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1/3 Crises convulsivas: o importante é dar segurança ao paciente 5 minutos para ler A convulsão é a contratura involuntária da musculatura, podendo provocar movimentos desordenados, conhecidos como espasmos. Ela ocorre quando há excitação na camada externa do cérebro e, geralmente, está acompanhada de perda da consciência. É um sintoma que pode surgir em diversas circunstâncias; no caso da epilepsia, as crises são recorrentes. Em situações de crises convulsivas, o foco principal é proporcionar segurança ao paciente. Durante uma convulsão, a pessoa também pode apresentar: Olhos virados para cima; Salivação abundante; Liberação dos esfíncteres. Mas há casos de convulsão nos quais os espasmos não ocorrem, como veremos mais adiante. A crise convulsiva pode durar de alguns segundos a cinco minutos, em média. Crises mais prolongadas exigem acompanhamento médico e possível tratamento. 2/3 De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), agência de saúde americana, uma em cada dez pessoas pode experimentar uma convulsão durante sua vida. Isso significa que as convulsões são comuns, e em algum momento, podemos precisar ajudar alguém durante ou após uma crise convulsiva. O que causa uma convulsão? Uma série de patologias e condições clínicas podem provocar convulsões: Hemorragia; Intoxicação; Falta de oxigenação no cérebro; Efeitos colaterais de medicamentos; Doenças como epilepsia, tétano, meningite e tumores cerebrais. Como agir diante de uma crise convulsiva Quando uma pessoa está convulsionando, é crucial chamar o atendimento médico de emergência. Contudo, é importante notar que, até a chegada do socorro, a crise já terá terminado. Nesse intervalo, a prioridade é proteger o paciente para evitar possíveis lesões durante os minutos dos espasmos. Se houver mais de uma pessoa presente para prestar auxílio, uma delas pode realizar os primeiros socorros enquanto a outra faz a ligação para o serviço de emergência. Caso esteja apenas uma pessoa disponível, a recomendação é atender à pessoa em convulsão primeiramente, aguardar o término da crise e, em seguida, acionar o serviço de emergência. Como agir para resguardar a pessoa que está convulsionando? Mantenha a calma, caso contrário não vai poder ajudar; Afaste objetos que podem machucar, como óculos e móveis; Proteja a cabeça dela com uma almofada, travesseiro ou pano; Não tente conter à força os espasmos; deixe-a debater-se; Se ocorrer salivação excessiva, vire delicadamente a cabeça para o lado para evitar que sufoque com a própria saliva; Chame os serviços de emergência. Como é a convulsão em crianças? As crises febris são o transtorno convulsivo mais comum na infância, afetando de 2% a 5% das crianças. Geralmente, a convulsão febril ocorre entre os 6 meses e os 6 anos de idade, sendo benigna, não deixando sequelas e dispensando o uso de medicamentos preventivos. Pode ocorrer com temperaturas acima de 37,5°C. O determinante para a ocorrência da convulsão não é o “tamanho” da febre, mas sim a predisposição genética. O diagnóstico é estabelecido pelo médico com base na história clínica e no exame físico. 3/3 O que fazer depois da crise convulsiva? Logo após uma crise convulsiva e dependendo da região do cérebro afetada, a pessoa pode parecer confusa. É comum ocorrer perda de consciência durante a crise, o que intensifica o estado de confusão mental, pois a pessoa pode não compreender completamente o que acabou de acontecer. Para auxiliar alguém que teve uma convulsão, é importante mantê-la deitada e supervisionada por alguns minutos, além de buscar tranquilizá-la. Qual a diferença entre epilepsia e convulsões? No imaginário popular, as convulsões são frequentemente associadas à epilepsia, embora essa conexão não seja exata. A epilepsia é uma doença cerebral crônica caracterizada pela recorrência de crises não provocadas. Por outro lado, a convulsão é um sintoma que pode ser desencadeado por vários fatores externos, como febre e tumores cerebrais, e pode ocorrer apenas uma vez na vida de uma pessoa. Geralmente, é mais intensa do que um ataque epilético. As convulsões epiléticas não são uniformes. Às vezes, alguém tendo uma convulsão epilética pode parecer apenas confuso, fixando o olhar em algo inexistente. Em outros casos, as convulsões epiléticas podem fazer a pessoa cair e tremer. O diagnóstico da epilepsia requer a avaliação de um profissional médico. Com o tratamento adequado, uma pessoa com epilepsia pode levar uma vida normal. Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, médico do pronto atendimento e corpo clínico, preceptor da residência em Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein. Compartilhe: Share Post Share Share Posts relacionados
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