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e-Tec Brasil97 Aula 16 - Motivação II Nesta aula, continuamos a conversar sobre aspectos motivacionais nas organizações. Vamos abordar a crítica como elemento motivacional. Mas como ser feito isso? Deve envolver situações de aprendizagem onde a pessoa perceba suas falhas, mas também possa ter parâmetros do que deve ser melhorado e aprimorado. Caso contrário, a crítica perde bastante do seu objetivo e torna-se apenas uma ação desmotivacional. Boa leitura! 16.1 Críticas no âmbito organizacional Ninguém gosta de receber uma crítica. Quem criticou usou de argumentos que observaram a técnica ou aspectos pessoais? O dicionário especifica crítica como arte ou faculdade de julgar, apreciação minuciosa, critério, censura, condenação, apreciação desfavorável. Adjetivos todos que se voltam mais para um aspecto negativo, como algo ruim que alguém determina de outro. A todo o momento há pessoas criticando outras: a roupa, o cabelo, o modo de falar, de executar uma tarefa, se de reportar à chefia ou aos colegas, o atraso, a distração, etc. Raro mesmo é encontrar a crítica construtiva, alguém dizer o que está errado, e após esta explanação sobre a discordância, tecer um comentário de ajuda, de estímulo, mostrar qual o caminho correto a seguir. Estabelecer no âmbito organizacional a concepção de que a crítica tem valor positivo para a melhoria das tarefas e dos relacionamentos requer tempo e prática. O staff da empresa pode ser o exemplo: chefias orientadas para oferecer o feedback, ou seja, o retorno do que foiexecutado, de maneira a nstigar o funcionário a se questionar do por que de seu erro ou inabilidade. Apenas dizer que está errado, não apontando os locais do erro é a crítica pela crítica e tende a ter características pouco construtivas. Ensinar a forma correta de fazer ou de refazer a tarefa, assinalando os pon- tos fracos e as reais melhorias é o processo da crítica construtiva. Para tal é necessário o que já se comentou: flexibilidade de modelos mentais, visão compartilhada do conhecimento, e um incansável comportamento de ensi- nagem. Pode-se definir ensinagem como a ação do querer ensinar, de estar disposto a repassar ao outro o que se sabe. Staff: Termo em inglês que significa: quadro dos dirigentes de uma empresa, de um organismo. Grupo de pessoas que assessora um dirigente, um político etc. Grupo de pessoas que trabalham em conjunto; pessoal: staff médico Na atual administração é o exemplo do gestor mediador, das relações sinergéti- cas nos ambientes de trabalho, na ação de cooperação ou empática. Goleman (1995) reitera a importância da ensinagem através do que ele chama de crítica habilidosa e descreve-a como o enfoque no que a pessoa fez e pode fazer, em vez de ser um comentário voltado apenas para o trabalho malfeito. O uso do elogio nos ambientes de trabalho é a ação motivacional mais eficaz. E se este elogio for seguido de uma descrição pontual ou específica do que está bom, a pessoa terá maior clareza e confiança de seus comportamentos. O comentário crítico, geralmente, está impregnado de estigmas e preconcei- tos. Inabilidades pessoais no trato com o outro ou a dificuldade que algumas pessoas têm de aceitar ou lidar com o diferente, acabam, muitas vezes, de for- ma inconsciente, sendo expressas de maneira maldosa, pejorativa, sarcástica, agregando sempre um valor negativo. Se este padrão for vigente e prolongado a tendência é que os conflitos se acirrem no setor. A indisposição, a indiferença e a individualidade tendem a se sobressair, pois há pouca empatia no local. Goleman (1995) sugere algumas ações que concentram atitudes mais concilia- doras como oferecer uma solução indicando a maneira de resolução, incluindo sugestões e cuidados a serem tomados; acrescentar o elogio como forma de retorno às solicitações; ser mais sensível, usar mais da empatia, reduzindo o ressentimento, defensividade e distanciamento; oportunizar as situações pro- blemas como meio de enriquecimento das relações interpessoais. A diversidade está presente em todas as situações, pois cada pessoa guarda a sua história única. Generalizar ou desconsiderar este fator não corrobora com a melhoria das re- lações. É preciso investir no respeito, confiança mútua, reconhecimento, apro- ximação, eliminação das emoções negativas e valorização das positivas, este é o grande desafio para os profissionais deste novo século. As relações trabalhistas não podem mais estar calcadas apenas na produtivida- de, assiduidade, pontualidade, conhecimento técnico ou tecnológico. Estigmas: Marca. Sinal. O conceito atual é mais amplo; considera-se estigmatizante qualquercaracterística, não necessariamente física ou visível, que não se harmoniza com o quadro de expectativas sociais acerca de determinado indivíduo. Para saber mais sobre estigmas acesse: http://www.infopedia. pt/$estigma-(sociologia) http://www.periodicos.ufsc.br/index. php/interthesis/article/viewFile/889/711 Leia o texto de Selvino J.Assmann e Nei Antonio Nunes: Michael Foucault e a Genealogia como crítica do presente. O artigo procura analisar a crítica à modernidade expressa na genealogia foucaultiana. e-Tec Brasil 98 Psicologia do Trabalho e-Tec Brasil99Aula 16 - Motivação II A competência interpessoal é uma ação valiosa parao crescimento pessoal e profissional. Saber utilizar a crítica como ferramenta positiva não exige muito das pessoas, basta voltar os modelos mentais para a busca da humanização das estruturas organizacionais. Resumo Nessa aula, aprendemos o uso benéfico do elogio e da crítica como elementos que contribuem para o aumento da motivação nos ambientes de trabalho. Aprendemos a dificuldade de exercer a crítica como ferramenta motivacional e de aprendizagem. Evidenciamos a importância do feedback como diferencial integrador na devolutiva do que foi executado, de maneira a instigar o questio- namento e melhorar habilidades. Anotações Acesse o site: http://www.unb.br/fe/ tef/filoesco/foucault/critique.html Leia a Conferência proferida em 27 de maio de 1978. É um bate-papo entre Henri Gouhier e Michael Foucault. Trata-se da análise do filósofo francês sobre a crítica.
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