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TPI_MEDICINA_2024 1_08ABRIL_DEVOLUTIVA CADERNO 1

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CURSO DE MEDICINA - AFYA
NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Teste de Progresso Institucional - MEDICINA
Professor (es):
Período: 202401 Turma: Data:
TESTE DE PROGRESSO INSTITUCIONAL_MEDICINA_2024.1_08
ABRIL2024
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 11513 - CADERNO 001
1ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A hemoglobina glicada é um dos exames utilizados para o diagnóstico de diabetes mellitus e
também é um bom parâmetro para controle do tratamento. Seu valor normal é igual ou inferior a
5,6%; valores entre 5,7 e 6,4%, indicam pré-diabetes; valores iguais ou superiores a 6,5% indicam
diabetes mellitus, porém há necessidade de se repetir o exame para confirmação diagnóstica.
REFERÊNCIA:
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/.
2ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A manobra de Heimlich modificada para crianças de um ano é recomendada para crianças
pequenas que estão engasgadas, pois combina a eficácia das palmadas nas costas, que ajudam
a deslocar o objeto causador da obstrução, com compressões torácicas, que aumentam a
pressão no tórax e auxiliam na remoção do objeto. Essa abordagem é preferida para crianças
menores de um ano, mas também é aplicável e eficaz em crianças um pouco maiores, como no
cenário apresentado.
As outras alternativas não descrevem a técnica apropriada para a idade da criança e podem não
ser eficazes ou seguras para desobstruir a via aérea de uma criança de dois anos.
Referência:
DISQUE, K. PALS – Pediatric Life Support. Provider Handbook. [s.l.]: Satori Continuum
Publishing, 2021.
3ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O antagonismo dos receptores β-adrenérgicos afeta a regulação da circulação por meio de
diversos mecanismos, incluindo a redução da contratilidade do miocárdio e da frequência
cardíaca (débito cardíaco). O antagonismo dos receptores β1 do complexo justaglomerular
diminui a secreção de renina e a atividade do SRA. Essa ação provavelmente contribui para a
ação anti-hipertensiva.
Referência:
BRUTON, L.L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. [s.l.]: Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788580556155. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580556155/. Capítulo 28 (Tratamento da
hipertensão). p. 632.
4ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os antidepressivos atuam inibindo principalmente a recaptação de neurotransmissores como
serotonina e/ou noradrenalina nos neurônios pré-sinápticos, aumentando assim sua concentração
na fenda sináptica e potencializando sua ação no sistema nervoso central. A ativação dos
receptores GABAérgicos no sistema nervoso central está associada a outros tipos de
medicamentos, como os ansiolíticos e os indutores do sono, não sendo o principal mecanismo de
ação dos antidepressivos. O bloqueio dos receptores de dopamina no córtex cerebral está mais
associado a medicamentos utilizados no tratamento de condições como esquizofrenia e
transtorno bipolar, não sendo o principal mecanismo de ação dos antidepressivos. O aumento da
liberação de glutamato no sistema nervoso central não é um mecanismo de ação dos
antidepressivos. A inibição da recaptação de dopamina e acetilcolina nos neurônios pré-sinápticos
não é o principal mecanismo de ação dos antidepressivos. 
Referências:
KATZUNG, B. G.; TREVOR, A. J. Farmacologia básica e clínica. 13 ed. [s.l.]: Grupo A, 2017. 
BRUTON, L. L.; HILAL-DANDAN, R. As bases farmacológicas da terapêutica de Goodman e
Gilman. 13 ed. Grupo A, 2018. 
5ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
São contraindicações à TH:
– Doença hepática descompensada (nível de evidência: D).
– Câncer de mama (nível de evidência: B).
– Câncer de endométrio (nível de evidência: B).
– Lesão precursora para o câncer de mama (nível de evidência: D).
– Porfiria (nível de evidência: D).
– Sangramento vaginal de causa desconhecida (nível de evidência: D).
– Doenças coronariana (nível de evidência: A) e cerebrovascular (nível de evidência: D).
– Doença trombótica ou tromboembólica venosa (nível de evidência: B) - levar em conta a via de
administração.
– Lúpus eritematoso sistêmico com elevado risco tromboembólico (nível de evidência: D).
– Meningeoma – apenas para o progestagênio (nível de evidência: D).
A TH não está contraindicada nas seguintes situações:
– Hipertensão arterial controlada (nível de evidência: B).
– Diabetes mellitus controlado (nível de evidência: B).
– Hepatite C (nível de evidência: B).
– Antecedente pessoal de neoplasia hematológica (nível de evidência: D).
– Após os cânceres:
• De pele (nível de evidência: D).
• Ovariano (nível de evidência: B) (exceto subtipo endometrioide).
• Cervicouterino escamoso (nível de evidência: B).
• Vaginal ou vulvar (nível de evidência: D).
• Colorretal (nível de evidência: D).
• Pulmonar (nível de evidência: D).
• Tireoidiano (nível de evidência: D).
• Hepático (nível de evidência: D).
• Renal (nível de evidência: D).
• Gástrico (nível de evidência: D).
Referência:
POMPEI, L. M. et al. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa.
Associação Brasileira de Climatério (Sobrac). São Paulo: Leitura Médica, 2018.
6ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A presença de abscesso ovariano indica tratamento hospitalar.
O tratamento oral é equivalente ao endovenoso nos casos de doença inflamatória
pélvica (DIP).
A combinação de cefalosporinas com tetraciclinas é considerada o tratamento padrão,
pois cobrem os principais agentes etiológicos para o quadro, sendo eles a Clamydia
Trachomatis e Neisseria gonorrhoae.
A laparotomia é indicada em casos selecionados de DIP.
O parceiro deve ser sempre investigado em casos de DIP.
Referência:
ROMANELLI, R. M. C. et al. Abordagem atual da doença inflamatória pélvica. Revista Médica de
Minas Gerais, v. 23, n. 3, p. 347–355, 2013.
7ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A hipercalemia é uma complicação comum em pacientes com insuficiência renal crônica devido à
diminuição da excreção de potássio pelos rins. O tratamento da hipercalemia visa reduzir
rapidamente os níveis de potássio no sangue para evitar complicações cardíacas potencialmente
fatais, como arritmias cardíacas.
A prescrição de uma dose única de bicarbonato de sódio por via oral pode ajudar a corrigir a
acidose metabólica associada à insuficiência renal crônica, mas não é eficaz para diminuir
rapidamente os níveis de potássio no sangue.
A administração de uma infusão de insulina regular com glicose por via intravenosa é uma opção
válida para promover a entrada de potássio nas células, reduzindo temporariamente os níveis no
sangue, mas não é a primeira escolha para o tratamento inicial da hipercalemia.
Iniciar terapia com diuréticos de alça, como a furosemida, por via intravenosa, pode servir para
aumentar a excreção de potássio na urina, mas pode não ser eficaz em pacientes com
insuficiência renal avançada.
A administração de cálcio intravenoso seguido de resina de troca de íons, como o poliestireno
sulfonato de cálcio, é uma abordagem padrão no tratamento da hipercalemia grave. O cálcio
intravenoso estabiliza a membrana celular, reduzindo o risco de arritmias cardíacas induzidas
pela hipercalemia. A resina de troca de íons, como o poliestireno sulfonato de cálcio, ajuda a
remover o excesso de potássio do organismo por meio da ligação do potássio no trato
gastrointestinal, facilitando sua excreção. Essa combinação é considerada eficaz e segura no
tratamento da hipercalemia relacionada à insuficiência renal crônica.
A hemodiálise de emergência é reservada para casos graves de hipercalemia refratária a outras
medidas terapêuticas ou quando há sinais iminentes de complicações graves, como alterações
eletrocardiográficas.
Referência:
TAAL, M. W. et al. Disorders of Potassium Homeostasis (Capítulo 30). In: __________. Brenner
and Rector's The Kidney. 11th.
8ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A ocorrência de nefrite intersticial aguda está frequentemente associada a medicações, dentre
elas os antibióticos, como as cefalosporinas (ceftriaxona). O diagnóstico é sugerido pela presença
de IRA não oligúrica, especialmente em associação a sinais de hipersensibilidade sistêmica, tais
como febre, rash cutâneo e eosinofilia. A piúria estéril e a hematúria microscópica são achados
comuns, e a proteinúria não nefrótica pode estar presente. A terapia envolve a interrupção do
agente causal, podendo, em alguns casos, ser necessário o uso de glicocorticoides. 
REFERÊNCIAS:
JOHNSON, Richard et al. Nefrologia clínica. Abordagem abrangente. 5. ed., 2016. 
RIELLA, M.C. Príncipios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6. ed., 2018.
9ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O diagnóstico desse paciente é empiema pleural (saída de secreção purulenta após
toracocentese – pus na cavidade pleural) decorrente de derrame pleural parapneumônico
complicado. O tratamento inicial nesse caso é a drenagem torácica em selo d’água devido ao
aspecto purulento evidenciado na toracocentese. Um empiema ocorre tipicamente após um
derrame pleural reativo em consequência de uma infecção pulmonar. No passado, a etiologia
mais comum era pneumonia estreptocócica ou pneumocócica. Atualmente, no entanto,
organismos gram-negativos e anaeróbicos são causas comuns de empiema. Empiema
tuberculoso também pode ocorrer. Empiema pode ocorrer após trauma ou cirurgia torácica (a
partir de um espaço pleural residual ou fístula broncopleural), contaminação hematogênica do
espaço pleural, ruptura de um abscesso pulmonar ou mediastinal, ou perfuração esofágica.
Tipicamente, apresentam-se sintomas constitucionais de febre, mal-estar geral, perda de apetite e
perda de peso. Tosse e dispneia são comuns se houver infecção pulmonar. A avaliação inclui
uma radiografia de tórax, em incidências póstero-anterior e em perfil, além de tomografia
computadorizada do tórax e abdome superior.
Tratamento do empiema depende da extensão da doença e sua localização. Drenagem completa
da loja empiemática é necessária. Antibióticos e cuidados de suporte (por exemplo, líquidos,
nutrição, cuidados coma pele) são geralmente iniciados no diagnóstico. Uso local de agentes
fibrinolíticos como ativadores do plasminogênio tecidual pode ser eficaz em casos com leves
loculações.
Uma drenagem completa e eficaz do empiema é necessária para um resultado bem-sucedido.
Essa drenagem pode ser facilmente obtida com a inserção de um dreno torácico.
Caso a drenagem mostrasse apenas líquido, sem evidência de material purulento, poderíamos
aventar a possibilidade de apenas a presença de um exsudato decorrente de um derrame
parapneumônico. Nesse caso, deveríamos solicitar a dosagem da DHL, glicose e pH do líquido
pleural no intuito de se confirmar que realmente estamos diante de um exsudato. A utilização dos
critérios de Light também auxiliam nessa diferenciação.
Referência:
TOWNSEND, C. M. Sabiston Textbook of Surgery: The Biological Basis of Modern Surgical
Practice. 21th ed. Philadelphia: Elservier. 2022. (Capítulo 58 – pulmão, parede torácica, pleura e
mediastino)
10ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Para pacientes jovens com osteoartrite primária, especialmente em estágios iniciais, a fisioterapia
é uma opção de tratamento importante. Ela pode ajudar a fortalecer os músculos ao redor das
articulações afetadas, melhorar a estabilidade articular e aumentar a amplitude de movimento,
reduzindo assim a dor e a rigidez.
Referências:
MOSKOWITZ, R. W. Osteoarthritis: Diagnosis and Medical. In: _________. Surgical
Management. [s.l.]: 2007. p. 263.
MOREIRA C.; SHINJO, S.K. Livro da Sociedade Brasileira de Reumatologia. 3 ed. [s.l.]:
Editora Manole, 2023. p.798-807.
11ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A sífilis congênita é uma doença transmitida da mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma
não adequada para criança durante a gestação (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer
o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente),
tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão.
Uma vez que o título do VDRL do recém-nascido encontra-se quatro vezes maior que o da mãe,
o tratamento está indicado independentemente dos achados clínicos.
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral
às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST). Ministério da Saúde. 2022.
12ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A insuficiência adrenal primária (doença de Addison) é uma condição caracterizada pela
deficiência de hormônios adrenais, especialmente cortisol e aldosterona. O tratamento inicial visa
restabelecer os níveis hormonais normais para controlar os sintomas agudos e evitar
complicações graves, como crise adrenal.
A administração de corticosteroides orais, como a prednisona, em dose de ataque, é a
abordagem mais apropriada no tratamento inicial da insuficiência adrenal primária. A dose de
ataque é necessária para substituir os níveis deficientes de cortisol no organismo e prevenir uma
crise adrenal potencialmente fatal. A terapia com corticosteroides deve ser iniciada sem demora,
mesmo antes da confirmação diagnóstica, quando há uma forte suspeita clínica de insuficiência
adrenal.
Administrar solução salina intravenosa pode servir para corrigir a desidratação associada à
hipotensão, mas não aborda a causa subjacente da insuficiência adrenal.
Solicitar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico é importante para orientar o tratamento
a longo prazo e avaliar a função adrenal residual, mas não deve atrasar o início do tratamento em
pacientes com suspeita clínica forte de insuficiência adrenal.
Realizar uma tomografia computadorizada das glândulas suprarrenais pode servir para
diagnosticar a causa subjacente da insuficiência adrenal, mas não é necessário para o tratamento
inicial de uma crise adrenal.
Encaminhar o paciente para um endocrinologista é importante para o acompanhamento a longo
prazo e o gerenciamento da doença, mas não é a primeira medida a ser tomada em uma crise
adrenal aguda, onde o tratamento imediato é essencial para a estabilização do paciente.
Referência:
JAMESON, J. L. Disorders of Adrenal Cortex (Capítulo 346). In: Harrison's Principles of
Internal Medicine. 20th ed.
13ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente com evolução aguda, menos de 6 horas, não apresenta sinais clínicos de sofrimento de
alça, como náuseas e vômitos, sem alteração dos sinais vitais, que consideramos. Uma hérnia
inguinal encarcerada, não redutível. A protrusão do conteúdo herniário medial aos vasos
epigástricos é designada como hérnia inguinal direta (Quando lateral aos vasos = hérnia inguinal
indireta).
O reparo cirúrgico urgente é indicado para as hérnias agudas encarceradas. A abordagem
cirúrgica ideal não é conhecida, mas uma abordagem laparoscópica pode ser considerada na
ausência de estrangulamento. Às vezes, é possível reduzir uma hérnia encarcerada com o
paciente sedado, mas é preciso tomar cuidado para se evitar empurrar uma porção morta do
intestino com o saco herniário para dentro da cavidade peritoneal (hérnia em massa). O reparo
com tela é indicado se o intestino for viável, mas o reparo sem tela é indicado se o intestino for
inviável ou se a sua viabilidade for duvidosa.
Na ausência de necrose ou contaminação, o intestino pode ser reduzido e a hérnia reparada com
uma tela. Se o intestino não for viável (gangrenoso) ou for constatada contaminação durante a
cirurgia, geralmente a ressecção do intestino é necessária, sendo feito um reparo da hérnia com
tecido primário sem tela. Deve-se evitar o reparo com tela nesta situação por causa do risco de
infecção da tela.
REFERÊNCIAS:SABISTON, D. C. Jr. et al. Tratado de cirurgia: A Base Biológica da Prática Cirúrgica Moderna.
19. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
BMJ Best Practice. Hérnias inguinais em adultos. Última atualização em 29 jul 2022.
14ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Mola hidatiforme completa é o diagnóstico diferencial mais provável, dada a combinação de
sangramento vaginal irregular, níveis anormalmente elevados de β-hCG e aumento uterino
desproporcional para a idade gestacional presumida. A mola hidatiforme completa é uma forma de
doença trofoblástica gestacional resultante de uma fertilização anormal, levando ao crescimento
de tecido trofoblástico anormal e ausência de desenvolvimento fetal normal.
Gravidez ectópica se manifesta tipicamente com dor abdominal aguda e sangramento, e o
tamanho uterino geralmente não está aumentado significativamente, pois o embrião se
desenvolve fora do útero.
Aborto espontâneo incompleto pode apresentar sangramento e dor, mas os níveis de β-hCG
começam geralmente a diminuir após o início do sangramento, diferindo do aumento
anormalmente elevado associado à mola hidatiforme.
Corioamnionite é uma infecção bacteriana do âmnio e corio, associada a febre, dor abdominal e
sensibilidade uterina, frequentemente no contexto de ruptura prematura de membranas, não se
aplicando ao caso.
Gravidez molar parcial poderia ser considerada, mas a descrição sugere mais fortemente uma
mola hidatiforme completa devido ao aumento desproporcional do tamanho uterino e níveis muito
elevados de β-hCG.
Referências:
MONTENEGRO, C. A. B; REZENDE FILHO, J. Rezende Obstetrícia Fundamental. 14 ed.
[s.l.]: [s.d.].
Berkowitz, R. S., & Goldstein, D. P. Clinical practice. Molar pregnancy. The New England Journal
of Medicine, 368(17), 1639-1645. 2013. Disponível: https://doi.org/10.1056/NEJMcp1208128.
Acesso em: 29 mar. 2024.
15ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Esta questão necessita que o aluno compreenda a sequência de atendimento no politraumatizado
(A, B, C, D, E do trauma), em que alterações da via aérea causam maior mortalidade nestes
pacientes, devendo ser abordada de imediato. No caso do paciente queimado, suspeita-se de
queimadura de via aérea devido à queimadura se situar em região cervical anterior e face e à
rouquidão e ao escarro borráceo, devendo o paciente ser prontamente submetido a intubação
orotraqueal para assegurar a via aérea.
REFERÊNCIA:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life
Support - ATLS. 10. edição.
16ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A paciente tem esclerose múltipla recorrente-remitente (EMRR). A maioria dos pacientes
apresenta início sintomático da doença entre os 20 e 40 anos, embora o início possa variar desde
a infância até a idade adulta avançada. As mulheres são afetadas mais do que os homens numa
proporção de 2,3:1. É mais comum mais ao norte e ao sul do equador, e mais comum em
caucasianos. Acontece em cerca de 1 em 1.000 pessoas. A EMRR é definida por surtos
consistentes com desmielinização, com ou sem melhora clínica, mas com episódios de
estabilidade clínica entre eles. Na ressonância magnética (RM), eles podem apresentar formação
de novas lesões 5 a 10 vezes mais frequentemente do que têm novos episódios clínicos,
enquanto permanecem clinicamente estáveis. Um “surto” é definido como um episódio de
sintomas neurológicos novos ou piorados, com duração superior a 24 horas, não devido à febre
ou infecção. Outros sinônimos para isso são ataque, episódio ou exacerbação. O diagnóstico de
esclerose múltipla baseia-se em dois surtos separados no tempo com evidência clínica de
múltiplas lesões no sistema nervoso central. O diagnóstico também pode ser feito com base em
múltiplas lesões na RM em combinação com uma história e exame apropriados, formação de
novas lesões na RM ao longo do tempo e nova atividade clínica ao longo do tempo.
Uma síndrome clinicamente isolada de desmielinização é um único episódio clínico consistente
com desmielinização, mas sem “segundo episódio” para fazer um diagnóstico clínico de
esclerose múltipla. Pacientes que têm um único episódio de desmielinização e que apresentam
novas lesões na RM (realce com gadolínio) e lesões antigas (sem realce) podem atender aos
critérios para esclerose múltipla usando critérios diagnósticos mais recentes. A esclerose múltipla
primária progressiva geralmente ocorre em pacientes mais velhos. Esses pacientes têm um
curso progressivo gradual desde o início e não têm recaídas. Eles podem ter uma carga menor
de lesões na RM do que pacientes com EMRR. A encefalomielite aguda disseminada (ADEM) é
um distúrbio agudo, mais comum na infância, e geralmente ocorre logo após uma infecção ou
vacinação. Pacientes com ADEM desenvolvem um distúrbio grave com desmielinização
multifocal no cérebro e na medula espinhal. A esclerose múltipla fulminante indica um curso
rapidamente progressivo com recaídas repetidas que são refratárias ao tratamento padrão.
Referência:
THOMPSON, A.J. et al. Diagnosis of multiple sclerosis: 2017 revisions of the McDonald Criteria’.
The Lancet Neurology, 17(2), pp. 162–173. Disponível em: doi:10.1016/s1474-4422(17)30470-2.
Acesso em: 24 mar. 2024.
17ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Segundo o Código de Ética Médica de 2018 Art. 83:
"É vedado ao médico:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha prestado
assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico substituto ou
em caso de necropsia e verificação médico-legal."
Ademais, segundo Resolução CFM nº 1.779/2005:
"Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as seguintes
normas:
1) Morte natural:
1. Morte sem assistência médica:
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;
b) Nas localidades sem SVO:
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais
próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.
2) Morte com assistência médica:
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha
prestando assistência ao paciente.
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo
médico assistente e, na sua falta, por médico substituto pertencente à instituição.
c) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser
fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO.
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde da
Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao
programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.”
Não é correto "explicar à filha do paciente que a declaração deve ser preenchida pelo Serviço de
Verificação de Óbito", pois o médico da Atenção Primária deve fazer a visita domiciliar para
constatar o óbito. Apenas quando não é possível correlacionar o óbito com o quadro clínico prévio
do paciente é que o SVO deve ser acionado. 
REFERÊNCIAS:
Código de ética médica. Resolução nº 2,217/2018. Brasília: Tablóide, 2018. CONSELHO
FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil).
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779/2005 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779, 11 de novembro de 2005
Publicada no DOU, 5 dez. 2005, Seção 1, p
18ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O planejamento e o desenvolvimento de algumas atividades estratégicas que incluíam ações
voltadas para:
(1) a busca ativa e diagnóstico da hanseníase: resultará em um aumento na detecção de novos
casos dadoença.
(2) a busca ativa de sintomáticos respiratórios: resultará em um aumento da incidência de
tuberculose.
(3) a condução de grupo de orientação alimentar para pessoas com diabetes mellitus e
hipertensão arterial sistêmica: resultará no aumento do controle glicêmico e pressórico destes
pacientes, o que levará à diminuição da taxa de internação por infarto do miocárdio e acidente
vascular encefálico.
(4) a implementação de campanha de incentivo à realização de testes rápidos para a detecção de
hepatites virais B e C: resultará no aumento da prevalência destas doeças, já que estas são
incuráveis.
REFERÊNCIA:
Rouquayrol, Epidemiologia.
19ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Referência:
Angina instável. Doenças cardiovasculares. In: Manuais MSD edição para profissionais.
Disponível em: msdmanuals.com. Acesso em: 23 mar. 2024.
20ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A Manobra de Ritgen modificada é realizada utilizando-se uma das mãos com o auxílio de uma
compressa para abaixar o corpo perineal durante o período expulsivo, visando reduzir a
necessidade de realização de episiotomia, além da redução de lesões perineais. Com a outra
mão, ampara-se o occipital fetal para reduzir a velocidade no desprendimento e na extensão do
polo cefálico quando da expulsão fetal.
REFERÊNCIAS:
Obstetrícia de Williams. 25a Ed. McGraw Hill Brasil, 2021. Assistência ao trabalho de parto.
Obstetrícia do Zugaib. Ed. Manole, 2012. Assistência ao parto.
21ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Esse paciente provavelmente apresenta sangramento gastrointestinal inferior (LGIB), conforme
sugerido pela hematoquezia e pela esofagogastroduodenoscopia (EDA) normal. Ele continua
sangrando e permanece hemodinamicamente instável mesmo após a reposição volêmica. É
necessária intervenção urgente para localizar e parar a hemorragia de forma confiável.
A angiografia é o procedimento recomendado em pacientes com hematoquezia ativa, instabilidade
hemodinâmica apesar dos esforços de reanimação e EDA normal. A fonte do sangramento pode
ser localizada rapidamente (não requer preparo intestinal) e de forma confiável se a taxa de
sangramento for superior a 0,5–1 mL/min. Alguns centros optam por realizar angiografia por TC
para visualização do sangramento e análise de detalhes anatômicos antes de prosseguir com
angiografia por cateter invasiva para intervenção terapêutica direcionada (por exemplo,
embolização, injeção de vasopressina). Se a angiografia não conseguir localizar a origem do
sangramento, a colonoscopia é o próximo passo no tratamento. A angiografia também é usada
em pacientes estáveis quando outros métodos diagnósticos são inconclusivos.
Distratores:
A laparotomia com enteroscopia intraoperatória pode ser utilizada em pacientes com
hematoquezia e instabilidade hemodinâmica. No entanto, é uma modalidade diagnóstica e
terapêutica de último recurso, utilizada apenas se outras intervenções não conseguirem localizar
e controlar a fonte do sangramento. Nesse paciente, uma intervenção diferente teria precedência.
A colonoscopia é utilizada na avaliação de hematoquezia em pacientes hemodinamicamente
estáveis. Pode localizar diretamente a fonte do sangramento e também permite a realização de
intervenções terapêuticas. No entanto, a colonoscopia requer um preparo intestinal demorado,
que um paciente hemodinamicamente instável pode não conseguir tolerar. A falta de preparo
intestinal adequado e sangramento intenso dificultam a visualização com esse procedimento,
resultando em baixo rendimento diagnóstico. Além disso, a detecção da fonte do sangramento
pela colonoscopia é limitada ao íleo terminal, cólon e reto. Portanto, não é o melhor passo inicial
para esse paciente, que está hemodinamicamente instável apesar dos esforços de reanimação e
continua a sangrar profusamente.
A varredura com radionuclídeos com glóbulos vermelhos marcados (cintilografia nuclear de
glóbulos vermelhos) fornece informações sobre a localização do sangramento gastrointestinal,
mas não desempenha nenhum papel terapêutico e, portanto, é usada como método adjuvante a
outras modalidades de imagem. A varredura com radionuclídeos não é, portanto, o próximo
melhor passo no manejo desse paciente.
A enteroscopia push é realizada se ainda houver sangramento ativo e os estudos diagnósticos de
primeira e segunda linha não conseguirem localizar a fonte. A enteroscopia geralmente só pode
detectar sangramento no intestino delgado, onde estão localizados menos sangramentos
gastrointestinais. Uma etapa de manejo diferente é mais apropriada para esse paciente nesse
momento.
Referência:
BMJ Best Practice. Avaliação da hemorragia digestiva baixa. Última atualização em 19 de
outubro de 2023. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/457?
q=Avaliação%20da%20hemorragia%20digestiva%20baixa&c=suggested. Acesso em: 2 abr.
2024.
22ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A baciloscopia de escarro não é o padrão ouro para diagnóstico de tuberculose, e sim a cultura
para micobactérias e o TRM-TB. O TRM-TB, apesar de alta sensibilidade, pode apresentar falso
negativo no escarro. Todo paciente sintomático respiratório com suspeita de tuberculose deverá
realizar um exame de imagem, podendo ser uma radiografia de tórax. A cultura para micobactéria
é um exame demorado, podendo levar até 42 dias para ser finalizado. O diagnóstico deverá ser
realizado com coleta de 2 amostras de escarro para baciloscopia e realização de TRM-TB em
uma das amostras. 
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das
Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no
Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das
Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 364 p. ISBN 978-85-334-2696-2
1. Tuberculose. 2. Vigilância em Saúde. 3. Manual. I. Título. II. Série.
23ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A assertiva A Saúde Planetária defende abordagens de desenvolvimento sustentável que
equilibrem as necessidades humanas com a preservação dos recursos naturais é a correta
porque reflete um dos princípios fundamentais da Saúde Planetária, conforme ilustrado na história
apresentada na questão. A Saúde Planetária busca abordagens de desenvolvimento sustentável
que equilibrem as necessidades humanas com a preservação dos recursos naturais. Na história,
os cientistas aplicaram os princípios da Saúde Planetária ao promover medidas para a
conservação dos recursos naturais, incentivando práticas de pesca sustentável e trabalhando em
projetos de reflorestamento para proteger os manguezais, visando garantir a saúde tanto das
pessoas quanto do ecossistema marinho. Portanto, essa assertiva reflete a aplicação prática dos
conceitos da Saúde Planetária na situação apresentada.
Referência:
BAUMGARTNER, J., Planetary Health: Protecting Nature to Protect Ourselves. Samuel Myers
and Howard Frumkin (eds), International Journal of Epidemiology, v. 50, Issue 2, April 2021,
p. 697–698. Disponível em: https://doi.org/10.1093/ije/dyaa254. Acesso em: 27 mar. 2024.
24ª QUESTÃO
Resposta comentada:
As infecções fúngicas superficiais são mais comumente causadas por dermatófitos dos gêneros
Trichophyton, Epidermophyton e Microsporum. Esses organismos metabolizam a queratina e
causam uma série de apresentações clínicas patológicas, incluindo tinea pedis e corporis.
Esse paciente tem uma infecção dermatófita, uma infecção fúngica comum da pele, cabelo e/ou
unhas, transmitida pelo contato com a pele de uma pessoa ou animal infectado (por exemplo, o
cão recentemente adotado desse paciente). As infecções por dermatófitos podem afetar o couro
cabeludo (tinea capitis), a área inguinal (tinea cruris), as mãos (tinea manuum), os pés (tinea
pedis), as unhas (tinea unguium) ou o resto do corpo(tinea corporis). Tinea corporis é mais
comumente causada por Trichophyton rubrum e classicamente se espalha de forma centrífuga,
manifestando-se como uma placa eritematosa, anular e pruriginosa com clareira central e borda
elevada. O diagnóstico é confirmado pela obtenção da escala de uma lesão e pela visualização de
hifas septadas ramificadas no teste de KOH. As opções de tratamento antifúngico incluem azóis
tópicos (por exemplo, cetoconazol) ou agentes sistêmicos (por exemplo, terbinafina oral) para
doença extensa e/ou refratária.
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Distratores:
A psoríase é uma doença imunomediada complexa. Fatores genéticos desempenham um papel
importante e vários genes têm sido associados à suscetibilidade à psoríase. O locus de
suscetibilidade à psoríase (PSORS1) no complexo principal de histocompatibilidade (MHC) no
cromossomo 6p21 é considerado um importante determinante genético dessa doença. É uma
condição crônica que causa placas pruriginosas, eritematosas e bem demarcadas. No entanto,
as lesões são tipicamente cobertas por escamas branco-prateadas e distribuídas bilateralmente,
classicamente nas superfícies extensoras dos joelhos e cotovelos. A psoríase normalmente não
se manifesta na coxa com uma placa anular solitária com clareira central e borda elevada.
O eritrasma é uma infecção superficial da pele causada pelo Corynebacterium minutissimum, um
bacilo gram-positivo, não formador de esporos. O distúrbio geralmente se apresenta como placas
escamosas e maceradas entre os dedos dos pés ou manchas eritematosas a marrons ou placas
finas em áreas intertriginosas. O eritrasma pode causar lesões pruriginosas e bem demarcadas.
No entanto, as lesões são tipicamente hiperpigmentadas, maculares e mais comumente se
desenvolvem em áreas intertriginosas (por exemplo, axilas e virilha). O eritrasma normalmente
não se manifesta na coxa com uma placa anular solitária, eritematosa, com clareira central e
borda elevada.
A sarna pode causar lesões pruriginosas, eritematosas e bem demarcadas. No entanto, as
lesões normalmente se manifestam como pápulas alongadas e vesículas dispersas com tocas
escavadas pelo ácaro Sarcoptes scabiei e mais comumente se desenvolvem nas mãos. A sarna
normalmente não se manifesta na coxa como uma placa anular solitária, eritematosa, com
clareira central e borda elevada.
Tinea versicolor não é uma infecção dermatófita. Os organismos causadores são leveduras
saprófitas e dependentes de lipídios do gênero Malassezia (anteriormente conhecido como
Pityrosporum). As leveduras Malassezia são um componente da flora normal da pele. As razões
para o desenvolvimento da tinea versicolor são provavelmente multifatoriais, envolvendo fatores
exógenos e endógenos. Ela pode causar lesões pruriginosas e bem demarcadas. No entanto, as
lesões são tipicamente hipopigmentadas ou hiperpigmentadas, maculares e mais comumente se
desenvolvem no tronco e no tórax, e não nas extremidades. Tinea versicolor normalmente não se
manifesta na coxa com uma placa anular solitária, eritematosa, com clareira central e borda
elevada.
Referências:
MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, Michael A. Microbiologia Médica. [s.l]: Grupo
GEN, 2022. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159662/. Acesso em: 2 abr. 2024.
BOLOGNIA, J. Dermatologia. [s.l]: Grupo GEN, 2015. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595155190/. Acesso em: 2 abr. 2024.
25ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os quatro grupos de doenças crônicas de maior impacto mundial (doenças do aparelho
circulatório, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas) têm quatro fatores de risco em
comum (tabagismo, inatividade física, alimentação não saudável e álcool).
O instrumento norteador da vigilância de DCNT é o plano de controle dos agravos causados por
DCNT no Brasil (2011-2022).
Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT são:
1. Monitoramento dos fatores de risco;
2. Monitoramento da morbidade e mortalidade das DCNT;
3. Monitoramento e avaliação das ações de assistência e promoção da saúde.
Essa vigilância (a vigilância epidemiológica de DCNT) se configura como um conjunto de ações
e de processos que permitem conhecer a ocorrência, a magnitude e a distribuição das
DCNT e de seus principais fatores de risco no país, bem como identificar os seus determinantes
e condicionantes econômicos, sociais e ambientais.
Referência:
Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis
(DCNT) no Brasil 2011-2022.MS.
26ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A prevenção pode ser feita nos períodos de pré-patogênese e patogênese.
A prevenção primária se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos e inclui promoção da
saúde e proteção específica.
A prevenção secundária é realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, no nível do
estado de doença, inclui diagnóstico, tratamento precoce e limitação da invalidez.
A prevenção terciária consiste na prevenção da incapacidade mediante adoção de medidas
destinadas à reabilitação (ROUQUAYROL, 2017).
 
No caso em questão são considerados prevenção PRIMÁRIA:
1. Vacinação de 100% das crianças, na faixa etária de 0 a 5 anos de idade, com as
vacinas BCG, pentavalente e a vacina inativada poliomielite (VIP).
2. Expansão da rede de água tratada para 100% da população urbana e 50% para a rural
no ano de 2023.
3. Intensificação da inspeção dos domicílios para busca de focos do mosquito Aedes
aegypti e seus criadouros.
 
27ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Temos um partograma que mostra um trabalho de parto cuja dilatação (triângulo) parou de
progredir em dois toques consecutivos, com intervalo de, ao menos, 2 horas, e as contrações,
apesar de estarem regulares, estão com intensidade fraca. Esse partograma mostra o
diagnóstico de parada secundária da dilatação, e a conduta para esses casos é a realização de
medidas que coordenem as contrações uterinas, como a movimentação da gestante, a mudança
de posição, o uso de ocitocina e a amniotomia. Como a paciente já está andando e na bola, para
ela é indicado o uso da ocitocina e aminiotomia.
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal. 2022.
28ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Escleroterapia com injeção é mais indicada para hemorroidas internas de grau I ou II, onde o
sangramento é o sintoma predominante, não sendo a opção mais eficaz para hemorroidas de
grau III com prolapso significativo.
Hemorroidectomia por técnica aberta (Milligan-Morgan) é recomendada para hemorroidas
internas de grau III e IV, onde há prolapso significativo. Essa técnica permite a remoção completa
das hemorroidas, sendo eficaz na resolução dos sintomas e na prevenção de recidivas ​​.
Tratamento conservador com mudanças dietéticas e banhos de assento é indicado para
hemorroidas de grau I e, em alguns casos, grau II, ajudando a aliviar sintomas leves, mas
insuficiente para hemorroidas de grau III com prolapso.
Ligadura elástica é efetiva para hemorroidas de grau II e III sem prolapso significativo ou
persistente. Embora possa ser considerada para hemorroidas de grau III, seu sucesso é limitado
em casos de prolapso acentuado que se reduz espontaneamente.
Aplicação tópica de pomadas corticosteroides pode aliviar temporariamente os sintomas
inflamatórios, mas não trata a causa subjacente do prolapso hemorroidário, sendo insuficiente
como tratamento isolado para hemorroidas de grau III.
Referência:
OLIVEIRA, Lucas F. et al. Comparação entre as técnicas de hemorroidectomia: Milligan-Morgan,
Ferguson e técnica fechada. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 42, n. 2, p. 123-
127, 2015.
29ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Correta: A miomectomiaé uma opção adequada para mulheres jovens com miomatose uterina
que desejam preservar a fertilidade. Essa cirurgia consiste na remoção dos miomas enquanto
preserva o útero, permitindo à paciente a possibilidade de engravidar no futuro. Como o mioma é
submucoso, FIGO 1, é passível de ser ressecado por via histeroscópica, sendo uma técnica
minimamente invasiva.
Incorretas:
– A histerectomia total abdominal, embora seja uma opção definitiva de tratamento para
miomatose uterina, é geralmente reservada para mulheres que não desejam preservar a
fertilidade. Dado que a paciente é jovem e sem filhos, essa opção não seria a primeira escolha.
– O tratamento medicamentoso com agonistas de GnRH pode ser utilizado para reduzir
temporariamente o tamanho dos miomas e aliviar os sintomas, mas não é uma opção definitiva
de tratamento. Além disso, pode causar efeitos colaterais significativos e não preserva a
fertilidade.
– A embolização das artérias uterinas é uma opção minimamente invasiva para o tratamento de
miomatose uterina, mas também pode não ser apropriada para mulheres que desejam preservar
a fertilidade por poder interferir na vascularização uterina e afetar a capacidade de engravidar.
– O acompanhamento clínico ou uso de anticoncepcionais pode ser uma das opções para casos
leves de miomatose uterina, mas se a paciente está sofrendo de sangramento uterino anormal e
tem sintomas significativos e deseja engravidar, esse não é o melhor método.
Referência: 
BEREK, J. S. (ed.). Berek & Novak Tratado de Ginecologia. 16. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2021.
 
30ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Conforme a Lei n. 12.461/2011, casos de suspeita de violência contra idosos devem ser
notificados e encaminhados para os seguintes órgãos: autoridade policial; Ministério Público;
Conselho Municipal do Idoso; Conselho Estadual do Idoso e/ou Conselho Nacional do Idoso. O
agente comunitário tem a competência de fazer essa notificação diretamente com autoridades
policiais, com base em suspeita de agressão contra o idoso. Preenchimento de ficha de
notificação seria em um segundo momento, após notificar a suspeita para autoridades
competentes (a qual também é competência do ACS, não sendo necessário transferir ao
enfermeiro).
Referências:
SALES, D. S. et al. (2014). A violência contra o idoso na visão do agente comunitário de saúde.
Estudos Interdisciplinares sobre o Envelhecimento, 19(1). Disponível em:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.36910. Acesso em: 27 mar. 2024.
BRASIL. Lei n. 12.461, de 26 de julho de 2011. Altera a Lei n. 10.741, de 1º de outubro de 2003,
para estabelecer a notificação compulsória dos atos de violência praticados contra o idoso
atendido em serviço de saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 27 jul. 2011. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12461.htm. Acesso em: 27 mar.
2023.
 
31ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O NYHA determina que, em paciente com disfunção diastólica associado com fração de ejeção
entre 40–49% e sintomas de insuficiência cardíaca, pode-se afirmar que a paciente apresenta ICC
de fração levemente reduzida.
Referência:
2022 AHA/ACC/HFSA Guideline for the Management of Heart Failure: A Report of the American
College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice
Guidelines. Circulation, v. 145, Issue 18, 3 May 2022; Pages e895-e1032. Disponível em:
https://doi.org/10.1161/CIR.0000000000001063. Acesso em 23 mar. 2024.
32ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Administrar antibióticos intravenosos durante o trabalho de parto é a conduta recomendada para
gestantes com cultura positiva para Streptococcus do grupo B, visando prevenir a transmissão
vertical do GBS ao neonato, que pode causar infecções graves como meningite, sepse e
pneumonia neonatal. A profilaxia antibiótica intraparto é eficaz na redução da transmissão e das
consequências associadas à infecção por GBS.
Iniciar tratamento imediato com antibióticos orais não é recomendado para a prevenção da
transmissão vertical do GBS, pois a administração deve ser feita intravenosamente durante o
trabalho de parto para ser eficaz.
Aguardar e repetir a cultura de GBS na 39ª semana de gestação não é indicado, pois o tratamento
é baseado no resultado positivo para GBS próximo ao termo, independentemente de uma cultura
posterior.
Não iniciar tratamento na ausência de sintomas não é uma conduta adequada, pois a profilaxia
intraparto visa prevenir complicações no neonato e não está relacionada à presença de sintomas
na gestante.
Realizar cesariana profilática para evitar a transmissão vertical do GBS não é indicado somente
pelo diagnóstico de colonização por GBS, sendo a profilaxia antibiótica a medida de escolha.
Referências:
MONTENEGRO, C. A.; REZENDE FILHO, J. Rezende obstetrícia fundamental. 14 ed. [s.l.]:
[s.d.].
VERANI, J. R.; MCGEE, L.; SCHRAG, S. J. Prevention of perinatal group B streptococcal
disease revised guidelines from CDC, 2010. MMWR. Recommendations and Reports, 59(RR-
10), 1-36.
33ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A capacitação dos profissionais de saúde em relação a abordagens culturalmente sensíveis é
crucial para superar possíveis barreiras na comunicação e compreender as nuances que podem
influenciar a saúde dos indivíduos negros. Isso inclui o reconhecimento das disparidades raciais,
históricas, socioeconômicas e de acesso aos cuidados de saúde. Ao investir na formação dos
profissionais de saúde para compreenderem e respeitem as especificidades culturais da
população negra, é possível proporcionar um atendimento mais eficaz, engajado e alinhado com
as necessidades dessa comunidade. Isso contribui diretamente para a promoção da equidade e
eliminação das disparidades raciais na saúde, objetivos centrais da Política de Atenção Integral à
Saúde da População Negra (PNAISPN).
Referência:
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma
política para o SUS. Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa,
Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. 3. ed. – Brasília: Editora do
Ministério da Saúde, 2017. 44 p.
34ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A questão aborda o contexto do desenvolvimento neuropsicomotor e trabalha aspectos
relacionados à avaliação na puericultura com ênfase nos marcos do desenvolvimento. 
O desenvolvimento é dividido em domínios específicos, como: motor grosseiro, motor fino,
linguagem, cognitivo e crescimento social/emocional, sendo um processo contínuo que depende
da interação entre fatores ambientais e genéticos. Além disso, um dos métodos de avaliação do
desenvolvimento utilizados para avaliar o impacto de condições como prematuridade e baixo
peso são as escalas Bayley. Com isso, aspectos da história pré-natal como infecções maternas,
alcoolismo ou tabagismo devem ser avaliadas durante a puericultura, pois podem gerar prejuízos
importantes para o desenvolvimento neuropsicomotor infantil.
São achados esperados para um lactente de 9 meses: Nesse tempo de vida, a criança adquire
motricidade mais complexa. A partir do 8º ou 9º mês, o bebê senta-se sem apoio; começa a
utilizar o movimento de pinça para agarrar objetos menores. Entre 9 meses e 1 ano, o bebê
engatinha ou anda com apoio, e, em torno do 10º mês, o bebê consegue se colocar de pé sozinho
e ficar em pé sem apoio, sem necessariamente dar passos. Consegue expressar palavras com
maior complexidade, como “papa” ou “mama”. O bebê apresenta reações a pessoas estranhas. 
O reflexo de Moro está presente até os 6 meses de vida.
 
Referências:
PEDIATRIA AMBULATORIAL. 2 ed. [s.l.]: IMIP, [s.d.].
SILVA, L. R. et al. (Org.). Tratado de pediatria. Sociedade Brasileira de Peditria. 5. ed. v. 1 e 2.
Barueri: Editora Mente Aberta, 2022. 1.719p.
 
 
35ª QUESTÃO
Respostacomentada:
Paciente idoso, com fratura desproporcional ao trauma, anemia, disfunção renal e hiperuricemia e
presença do fenômeno de Rouleuax, a principal hipótese diagnóstica é mieloma múltiplo.
Para confirmar o diagnóstico, é necessário realizar eletroforese ou imunoeletroforese de proteínas
no soro/urina e mielograma.
Referência:
ZAGO, MA; FALCÃO, RP; PASQUINE, R. Tratado de Hematologia. Rio de Janeiro: Atheneu,
2013.
36ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Entre as dermatofitoses superficiais (tinhas), temos as que acometem o couro cabeludo
comumente, crianças ou adultos imunossuprimidos e o tratamento da tinea capitis, são
obrigatoriamente tratados de forma sistêmica com terbinafina, itraconazol ou griseofulvina. 
Os fungos dermatófitos possuem alta resistência a cetoconazol. Além disso, os fungos
dermatófitos do couro cabeludo (microsporum sp e tricophyton sp) são resistentes ao
cetoconazol. Portanto, esse medicamento não entra em nenhum protocolo de tratamento de tinea
capitis e é altamente questionável no tratamento de outras tinhas. 
Referência:
AZULAY, D. R. Dermatologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.
37ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A primeira afirmação diz menção a quadro de colecistite, com presença de sinal de Murphy,
associada a elevação de Brb direta. A segunda afirmação descreve o quadro de leptospirose, na
qual se observa elevação de bilirrubina indireta. A terceira afirmação descreve quadro de colangite
esclerosante, na qual se observa elevação de Brb direta, e não indireta, tornando tal afirmação
falsa. A quarta afirmação descreve situação de hemólise induzida por fármacos em indivíduo
deficiente de G6PD, o que ocasiona elevação de Brb indireta. A quinta afirmação, com relação à
icterícia associada ao LES, sugere ocorrência de hemólise, com consequente elevação de Brb
indireta, tornando tal afirmação falsa. Com isso, estão corretas as afirmativas I, II e IV.
REFERÊNCIA:
GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I. Goldman-Cecil Medicina. [SL]: Grupo GEN, 2022. E-
book. ISBN 9788595159297. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159297/. Acesso em: 20 fev. 2023.
38ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente em questão apresenta dor súbita, vômitos provavelmente relacionados à dor, aumento
no anexo direito com massa heterogênea cística e áreas hiperecoicas, provavelmente
calcificadas, típicas de teratoma maduro, que inclui dentes e ossos em seu interior, além do
conteúdo líquido. Devido ao grande aumento do anexo, no caso 56 cm³, há grande possibilidade
de torção do ovário. Como ocorreu, a massa não apresenta fluxo ao Doppler, ou seja, não está
recebendo sangue para nutrir a massa, e a tendência é sofrer necrose, causando muita dor.
A apendicite apresentaria febre e leucocitose associadas, já que a paciente é jovem, e a massa
não seria tão grande. Além disso, líquido livre estaria presente se houvesse supuração.
Na gestação ectópica, o beta-hCG estaria positivo numa massa tão grande.
A diverticulite é mais comum à esquerda e também apresentaria leucocitose.
O endometrioma não tem crescimento súbito, e ao ultrassom não há áreas hiperecoicas.
Referências:
BEREK, J. S. & L. Berek, D. L. Berek & Novak – Tratado de ginecologia. 16 ed. Disponível em:
Minha Biblioteca. [s.l.]: Grupo GEN, 2016.
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39ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Incorreta: Febre superior a 38 °C é critério menor para o diagnóstico.
Correta: A presença de coreia é suficiente para o diagnóstico de febre reumática, mesmo na
ausência de evidência de infecção estreptocócica anterior.
Incorreta: A poliartrite é assimétrica e migratória, não erosiva e não deixa sequelas.
Incorreta: A droga de escolha para o tratamento da coreia de Sydenham é o haloperidol 1 mg/dia.
Incorreta: O intervalo P-R é critério menor.
Referências:
DIRETRIZES BRASILEIRAS PARA DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA
FEBRE REUMÁTICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, DA SOCIEDADE
BRASILEIRA DE PEDIATRIA E DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Arq
Bras Cardiol. 2009; 93(3 supl.4):1-18.
JÚNIOR, D. C.; BURNS, D. A. R.; LOPEZ, F. A. Tratado de pediatria. Barueri-SP: Editora
Manole, 2021. E-book. 
40ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente apresenta ascite e história prévia de etilismo. Além disso, tem hipoalbuminemia.
A hipoalbuminemia provocada pela deficiente síntese de albumina reduz a pressão oncótica do
plasma e concorre para a formação do edema.
REFERÊNCIAS:
COELHO, Eduardo Barbosa. Mecanismos de formação de edemas. Medicina (Ribeirão Preto), v.
37, n. 3/4, p. 189-198, 2004.
DA SILVA, LEONARDO SOARES. MANEJO PRÁTICO DA ASCITE.
BRITO, Ana Paula Santos Oliveira et al. Manejo da Ascite: revisão sistemática da
literatura. Brazilian Journal of Health Review, v. 5, n. 1, p. 3022-3031, 2022.
41ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Ambas as asserções são falsas e não têm relação entre si.
I – A paciente apresenta um quadro de colelitíase assintomática, não necessitando de tratamento
cirúrgico, exceto em casos excepcionais. Portanto, a afirmação de que ela deve ser submetida a
tratamento cirúrgico, preferencialmente com colecistectomia por via laparoscópica, é falsa, uma
vez que a paciente é saudável e não possui comorbidades, e seu cálculo é menor que 2 cm.
II – A maioria dos cálculos biliares assintomáticos não evolui para doença ativa ao longo do
tempo. Portanto, a afirmação de que evoluem para doença ativa durante sua evolução é falsa.
Referência:
TOWNSAND, C. M. et al. Sabiston – Tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica
moderna. 20. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
42ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O artigo 4º da lei 8.142 de 1990 pontua os seguintes critérios para que os estados, os municípios
e o Distrito Federal recebam os recursos para saúde:
I — Fundo de Saúde;
II — Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o Decreto n.° 99.438, de 7 de
agosto de 1990;
III — Plano de saúde;
IV — Relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n.° 8.080,
de 19 de setembro de 1990;
V — Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
VI — Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo
de dois anos para sua implantação.
Referência:
BRASIL. Lei 8.142, de 28 de dezembro 1990. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8142.htm. Acesso em: 27 mar. 2024.
43ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O maior coeficiente de incidência é na faixa etária de 20 a 29 anos. A maior proporção de casos
graves concentra-se na faixa etária de 80 e mais.
Referência:
BRASIL, Ministério da Saúde. Centro de Operações de Emergências – COE – Dengue e outras
arboviroses. Informe Semanal. Edição No 01/SE 01 a 05/2024. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/arboviroses/informe-semanal/coe-
dengue-informe-01-led_.pdf. Acesso em: 06 mar. 2024.
44ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O diagnóstico do DPP é eminentemente clínico. O DPP agudo habitualmente se inicia com dor
abdominal aguda, súbita e intensa, acompanhada de sangramento vaginal escuro com coágulos,
na presença de hipertonia uterina ou taquissistolia. 
Referência:
HOFFMAN, B. L. et al. (ed). Williams gynecology. v. 25. New York: McGraw-Hill Education,
2016.
45ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A resposta correta para esta questão é a alternativa “Organizar sessões de educação em saúde
comunitária sobre nutrição e gestão do estresse.”
Essa resposta está alinhada com as características do trabalho educativo com grupos operativos.
Os grupos operativos são uma abordagem educativa que visa promover a conscientização e a
mudança de comportamento por meio da interação entre os participantes. Ao organizar sessões
de educaçãoem saúde comunitária sobre nutrição e gestão do estresse, a paciente teria a
oportunidade de compartilhar suas preocupações e desafios com outras pessoas em situações
semelhantes, além de receber informações relevantes e apoio prático para melhorar seu
autocuidado e aderência ao tratamento do diabetes.
Referência:
BASTOS, G. A. N. et al. Abordagem comunitária: inserção comunitária. In: GUSSO, G.; LOPES,
J. M. C. (Org.). Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática.
Porto Alegre: Artmed, 2 ed. 2019. Cap. 41.
46ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A paciente foi submetida a uma cirurgia contaminada, pois a apendicite na fase catarral é aquela
em que, embora o apêndice não esteja perfurado, já ocorreu translocação bacteriana com
peritonite localizada, e as culturas para essa secreção são positivas para germes presentes no
TGI colônico, como anaeróbios, além dos gram-negativos. O curso curto de 3 a 5 dias de
antibiótico é suficiente para o tratamento da apendicite nessa fase, havendo protocolos que usam
apenas 24 horas de antibióticos, pois a retirada do apêndice e a toalete abdominal transoperatória
são suficientes para o tratamento. No entanto, em toda apendicite aguda, mesmo nas fases
iniciais, a cirurgia por técnica aberta tem como principal complicação a infecção da ferida
operatória, que chega a ter incidência superior a 50% dos casos. Nesse caso, a paciente não
apresentava apenas um abscesso na ferida, mas sinais claros de celulite, uma evolução mais
grave da infecção da ferida operatória, possivelmente devido a não ter sido drenada mais
precocemente.
Quando há celulite subcutânea, diferentemente do quadro de infecção da ferida operatória
simples, a drenagem apenas não é suficiente, e está indicada a antibioticoterapia com cobertura
para gram-negativos e anaeróbios, pois os patógenos envolvidos na infecção são os do TGI e não
os da pele, como o S. aureus, por exemplo. Apenas fazer antibioticoterapia sem drenar vai se
mostrar insuficiente, pois a celulite nesses casos é secundária a um abscesso na ferida
operatória. Há escolas que recomendam não suturar a pele em primeira intenção em
apendicectomias, mas deixar a cicatrização por segunda ou terceira intenção. Porém, com as
altas precoces que são dadas hoje e a dificuldade de manejar a ferida operatória aberta em casa,
tem sido mais comum fechar a ferida. Em contrapartida, embora a peritonite pós-operatória na
apendicite aguda possa acontecer (mais especialmente nas fases mais avançadas de peritonite
fecal, e não na fase catarral, mas pode acontecer nessa fase), nesse caso, a paciente tem
abdome flácido, não tem íleo, portanto não há sinais de peritonite que justificassem uma nova
laparotomia.
Referências:
CARVALHO, W. R. et al. Tratado de Cirurgia do CBC. 3 ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2022.
Seção: Abdome.
TOWSEND, C. M. Sabiston: Tratado de Cirurgia – Towsend. São Paulo: Gen Guanabara, 2024.
ZATERKA, S.; EISIG, J. Tratado de gastroenterologia: da graduação à pós-graduação. 2. ed.
São Paulo: Editora Atheneu, 2016.
47ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Obstetrícia. Assistência Pré-Natal
Tema: Diabetes Gestacional
A dosagem da glicose de jejum é o método utilizado atualmente para o diagnóstico do diabetes
gestacional. Dosagem acima de 92 mg/dL e inferior a 126 mg/dL, na primeira consulta, permite
fazer o diagnóstico de diabetes gestacional. Essa definição inclui o diagnóstico realizado pela
primeira vez na gravidez. Basta dosar uma única vez no início da gravidez. Quando o resultado é
inferior a 92 mg/dL, é necessário realizar o Teste de Tolerância à Glicose com 75 g, entre 24-28
semanas de gestação. A hemoglobina glicada não serve para o diagnóstico do diabetes
gestacional.
REFERÊNCIA:
Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.; JL. Williams. Obstetrics. 26th Ed. Mc Graw Hill. New
York, 2022.
48ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Essa é a resposta mais apropriada porque aborda diretamente a causa raiz do problema
enfrentado pela comunidade Yanomami, que é a contaminação dos recursos naturais devido ao
garimpo ilegal. Implementar políticas de monitoramento ambiental permitirá identificar as fontes de
contaminação e tomar medidas para controle e mitigação dos impactos negativos na saúde e na
nutrição dos indígenas. Além disso, a aplicação de penalidades para empresas responsáveis pela
contaminação é crucial para dissuadir atividades ilegais e para proteger o ambiente.
As outras opções, embora possam ser importantes em diferentes contextos, não abordam
diretamente a causa subjacente do problema ou não são viáveis ​​dadas as circunstâncias
específicas enfrentadas pela comunidade Yanomami. Por exemplo, campanhas de vacinação em
massa ou realocação da população para áreas urbanas não resolveriam a contaminação
ambiental causada pelo garimpo ilegal. Portanto, “Implementar políticas de monitoramento
ambiental para identificar fontes de contaminação na área florestal e aplicar fiscalização e controle
de poluição, com penalidades para os responsáveis pela contaminação” é a resposta mais
adequada para lidar com a situação específica descrita na questão.
Referências:
ALBERT, B. et al. URIHI1: Terra, economia e saúde Yanomami. Brasília: Universidade de
Brasília, 1992.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria n.º 1.317, de 3 de agosto
de 2017. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2017/prt1317_08_08_2017.html. Acesso
em: 30 maio 2023.
BARCELLOS, C. A dimensão espacial das desigualdades de saúde: ruralidade, distâncias, redes
e acesso a serviços de saúde. In: GIOVANELLA, L. Atenção primária à saúde em territórios
rurais remotos no Brasil. [s.l.]: Editora FioCruz, 2023.
HAESBAERT, R. Do corpo-território ao território-corpo (da terra): contribuições decoloniais.
GEOgraphia, v. 22, n. 48, 2020. Disponível em:
https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/43100. Acesso em: 1 jun. 2023. 
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49ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Na hipoperfusão renal, o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) é ativado, ou seja, os
rins liberam renina, o que leva à ativação e à liberação de angiotensina II e aldosterona.
O aumento da aldosterona eleva a reabsorção de sódio e a secreção de potássio e prótons nos
túbulos coletores renais. Além disso, a angiotensina II aumenta a taxa de filtração glomerular e
estimula a reabsorção de sódio no túbulo proximal. À medida que o sódio é reabsorvido, a água
segue do filtrado glomerular para o interstício renal. Esse deslocamento de fluido para os capilares
peritubulares leva ao aumento do fluido intravascular e ao aumento da pressão sanguínea.
DISTRATORES:
Quando o RAAS é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron para
aumentar a secreção de prótons. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção de
prótons.
Quando o SRAA é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron para
aumentar a secreção de potássio. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção de
potássio.
A reabsorção de ureia ocorre no túbulo proximal e no ducto coletor, e espera-se que seja
aumentada na hipovolemia. A perda de volume causa aumento dos níveis de ADH, o que induz a
expressão de transportadores de ureia nos ductos coletores medulares, levando a um aumento
da reabsorção de ureia. A reabsorção de ureia nos ductos coletores é essencial para manter o
gradiente osmótico medular interno que permite a retenção máxima de água filtrada. A ureia
também é reabsorvida no túbulo proximal por difusão através do arrasto de solvente de outros
eletrólitos. Esse mecanismo também é aumentado em estados hipovolêmicos por causa do
aumento da concentração de urina e da concentração de eletrólitos intersticiais.
Sob condições fisiológicas, a creatinina é removidado sangue por filtração glomerular e secreção
tubular a uma taxa relativamente constante. Embora a creatinina possa ser absorvida no trato
gastrointestinal (suplementos dietéticos ou carne), há pouca ou nenhuma reabsorção tubular renal
de creatinina. Devido à diminuição da perfusão renal, este paciente corre o risco de diminuição da
filtração glomerular e, portanto, aumento da creatinina sérica. No entanto, qualquer aumento na
creatinina sérica é resultado da diminuição da depuração (diminuição da TFG) e não do aumento
da absorção renal.
REFERÊNCIA:
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall. Fundamentos de Fisiologia. [Cap.78]: Grupo
GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595151550. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 09 mai. 2023.
50ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A resposta correta (Personalizar o PTS, considerando as características específicas de cada tipo
de família, como nuclear, monoparental, extensa, entre outras.) destaca a importância de
reconhecer a diversidade das estruturas familiares e personalizar o Projeto Terapêutico Singular
(PTS) conforme as características específicas de cada tipo de família. Ao considerar fatores
como dinâmicas familiares, papéis e apoio disponível, a equipe de saúde pode adaptar as
estratégias de cuidado para atender melhor às necessidades individuais do paciente no contexto
familiar. Essa abordagem promove uma assistência mais centrada na pessoa e integrada ao
ambiente familiar, reconhecendo a influência significativa que as relações familiares têm no
processo de cuidado.
Referência:
DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. et al. Medicina ambulatorial: condutas
de atenção primária baseadas em evidências. Grupo A, 2022. E-book. ISBN 9786558820437.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558820437/. Acesso em: 1
mar. 2024.
51ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A barreira antirrefluxo, principal proteção contra o RGE, é composta por: esfíncter interno (ou
esfíncter inferior do esôfago – EIE –, propriamente dito) e esfíncter externo (formado pela porc ̧ão
crural do diafragma). O EIE mantém-se fechado em repouso e relaxa com a deglutic ̧ão e com a
distensão gástrica. O relaxamento não relacionado com a deglutic ̧ão é chamado relaxamento
transitório do EIE (RTEIE), sendo considerado o principal mecanismo fisiopatológico associado à
DRGE, responsável por 63 a 74% dos episódios de refluxo gastresofágico (RGE).
Referência:
DANI, R.; PASSOS, M. C. F. Gastroenterologia essencial. 4 ed. Grupo GEN, 2011. Cap. 10:
Doença por Refluxo Gastresofágico, p. 102. Disponível em: Minha Biblioteca.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-277-1970-/pageid/134. Acesso em:
28 mar. 2024.
52ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Aguardar a resolução espontânea da dor não é apropriado diante da suspeita de torção testicular,
pois o tempo é crucial para a viabilidade do testículo. Atrasos podem levar à perda testicular por
necrose.
A ultrassonografia doppler do escroto é o exame de escolha para avaliar a torção testicular, pois
permite a visualização da anatomia testicular e a avaliação do fluxo sanguíneo, sendo crucial para
o diagnóstico rápido e o tratamento imediato​​.
A tomografia computadorizada do abdome e pelve não é o exame indicado para avaliar a torção
testicular, pois não oferece a mesma precisão que a ultrassonografia doppler no que diz respeito
ao fluxo sanguíneo testicular.
Iniciar antibioticoterapia e reavaliar em 24 horas pode ser apropriado para epididimite, mas não
para suspeita de torção testicular, onde a intervenção cirúrgica urgente é frequentemente
necessária para salvar o testículo.
Indicar referência para consulta urológica ambulatorial em uma semana seria inadequada, pois a
torção testicular é uma emergência urológica que requer intervenção imediata para preservar a
função testicular.
Referência:
Barbosa, J. A. et al. Diagnóstico e tratamento da torção testicular: uma revisão urgente. Revista
Brasileira de Cirurgia Pediátrica, v. 35, n. 1, 2019, p. 45-52.
53ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Desenvolvido na década de 1980 pelos pesquisadores norte-americanos Prochaska e
DiClemente, o modelo transteórico (MTT) engloba diferentes teorias da psicologia social. É
constituído por quatro construtos: estágios de mudança do comportamento, processos de
mudança, equilíbrio de decisões e autoeficácia. O MTT foi desenvolvido inicialmente em um
contexto clínico que envolvia comportamentos de adição, como o de fumar.
O construto de mudança de comportamento do MTT é composto por cinco estágios:
1.Pré-contemplação (I won’t – eu não quero): não considera a possibilidade de mudar, nem se
preocupa com a questão.
2.Contemplação (I might – eu deveria): admite o problema, é ambivalente e considera adotar
mudanças eventualmente (nos próximos 6 meses).
3.Preparação (I will – eu irei): inicia algumas mudanças, planeja, cria condições para mudar,
revisa tentativas passadas (nos próximos 30 dias).
4.Ação (I am – eu estou): implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo e
energia na execução da mudança (a mudança ocorreu há menos de 6 meses).
5.Manutenção (I have – eu tenho que): processo de continuidade do trabalho iniciado com ação,
para manter os ganhos e prevenir uma recaída (a mudança ocorreu há mais de 6 meses).
Referência:
GUSSO, G.; LOPES, J. M. C.; DIAS, L. C. Tratado de medicina de família e comunidade:
princípios, formação e prática. Grupo A, 2019. E-book. ISBN 9788582715369. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715369/. Acesso em: 29 ago. 2023.
54ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Paciente em crise aguda de asma, e a medicação de resgate deve ser um b2 agonista de curta
ação. Não há a necessidade de suporte de oxigênio, pois a paciente está com a saturação de
95%, > do que 94%.
Referências:
GLOBAL INITIATE FOR ASTHMA. Global Strategy for Asthma management e prevention. 2023.
Disponível em: https://ginasthma.org/. Acesso em: 30 mar. 2024.
J BRAS PNEUMOL. 2020;46(1):e20190307. Recomendações para o manejo da asma da
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. 2020. Disponível em:
https://dx.doi.org/10.1590/1806-3713/e20190307. Acesso em: 30 mar. 2024.
55ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A hipotensão ortostática e a síncope vasovagal podem estar relacionadas aos fatores estressores
desencadeantes, como calor excessivo. As mudanças climáticas, assim como ocorre com o
meio ambiente, geram efeitos significativos sobre a saúde humana. Esses efeitos podem ser
ainda maiores em trabalhadores que desenvolvem suas tarefas ao ar livre e encontram-se na
maior parte do tempo diretamente expostos às variáveis ambientais.
Referência:
JANTSCH, A. G.; FERREIRA, L. V.; IZOLANI, G. V. In: GUSSO, G. et al. (Org.). Tratado de
medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática. Porto Alegre: Artmed/Grupo
A, 2019, cap. 225, p. 1929.
56ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990, dispõe sobre a participação da comunidade na
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). A representação dos usuários nos conselhos de
saúde e conferências será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos. Deve ser
composto por 50% de representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuários do
SUS; e 50% de representantes de entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade
científica da área de saúde, de representantes do governo, de entidades de prestadores de
serviços de saúde (sendo 25% de entidades representativas dos trabalhadores da área de saúde
e 25% de representação de governo e prestadores de serviços privados conveniados ou sem fins
lucrativos). Cabendo a cada conselho desaúde definir o número de membros, obedecendo à
composição supracitada (BRASIL, 1990; BRASIL, 2006).
Referências:
BRASIL. Lei n.º 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade
na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da República
Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1990.
BRASIL. Decreto n.º 5.839, de 11 de julho de 2006. Dispõe sobre a organização, as atribuições e
o processo eleitoral do Conselho Nacional de Saúde — CNS e dá outras providências. Diário
Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 2006.
57ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As primeiras células sanguíneas são derivadas do mesoderma embrionário localizado no saco
vitelínico.
A hematopoiese ocorre em diferentes órgãos, conforme a idade embrionária avança, sendo um
desses órgãos o fígado.
A diferenciação linfocítica ocorre na medula óssea, no caso dos linfócitos B, no timo, no caso de
linfócitos T.
A maturação de células progenitoras em células diferenciadas depende de fatores de crescimento
hemocitopoiéticos e de um microambiente adequado.
A formação das células sanguíneas começa 2 semanas após a concepção (fase mesoblástica)
na mesoderme do saco vitelino, onde as células mesenquimais se agregam para formar grupos
conhecidos como ilhotas sanguíneas. As células periféricas dessas ilhotas formam a parede
vascular, e as células restantes se convertem em eritroblastos, que se diferenciam em eritrócitos
nucleados que contêm HbF. Somente na época do nascimento os eritrócitos contêm HbA1 e
HbA2, bem como uma quantidade muito pequena de HbF.
A fase mesoblástica começa a ser substituída pela fase hepática por volta da sexta semana de
gestação. Os eritrócitos circulantes ainda apresentam núcleos e os progenitores não eritroides
aparecem na oitava semana de gestação. A fase esplênica começa durante o segundo trimestre;
as fases hepática e esplênica continuam até o fim da gestação.
A hemocitopoese na medula óssea (fase mieloide) começa no fim do segundo trimestre. À
medida que o sistema esquelético continua a se desenvolver, a medula óssea assume um papel
cada vez mais importante na formação das células sanguíneas. Ainda que o fígado e o baço não
sejam ativos na hemocitopoese pós-natal, esses órgãos podem reverter sua condição para
formar novas células sanguíneas, se necessário.
Referências:
GARTNER, Leslie P. Tratado de histologia. [s.l.]: Grupo GEN, 2022. E-book. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595159003/. Acesso em: 2 abr. 2024.
JUNQUEIRA, L. C.; CANEIRO, J. Histologia básica: texto e atlas. 14 ed. [s.l.]: Grupo GEN,
2023. Disponível em: Minha Biblioteca. Acesso em: 28 mar. 2024.
58ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Métodos hormonais não devem ser usados em pacientes com anticorpos antifosfolípide positivo.
Mesmo os métodos apenas com progesterona são contraindicados em pacientes com anticorpos
antifosfolípide. Portanto, o único método indicado é o não hormonal. Entre as alternativas, realizar
implantação de DIU de cobre é a correta.
Referência:
FEBRASGO. Contracepção reversível de longa ação. Série: orientações e recomendações.
2022. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/media/k2/attachments/SerieZ1-2022-
Contracepcao.pdf. Acesso em: 29 mar. 2024.
59ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Essa paciente previamente saudável apresenta características de insuficiência hepática aguda:
encefalopatia hepática, coagulopatia, enzimas hepáticas dramaticamente elevadas e icterícia. No
contexto de uma sorologia positiva para o vírus da hepatite B (HBV), esses achados apoiam o
diagnóstico de hepatite viral fulminante.
O transplante de fígado é a única opção de tratamento definitivo em pacientes com insuficiência
hepática fulminante, uma complicação rara e devastadora da infecção aguda pelo VHB. No caso
de insuficiência hepática fulminante, a probabilidade de recuperação espontânea deve ser
ponderada em relação ao benefício do transplante hepático emergente. A idade do paciente, a
causa subjacente da insuficiência hepática, o grau de encefalopatia e a evidência de disfunção
hepática são os fatores decisivos mais importantes. Como essa paciente tem mais de 40 anos,
testou positivo para antígeno de superfície da hepatite B, tem alto grau de encefalopatia (asterix,
confusão acentuada) e continua apresentando disfunção hepática significativa (TP, INR e
bilirrubina total elevados), deve ser encaminhada para transplante de fígado, dada a menor
probabilidade de recuperação hepática espontânea.
Distratores:
A N-acetilcisteína (NAC) é indicada para o tratamento da toxicidade do paracetamol, que pode
resultar em lesão hepática irreversível devido ao acúmulo do metabólito altamente reativo N-
acetil-p-benzoquinonaimina (NAPQI). O NAC repõe a glutationa, que atua como agente redutor do
NAPQI, tornando-o inerte. No entanto, os níveis de paracetamol dessa paciente estão na faixa de
referência, tornando esse diagnóstico improvável. Embora a NAC tenha demonstrado melhorar a
sobrevida livre de transplante em pacientes com insuficiência hepática aguda não relacionada ao
paracetamol, ela não é recomendada rotineiramente. Além disso, dada a gravidade da
apresentação dessa paciente, é improvável que a terapia com NAC resulte em recuperação
espontânea. A NAC também pode ser administrada a pacientes que não se qualificam para
transplante de fígado (por exemplo, devido ao uso agudo de drogas intravenosas).
Ledipasvir e sofosbuvir são antivirais de ação direta (AAD) usados em combinação para o
tratamento da infecção crônica pelo vírus da hepatite C (HCV), que pode resultar em insuficiência
hepática fulminante em casos raros. Embora o tratamento da causa subjacente seja muitas
vezes parte do tratamento da insuficiência hepática fulminante, os anticorpos contra o VHC dessa
paciente são negativos, tornando esse diagnóstico improvável.
Embora os glicocorticoides possam ser considerados na hepatite alcoólica e autoimune grave,
eles devem ser evitados em pacientes com insuficiência hepática aguda porque aumentam ainda
mais o risco já aumentado de infecção e sepse.
A administração de plasma fresco congelado (FFP) em pacientes com insuficiência hepática
fulminante só é considerada em casos de sangramento grave. Como pode interferir na avaliação
da função hepática, que é fortemente monitorada e usada para avaliar outras etapas de manejo,
não é recomendado. Além disso, o FFP pode levar à sobrecarga de fluidos, e não demonstrou
melhorar a mortalidade nessa população de pacientes.
Referências:
BMJ Best Practice. Insuficiência hepática aguda. Última atualização em 28 de novembro de
2023. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/1010. Acesso em: 28 mar. 2024.
Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/liver-transplantation-in-adults-patient-selection-
and-pretransplantation-evaluation?
search=liver%20transplant&source=search_result&selectedTitle=1%7E150&usage_type=default&
display_rank=1. Acesso em: 28 mar. 2024.
60ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Durante o manejo do pós-operatório, é essencial aplicar os princípios da anestesiologia para
garantir uma adequada analgesia. Diversos estudos destacam a importância de uma abordagem
multimodal no controle da dor, que envolve a combinação de diferentes classes de analgésicos
para otimizar a eficácia e minimizar os efeitos colaterais. Segundo a Sociedade Brasileira de
Anestesiologia (SBA), essa estratégia inclui o uso de analgésicos opioides, anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs), dipirona, paracetamol e agentes adjuvantes como antidepressivos e
anticonvulsivantes, quando indicados.
Referência:
AULER, J. O. C; CARMONA, M. J. C. Anestesiologia Básica: Manual de Anestesiologia, Dor e
Terapia

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