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239Influência da Mídia sobre o Corpo do Adolescente
Educação Física
Atualmente, o RAP incorporou outras lógicas e foi massificado, ou 
seja, difundido com uma outra ‘roupagem’, sendo criminalizado e ero-
tizado especialmente pela mídia. É só perceber as várias músicas que 
tocam nas rádios nacionais ou traduzir as letras norte americanas, que 
se auto intitulam RAP, mas fazem apologia ao crime, ao uso de drogas 
e tratam as mulheres como objeto sexual. Também podemos perceber 
essa nova ‘roupagem’ quando assistimos alguns filmes e vídeo clip’s 
que anunciam o RAP, nos quais ficam evidentes o apelo ao corpo ero-
tizado, aos carrões, as correntes de prata e de ouro, as mansões etc. Se-
rá que podemos escrever uma letra de RAP fugindo dessa lógica?
CRIANDO UM RAP!
• Primeiro passo: Entender como são as batida no RAP. É muito comum as músicas de RAP te-
rem tempos compostos por 4 batidas, sendo a segunda e a quarta as mais fortes, se compa-
rarmos com a primeira e a terceira). Sugerimos que seja utilizado o próprio corpo para produzir 
os sons. Como ficam as batidas então? A primeira e a terceira batidas, as mais fracas, podem 
acontecer com um tapa leve nas pernas; e depois, para representar as batidas mais fortes, po-
de-se bater palma ou dar um tapa em uma mesa;
• Segundo passo: Formar pequenos grupos, que deverão escrever a letra do RAP. Sugerimos 
que seja proposto uma temática, que pode ser eleita pelo grupo. Coloca-se as palavras que se 
quer dar mais ênfase na segunda e na quarta batidas, completando a frase com a primeira e 
terceira. Lembre-se que as batidas fracas podem ser formadas por uma, duas ou até mais pa-
lavras, de acordo com a Métrica. Outra sugestão é que as últimas palavras, a cada duas fra-
ses, terminem em rima, como no exemplo abaixo:
 EX: _____________ _____________ ____________ _Emoção___
 (FRACA) (FORTE) (FRACA) (FORTE)
 _____________ _____________ ____________ _Educação__
 (FRACA) (FORTE) (FRACA) (FORTE)
• Terceiro passo: Apresentação dos grupos, que devem ensaiar o ritmo e a mensagem do RAP 
antes de apresentar para a turma. Os grupos podem ainda criar coreografias para se expres-
sar.
	 atIVIdadE
240 Dança
Ensino Médio
DJ: É a pessoa responsável pelo som, pela música ritmada, isto é, 
por criar técnicas eletrônicas nas músicas. O termo DJ, em inglês, sig-
nifica Disc Jóquei. Foi Kool Herc um dos responsáveis por levá-lo da 
Jamaica para o Bronx, nos Estados Unidos da América, através do 
Sound System (sistema de som). Nas festas, os DJ jamaicanos transmi-
tiam mensagens com críticas à sociedade. No final dos anos 60, o que 
fazia sucesso em Nova Iorque era o Funk, o Soul e outros rítmos Afro-
Americanos. “Para os negros, os anos 60 não eram de Rock n’ Roll, nos 
guetos ouvia-se o Soul, James Brown era o rei! Surgia o Funk, a agres-
sividade desse estilo era inquestionável, quer nas suas batidas quer 
nos seus gritos. Tudo o que os negros passavam era expresso nas suas 
canções. Contavam idéias de mudança de atitude, valorização da cul-
tura negra, revolta contra os opressores... .” (MARTINS, s/d) Kool Herc teve 
a idéia de usar um Mixer, um aparelho que mistura sons reproduzidos 
por dois 2 discos de vinil. A partir de então criaram-se muitas técnicas, 
dentre elas o Scratch (levar o disco para frente e para trás).
“O trabalho de um Dj representa a arte de “brincar” com a música, 
criar novos sons e ritmos em um estilo musical que esteja em moda ou 
não. Atualmente, é a profissão mais cara e mais cobiçada no mercado 
de trabalho ligado à música.” (LEÃO, 2006, p. 09)
MC: Significa Mestre de Cerimônias. O termo surgiu nos Estados 
Unidos da América junto com a cultura Hip Hop. No entanto, assim co-
mo o DJ, essa prática tem origem na Jamaica, “(...) onde a população 
dos guetos, com poucas opções de lazer, ia para as ruas e ouvia músi-
cas em sound systems. Enquanto as músicas tocavam, uma espécie de 
mestre de cerimônia discursava sobre as carências da população, os 
problemas econômicos e a violência nas favelas.” (VARGAS, 2005) Uma das 
qualidades que todo(a) MC deve ter é a capacidade de criar letras com-
postas ou improvisadas. 
No Brasil, atualmente, a prática dos MC parece não mais correspon-
der ao que era inicialmente. Muitos praticantes atuam numa outra for-
ma de Funk, com conotação sexual e de culto ao corpo. Para saber mais 
sobre a precarização musical e a dança, leia o Folhas: “Quem dança os 
seu males...”, p. 193.
Considerado o marco zero do movimento Hip Hop, Kool	Herc (o “Hercu-
les cool”), com 18 anos foi o primeiro DJ que falava num ritmo diferencia-
do, utilizando a parte instrumental dos discos juntamente com o Break. Jun-
to com ele outros MC e vários dançarinos executavam seu número (Bboys). 
Até 1974, Kool Herc tocava músicas jamaicanas (reggae, ska e rock ste-
ady), sem grande sucesso, partindo para músicas mais conhecidas dos 
adolescentes, como James Brown, Sly Stone e George Clinton.
Ilustração 5: Disponível em: <ht-
tp://www.vermelho.org.br/dia-
rio/2004/0312/dj_big.jpg> 
Acesso em: 19 nov. 2007.
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Ilustração 6: MC. Disponível em: 
<http://pt.wikipedia.org/wiki/MC> 
Acesso em: 19 nov. 2007.
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