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65Competir ou cooperar: eis a questão!
Educação Física
4
COMPETIR OU 
COOPERAR: EIS A 
QUESTÃO!
Cristiane Pereira Brito1n
Seria o ser humano naturalmente competitivo ou 
o meio o influencia para que se torne assim? 
As relações sociais nos conduzem à competição, 
fazendo-nos provar, o tempo todo, que somos os 
melhores em alguma coisa? 
Será que a escola tornou-se um ambiente que 
também promove a competição valorizando ape-
nas aqueles que se sobressaem? 
Os esportes e os jogos só se aplicam de maneira 
competitiva? É possível diferenciar o esporte do 
jogo?
1Colégio Estadual André Andreatta. Quatro Barras - PR
66 Jogos
Ensino Médio
O exemplo dado retrata a forma como o mecanismo da competi-
ção se desenvolveu nas empresas, com a intenção de obter lucros ca-
da vez maiores. 
O capitalismo apresenta algumas características, sobre as quais vo-
cê, possivelmente, já ouviu falar. Uma delas é a competição desenfrea-
da pela conquista de mercado cada vez mais amplo no mundo globali-
zado. Outra característica é a exploração do trabalho com o objetivo 
de aumentar os lucros da empresa capitalista.
Podemos verificar tal exploração no salário recebido pelos 
trabalhadores. Os produtos do trabalho dos empregados ge-
ram, para a empresa, lucros cujo montante ultrapassa mui-
to o valor dos salários que recebem. Para que continuem 
produzindo, cada vez mais, alguns patrões estimulam a 
competição entre seus empregados. Trata-se, então, de 
uma sociedade onde poucos ganham muito e muitos ga-
nham pouco. 
Esta mesma relação pode ser percebida no esporte. O 
esporte beneficia poucos oferecendo um espetáculo de 
entretenimento e diversão para muitos que lotam estádios 
e ginásios e pagam por isso. Os mandantes do mundo es-
portivo enriquecem ao explorar suas equipes subordinadas 
em competições municipais, estaduais, nacionais e inter-
nacionais. Delas são cobrados resultados, além imporem 
extensas jornadas de treinamentos. 
Treinar e jogar são deveres do atleta, portanto, o tem-
po que ele gasta fazendo isso deve ser cada vez maior, 
para que o time seja sempre vitorioso – esta é a explo-
ração sofrida por ele. 
Um dirigente industrial, no momento de receber uma distinção honorífica da 
Academia do Comércio de uma determinada cidade, diz o seguinte:
“Desde minha entrada nesta companhia tem havido uma autêntica cor-
rida entre os técnicos e o departamento de vendas. Os primeiros procuram 
produzir mercadoria em quantidade tal que o departamento de vendas se-
ja incapaz de vendê-la completamente, enquanto os membros do segun-
do procuram vender tanto que os técnicos se vejam na impossibilidade de 
acompanhar o ritmo. Esta corrida jamais parou, às vezes, tendo uns à frente, 
outras, os outros. Tanto meu irmão como eu nunca consideramos o negócio 
como um trabalho e sim como um jogo, cujo espírito sempre nos temos es-
forçado por incutir no pessoal mais novo”.
Fonte: HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. São Paulo. Editora Perspectiva, 1996. 4 ed., p. 223. n
Analise a seguinte situação:

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