relacionar os dois textos através da ideia de que o amor é arrebatador, e que quem ama é capaz de absolutamente tudo, até mesmo “desfolhar a chuva” ou trocar tudo pela pessoa amada. Em ambos os textos podemos perceber que os pares se “conectam” ao final, se entregando aos prazeres do amor. As ideias centrais para o meu hipertexto a partir dos poemas seriam; os absurdos, os exageros, o improvável. O contraste entre o desejável e o impossível, no sentido de realizar o inimaginável. Para tanto eu usaria os versos como: “Para ti dei voz as minhas mãos”, “sufocar de prazer com o teu corpo”. Sabemos que hipertexto é a capacidade que o leitor tem de criar um novo texto a partir de conexões em relação a um texto que ele acabou de ler e com outros que já estão guardados em sua memória. E para formar esse hipertexto é necessário identificar semelhanças ou até mesmo um grande contraste, para que o sentido seja ampliado e estabelecido, e novas ideias e possibilidades possam surgir ao longo da leitura. 3.2 (1,5) Agora que está bem familiarizado com a leitura dos dois poemas, de uma maneira pessoal, subjetiva, crie uma intertextualidade entre eles, por meio de uma aproximação ou por meio de um contraste. Muitos tomaram a liberdade de criar um intertexto poético, o que foi aceito como criação, colaboração. Penso em algo assim: Por você vou desbravar o tempo que acabou Percorrer os caminhos que nunca existiu Tomar em ti os sentimentos que nunca senti Morrer em mim para viver em ti. Sentir-te e nada me sentir. Nos dois poemas, há uma comunhão intensa e visceral entre os amantes, mas eles se aproximam e se contrastam de maneiras interessantes. Enquanto ambos celebram a entrega apaixonada, cada poema tem seu próprio tom e ênfase única. Em "Para ti" de Mia Couto, a intertextualidade se estabelece ao destacar o elemento da busca mútua dentro do amor. O verso "eu descia em teu peito para me procurar" pode ser conectado ao desejo de se perder e se encontrar na profundidade da relação, explorando as dimensões internas do parceiro para se compreender melhor. Já em "Morrer de amor" de Maria Teresa Horta, a intertextualidade pode ser construída através do contraste. Enquanto Mia Couto enfatiza a ideia de possuir e compartilhar tudo no amor, Maria Teresa Horta oferece uma perspectiva de renúncia ao dizer "Trocar tudo por ti se for preciso". Aqui, a intensidade do sentimento é traduzida em uma disposição de sacrificar tudo em nome do amor, criando um contraste sutil com o otimismo da posse em Mia Couto. Em suma, a intertextualidade entre esses poemas destaca a diversidade de nuances presentes no tema do amor, mostrando como diferentes perspectivas podem coexistir e contribuir para a compreensão desse sentimento complexo Perdido de amor Nem um dicionário descreveria o que sinto Muito menos a imensidão do mar demonstraria o quão grande é meu amor Verdadeiramente envolvido me sinto invisível por amar por nós Me perdi no mundo te seguindo E agora sem norte não sei voltar Perdido de amor estou A maioria concordou com a ideia de que: Ambos os textos nos sinalizam que amar é um ato de aproximação tamanha que não há mais eu, e sim o nós. Formado por um nó que entrelaça histórias, tempos, emoções, toques e caricias. Mas sempre que há uma pergunta aberta, é preciso que o aluno explique a opção de resposta por meio de uma frase própria. QUESTÃO 4. (1,0) A intertextualidade se dá na aproximação de textos de mesma natureza ou de natureza diferente. Faça uma leitura intertextual da imagem (charge) abaixo com a imagem que pode imaginar que tenha sido a referência. Busque essa imagem na internet, cole-a na prova ou pelo menos identifique-a. E faça um comentário sobre a charge. esta é a charge que estava na prova. As respostas foram ricas e variadas. Com caráter de paráfrase, apresentarem-se muitas variações do tema, refeitos por pintores antigos ou modernos, de qualidade ou fracos; mas se sabe que a charge em geral é parodística. No caso, a relação mais óbvia era entre esta ceia de robôs e A última ceia, painel de Leonardo da Vinci, na Igreja Santa Maria Delle Grazie, em Milão, Itália, seria de paródia: uma paródia que traz conteúdos do original, apóstolos em torno de um Mestre, comungando ideias e compartilhando alimentos. Na charge, o comentário crítico da situação anterior, identificável pelo leitor, implícita na imagem, começa pelos personagens. A charge retratando uma mesa cheia de robôs evoca uma intrigante leitura intertextual com a icônica pintura "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci. Nessa abordagem, a charge parece adotar um tom satírico ou crítico, possivelmente direcionado à crescente presença da tecnologia na sociedade moderna. Na pintura original, os apóstolos compartilham um momento crucial com Jesus, enquanto na charge, a presença dos robôs pode aludir à influência em expansão da tecnologia em nossa vida cotidiana. Assim, a análise intertextual entre a charge dos robôs e a pintura da Última Ceia revela uma crítica provocativa sobre a relação complexa entre humanidade e tecnologia na contemporaneidade, enfatizando a importância de refletir sobre os avanços tecnológicos em nossa vida cotidiana. A imagem que representa a Última Ceia com robôs em vez dos apóstolos é um exemplo marcante de como a arte pode refletir e provocar questões contemporâneas. Essa representação certamente chama a atenção para a interseção entre a tecnologia e a espiritualidade, questionando a evolução das crenças e valores em um mundo cada vez mais dominado pela automação e pela inteligência artificial. Esta seria a referência, painel de Leonardo da Vinci, que está na Capela Delle Grazie (Milão, Itália, feito em 1495-6) Mas também vieram outras imagens, sobre o mesmo tema, realizadas em outras datas posteriores, portanto referências parafrásticas, sem intenção de contradizer o original. Diferente da charge parodística, uma pintura parafrástica seria, por ex: www.bing.com/images/search?q=outros+pintores+da+%c3%baltima+ceia&form=QBIR&first=1 Também houve outra contribuição em charge: A substituição dos apóstolos por robôs sugere uma inversão de papéis e valores que costumam ser associados a essa cena icônica da história cristã. A representação nos faz refletir sobre o papel da fé e da humanidade em um contexto em que a tecnologia está se tornando uma parte cada vez mais integrada de nossas vidas. A imagem pode ser interpretada como uma crítica à dependência excessiva da tecnologia, à perda da conexão humana e à pergunta sobre qual é o significado espiritual em um mundo cada vez mais dominado pela máquina. Ao mesmo tempo, essa imagem pode ser vista como uma provocação positiva para uma reflexão mais profunda sobre o equilíbrio entre o avanço tecnológico e a preservação dos valores humanos e espirituais. Ela nos convida a pensar em como a espiritualidade pode coexistir com o progresso tecnológico e como podemos encontrar um meio-termo entre esses dois aspectos aparentemente contraditórios da vida moderna. Em última análise, essa representação desafia a nossa compreensão tradicional da Última Ceia, incentivando-nos a considerar as implicações éticas, morais e espirituais da tecnologia em nossas vidas. Ela nos convida a questionar como esses elementos podem coexistire como a nossa busca por significado e conexão pode ser reinterpretada em um mundo em constante evolução. A charge faz uma releitura da obra de “Última Ceia” de Leonardo da Vinci, podendo demonstrar a virada do século digital, assim como o marco histórico Cristão do Antigo e Novo Testamento. A charge retratando uma mesa cheia de robôs evoca uma intrigante leitura intertextual com a icônica pintura "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci. Nessa abordagem, a charge parece adotar um tom satírico ou crítico, possivelmente direcionado à crescente presença da tecnologia na sociedade moderna. Na pintura original, os apóstolos compartilham um momento crucial com Jesus, enquanto na charge, a presença dos robôs pode aludir à influência em expansão da tecnologia em nossa vida cotidiana. Assim, a análise intertextual entre a charge dos robôs e da Última Ceia revela uma crítica provocativa sobre a relação complexa entre humanidade e tecnologia na contemporaneidade, enfatizando a importância de refletir sobre os avanços tecnológicos em nossa vida cotidiana. A imagem que representa a Última Ceia com robôs em vez dos apóstolos é um exemplo marcante de como a arte pode refletir e provocar questões contemporâneas. Essa representação certamente chama a atenção para a interseção entre a tecnologia e a espiritualidade, questionando a evolução das crenças e valores em um mundo cada vez mais dominado pela automação e pela inteligência artificial. QUESTÃO 5. (2,0) Releia os “Pressupostos citados” e Responda e comente o DESAFIO: Você consegue reagir positivamente à orientação de uma disciplina obrigatória integrante do currículo, que se apresenta sob a forma organizada de Módulos e Aulas, se essa ordem parece contradizer tudo o que foi dito como necessário à leitura literária conforme os pressupostos abaixo? A última questão gerou reações diversas, uma lendo no sentido reduzido, outras, maioria, no sentido ampliado, compreendo que o desafio era referente a esta disciplina à qual pertence a Ad, logo uma pergunta autorreferente, quase que de autoavaliação. E a equipe de Literatura ficou muito grata pelas contribuições reflexivas e sugestivas de muitos alunos, como nos exemplos: A disciplina estudada é Literatura na formação do Leitor, utilizado textos acadêmicos e necessários para o desenvolvimento de profissional de Pedagogia com pensamento crítico e reflexivo. Os pressupostos acima se referem ao texto Literário, mas não descartamos todos os pressupostos apresentados, visto o objetivo da disciplina de desenvolver a reflexão sobre a literariedade, aumentar o patrimônio intelectual e as habilidades de leitores autônomos, capazes de fazer uma leitura ampliada. 1)O material deve ser estudado como uma sugestão de conteúdo acadêmico, o aluno pode escolher outros materiais e se aprofundar. 2)Infelizmente o ato de ler na faculdade não pode ser facultativo, é necessário; 3)A faculdade precisa direcionar os estudos indicando textos importantes para leitura e estudo; 4)As disciplinas possuem uma ferramenta bem compatível com esse pressuposto, o Fórum; 5)A leitura dos textos não precisa ser dolorosa, porque podem ser escolhidos textos amigáveis e que conversem com nossos pensamentos; 6)As ADS são baseadas nos textos sugeridos, podem ser feitas Ads menos conteudistas e mais reflexivas, como forma de unir os conhecimentos novos com os já adquiridos. Certamente, a orientação de uma disciplina obrigatória apresentada em forma de módulos e aulas pode parecer contraditória com os pressupostos mencionados sobre a leitura literária. Os princípios destacados enfatizam a liberdade, o prazer e a autonomia na leitura, bem como a promoção do pensamento crítico e criativo dos alunos. Por outro lado, uma estrutura curricular rígida pode aparentemente limitar essas abordagens ideais. No entanto, é possível encontrar maneiras de reconciliar essas duas abordagens aparentemente contrastantes. Embora a organização curricular possa seguir uma estrutura de módulos e aulas, a implementação pode incorporar práticas que respeitem os princípios mencionados: **Escolha de Livros:** Dentro dos módulos, os alunos poderiam ter a opção de escolher entre uma variedade de livros relacionados ao tema, respeitando seus interesses e anseios individuais. **Atividades Flexíveis:** As atividades baseadas no texto podem ser estruturadas de forma aberta, permitindo que os alunos explorem e interpretem os significados de maneiras diversas, em vez de seguir roteiros predefinidos. **Discussões Reflexivas:** O professor poderia facilitar discussões que promovessem o confronto de ideias, estimulando os alunos a pensar criticamente sobre os temas abordados no livro e a expressar suas próprias interpretações. **Incentivo ao Prazer na Leitura:** Mesmo dentro da estrutura curricular, é possível incentivar o prazer na leitura ao selecionar obras envolventes e desafiadoras que possam despertar o interesse dos alunos. **Desenvolvimento do Espírito Crítico:** As avaliações podem ser planejadas de maneira a avaliar o pensamento crítico, a criatividade e a capacidade dos alunos de articular suas próprias interpretações, em vez de buscar respostas padronizadas. **Flexibilidade na Avaliação:** A avaliação poderia ser menos rígida, permitindo que os alunos demonstrassem sua compreensão e aprendizado de maneiras diversas, como apresentações, ensaios ou projetos. No final das contas, a chave seria encontrar um equilíbrio entre a estrutura curricular necessária e os princípios que valorizam a liberdade, a escolha e a criatividade na leitura. Isso requer uma abordagem flexível por parte dos educadores, que busquem adaptar as orientações curriculares para proporcionar uma experiência de leitura enriquecedora e significativa para os alunos. Eu conseguiria reagir positivamente, pois estou acostumada a fazer leitura de diferentes gêneros textuais e levando isso para o campo curricular, penso que pode ser vista como uma abordagem pedagógica que visa a estruturação do ensino e a promoção de um caráter crítico em cima de uma base sólida de conhecimento, seja ele literário ou pedagógico. É claro, mesmo dentro dessa estrutura, os alunos podem ser incentivados a explorar diferentes perspectivas, discutir interpretações variadas e desenvolver uma compreensão mais profunda das obras literárias. Uma abordagem equilibrada poderia envolver a incorporação de ambos. A disciplina organizada pode fornecer uma base de conhecimento e habilidades essenciais, permitindo que os alunos compreendam melhor a evolução da literatura e suas várias correntes. Ao mesmo tempo, poderia ser importante incentivar espaços de discussão abertos, em que os alunos possam aplicar as estruturas aprendidas de forma criativa e explorar suas próprias interpretações, como os fóruns e chats. O desafio apresenta uma perspectiva interessante sobre a leitura literária na educação, enfatizando a importância da liberdade, escolha e prazer na prática da leitura. Embora a orientação da disciplina obrigatória com módulos e aulas possa parecer inicialmente em contradição com os princípios destacados, é possível reagir positivamente a essa abordagem, desde que haja uma abordagem flexível e adaptável, desde que haja flexibilidade, adaptabilidade e uma abordagem centrada no aluno, que permita a escolha, o prazer e a exploração na leitura literária. Isso não apenas respeita os princípios da liberdade e criatividade na leitura, mas também pode criar uma abordagem educacional rica e envolvente. Na verdade, reagir positivamente a uma ordem de leitura vigente e obrigatória não é muito possível porque foge quase que completamente da leitura literária que deve ser descomprometida, sendo por isso mesmo enriquecedora de sentidos e até subjetividade, já que vigora um leitor autônomo sem amarras. Diferentemente a leitura curricular obrigatória já nasce de uma ordem impositiva, a qualé contraria à escolha do leitor, que não escolhe o autor, as ideias e nem mesmo a dinâmica de estilo do material do conteúdo que se obriga a conhecer. Nestes termos, as leituras curriculares não se manifestam prazerosas, impossibilitando o crivo criativo do leitor diante do conteúdo que lê. Sem contar que não há dinâmica cronológica que faça sentido na leitura, pois muitas vezes há calendário impositivo a se cumprir. Essa orientação através de módulos e aulas, apesar de apresentar vários textos para a leitura, é um estudo dirigido para que possamos adquirir conhecimentos de cada disciplina do currículo do curso. A esta altura da graduação, não estamos restritos aos materiais apresentados no curso, assim podemos, de forma livre, buscar outros livros e conteúdos autônomos para atender os nossos anseios pela literatura. Sim, embora pereça ser contraditório ao necessário à leitura literária, os módulos são organizados pelos docentes com uma didática que favoreça o entendimento bem como a aquisição do conhecimento, buscando desenvolver nos educandos o espirito crítico e reflexivo a cada atividade; vale ressaltar que em um curso EAD a leitura tem um peso maior, tendo em vista que ela é a nossa porta de acesso para construção da formação. Contudo, mesmo com textos previamente disponibilizados, nada nos impede de ir além das leituras propostas Sim. A forma como o currículo me foi apresentado auxilia e ajuda a organizar meu tempo de estudo, visto que é uma graduação a distância. Apresenta os conteúdos que relevantes para contribuir com minha formação, e sempre me incentiva a ser crítica e reflexiva quanto aos textos lidos. Dessa forma, considero que esse tipo de currículo me encaminha para os conhecimentos que são necessários ao conhecimento que preciso ter para trabalhar como pedagoga. Considerando que ainda posso buscar uma leitura que vise somente ao meu interesse e de minha livre escolha, como um bom livro literário e que provavelmente contribuirá para o meu conhecimento de mundo e em outras leituras, juntamente com textos de conteúdos da minha formação. Em um primeiro momento acredito que os pressupostos contradizem as orientações da disciplina, porém, refletindo melhor sobre o assunto, chego à conclusão de que existem diferentes tipos de leituras: leituras acadêmicas, leituras informativas, leituras técnicas, leituras de deleite, entre outras. Sendo assim, nem sempre será possível somente a leitura dos gêneros com que nos identificamos, pois precisamos conhecer a diversidade do mundo literário, para então, construirmos o conhecimento dos mais variados assuntos. Esse tipo de leitura muitas vezes é cercado de regras, de vocabulários ao qual não estamos habituados. Para a criação do hábito da leitura e para uma leitura prazerosa, acredito que sim, que tenhamos que ler o que realmente nos chama a atenção, os autores que apreciamos e os estilo textual que nos empolga. Desta maneira, sentiremos gosto e cada vez mais vontade de ler. De acordo com o que foi estudado nos pressupostos citados, e com toda prática pedagógica que vem sendo trabalhada nas disciplinas ao longo do curso, é impossível reagir positivamente a uma disciplina que se apresenta em módulos e aulas de forma tradicional, fixa e única. Sendo uma imposição e obrigatoriedade, indo totalmente ao contrário do que foi estudado e dito como necessário para uma leitura literária. O ato de ler tem que ser livre, os alunos devem ter total autonomia para escolher a obra que melhor atenda a suas preferências e interesses. A construção de um pensamento e leitura criativa e crítica deve ser iniciada e desenvolvida pelo próprio aluno e direcionada pelo professor, não imposta como um conteúdo pronto e acabado. Reproduzimos, de propósito, um número maior de depoimentos, aos quais agradecemos as generosas ideias. OBSERVAÇÕES GERAIS E FINAIS: Como alguns disseram com acerto, a AD é uma espécie de estudo dirigido, porque confere dúvidas/acertos/incertezas sobre o que leu em Aula. O grande problema de alguns é a falta de segurança no uso correto da língua portuguesa. Isso nos preocupa em alunos de 5º período de Licenciatura em Pedagogia, já que formamos futuros professores! Por isso, mesmo sem descontar ponto, insistimos nas correções gramaticais, de sintaxe e concordância. Parabéns a todos e a todas.
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