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5 EXERCÍCIO - GABARITO

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GABARITO 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA 
CRIMINAL DA COMARCA... 
 
 
 
Autos nº:..... 
 
 
 
 
CAIO, já qualificado nos autos, por seu procurador infra-assinado, 
com procuração anexa, vem, respeitosamente, à presença de Vossa 
Excelência apresentar 
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO, 
 
Com base nos arts. 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelos 
fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos: 
 
 
I – DOS FATOS 
O réu foi denunciado pela prática do crime de extorsão qualificada 
pelo emprego de arma de fogo. A denúncia foi recebida pelo juízo da 
5ª Vara Criminal. O réu foi citado no dia 18 de janeiro de 2011. 
 
 
II – DO DIREITO 
 
A) Da atipicidade da conduta 
O réu foi acusado de ter praticado o delito de extorsão qualificada 
pelo emprego de arma, por ter cobrado uma dívida de Caio, mediante 
o emprego de uma pistola. Todavia, conforme se verifica do art. 158 
do Código Penal, o crime de extorsão incide quando o agente 
constrange alguém com o intuito de obter vantagem indevida. 
 
No caso, o réu ameaçou a vítima no sentido de cobrar uma dívida, ou 
seja, para obtenção de uma vantagem devida. Logo, considerando 
que a obtenção da vantagem indevida é elementar do delito de 
extorsão, conclui-se que a conduta descrita na denúncia é atípica. 
 
Assim, deve o réu ser absolvido sumariamente em relação ao delito 
de extorsão, com base no art. 397, III, do Código de Processo Penal, 
já que se trata de conduta atípica. 
 
B) Da extinção da punibilidade – Decadência 
Como se referiu, o crime de extorsão incide quando o agente 
constrange alguém com o intuito de obter vantagem indevida. No 
caso, o réu ameaçou a vítima no sentido de cobrar uma dívida, ou 
seja, para obtenção de uma vantagem devida. 
 
Logo, a conduta descrita na denúncia se enquadra no crime de 
exercício arbitrário das próprias razões, previsto no art. 345 do 
Código Penal. 
 
Nos termos do art. 345, parágrafo único, do Código Penal, se não há 
emprego de violência, o crime de exercício arbitrário das próprias 
razões é de ação penal privada. 
 
Assim, o Ministério Público não é parte legítima para ajuizar a ação, 
já que se procede mediante o ajuizamento da queixa-crime no prazo 
de seis meses, nos termos do art. 38 do Código de Processo Penal e 
do art. 103 do Código Penal. 
 
Nesse sentido, considerando que o fato e o conhecimento da autoria 
ocorreram no dia 24 de maio de 2010, o ofendido teria até o dia 23 
de novembro de 2010 para ajuizar a queixa-crime. Logo, passaram-
se mais de seis meses para o oferecimento da queixa-crime, 
ocorrendo a decadência do direito do ofendido, devendo, portanto, 
ser extinta a punibilidade do réu. 
 
III – DO PEDIDO 
Ante o exposto, requer: 
a) a absolvição sumária, com base no art. 397, III, do Código de 
Processo Penal; 
b) a absolvição sumária, com base no art. 397, IV, do Código de 
Processo Penal; 
c) a produção de todas as provas admitidas em direito, 
principalmente a testemunha, cujo rol segue abaixo. 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
 
Local..., 28 de janeiro de 2011. 
 
 
Advogado. OAB n. ... 
 
 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS 
a) Joaquim 
b) Manuel

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