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Direito Desportivo - Modulo 1

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Prévia do material em texto

Direito Desportivo
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Reinaldo Zychan de Moraes
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Direito ao Lazer
• Introdução;
• Trabalho e Lazer;
• Direitos Humanos;
• Direitos Fundamentais;
• A Constituição Federal de 1988 e o Direito ao Lazer;
• Grupos Sociais Vulneráveis.
• Compreender o lazer como direito fundamental;
• Refl etir sobre os grupos vulneráveis e o direito ao lazer.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Direito ao Lazer
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Direito ao Lazer
Introdução
Se buscarmos nos dicionários a palavra lazer, veremos que alguns significados 
apresentados a aproximam de termos com conotações negativas, muitas das vezes 
buscando associá-la ao ócio, a atividades não produtivas, dentre outras formas. Isso 
deriva de uma moral capitalista, de fundo cristão, que identifica a prosperidade ao 
trabalho, razão pela qual o lazer é o seu oposto, que deve ter um papel menor na 
vida das pessoas.
Na verdade, não é essa a forma como o lazer é apresentado por nossa legisla-
ção, bem como em normas internacionais que tratam dos direitos humanos, razão 
pela qual precisamos nos aprofundar nesse tema e conhecer as diferentes feições e 
traços do direito do lazer, com especial destaque para o exercício desse direito pelos 
principais grupos vulneráveis de nossa sociedade.
Antes, contudo, vamos pontuar alguns acontecimentos históricos que se relacio-
nam ao nosso estudo, em especial, sobre a dicotomia trabalho-lazer.
Trabalho e Lazer
Apesar de ser muitas vezes identificado como oposto do trabalho, na verdade, 
sem qualquer dúvida, a história do lazer está muito ligada à história do trabalho, vis-
to que o trabalho busca, em um primeiro plano, o mínimo essencial para as neces-
sidades de sobrevivência do homem. Dessa forma, quanto mais tempo dispendido 
para o trabalho, menor será a disponibilidade para o lazer.
Por exemplo, na Idade Média, na Europa Ocidental havia, na maior parte, um 
sistema feudal que economicamente se restringia a atividades agrícolas e pastoris, 
sendo que o baixo nível tecnológico e a inexistência de sistemas motorizados ti-
nham como resultado a baixíssima produtividade, que trazia severas consequências 
para a vida da maior parte das pessoas – os camponeses.
O camponês vivia numa choupana do tipo mais miserável. Trabalhando 
longa e arduamente em suas faixas de terra espalhadas (todas juntas ti-
nham, em média, uma extensão de 6 a 12 hectares, na Inglaterra, e 15 a 
20, na França), conseguia arrancar do solo apenas o suficiente para uma 
vida miserável. Teria vivido melhor não fora o fato de que, dois ou três 
dias por semana, tinha que trabalhar a terra do senhor, sem pagamento. 
(HUBERMAN, 2017. p. 5)
Obviamente, se as condições de trabalho se mostravam extremamente severas 
e, mesmo assim, a vida do camponês tinha tantas privações, o tempo para o lazer 
não era uma prioridade.
A situação não se alterou por muito tempo. Na verdade, quando isso ocorre, as mu-
danças são ainda mais perversas. O aumento dos mercados fez com que a economia 
8
9
agrária, pouco a pouco, perdesse sua maior importância, passando a ter um destacado 
papel a florescente indústria, onde o trabalho infantil era uma realidade.
[...] Jack de Newbury era uma figura importante porque, ao contrário 
dos outros, que levavam matéria-prima para os artesãos trabalharem em 
suas casas, ergueu um edifício próprio, com mais de 200 teares, no qual 
cerca de 600 homens, mulheres e crianças trabalhavam. Isso ocorreu em 
princípios do século XVI. Foi ele o precursor do sistema de fábricas que 
surgiria três séculos mais tarde. (HUBERMAN, 2017. p. 5)
Os registros dessa época até o início do século XX demonstram que no sistema 
fabril crianças com 5 anos e até menor idade já eram submetidas a longas jornadas 
de trabalho e sem qualquer tipo de proteção ou perspectiva de melhora. 
As máquinas, que podiam ter tornado mais leve o trabalho, na realidade o 
fizeram pior. Eram tão eficientes que tinham de fazer sua mágica durante 
o maior tempo possível. Para seus donos, representavam tamanho capi-
tal que não podiam parar – tinham de trabalhar, trabalhar sempre. Além 
disso, o proprietário inteligente sabia que arrancar tudo da máquina, o 
mais depressa possível, era essencial porque, com as novas invenções, elas 
podiam tornar-se logo obsoletas. Por isso os dias de trabalho eram longos, 
de 16 horas. Quando conquistaram o direito de trabalhar em dois turnos 
de 12 horas, os trabalhadores consideraram tal modificação uma bênção.
[...]
Pagavam os menores salários possíveis. Buscavam o máximo de força 
de trabalho pelo mínimo necessário para pagá -las. Como mulheres e 
crianças podiam cuidar das máquinas e receber menos que os homens, 
deram-lhes trabalho, enquanto o homem ficava em casa, frequentemente 
sem ocupação. A princípio, os donos de fábricas compravam o trabalho 
das crianças pobres, nos orfanatos; mais tarde, como os salários do pai 
operário e da mãe operária não eram suficientes para manter a família, 
também as crianças que tinham casa foram obrigadas a trabalhar nas 
fábricas e minas. (HUBERMAN, 2017. pp. 143,144)
Em um sistema social assim tão caótico e desprovido de mínimos direitos, por 
óbvio, atividades de lazer não faziam parte da rotina das pessoas, salvo aquelas 
mais abastadas.
Figura 1
Fonte: Pixabay
9
UNIDADE Direito ao Lazer
Dessa forma, quando as primeiras leis surgiram, particularmente, no século XIX, 
limitando as jornadas de trabalho e criando regramentos sobre diversos aspectos do 
trabalho, estabelecendo condições de maior respeito aos direitos do homem é que o la-
zer passa a ser pensado como algo que não se opõe ao trabalho, mas o complementa.
Ele passa a ser encarado como um dos direitos humanos.
Direitos Humanos
Uma tarefa sempre complexa é a de conceituar os direitos humanos, visto que 
há muitas formas de se enxergar o que eles representam e como são formados.
Contudo, na visão de Casado Filho, eles podem ser conceituados da seguinte forma:
Direitos Humanos são um conjunto de direitos, positivados ou não, cuja 
finalidade é assegurar o respeito à dignidade da pessoa humana, por 
meioda limitação do arbítrio estatal e do estabelecimento da igualdade 
nos pontos de partida dos indivíduos, em um dado momento histórico. 
(CASADO FILHO, 2012, p. 17)
Vamos entender um pouco mais sobre estas características:
• Embora não haja um forte consenso sobre isso, os chamados Direitos Huma-
nos se caracterizam por terem sua criação atrelada a tratados e convenções 
internacionais, que os reconhecem e os positiva, ou seja, expressamente os 
declara no corpo desses documentos internacionais. Há também aqueles não 
positivados, os que não estão expressamente indicados no corpo desses docu-
mentos, contudo, estão implicitamente inseridos em suas disposições;
• Essa forma de elaboração garante a esses direitos um caráter universal, ou 
seja, eles devem ser respeitados e aplicados para todos os povos e em todos os 
lugares, sem distinção;
• Eles buscam assegurar a dignidade da pessoa humana, assim todos nós, 
pelo simples fato de pertencermos à espécie humana, somos detentores de 
uma série de direitos que devem ser respeitados pelos outros seres humanos, 
pela sociedade e pelo Estado;
• O caráter desses direitos não permite que ninguém (o seu detentor, a sociedade 
ou o Estado) possa deixar de observá-los. Eles sempre devem ser aplicados e 
respeitados, não interessa quem é a pessoa afetada, qual é a sua origem, qual 
é a sua nacionalidade, o seu gênero, a sua fortuna, sua profissão, etc. Por isso 
falamos que eles são inalienáveis e imprescritíveis;
• Eles se baseiam, em especial, no Princípio da Igualdade, de forma que são 
vedadas pela ordem jurídica qualquer forma de tratamento diferenciado de 
pessoas que estão em idêntica situação;
• Eles são fruto de uma construção histórica de modo que, os novos direitos 
que são reconhecidos se somam com os direitos que anteriormente passaram 
por esse reconhecimento.
10
11
Nesse processo de construção, está o papel da Organização Internacional do 
Trabalho, uma organização internacional que foi criada no âmbito da Liga das Na-
ções e que tem como marco de criação do Tratado de Versailles, em 1919 – que, 
formalmente, colocou fim à Primeira Guerra Mundial.
[...] a Organização Internacional do Trabalho (International Labour Office, 
agora denominada International Labour Organization) também contri-
buiu para o processo de internacionalização dos direitos humanos. Cria-
da após a Primeira Guerra Mundial, a Organização Internacional do Tra-
balho tinha por finalidade promover padrões internacionais de condições 
de trabalho e bem-estar. (PIOVESAN, 2016, p. 194)
Atualmente, a Organização Internacional do Trabalho – OIT é uma das or-
ganizações internacionais vinculadas à Organização das Nações Unidas – ONU, 
possuindo um importante papel na criação de normas protetivas dos trabalhadores, 
sendo que, ao longo de sua história, em muito supera o número de cem os tratados 
e convenções criadas no seu âmbito de atuação.
Nessa trajetória, ocorreram as lutas pela limitação das jornadas de trabalho, para 
que houvesse uma maior preocupação com a saúde do trabalhador, pela necessida-
de de que haja maior salubridade dos locais de trabalho etc.
Também se buscou afastar o trabalho infantil, sendo que para as crianças e ado-
lescentes se estabeleceu a prioridade para os estudos e para as atividades próprias 
dessa fase da vida, inclusive aquelas ligadas ao lazer.
Não somente para as crianças e adolescentes se estabeleceu o direito ao lazer. 
Com a limitação da jornada de trabalho o lazer, em maior ou menor proporção, 
passou a ser uma realidade para boa parte das pessoas dos nossos tempos, incluin-
do os grupos vulneráveis de nossa sociedade.
Nesse sentido, esse direito é expressamente mencionado na Declaração Uni-
versal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das 
Nações Unidas, em 10 de dezembro 1948.
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 24
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razo-
ável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.
Gerações ou Dimensões dos Direitos Humanos
Como uma das características dos Direitos Humanos é o de sua construção his-
tórica, diversos autores passaram a classificar esse processo em gerações ou dimen-
sões de direitos. Essas gerações não são excludentes, ou seja, uma nova geração 
não exclui os direitos conquistados nas anteriores, mas os somam.
Embora haja uma divergência sobre alguns aspectos dessa classificação, geral-
mente, se reconhecessem três dessas gerações.
11
UNIDADE Direito ao Lazer
Direitos Humanos de Primeira Geração
Essa primeira geração se caracteriza por ser uma expressão do pensamento 
liberal do século XVIII, englobando os direitos e as liberdades da pessoa perante 
o Estado, estabelecendo situações em que o poder estatal não pode interferir nos 
direitos dos indivíduos.
Eles impõem uma série de limites para o exercício da atividade do Estado, que 
não pode invadir direitos como a vida, a liberdade de expressão, a propriedade, a 
igualdade perante a lei, a inviolabilidade do domicílio, dentre outros. 
Por estabelecerem situações de abstenção à atividade do Estado, esses direitos 
são também chamados de direitos negativos ou liberdades negativas.
Esses direitos são associados à ideia de liberdade.
Direitos Humanos de Segunda Geração
Nessa geração, estão incluídos os chamados direitos sociais. Diversamente do 
que ocorrem com os direitos de primeira geração, que exigem uma abstenção do Es-
tado em certas áreas, nessa, há uma exigência de que ele tenha um papel ativo para 
garantir a concretização de uma maior justiça social, gerando maior bem-estar social.
Isso se faz com a criação de ações que assegurem aos indivíduos maior acesso a 
serviços de saúde, educação, assistência social, bem como pela criação de normas 
sobre as relações de trabalho.
Esses direitos estão associados à ideia de igualdade.
É nessa geração que se insere o direito ao lazer.
Direitos Humanos de Terceira Geração
Esses direitos se caracterizam por terem por foco não os indivíduos, singular-
mente considerados, mas grupos humanos, razão pela qual tem o chamado caráter 
transindividual.
Aqui estão aqueles direitos em que ninguém, individualmente, é considerado 
titular, tais como o direito à paz, ao desenvolvimento, ao meio ambiente, à conser-
vação do patrimônio histórico-cultural, dentre outros.
Muitos autores indicam que esses direitos estão ligados à noção de fraternidade 
(solidariedade).
Direitos Fundamentais
Se os Direitos Humanos se caracterizam por sua dimensão internacional, os 
chamados Direitos Fundamentais possuem foco no sistema jurídico de cada país.
Eles são, basicamente, os direitos próprios dos indivíduos que o Estado se com-
promete a assegurar e respeitar em seu território e nas suas relações. Isso se faz 
pela inserção deles no seu texto constitucional.
12
13
A Constituição Federal de 1988 
e o Direito ao Lazer
A Constituição Federal é o documento mais importante de nosso sistema jurídico, 
de forma que todo esse sistema deve possuir compatibilidade com seus preceitos.
Um traço bem característico da nossa atual Constituição, que entrou em vigor 
em 5 de outubro de 1988, é o de dar forte prevalência aos direitos dos indivíduos. 
Isso se reflete logo no seu artigo 1º, que estabelece os chamados Fundamentos de 
nossa República, sendo que, dentre eles, está a dignidade da pessoa humana.
Constituição Federal
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
[...]
III - a dignidade da pessoa humana;
É uma clara demonstração de que os direitos individuais devem ser sempre res-
peitados em nossas relações cotidianas, não se admitindo que eles sejam colocados 
em uma posição secundária nas relações que envolvam o indivíduo e o Estado, o 
indivíduo e a sociedade ou nas relações que somente envolvam os indivíduos.
Nesse particular, devem ser destacadas as disposiçõescontidas no seu Título II, 
denominado de Dos Direitos e Garantias Fundamentais, que abrange em seu 
Capítulo II os chamados Direito Sociais, sendo eles apresentados no artigo 6º.
Constituição Federal
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o traba-
lho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na 
forma desta Constituição. (destaque nosso)
Como destaca a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o exercício do 
direito ao lazer está intimamente ligado à criação pelo Estado de mecanismos que 
limitem as jornadas de trabalho e de proteção do trabalhador.
Isso nos leva a considerar as disposições constitucionais sobre o direito ao lazer 
em dois grupos:
• As disposições que estipulam o regramento do trabalho e que afastam exces-
sos que podem ocorrer na relação entre empregado e empregador;
• Por ser o direito ao lazer um direito social, isso leva à exigência de que o Estado 
realize medidas efetivas para que esse direito seja exercido por todos, cabendo 
a ele o importante papel de estabelecer programas, criar normas e incentivos.
13
UNIDADE Direito ao Lazer
Como estamos vendo, o direito ao lazer não apresenta uma clara definição no 
texto constitucional, ainda que não reste qualquer dúvida sobre a sua existência, 
sendo caracterizado assim como outros direitos sociais de uma conjugação de ele-
mentos que apresentam diretrizes para que ele seja efetivado.
O direito ao lazer, à semelhança do que acontece com outros direitos 
sociais, não teve seu conteúdo definido no texto constitucional, ainda 
que deste possam ser extraídas algumas diretrizes. Com efeito, na sua 
articulação com outros princípios e direitos consagrados na Constitui-
ção Federal (por exemplo, a referência ao lazer como um dos elemen-
tos a ser assegurado pela prestação do salário mínimo, bem como a 
garantia do pagamento de um terço sobre o valor das férias, o repouso 
remunerado, a limitação da jornada de trabalho etc.), é possível identi-
ficar, já no plano da Constituição, um corpo normativo que, em algu-
ma medida, objetiva assegurar a toda e qualquer pessoa, um mínimo 
de fruição do lazer, impondo ao Poder Público o dever de assegurar 
as condições (por prestações materiais e normativas) que viabilizem o 
acesso e o exercício do atividades de lazer pela população. (SARLET, 
2017. p. 660)
Disposições constitucionais sobre o regramento do trabalho
Na linha da sobre o regramento do trabalho, podemos apontar as seguintes 
disposições:
Constituição Federal
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininter-
ruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
[...]
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal;
XXIV - aposentadoria;
Faz parte dessa linha o contido no inciso XXXIII do artigo 7º do texto constitu-
cional, que apresenta limites para o trabalho para adolescentes, vedando a realiza-
ção de práticas laborais para crianças.
14
15
Constituição Federal
Art. 7º [...]
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores 
de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na 
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;
Por fim, encontramos entre os direitos sociais expressos na Constituição as es-
tipulações sobre o salário mínimo, o qual deve ter a capacidade de atender às ne-
cessidades mais prementes do trabalhador e de sua família, o que abrange, entre 
outros elementos, o lazer.
Constituição Federal
Art. 7º [...]
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de 
atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com mora-
dia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Disposições constitucionais sobre as ações 
estatais para efetivar o direito ao lazer
Importantes formas de lazer estão associadas às práticas desportivas e culturais, 
razão pela qual a Constituição Federal determina, em seu artigo 217, que o Estado 
realize medidas para que essas áreas sejam estimuladas. Nesse mesmo artigo, há 
também a importante determinação de que devem ser criadas pelo Poder Públicas 
medidas para o incentivo ao lazer, em razão de ser um importante mecanismo de 
promoção social.
Constituição Federal
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-
-formais, como direito de cada um, observados:
[...]
§ 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social.
Ainda que o esporte represente um importante elemento do direito ao lazer, 
há também outros que não podem ser esquecidos, tais como os ligados ao acesso 
à cultura.
Constituição Federal
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos cul-
turais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a 
valorização e a difusão das manifestações culturais.
[...]
15
UNIDADE Direito ao Lazer
Grupos Sociais Vulneráveis
Como vimos, o direito ao lazer é caracterizado como um Direito Humano de Se-
gunda Geração, razão pela qual, em razão da universalidade, ele deve ser aplicado 
para todas as pessoas, sem exceções.
Ocorre, porém, que o exercício desse direito, assim como de outros direitos 
sociais, não ocorre de forma equitativa por todas as pessoas de nossa sociedade, 
sendo que essa diferença na efetivação dele é muito mais latente em determinados 
grupos sociais, tal como no grupo das pessoas vulneráveis.
Importante!
Os grupos vulneráveis de nossa sociedade são compostos por pessoas que, por diversas 
razões, têm uma maior suscetibilidade de terem seus direitos desrespeitados. 
Dentre os grupos vulneráveis, vamos destacar três deles:
• As crianças e os adolescentes;
• Os idosos;
• As pessoas com deficiência.
Importante!
Isso faz com que o Estado tenha que ter uma especial preocupação com esses 
grupos, sem que isso represente qualquer forma de privilégio para seus integrantes.
Na verdade, essa diferença de tratamento se assenta nas duas vertentes do Prin-
cípio da Igualdade, ou seja, a igualdade formal e a igualdade material.
Quando falamos em igualdade formal, nós nos referimos à impossibilidade de 
que a lei faça um tratamento diferenciado das pessoas. É dessa forma que encon-
tramos diversas disposições legais e constitucionais que se assentam na seguinte 
ideia “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...]” (caput 
do artigo 5º da Constituição Federal). Nesse mesmo sentido, encontramos a dis-
posição contida no artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, cuja 
redação é a seguinte “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade 
e direitos [...]”.
Ocorre que, em muitas situações, não seria injusto tratar todas as pessoas de 
forma, exatamente, igual. Não podemos tratar de forma idêntica um adulto e uma 
criança, uma pessoa com muitas posses e uma pessoa que não possui qualquer 
patrimônio, um empregado que ganha um salário mínimo e um empregado que 
ganha um vultoso salário, dentre outras situações. Essa disparidade real não se 
presta para justificar a criação de privilégios, mas para estabelecer um tratamento 
diferenciado para aquelas pessoas que dele necessitam.
Essa forma de justificável tratamento diferenciado decorre da chamada igualda-
de material ou substancial, que, em última instância busca igualar as situações 
que envolvem pessoas diferentes.
16
17
Para entendermos melhoro que isso significa, vamos ao seguinte exemplo:
Como vimos, nosso sistema jurídico estabelece a igualdade de todos ao direito ao 
lazer, por meio da participação em atividades culturais e esportivas, dentre outras.
Ocorre, contudo, que para as pessoas com defi ciência o deslocamento para essas ati-
vidades pode ser extremamente complicado, razão pela qual, a lei estabelece uma 
série de medidas, a cargo dos promotores do evento, para que os integrantes desse 
grupo social tenham pleno acesso aos locais onde eles serão realizados.
Muito embora o tratamento não seja, exatamente o mesmo, o que se busca é que 
todas as pessoas, independentemente de terem algum tipo de defi ciência ou não, 
possam ter acesso a esse tipo de atividade.
Direito do Lazer e as crianças e adolescentes
No âmbito internacional, podemos citar a Convenção sobre os Direitos da 
Criança, que passou a ter vigência internacional em 2 de setembro de 1990, como 
uma das mais importantes normas que tratam dos direitos desse grupo vulnerável, 
sendo que dela podemos destacar os seguintes dispositivos:
Convenção sobre os Direitos da Criança
Artigo 31
1. Os Estados Partes reconhecem o direito da criança ao descanso e ao 
lazer, ao divertimento e às atividades recreativas próprias da idade, bem 
como à livre participação na vida cultural e artística.
2. Os Estados Partes respeitarão e promoverão o direito da criança de 
participar plenamente da vida cultural e artística e encorajarão a criação 
de oportunidades adequadas, em condições de igualdade, para que parti-
cipem da vida cultural, artística, recreativa e de lazer.
Na mesma linha, mas, agora, no âmbito do nosso texto constitucional, podemos 
destacar o seguinte dispositivo:
Constituição Federal
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à crian-
ça, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, 
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
[...]
Seguindo o firmado pelos preceitos de nossa Constituição Federal, foi editado 
o Estatuto da Criança e do Adolescente, por meio da Lei n.º 8.069/90, e, logo no 
seu início, é realizada a definição do seu público-alvo, sendo que:
17
UNIDADE Direito ao Lazer
• É considerada criança a pessoa com até 12 anos de idade;
• O termo adolescente deve ser empregado para a pessoa entre 12 e 18 anos 
de idade.
Entre as diversas normas desse Estatuto que se referem ao direito ao lazer, va-
mos destacar a seguinte:
Estatuto da Criança e do Adolescente
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
[...]
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
Direito ao Lazer e os idosos
No âmbito internacional vamos destacar o direito ao lazer dos idosos na Con-
venção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos, onde 
encontramos o seguinte enunciado.
Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos 
dos Idosos
Artigo 22
Direito à recreação, ao lazer e ao esporte
O idoso tem direito à recreação, atividade física, lazer e esporte.
Os Estados Partes promoverão o desenvolvimento de serviços e programas 
de recreação, incluindo o turismo, bem como de atividades de lazer e es-
portivas que levem em conta os interesses e as necessidades do idoso, em 
particular o que recebe serviços de cuidado de longo prazo, a fim de melho-
rar sua saúde e qualidade de vida em todas as suas dimensões e promover 
sua autorrealização, independência, autonomia e inclusão na comunidade.
O idoso poderá participar do estabelecimento, gestão e avaliação desses 
serviços, programas e atividades.
No âmbito legislativo, a principal norma que trata dos direitos desse grupo social 
é o Estatuto do Idoso, Lei n.º 10.741/03, sendo que recebem essa classificação as 
pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
Para esse grupo vulnerável, encontramos diversas disposições sobre o direito ao 
lazer, sendo que podemos destacar as seguintes:
Estatuto do Idoso
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder 
Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do di-
reito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao 
lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à 
convivência familiar e comunitária.
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[...]
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, di-
versões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar 
condição de idade.
[...]
Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será 
proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinquenta por 
cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de 
lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.
Direito do Lazer e as pessoas com defi ciência
As pessoas com deficiência recebem, no âmbito internacional, um detalhado trata-
mento protetivo dado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiên-
cia e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007.
Há diversas disposições sobre o direito ao lazer, sendo que convém destacar 
as seguintes:
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protoco-
lo Facultativo
Artigo 30
Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte 
1.Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência de 
participar na vida cultural, em igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas, e tomarão todas as medidas apropriadas para que as pessoas 
com deficiência possam:
a) Ter acesso a bens culturais em formatos acessíveis;
b) Ter acesso a programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades 
culturais, em formatos acessíveis; e
c) Ter acesso a locais que ofereçam serviços ou eventos culturais, tais 
como teatros, museus, cinemas, bibliotecas e serviços turísticos, bem 
como, tanto quanto possível, ter acesso a monumentos e locais de impor-
tância cultural nacional. 
[...]
5.Para que as pessoas com deficiência participem, em igualdade de opor-
tunidades com as demais pessoas, de atividades recreativas, esportivas e 
de lazer, os Estados Partes tomarão medidas apropriadas para:
a) Incentivar e promover a maior participação possível das pessoas com 
deficiência nas atividades esportivas comuns em todos os níveis;
b) Assegurar que as pessoas com deficiência tenham a oportunidade de 
organizar, desenvolver e participar em atividades esportivas e recreativas 
específicas às deficiências e, para tanto, incentivar a provisão de instru-
ção, treinamento e recursos adequados, em igualdade de oportunidades 
com as demais pessoas;
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UNIDADE Direito ao Lazer
c) Assegurar que as pessoas com deficiência tenham acesso a locais de 
eventos esportivos, recreativos e turísticos;
d) Assegurar que as crianças com deficiência possam, em igualdade de 
condições com as demais crianças, participar de jogos e atividades recre-
ativas, esportivas e de lazer, inclusive no sistema escolar;
e) Assegurar que as pessoas com deficiência tenham acesso aos serviços 
prestados por pessoas ou entidades envolvidas na organização de ativida-
des recreativas, turísticas, esportivas e de lazer.
No âmbito interno, essas e outras disposições serviram de base para a formação 
da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – Estatuto da Pessoa 
com Deficiência, Lei n.º 13.146/15, que, assim como a Convenção, é extrema-
mente rico em detalhes sobre a forma como deve o Poder Público e a sociedade 
garantir o pleno exercício do direito ao lazer aos integrantes desse grupo social.
Estatuto da Pessoa com Deficiência
Art. 43. O poder público deve promover a participação da pessoa com 
deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e 
recreativas, com vistas ao seu protagonismo, devendo:
I- incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de recursos ade-
quados, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas;
II - assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços prestados 
por pessoa ou entidade envolvida na organização das atividades de que 
trata este artigo; e
III - assegurar a participação da pessoa com deficiência em jogos e ativi-
dades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no 
sistema escolar, em igualdade de condições com as demais pessoas.
Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de esporte, lo-
cais de espetáculos e de conferências e similares, serão reservados espaços 
livres e assentos para a pessoa com deficiência, de acordo com a capacida-
de de lotação da edificação, observado o disposto em regulamento.
§ 1º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem ser distri-
buídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, em todos os 
setores, próximos aos corredores, devidamente sinalizados, evitando-se 
áreas segregadas de público e obstrução das saídas, em conformidade 
com as normas de acessibilidade.
§ 2º No caso de não haver comprovada procura pelos assentos reserva-
dos, esses podem, excepcionalmente, ser ocupados por pessoas sem de-
ficiência ou que não tenham mobilidade reduzida, observado o disposto 
em regulamento.
§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem situar-se em 
locais que garantam a acomodação de, no mínimo, 1 (um) acompanhante 
da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, resguardado o 
direito de se acomodar proximamente a grupo familiar e comunitário.
[...]
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Um destaque para esse grupo é a necessidade de que seus integrantes tenham 
acesso, em igualdade de condições com os demais frequentadores, aos locais e 
serviços públicos e privados, onde estão sendo desenvolvidas diversas atividades 
sociais, inclusive aquelas de caráter artístico, cultural e esportivo.
Importante!
Não há dúvidas de que o direito ao lazer existe e deve ser um instrumento de promo-
ção social, tendo como destinatário todas as pessoas, em razão do caráter universal 
que ele apresenta.
Pouco valeria a sua existência se ele não se tornar efetivo, razão pela qual há uma série 
de normas, seja no âmbito internacional como no âmbito interno que estabelecem de-
veres ao Poder Público e a toda a sociedade para que esse direito se torne uma realidade 
para a vida de todas as pessoas.
Iniciativas como o fomento das atividades esportivas e culturais fazem parte desses de-
veres, sendo necessária uma atuação diferenciada para garantir que os integrantes dos 
grupos vulneráveis de nossa sociedade possam, em igualdade de condições, usufruir, por 
completo, desse direito.
Em Síntese
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UNIDADE Direito ao Lazer
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
UNICEF
Declaração Universal dos Direito Humanos
https://goo.gl/HjhnWn
 Leitura
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
https://goo.gl/zaRrL
Lei Nº 8.069, de 13 de Julho de 1990
Estatuto da Criança e do Adolescente
https://goo.gl/XE9ht
Lei Nº 13.146, de 6 De Julho de 2015
Estatuto da Pessoa com Deficiência
https://goo.gl/fBRbY3
Lei Nº 10.741, de 1º de Outubro de 2003
Estatuto do Idoso
https://goo.gl/D0iKzF
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Referências
 CASADO FILHO, N. Direitos humanos e fundamentais. Sã o Paulo: Saraiva, 
2012. (e-book)
HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Traduç ã o de Waltensir Dutra; 
atualizaç ã o e revisã o té cnica Má rcia Guerra. 22. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: 
LTC, 2017. (e-book)
LEITE, F. P; RIBEIRO, L. L. G; FILHO, W. M. C. (coordenadores). Comentários 
ao estatuto da pessoa com deficiência. São Paulo: Saraiva, 2016.
LEMBO, C. A pessoa: seus direitos. Barueri: Manole, 2007.
MORAES, A. Direito Constitucional. 34. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
PINHEIRO, N. M. (organizadora). Estatuto do idoso comentado. Campinas: Ser-
vanda, 2012.
PIOVESAN, F. Direitos humanos e o direito constitucional internacional. 16. 
ed., rev., ampl. e atual. Sã o Paulo: Saraiva, 2016.
SARLET, I. W. MARIONI, L. G. MITIDIERO, D. Curso de direito constitucional. 
6. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
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