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137Saúde é o que interessa! O resto não tem pressa! Educação Física ques, praças, bosques, etc.), de acordo com o seu tempo livre. Dentre as várias modalidades de ginástica, que possivelmente você conhe- ce, abordaremos aqui a ginástica geral. Você já ouviu falar algo sobre a ginástica geral? A ginástica geral é uma das possibilidades da Cultura Corporal que pode ser praticada por qualquer pessoa em qualquer idade, desde que não apresente nenhum tipo de restrição médi- ca. Essa atividade surgiu do interesse de pes- soas, como o então presidente da Federação In- ternacional de Ginástica (F.I.G), o belga Nicolas J. Cuperus (1953) e do holandês Jô Sommer, idealizador da Gymnaestrada, que demonstravam interesse maior nas apresentações de ginástica sem caráter competitivo. Gymnaestrada é um evento de ginástica geral em que vários países fazem suas apresentações sem a preocupação de competir uns com os outros. O objetivo dessas apresentações tem relação com a cultura de cada país e a troca de informações sobre a ginástica geral como instru- mento de aprimoramento humano. A ginástica geral é uma modalidade que se fundamenta em outras atividades da Cultura Corporal, como danças e jogos, trabalhados de maneira livre e criativa. Ela apresenta vários objetivos, dentre os quais citamos: Oportunizar a valorização do trabalho coletivo, sem deixar de valo- rizar a individualidade; Benefícios gerais ao corpo; Quando praticada coletivamente, proporciona a integração e a so- cialização. (Fonte: www.cbginastica.com.br. Acesso em: 04 abr. 06.) Gymnaestrada: é um termo criado a partir de duas origens: “gymna” alude à “gi- nástica” e “strada” refere-se à “caminho”, determinando o significado “caminho da gi- nástica”. Disponível em: <www. cbginastica.com.br> Acesso em: 04 abr 2006. Como a ginástica geral pode ser praticada com ou sem materiais, individual ou coletivamente, junta- mente com outros colegas, você poderá elaborar um programa com diversas atividades envolven- do jogos e danças que possibilitem a prática desta modalidade na escola ou fora dela. É interessante trabalhar de formas variadas onde você e seus colegas possam fazer as atividades num primeiro momento sem material, utilizando músicas e criando vários tipos de movimentos; e, num segundo momento, inserir materiais conhecidos, como: bolas, arcos, bastões, fitas ou alterna- tivos elaborados por vocês mesmos ou por outros colegas. * Lembre-se dos objetivos propostos pela ginástica geral e divirta-se com seus colegas. atIVIdadE 138 Ginástica Ensino Médio 138 Introdução Ensino Médio Agora que você já teve acesso a um conjunto de informações sobre atividade física e saúde, vamos rever o problema inicial. Se nos sentirmos responsabilizados pela busca da “saúde”, que “é o que interessa”, não devemos cobrar, do Estado, ações que atendam as necessidades sociais básicas, já que “o resto não tem pressa”? Referências Bibliográficas BASBAUM, L. Alienação e Humanismo. São Paulo: Global Editora. 1984. CARVALHO, Y. M. A Relação Saúde/Atividade Física: Subsídios para sua Desmistificação. In.: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, set./1992. FERREIRA, M. S. Aptidão Física e Saúde na Educação Física Escolar: Ampliando o Enfoque. In.: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, jan./2001. FONTE, S. S. D. LOUREIRO, R. A Ideologia da Saúde e a Educação Física. In.: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, jan./1997. HRYNIEWICZ, S. Para filosofar hoje: introdução e história da filosofia. 5. ed. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2001. LEWIS, A. In: SILVA, B. (Org.). Dicionário de Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986. LOVISOLO, H. Atividade Física, educação e saúde. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. MATSUDO, V. K.R. Programa Agita São Paulo. São Paulo: Celafics, 1998. NOGUEIRA, L.; PALMA, A. Reflexões acerca das políticas de promoção de atividade física e saúde: uma questão histórica. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, maio/2003. QUINT, F. O.; MATIELLO J. E. O gosto amargo do exercício como remédio nas pedagogias do medo e da culpa. In: Anais do XI Congresso Brasileiro de Ciencias do Esporte. Caderno 3, v. 21, n. 01, Florianopolis : CBCE, 1999, p. 867-872. z