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Transtorno do Espectro Autista - Etapa 2

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TransTorno do EspEcTro 
auTisTa - TEa
curso sobre
Ler Ebook
eTAPA 2 
cLAssIFIcAÇÕes e 
TerMINoLoGIAs Do AuTIsMo
AuTor: VALérIA becher TreNTIN
orGANIzAÇão: ANA cLArIsse ALeNcAr bArbosA
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APoIo: NuAP - NúcLeo De APoIo PsIcoPeDAGóGIco
e NIA - NúcLeo De INcLusão e AcessIbILIDADe
Copyright © UNIASSELVI 2019
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2 ManuaL 
EsTaTÍsTico E 
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TransTornos 
MEnTais (dsM-5)
rEFErÊncias
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3 TransTorno do 
EspEcTro auTisTa
4 dEsEnVoLViMEnTo 
E curso do TEa, 
sEGundo o dsM-5
MaTEriais 
coMpLEMEnTarEs
1 INTroDuÇão
Olá, estudante, vamos continuar!
Estamos na segunda parte do nosso estudo, da nossa formação. Estamos 
fomentando e trazendo alguns dos aspectos que mais geram interesse e 
curiosidade sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). 
Nesse espaço, explanaremos sobre a definição do Transtorno do Espectro 
Autismo (TEA), com base no Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos 
Mentais (DSM-IV e DSM-5) e a Classificação Internacional de Doenças (CID-10 e 
CID 11). 
Inicialmente apresentaremos algumas das principais mudanças que 
ocorreram no DSM-5 e suas implicações na avaliação das pessoas com esse 
transtorno. 
O material exposto a seguir é o primeiro passo de uma longa caminhada 
que você, estudante, poderá fazer diante dessa temática tão intrigante e 
fundamental para todos que trabalham direta ou indiretamente com pessoas 
com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
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2 MANuAL esTATÍsTIco e DIAGNósTIco De 
TrANsTorNos MeNTAIs (DsM-5)
Iniciamos esta etapa buscando compreender o Manual de Diagnóstico e 
Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM), o qual se apresenta como um dos 
principais sistemas de classificação. O referido manual, desde a sua primeira 
publicação em 1952, passou por cinco grandes revisões, resultando no DSM-5 
elaborado pela American Psychiatry Association (APA, 2014). 
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FIGURA 1 - DSM-5 – MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS
FONTE: <http://bit.ly/2FYi7Bt>. Acesso em: 10 dez. 2018.
O DSM é regulado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA). Nele 
são contemplados os aspectos clínicos, estatísticos e epidemiológicos dos trans-
tornos mentais (APA, 2014). Como se visualiza na Figura 1, recentemente, uma 
nova atualização do Manual foi feita, denominada como DSM-5 e, provavelmente, 
os novos documentos que tratam dos transtornos mentais seguirão esse novo 
parâmetro.
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Assim, podemos destacar que as avaliações diagnósticas realizadas pelos 
profissionais da saúde são pautadas em pelo menos duas grandes referências, a 
CID-10 (Figura 2) e o DSM-V (Figura 1). 
Este Manual (Figura 1) de tempos em tempos passa por um processo de 
revisão, sendo estas revisões defendidas por alguns órgãos e questionadas por 
outros devido à sua forma de classificação/categorização.
FIGURA 2 - CID-10 - CLASSIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO
FONTE: <http://bit.ly/2OW0OoJ>. Acesso em: 10 dez. 2018.
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A CID-10 significa classificação Internacional de Doenças e Problemas Rela-
cionados à Saúde (também conhecida como Classificação Internacional de Doenças 
– CID 10), foi publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A referida clas-
sificação apresenta como objetivo padronizar a codificação de doenças e outros 
problemas relacionados à saúde. Ela é geralmente utilizada pelos médicos quando 
atestam alguma doença e o que costumeiramente encontramos num diagnóstico 
de deficiência de algum indivíduo, por exemplo: F840 (Autismo).
Frente ao conhecimento do DSM-5 e da CID-10, vale ressaltar que estes 
apresentam diferenças e semelhanças. O DSM serve como ferramenta para com-
preender os padrões de doenças mentais, e a CID-10 molda a prática mais ampla 
da psiquiatria.
No entanto, nesta formação abordaremos o DSM-5, o qual foi publicado 
em 18 de maio de 2013, tornando-se um dos principais sistemas de classifi-
cação. Este Manual resultou das pesquisas de profissionais de diferentes áreas, 
os quais trabalharam intensamente revisando evidências sobre a validade dos 
critérios diagnósticos. Tornando-se assim o DSM-5 “uma fonte segura e cientifi-
camente embasada para a aplicação em pesquisas e na prática clínica” (ARAÚJO; 
NETO, 2014, p. 68).
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A partir do exposto, cabe evidenciar o Quadro 1, o qual apresenta os 
capítulos e as reformulações para as várias doenças do DSM-IV para o DSM-5.
QUADRO 1 - REFORMULAÇÕES PARA AS VÁRIAS DOENÇAS DO DSM-IV PARA O DSM-5
DSM-IV DSM-5
-Transtornos Geralmente Diagnosticados 
pela Primeira Vez na Infância ou na 
Adolescência.
-Delirium, Demência, Transtorno Amnéstico 
e Outros Transtornos Cognitivos.
-Transtornos Mentais Causados por uma 
Condição Médica Geral não classificados 
em Outro Local.
-Transtornos Relacionados a Substâncias.
-Esquizofrenia e Outros Transtornos 
Psicóticos.
-Transtornos do Humor.
-Transtornos de Ansiedade.
-Transtornos Somatoformes.
-Transtornos Factícios.
-Transtornos Dissociativos.
-Transtorno do Neurodesenvolvimento.
-Espectro da Esquizofrenia e outros 
Transtornos Psicóticos.
-Transtorno Bipolar e Transtornos 
Relacionados.
-Transtornos Depressivos.
-Transtornos de Ansiedade.
-Transtornos Obsessivo-Compulsivo.
-Transtornos Relacionados ao Trauma e 
ao Estresse.
-Transtornos Dissociativos.
-Sintomas Somáticos e outros Transtornos 
Relacionados.
-Transtornos Alimentares.
-Transtornos de Eliminação.
-Transtornos Sono-Vigília.
-Disfunções Sexuais.
-Disforia de Gênero.
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-Transtornos Sexuais e da Identidade de 
Gênero.
-Transtornos da Alimentação.
-Transtornos do Sono.
-Transtornos do Controle dos Impulsos Não 
Classificados em Outro Local.
-Transtornos da Adaptação.
-Transtornos da Personalidade.
Outras Condições quem podem ser foco de 
Atenção Clínica.
-Transtorno Disruptivo, do Controle dos 
Impulsos e de Conduta.
-Transtornos Aditivos e Relacionados a 
Substâncias.
-Transtornos Neurocognitivos.
-Transtornos de Personalidade.
-Transtornos Parafílicos.
-Outros Transtornos Mentais.
-Distúrbio do Movimento Induzido por 
Medicamentos e outros Efeitos Adversos.
-Outras Condições que podem ser foco de 
Atenção Clínica.
FONTE: Elaborado pela autora com base nos dados do DSM-IV e DSM-5.
Podemos observarno Quadro 1 que o termo Transtornos Geralmente 
Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou na Adolescência, 
os quais fazem parte do DSM IV, foi substituído por Transtornos do 
Neurodesenvolvimento no DMS-5. Segundo Rutter et al. (2006), os Transtornos 
do Neurodesenvolvimento são apoiados por características fisiopatológicas, as 
quais são caracterizadas por um atraso ou desvio no desenvolvimento do cérebro, 
influenciando características fenotípicas.
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IM
PO
RT
AN
TE Fisiopatologia: Estuda os distúrbios funcionais e 
significado clínico. A natureza das alterações morfológi-
cas e sua distribuição nos diferentes tecidos influenciam 
o funcionamento normal e determinam as características 
clínicas, o curso e também o prognóstico da doença (VA-
RELA, 2012).
Características fenotípicas sendo a expressão 
de características no organismo decorrentes da relação 
entre seus genes e o ambiente (VARELA, 2012).
Os Transtornos do Neurodesenvolvimento, segundo o DSM-5, tratam-se 
de um conjunto de condições que se inicia no período de desenvolvimento do 
sujeito, geralmente antes do ingresso na escola. Assim, vale destacarmos que 
os déficits característicos desses transtornos vão de limitações específicas na 
aprendizagem ou no controle de funções executivas a prejuízos em habilidades 
sociais ou, até mesmo, Deficiência Intelectual, Transtornos da Comunicação, 
Transtorno do Espectro Autista, Transtorno de Déficit de Atenção/hiperatividade, 
Transtorno Específico da Aprendizagem, Transtornos Motores e Outros 
Transtornos do Neurodesenvolvimento (APA, 2014). 
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O anunciado se evidencia no Quadro 2, o qual ressalta os transtornos que 
compõem o capítulo do DSM-5 sobre Transtornos do Neurodesenvolvimento.
QUADRO 2 - TRANSTORNOS QUE COMPÕEM O CAPÍTULO DO DSM-5 SOBRE 
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO
FONTE: DSM-5 (2014)
TRANSTORNO DO NEURODESENVOLVIMENTO DSM-5
Deficiências Intelectuais
Transtornos de Comunicação
Transtorno do Espectro Autismo
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
Transtorno Específico da Aprendizagem
Transtornos Motores
Outros Transtornos do Neurodesenvolvimento
Ao se observar o Quadro 2, compreendemos que a nova classificação do 
DSM-5 vem lançar um olhar longitudinal sobre o curso dos transtornos mentais, 
estabelecendo algumas mudanças, como a exclusão do capítulo “Transtornos 
Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou na Adolescência”. 
Vale ressaltar que a partir desta exclusão, parte dos diagnósticos pertencentes 
a este capítulo passaram a serem compreendidos como Transtornos do Neu-
rodesenvolvimento. 
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As revisões de diagnósticos realizadas na nova versão do DSM, segun-
do Araújo e Neto (2014), vieram contribuir para a possibilidade de diagnosticar 
corretamente. Os autores destacam essa contribuição, devido ao fato de que, 
muitas vezes, os diagnósticos realizados por psiquiatras e psicólogos acerca dos 
Transtornos do Neurodesenvolvimento encontram-se sem definição (ARAÚJO; 
NETO, 2014). 
Mediante o evidenciado por Araújo e Neto (2014), compreendemos que 
essa indefinição no diagnóstico pode afetar negativamente o desenvolvimento 
escolar da criança e/ou jovem, devido ao fato destes sujeitos não estarem utili-
zando medicação, ou estarem a utilizando sem necessidade. De acordo com os 
autores, outro aspecto que envolve negativamente a ausência de diagnóstico de 
crianças e jovens com Transtornos do Neurodesenvolvimento é a inexistência de 
adaptação do material didático, ou seja, a não adaptação do material em sala de 
aula para as condições de desenvolvimento específico para cada sujeito (ARAÚ-
JO; NETO, 2014). 
Mediante a compreensão aqui elucidada sobre o que significa o DSM-5, 
e sobre o Transtorno do Neurodesenvolvimento, iniciaremos discussões sobre 
o objeto de nosso estudo, ou seja, o Transtorno do Espectro Autismo (TEA), o 
qual, de acordo com o DSM-5 (Quadro 2), se classifica dentro do Transtorno do 
Neurodesenvolvimento.
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3 TrANsTorNo Do esPecTro AuTIsTA
FIGURA 3- TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
FONTE: <http://bit.ly/2UpWXGg>. Acesso em: 10 dez. 2018.
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Podemos iniciar as discussões destacando que diante das reformulações, 
o DSM-5 propõe que fazem parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA) os 
Transtornos Mentais, os quais são caracterizados pela presença de alterações 
comportamentais, principalmente no que tange à dificuldade de interagir 
socialmente, estando esta dificuldade associada a comportamentos, interesses 
e atividades restritas e repetitivas (ANDRADE, 2017).
Neste contexto, cabe destacarmos que entre os Transtornos Mentais 
que compõem o Transtorno do Espectro Autista (TEA), apresenta-se o 
Transtorno Autista (TA), a Síndrome de Asperger (AS) e o Transtorno Global do 
Desenvolvimento sem Outra Especificação (TGDSOE) (APA, 2014).
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FIGURA 4 - AUTISMO E AS CLASSIFICAÇÕES
FONTE: <http://bit.ly/2WWAXj5>. Acesso em: 10 dez. 2018.
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Podemos observar na Figura 4 a diferença existente entre o DSM IV e 
DSM-5, no que tange ao Autismo. Para entendermos porque foi usado no DSM-5 
o termo Transtorno do Espectro Autismo (TEA), vou contar um pouco da história 
mais recente sobre este termo. 
Até o início do ano de 2013, os manuais em que os profissionais se 
baseavam para diagnosticar eram o Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais (DSM-IV) e a Classificação Internacional de Doenças (CID-
10), como já mencionado anteriormente. Esses manuais de classificação utilizam 
os termos Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) e Transtorno Invasivo do 
Desenvolvimento (TID), respectivamente.
A versão do DSM-IV apresenta cinco tipos clínicos na categoria TID: 
“transtorno autista, transtorno de Rett, transtorno desintegrativo da infância, 
transtorno de Asperger e transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra 
especificação” (BRITO, 2017, p. 11).
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Atualmente o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais, 2013) descreve tais casos como transtorno do espectro do autismo e 
não há mais subcategorias como Transtorno de Asperger, Transtorno Autista, 
entre outros; todos agora são tratados como Transtorno do Espectro do Autismo 
(TEA). Já o Transtorno de Rett e o Transtorno Desintegrativo da Infância não 
fazem parte desse espectro (BRITO, 2011).
Assim apreendemos que a nova versão do DSM-5 reuniu todos os 
transtornos em um só diagnóstico: o TEA. 
A partir do DSM-5 e da junção dos transtornos em um só diagnóstico, este 
passou a constar na nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e 
Problemas Relacionados à Saúde, a CID-11, conforme Quadro 3, lançada no dia 
18 de junho de 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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QUADRO 3 - AUTISMO NA CID10 E CID 11
FONTE: <http://bit.ly/2I83SO3>. Acesso em: 10 dez. 2018.
Autismo na CID-10 Autismo na CID-11
F84 – Transtornos globais do 
desenvolvimento (TGD)
F84.0 – Autismo infantil;
F84.1 – Autismo atípico;
F84.2  Síndrome de Rett;
F84.3  – Outro transtorno 
desintegrativo da infância;
F84.4 – Transtorno com hi-
percinesia associada a re-
tardo mental e a movimen-
tos estereotipados;
F84.5  – Síndrome de As-
perger;
F84.8 – Outros transtornos 
globais do desenvolvimen-
to;
F84.9  – Transtornos glo-
bais não especificados do 
desenvolvimento.
6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo 
(TEA)
6A02.0  – Transtorno do Espectro do Au-
tismo  sem deficiência intelectual (DI) e 
com comprometimento leve ou ausente da 
linguagem funcional;
6A02.1  – Transtorno do Espectro do Au-
tismo com deficiência intelectual (DI) e 
com comprometimento leve ou ausente da 
linguagem funcional;
6A02.2  – Transtorno do Espectro do Au-
tismo sem deficiência intelectual (DI) e 
com linguagem funcional prejudicada;
6A02.3  – Transtorno do Espectro do Au-
tismo com deficiência intelectual (DI) e 
com linguagem funcional prejudicada;
6A02.4  – Transtorno do Espectro do Au-
tismo sem deficiência intelectual (DI) e 
com ausência de linguagem funcional;
6A02.5  – Transtorno do Espectro do Au-
tismo com deficiência intelectual (DI) e 
com ausência de linguagem funcional;
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do 
Autismo especificado;
6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autis-
mo, não especificado.
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NO
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Espectro (spectrum) envolve situações difer-
entes em níveis de gravidade, que vão da mais leve à 
mais grave. No entanto, independentemente do grau, 
estas estão relacionadas com dificuldades de comuni-
cação e relacionamento social. (Disponível em: http://
bit.ly/2uYLYV7 . Acesso em: 10 dez. 2018).
No entanto, cabe evidenciarmos que a CID-11  será apresentada para 
adoção dos estados-membros durante a Assembleia Mundial da Saúde, em maio 
de 2019, entrando em vigor em 1º de janeiro de 2022. Vale ressaltarmos que a 
versão lançada é uma pré-visualização e permitirá aos países planejar seu uso, 
preparar traduções e treinar profissionais de saúde.
A partir deste entendimento, o primeiro passo é começarmos a entender o 
que são os Transtornos do Espectro Autismo. O Transtorno do Espectro Autista 
(TEA) é uma nova categoria do DSM-5, na qual foi introduzido o conceito de 
“espectro”, para reforçar a dimensão que o envolve.
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Assim, ressaltamos que a introdução do conceito espectro (spectrum) advém 
da validade e da confiabilidade frente aos novos critérios para diagnóstico. Critérios 
estes que são potencialmente mais capazes de diferenciar o TEA do desenvolvimen-
to normal e de outros transtornos psiquiátricos (MACHADO et al., 2015).
Esses novos critérios de diagnóstico para o TEA, assim, foram reduzidos 
de três para dois domínios de sintomas principais, sendo eles:
• Déficits de comunicação social e interação social e;
• Comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos.
No que tange aos Déficits de comunicação social e interação social, 
compreendemos que estes foram criados a partir da fusão entre dois domínios 
que compunham o DSM-IV, sendo eles o “déficit social” e o “déficit de 
comunicação”. Essa fusão decorreu da compreensão de que estes dois domínios 
são manifestações de um único conjunto de sintomas, resultando em uma dupla 
contagem de sintomas (MANDY et al., 2012).
Sobre os Déficits de comunicação social e interação social, o DSM-5 em 
seu texto destaca alguns exemplos, sendo eles:
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• Déficits na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de 
abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal 
a compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto, a dificuldade 
para iniciar ou responder a interações sociais (APA, 2014, p. 94);
• Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação 
social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco 
integrada a anormalidade no contato visual e linguagem corporal ou déficits 
na compreensão e uso de gestos, a ausência total de expressões faciais e 
comunicação não verbal (APA, 2014, p. 94);
• Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, variando, 
por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar 
a contextos sociais diversos a dificuldade em compartilhar brincadeiras 
imaginativas ou em fazer amigos, a ausência de interesse por pares (APA, 
2014, p. 94);
Frente aos exemplos expostos que envolvem os déficits de comunicação 
social e interação social, o DSM-5 ainda destaca exemplos que envolvem o 
comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos, sendo eles:
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• Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos 
(p. ex., estereotipias motoras simples, alinhar brinquedos ou girar objetos, 
ecolalia, frases idiossincráticas) (APA, 2014, p. 94).
• Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões 
ritualizados de comportamento verbal ou não verbal (p. ex., sofrimento extremo 
em relação a pequenas mudanças, dificuldades com transições, padrões 
rígidos de pensamento, rituais de saudação, necessidade de fazer o mesmo 
caminho ou ingerir os mesmos alimentos diariamente) (APA, 2014, p. 94).
• Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou 
foco (p. ex., forte apego a ou preocupação com objetos incomuns, interesses 
excessivamente circunscritos ou perseverantes) (APA, 2014, p. 94).
• Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesseincomum 
por aspectos sensoriais do ambiente (p. ex., indiferença aparente a dor/
temperatura, reação contrária a sons ou texturas específicas, cheirar ou tocar 
objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou movimento) (APA, 
2014, p. 94).
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NO
TA
A ecolalia na fala da criança ou jovem com TEA 
é um fenômeno persistente que se caracteriza como 
um distúrbio de linguagem, definida como a repetição 
em eco da fala do outro (OLIVEIRA, 2003). 
Idiossincrática é o uso estereotipado da lin-
guagem (Disponível em: http://bit.ly/2Vxkvpg. Aces-
so em dezembro, 2018)
Alguns dos critérios de diagnóstico para o TEA, evidenciados no DSM-5, 
podem ser visualizados na Figura 5.
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FIGURA 5 - CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PARA O TEA, EVIDENCIADOS NO DSM-5
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FONTE: <http://bit.ly/2WVdBL2>. Acesso em: 10 dez. 2018.
Diante do evidenciado pelo DSM-5, entendemos que as pessoas 
com TEA apresentam alterações importantes nas áreas da comunicação e 
interação sociais, além de outros aspectos, como alterações sensoriais (ex.: 
hipo ou hipersensibilidade auditiva, tátil, visual), comorbidades (ex.: deficiência 
intelectual, síndrome do x-frágil) e peculiaridades que interferem diretamente 
sobre o modo como aprendem (MACHADO, et al., 2015).
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NO
TA São alterações importantes na Interação social: 
• Isolamento social ou comportamento social inade-
quado; 
• Contato visual pobre; 
• Ausência de resposta ao chamado (suspeita de surdez); 
• Dificuldade em participar de atividades em grupo; 
• Indiferença afetiva ou demonstrações inapropriadas 
de afeto; 
• Falta de empatia social ou emocional.
As alterações na Comunicação afetam:
• A habilidade verbal e não verbal de compartilhar in-
formações com os outros;
• Aqueles que adquirem habilidade verbal têm fre-
quentemente dificuldade em compreender sutilezas 
da linguagem, bem como têm problemas para interp-
retar linguagem corporal e expressões faciais.
Padrões repetitivos de interesses e atividades 
envolvem: 
• Rituais na atividade da vida diária (jeito de vestir, 
seletividade de alimentos a ingerir, hora de dormir, 
apego excessivo a objetos);
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• Resistência a mudança de rotina ou ambiente: recu-
sa a ambientes novos;
• Comportamento restrito, limitado a um objeto, ou a 
uma atividade (ficar somente com aquele objeto). 
NO
TA
Alguns aspectos descritos acima podem ser visualizados na Figura 6.
FIGURA 6 - ALGUNS SINAIS DO TEA
FONTE: <http://bit.ly/2U3u3Hg>. Acesso em: 10 dez. 2018.
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Outro aspecto a ser destacado é a ausência de menção aos prejuízos 
relacionados à comunicação oral. Isto ocorre devido ao fato de que tal característica 
não se apresenta em todos os níveis do TEA.
Assim, entende-se que as crianças e jovens com TEA apresentam 
dificuldades na linguagem, utilizando-se desta de forma repetitiva, apresentando 
um elevado número de expressões ecolálicas. Expressões estas que se traduzem, 
algumas vezes, na não compreensão do que lhes foi dito oralmente. Isso ocorre 
devido ao fato de que o desenvolvimento da memória auditiva (memória dos 
sons que se ouve) não vem acompanhada pela compreensão do significado ou 
decodificação dos sons que ouve. 
Frente ao contexto apresentado, cabe evidenciarmos que, segundo o 
DSM-5, a gravidade do TEA baseia-se em prejuízos na comunicação social e em 
padrões restritos ou repetitivos de comportamento, dividindo-se em três níveis, 
conforme consta no Quadro 4.
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QUADRO 4 - NÍVEIS DE GRAVIDADE PARA TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
NÍVEL DE 
GRAVIDADE COMUNICAÇÃO SOCIAL
C O M P O R T A M E N T O S 
RESTRITOS E REPETITIVOS
Nível 3
“Exigindo 
apoio muito 
substancial”
Déficits graves nas habilidades de 
comunicação social, verbal e não 
verbal causam prejuízos graves de 
funcionamento, grande limitação 
em dar início a interações sociais 
e resposta mínima a aberturas so-
ciais que partem de outros. 
Por exemplo, uma pessoa com fala 
inteligível de poucas palavras que 
raramente inicia as interações e, 
quando o faz, tem abordagens in-
comuns apenas para satisfazer a 
necessidades e reage somente a 
abordagens sociais muito diretas.
Inflexibilidade de comportamen-
to, extrema dificuldade em lidar 
com a mudança ou outros com-
portamentos restritos/repetiti-
vos interferem
acentuadamente no funcio-
namento em todas as esferas. 
Grande sofrimento/dificuldade 
para mudar o foco ou as ações.
Nível 2
“Exigindo apoio 
substancial”
Déficits graves nas habilidades de 
comunicação social verbal e não 
verbal; prejuízos sociais aparentes 
mesmo na presença de apoio; 
limitação em dar início a interações 
sociais e resposta reduzida ou 
anormal a aberturas sociais que 
partem de outros. Por exemplo, 
uma pessoa que fala frases 
simples, cuja interação se limita a 
interesses especiais reduzidos e 
que apresenta comunicação não 
verbal acentuadamente estranha. 
Inflexibilidade do comportamen-
to, dificuldade de lidar com a mu-
dança ou outros comportamentos 
restritos/repetitivos aparecem 
com frequência suficiente para 
serem óbvios ao observador casu-
al e interferem no funcionamento 
em uma variedade de contextos. 
Sofrimento e/ou dificuldade de 
mudar o foco ou as ações.
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Nível 1
“Exigindo 
apoio”
Na ausência de apoio, déficits na 
comunicação social causam preju-
ízos notáveis. Dificuldade para ini-
ciar interações sociais e exemplos 
claros de respostas atípicas ou 
sem sucesso a aberturas sociais 
dos outros. Pode parecer apresen-
tar interesse reduzido por inte-
rações sociais. Por exemplo, uma 
pessoa que consegue falar frases 
completas e envolver-se na comu-
nicação, embora apresente falhas 
na conversação com os outros e 
cujas tentativas de fazer amiza-
des são estranhas e comumente 
malsucedidas.
Inflexibilidadede comportamen-
to causa interferência significa-
tiva no funcionamento em um 
ou mais contextos. Dificuldade 
em trocar de atividade. Proble-
mas, para organização e plane-
jamento são obstáculos à inde-
pendência.
FONTE: DSM-5 (2014) 
A partir dos níveis apresentados no Quadro 4, ressaltamos que o nível de 
gravidade dos sujeitos representa apenas a forma pela qual ele se apresenta 
em determinado momento, pois este sujeito pode ter avanços significativos por 
meio de terapia adequada. Assim, o diagnóstico não pretende rotular de forma 
negativa ou sentenciar a pessoa, ao contrário disso, ele auxilia na comunicação 
entre os profissionais, na busca por direitos, ajuda a nortear as intervenções e a 
orientar os familiares (BRITO, 2017).
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Segundo Brito (2017), evidências científicas mostram que entender 
algumas características comuns às pessoas com Autismo/Transtorno do Espectro 
do Autismo pode auxiliar muito a agir em diferentes situações (na escola, em 
casa, na terapia).
No entanto, torna-se pertinente lembrarmos que cada pessoa é única 
e precisa ter suas particularidades (idade, escolaridade, aspectos sociais, 
linguísticos, cognitivos, motores, familiares e socioculturais, grau de autismo, 
síndromes ou transtornos associados, etc.), aspectos estes que necessitam ser 
levados em consideração.
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4 DeseNVoLVIMeNTo e curso Do TeA, 
seGuNDo o DsM-5
Segundo o DSM-5, a idade e o padrão de início também devem ser 
observados para o transtorno do espectro autista. Os sintomas costumam ser 
reconhecidos durante o segundo ano de vida (12 a 36 meses), embora possam 
ser vistos antes dos 12 meses de idade, se os atrasos do desenvolvimento 
forem graves. No entanto, podem ser percebidos após os 24 meses, se os 
sinais forem mais sutis (APA, 2014).
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FIGURA 7 - SINAIS DO TEA DURANTE O SEGUNDO ANO DE VIDA (12 A 36 MESES)
FONTE: <http://bit.ly/2UJbP1X>. Acesso em: 10 dez. 2018.
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Podemos destacar que a descrição do padrão de início pode incluir infor-
mações sobre atrasos precoces do desenvolvimento ou quaisquer perdas de habil-
idades sociais ou linguísticas. Nos casos em que houver perda de habilidades, pais 
ou cuidadores podem relatar história de deterioração gradual ou relativamente 
rápida em comportamentos sociais ou nas habilidades linguísticas (APA, 2014).
As características comportamentais do transtorno do espectro autista 
tornam-se inicialmente evidentes na primeira infância, com alguns casos apre-
sentando falta de interesse em interações sociais no primeiro ano de vida. Al-
gumas crianças com transtorno do espectro autista apresentam regressão no 
desenvolvimento, com uma deterioração gradual ou relativamente rápida em 
comportamentos sociais ou uso da linguagem, frequentemente durante os dois 
primeiros anos de vida. Tais perdas são raras em outros transtornos, podendo ser 
um sinal de alerta útil para o Transtorno do Espectro Autista (APA, 2014).
Os primeiros sintomas do Transtorno do Espectro Autista frequentemente 
envolvem atraso no desenvolvimento da linguagem, em geral acompanhado por 
ausência de interesse social ou interações sociais incomuns, sendo eles: puxar 
as pessoas pela mão sem nenhuma tentativa de olhar para elas; surgem tam-
bém padrões estranhos de brincadeiras: carregar brinquedos, mas nunca brincar 
com eles, e padrões incomuns de comunicação: conhecer o alfabeto, mas não 
responder ao próprio nome (APA, 2014).
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Durante o segundo ano, comportamentos estranhos e repetitivos e aus-
ência de brincadeiras típicas tornam-se mais evidentes. Uma vez que muitas cri-
anças pequenas com desenvolvimento normal apresentam fortes preferências e 
gostam de repetição, por exemplo: ingerir os mesmos alimentos, assistir muitas 
vezes ao mesmo filme.
No entanto, cabe ressaltarmos que em crianças em idade pré-escolar pode 
ser difícil distinguir padrões restritos e repetitivos de comportamentos diagnósti-
cos do Transtorno do Espectro Autista. Assim, podemos inferir que a distinção 
clínica baseia-se no tipo, na frequência e na intensidade do comportamento, por 
exemplo: uma criança que diariamente alinha os objetos durante horas e sofre 
bastante quando algum deles é movimentado (APA, 2014).
Outro aspecto a ser evidenciado é o de que o Transtorno do Espectro 
Autista não é um transtorno degenerativo, sendo comum que a aprendizagem 
continue ao longo da vida. Os sintomas são frequentemente mais acentuados 
na primeira infância e nos primeiros anos da vida escolar, com ganhos no desen-
volvimento tornando-se no fim da infância pelo menos em certas áreas, por ex-
emplo: aumento no interesse por interações sociais (APA, 2014).
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Em geral, indivíduos com níveis de prejuízo menores podem ter maior in-
dependência. No entanto, esses indivíduos podem continuar socialmente ingên-
uos e vulneráveis, com dificuldades para organizar as demandas práticas sem 
ajuda, estando estes mais propensos a ansiedade e depressão (APA, 2014).
FIGURA 8 - FIQUE ATENTO!!!
FONTE: <http://bit.ly/2VzE00w>. Acesso em: 10 dez. 2018.
Frente ao anunciado pelo DSM-5 (2014), vale ressaltar que diversos 
estudos científicos mostram que quanto mais precocemente a criança com TEA 
for avaliada de forma adequada, melhores poderão ser suas oportunidades de 
intervenção e de desenvolvimento. A intervenção precoce torna-se fundamental 
na evolução de crianças com TEA. Portanto, quanto mais precoce a intervenção, 
melhores os resultados para a criança e para sua família (KASARI et al., 2006; 
KELLEY et al., 2006). 
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Assim apresentamos na Figura 9 um breve resumo do que aprendemos 
sobre o TEA, de acordo com o DSM-5.
FIGURA 9 - O QUE É O AUTISMO?
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FONTE: <http://bit.ly/2UmmAYK>. Acesso em: 10 dez. 2018.
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Assim compreendemos que a partir da identificação de sinais, do diagnóstico 
estabelecido, pode-se iniciar o processo de intervenção propriamente dito. Para 
isso, torna-se imprescindível que cada profissional terapeuta ou professor realize 
conjuntamente com a família investigações cuidadosas sobre a criança ou adulto 
com TEA em seus diferentes contextos de vida (em casa, na escola e outros). 
Esta parceria entre os que já convivem com a pessoa com TEA e os 
profissionais é indispensável para compreender as necessidades de todos, 
especialmente da criança ou adulto com TEA (BRITO, 2017).
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reFerÊNcIAs
ANDRADE, S. K. C. A interação no transtorno do espectro autista: a 
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ARAÚJO, C. A.; NETO, L. F. A nova classificação americana para os Transtornos 
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Clique nos títulos abaixo e assista aos vídeos complementares:
“Coisas que todo autista gostaria que você soubesse” 
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