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e-Tec Brasil67 Aula 9 – O uso dos símbolos nacionais – O Hino Nacional Nesta aula estudaremos sobre a origem e a legislação referente ao Hino Nacional brasileiro, um dos símbolos da nação. 9.1 Origem e evolução histórica Desde criança conhecemos o hino de nosso país e nos emocionamos quan- do o ouvimos em cerimônias esportivas e eventos nacionais. Mas, qual terá sido a sua origem? Apresentaremos um breve histórico segundo Luz (2005): • 1831 – Segundo alguns historiadores a melodia foi composta por Fran- cisco Manoel da Silva por ocasião da abdicação de Dom Pedro I e executado no momento da partida da família real para a Europa. • 1890 – Por ocasião da proclamação da república, através do Decreto n. 171 de 20 de janeiro sendo convertido em hino nacional. • 1909 – Foi designada uma comissão por iniciativa do compositor Al- berto Nepomuceno para estudar e fixar a letra que seria adota- da oficialmente. Os versos de Joaquim Osório Duque Estrada, por ser o que melhor se adaptava ao ritmo da música. O que pouca gente sabe é que a introdução do hino nacional brasilei- ro já possuía uma letra, cuja autoria é atribuída a Américo de Moura, que acabou excluída da versão oficial. • 1922 – Ás vésperas do centenário da independência, em 6 de setem- bro ,foi oficializado como o hino Nacional brasileiro, devendo se cantar as duas partes do poema, exceto nas execuções Instrumentais, quando se executa a música integral, sem re- petição. 9.2 Execução do Hino Devemos observar alguns cuidados na execução do hino nacional nas ceri- mônias e eventos públicos e privados. De acordo com o Decreto n. 70.274/72 Art. 25 deve ser executado: I − Em continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incor- porados; e nos demais casos expressamente determinados pelos regu- lamentos de continência ou cerimônias de cortesia internacional. II − Na ocasião do hasteamento da Bandeira Nacional previsto no pará- grafo único do artigo 14. [Nas escolas Públicas ou particulares, é obri- gatório o hasteamento solene da Bandeira Nacional, durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana.] Parágrafo Primeiro. A execução será instrumental ou vocal de acordo com o cerimonial previsto em cada caso. Parágrafo Segundo. É vedada a execução do Hino Nacional em conti- nência, fora dos casos previstos no presente artigo. Parágrafo Terceiro. Será facultativa a execução do Hino Nacional na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas a que se associe sentido patriótico, no início ou no encerramento das transmissões diá- rias das emissoras de rádio e televisão, bem assim para exprimir regozi- jo público em ocasiões festivas. Parágrafo Quarto. Nas cerimônias em que se tenha de executar um Hino Nacional Estrangeiro, este deve, por cortesia, preceder o Hino Nacional Brasileiro. 9.3 A Letra do Hino A autoria é atribuída a Américo de Moura, que acabou excluída da versão oficial, letra da introdução do Hino Nacional brasileiro, parte que hoje tem apenas execução instrumental: Espera o Brasil Que todos cumprais Com o vosso dever. Eia avante, brasileiros, Sempre avante! Gravai o buril Nos pátrios anais Do vosso poder. Eia avante, brasileiros, Sempre avante! Servir o Brasil Sem esmorecer, Com ânimo audaz Cumprir o dever, Na guerra e na paz, À sombra da lei, À brisa gentil O lábaro erguei Do belo Brasil. Eia sus, oh sus! Cerimonial, Protocolo e Etiquetae-Tec Brasil 68 Parte mais conhecida do hino nacional brasileiro, com letra de Joaquim Osório Duque Estrada sobre música de Francisco Manuel da Silva: Primeira Parte Ouviram do Ipiranga as margens plácidas De um povo heróico o brado retumbante, E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Brilhou no céu da pátria nesse instante. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Ó pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, um sonho intenso, um raio vívido, De amor e de esperança à terra desce, Se em teu formoso céu, risonho e límpido, A imagem do Cruzeiro resplandece. Gigante pela própria natureza, És belo, és forte, impávido colosso, E o teu futuro espelha essa grandeza. Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil, Ó pátria amada! Dos filhos deste solo És mãe gentil, Pátria amada, Brasil! Segunda Parte Deitado eternamente em berço esplêndido, Ao som do mar e à luz do céu profundo, Fulguras, ó Brasil, florão da América, Iluminado ao sol do Novo Mundo! Do que a terra mais garrida Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida no teu seio mais amores. Ó pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo O lábaro que ostentas estrelado, E diga o verde-louro dessa flâmula Paz no futuro e glória no passado. Mas se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte. Terra adorada Entre outras mil És tu, Brasil, Ó pátria amada! Dos filhos deste solo És mãe gentil, Pátria amada, Brasil Fonte: http://www.brasilazul.com.br/hino-nacional-letra-completa.asp 9.4 Atos de desrespeito ao Hino Nacional Essa lei também determina quais os atos considerados como manifestações de desrespeito ao Hino Nacional, sendo, portanto, proibidos: Art. 34. É vedada a execução de qualquer [sic] arranjos vocais do Hino Nacional, a não ser o de Alberto Nepomuceno; igualmente não será permitida a execução de arranjos artísticos instrumentais do Hino Na- cional que não sejam autorizados pelo Presidente da República, ouvido o Ministério da Educação e Cultura. Observemos que o Hino Nacional deve ser executado em marcha bati- da, de autoria de Antão Fernandes, e, como lemos anteriormente, com a adaptação vocal, em fá maior, do maestro Alberto Nepomuceno. (Oliveira & Bond, 2011) Ipiranga: Rio, localizado em no Estado de São Paulo, onde às margens D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. Plácidas: calmas, tranquilas. Brado: Grito. Retumbante: som que se espalha com barulho. Fúlgido: que brilha, cintilante. Penhor: garantia. Idolatrada: Cultuada, amada. Vívido: intenso. Formoso: lindo, belo. Límpido: puro, que não está poluído. Cruzeiro: Constelação (estrelas) do Cruzeiro do Sul. Resplandece: que brilha, iluminada. Impávido: corajoso. Colosso: grande. Espelha: reflete. Gentil: Generoso, acolhedor. Fulguras: Brilhas, desponta com importância. Florão: flor de ouro. Garrida: Florida, enfeitada com flores. Idolatrada: Cultivada, amada acima de tudo. Lábaro: bandeira. Ostentas: Mostras com orgulho. Flâmula: Bandeira. Clava: arma primitiva de guerra, tacape. Fonte: www.suapesquisa.com/ religiaosociais/hino_nacional_ brasileiro.htm Conheça a histórica do Hino da Independência, disponível em: http://educacao.uol. com.br/historia-brasil/hino- da-independencia-letra-de- evaristo-da-veiga-e-musica- de-d-pedro.jhtm. Acesso: 14.11.2011 e-Tec BrasilAula 9 – O uso dos símbolos nacionais – O Hino Nacional 69 Resumo Estudamos sobre a origem, evolução histórica de sua criação e a legislação vigente sobre o uso do hino nacional e seu hasteamento em cerimônias ofi- cias, cerimônias privadas Atividades de aprendizagem • Faça uma lista dos tipos de cerimônias que já participou, onde foi execu- tado o Hino Nacional brasileiro. 1. 2. 3. 4. 5. Anotações Cerimonial, Protocolo e Etiquetae-Tec Brasil 70