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Nós Matamos o Cão Tinhoso por Luís Bernardo Honwana

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Laís Noronha Santos – 3° Hospedagem
Nós Matamos o Cão Tinhoso por Luís Bernardo Honwana
É uma obra publicado em 1964 com sete contos: “Nós Matamos o Cão Tinhoso”, “Inventário de Imóveis e Jacentes”, “Dina”, “A Velhota”, “Papá, Cobra e Eu”, “As Mãos dos Pretos” e “Nhinguitimo”, no ano de 2017 foi lançado o oitav conto com o nome de “Rosita, até morrer”. Todos os contos são independentes, mas tem um personagem decorrente em todos eles, Ginho a história é narrada por esse personagem que é um menino negro e moçambicano. O maior conto é “Nós Matamos o Cão Tinhoso” e o mais importante, o resumo será mais focado nele. O livro tem um grande impacto político e social, pois ele é focado em Moçambique enquanto passava por uma guerra pela independência de Portugal, no caso mostrando o lado dos oprimidos e do povo que passava pelo processo de colonização.
Como dito anteriormente, a história gira em torno de Ginho, uma criança moçambicana. Nos arredores de sua escola, existia um cachorro, chamados por todos de o Cão Tinhoso, era um cachorro bem velho e debilitado que estava doente, todos ao seu redor tinha repudio e nojo dele por conta disso, “O Cão Tinhoso tinha a pele velha, cheia de pelos brancos, cicatrizes e muitas feridas, e em muitos sítios não tinha pelos nenhuns, nem brancos nem pretos e a pele era preta e cheia de rugas como a pele de um gala-gala” (p.14-15). Tem uma menina chamada de Isaura, que gosta do animal e até divide seu lanche com ele, enquanto Ginho começa a sentir empatia e dó pelo animal.
O cão é levado ao veterinário para ser sacrificado, mas ele se recusa, e chantageia um grupo de meninos, e fala para eles matarem o animal com suas próprias mãos, Ginho faz parte desse grupo e não concorda nenhum pouco com a ideia. O veterinário usa o argumento de que será um jogo de caça para os meninos e começa a pressioná-los, Ginho é quem mais sente essa pressão pois começou a gostar do cão, mas precisa matá-lo para não quer ser malvisto por seus colegas no grupo. No final, Ginho tenta convencer os outros 12 meninos a não matarem o cão, mas isso não adianta, matam o pobre cachorro com pura maldade e crueldade. Ginho sente remorso e responsabilidade pelo ocorrido, sabia que não queria ter participado desse crime.
“Inventário de Móveis e Jacentes”. É o segundo conto, que é apresentado em 1° pessoa, o personagem está deitado e com insônia que fala sobre os cômodos da sua casa, da sua família e dos móveis.
No terceiro conto, “Dina”, temos o personagem Madala, um idoso debilitado que não consegue mais trabalhar na agricultura, ele foi ofendido por um capataz que estuprou sua filha, todos os trabalhadores se revoltam e enfrentam o capataz.
No quarto conto “Papá, cobra e eu” fala sobre a solidariedade entre pai e filho que lutam contra os portugueses. Logo em seguida “As mãos dos Pretos”, é narrada por um menino que escuta do seu professor a seguinte frase “que as mãos dos pretos são mais claras do que o resto do corpo porque ainda há poucos séculos os avós deles andavam com elas apoiadas ao chão, como os bichos do mato, sem as exporem ao sol, que lhes ia escurecendo o resto do corpo” (p.107). O menino fica indignado com essa justificativa e conversa com várias pessoas sobre esse assunto e se encerra com ele falando com sua mãe.
“A velhota” fala sobre fome, violência e impotência por querer mudar o mundo, mas sentir apenas angústia. “Nhinguitimo” é um conto que fala sobre muita morte, onde os colonizadores matam os colonizados e os colonizados matam outros colonizados. O último e mais recente conto “Rosita, até morrer”, que conta a história de uma moça que escreve uma carta para o ex-namorado que a engravidou e depois a abandonou, ela não teve estudo, sua carta tem várias falhas gramaticais mas expressa todo o seu sentimentalismo.

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