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ANATOMIA III {PLEXO LOMBOSSACRAL} PLEXO LOMBOSSACRAL - INERVAÇÃO DO ABDÔMEN, PELVE E MEMBROS INFERIORES Inserção no caso: “a mão esquerda ficou sem coordenação, e a perna e o braço direitos parecem dormentes, com pouca força e com mudança de coloração da extremidade do pé direito” Conceito de plexo: entrelaçamento, emaranhado. COMPONENTES DA NEUROTRANSMISSÃO O impulso sensitivo chega pelo nervo espinal misto, tanto pelo seu ramo dorsal quanto pelo ramo ventral. Esses ramos se unem em nervo, ao nível de forame interventricular. Adentrando o forame, dividem-se em raízes: a raiz sensitiva é a posterior, que se divide novamente em radículas. Essas radículas adentram a medula pelo corno posterior para fazer sinapse com o neurônio de número 2. Em seguida, essa informação sensitiva ascende ao córtex e depois descende adentrando o corno anterior da medula, de onde sai as radículas motoras. As raízes motoras se unem a partir do forame intervertebral para formar a raiz anterior. PLEXO LOMBOSSACRAL Raízes nervosas de L1 a L5 irão compor o plexo lombar, ou seja, irão se entrelaçar e emaranhar. Os nervos vindos do plexo lombar irão inervar o abdômen. Além disso, as raízes nervosas de S1 a S4 irão originar o plexo sacral. Portanto, o plexo lombossacral será formado pelas raízes nervosas de L1 a S4. Algumas literaturas consideram a raiz de S5 como sendo coccígea. RESUMINDO: Plexo lombossacral: L1 a S4; o S5 é considerado como coccígeo. O Plexo Lombossacral, principalmente o plexo lombar, está posteriormente ao músculo psoas maior. No plexo em questão não há troncos, fascículos nem partes; há apenas a união de raízes, formando ramos. OBS: Os elementos da medula de T2 a T12, irão diretamente para as regiões intercostais sem emaranhar-se, isso significa que na região torácica não há plexos, mas apenas nervos livres. PLEXO LOMBAR NERVO FEMORAL O nervo femoral, ramo do plexo lombar, forma-se na substancia do m. psoas maior, emerge no nível da borda lateral desse músculo, e penetra na coxa, posterior ao ligamento inguinal, num sulco entre os músculos psoas maior e ilíaco, lateralmente à bainha femoral. RAMOS CONTRIBUIÇÕES Ílio-hipogástrico T12 e L1 Ílioinguinal L1 Genitofemoral L1 E L2 Cutâneo lateral da coxa L2 e L3 Femoral L2, L3 e L4 Obturatório L2, L3 e L4 • Inerva a região anterior da coxa: músculo quadríceps. • A ação do quadríceps compreende na flexão da coxa (aproximar a coxa do abdômen) e extensão da perna. Na região do trígono femoral, a sequência de lateral para medial é: nervo femoral, artéria femoral e veia femoral. NERVO OBTURATÓRIO O nervo obturatório inerva os músculos adutores da coxa, localizados na região medial da coxa. Portanto, esses músculos realizam abdução da coxa, ou seja, aproximam o membro inferior ao plano medial, como na imagem abaixo: PLEXO SACRAL Os nervos do plexo sacral vão para a região posterior da pelve: região de glúteos e posterior da coxa. Ao passar pela incisura isquiática maior, os nervos originados no plexo sacral irão para a região posterior do quadril. Esses nervos possuem a função de inervar os músculos do quadril e do membro inferior. NERVOS GLÚTEOS SUPERIOR E INFERIOR De forma geral fazem abdução e extensão do quadril. • Nervo Glúteo Superior: inerva os glúteos médio e mínimo, os quais fazem abdução do quadril. • Nervo Glúteo Inferior: inerva o m glúteo máximo, o qual faz extensão do quadril. O nervo glúteo superior emerge acima do músculo piriforme, enquanto o nervo glúteo inferior emerge abaixo desse músculo. NERVO ISQUIÁTICO O nervo isquiático é popularmente conhecido como ciático. Ele é ramo do plexo sacral, sendo que as raízes que formam esse nervo atravessam a incisura isquiática maior, e descendem posteriormente, emergindo na margem inferior do músculo piriforme. RAMOS CONTRIBUIÇÕES Glúteo superior L4, L5 e S1 Glúteo inferior L5, S1 e S2 Cutâneo posterior da coxa S1, S2 e S3 Cutâneo perfurante S2 e S3 Isquiático L4, L5, S1, S2 e S3 Pudendo S2, S3 e S4 O nervo isquiático é responsável por inervar toda a região de coxa posteriormente (anteriormente a coxa é inervada pelo n femoral). Os músculos da região posterior da coxa fazem a flexão da perna e extensão da coxa. São eles: • M. bíceps femoral – lateral e posterior na coxa. • M. semimembranáceo - medial na coxa e profundo ao m. semitendíneo. • M. semitendíneo - medial na coxa e superficial ao m. semimembranáceo. OBS: Estes músculos se estendem do osso do quadril, até a tíbia, portanto são biarticulares e agem sobre a articulação do quadril e joelho. São importantes na deambulação. RAMOS DO NERVO ISQUIÁTICO O nervo isquiático na realidade consiste em dois nervos unidos por tecido conjuntivo. Posteriormente na região de joelho, na fossa poplítea, o nervo isquiático lança o ramo chamado TIBIAL. Na região lateral da perna, próximo da cabeça da fíbula, lança o ramo chamado FIBULAR COMUM. NERVO TIBIAL A partir da fossa poplítea, dirige-se aos músculos da região posterior da perna, como o m. gastrocnêmio (flexão plantar), tibial posterior (inversão) e flexores dos dedos. O nervo tibial desce posteriormente ao maléolo medial e lança ramos na planta do pé chamados: ramo plantar lateral e ramo plantar medial. Esses ramos são responsáveis por inervar a musculatura flexora, abdutora e adutora dos dedos do pé. NERVO FIBULAR COMUM O ramo lateral do nervo isquiático é chamado de nervo fibular comum. Ao passar pela cabeça da fíbula emite 2 ramos: um anterior chamado fibular profundo e um lateral chamado fibular superficial. • NERVO FIBULAR PROFUNDO: sai da cabeça da fíbula e se aprofunda anteriormente à tíbia para inervar o músculo tibial anterior (dorsiflexão do pé) e o músculo extensor do pé e dedos. Esse nervo dirige-se ainda ao dorso do pé e inerva os músculos extensores dos dedos e interósseos. • NERVO FIBULAR SUPERFICIAL: sai da cabeça da fíbula e se dirige lateralmente e profundamente entre os músculos fibular longo e fibular curto, que realizam eversão do pé. OBSERVAÇÕES: • Gesso na cabeça da fíbula pode comprimir o nervo fibular comum, decorrendo em perda ou diminuição da movimentação da perna e pé. • Se eu tiver uma lesão no nervo fibular comum eu tenho perda de força na região lateral e anterior da perna. Se eu tiver um comprometimento no nervo tibial, eu tenho prejuízos na região posterior da coxa. • Quando o paciente apresenta o pé caído, ele perde a dorsiflexão do pé (aproximação do pé em relação à perna). O nervo responsável é o n. fibular profundo, ramo do fibular comum, isto porque este nervo inerva o m. tibial anterior, que realiza este movimento. INERVAÇÃO CUTÂNEA A inervação dos planos superficiais do membro inferior é essencialmente sensitiva: • Região anterior: nervo femoral • Região medial: nervo obturatório • Região posterior: nervo cutâneo posterior da coxa TUMOR NA REGIÃO LOMBAR Um tumor na região de medula lombar provocaria um comprometimento de toda a inervação do plexo lombar e sacral. A presença de um tumor na medula impede a passagem de informação aferente e eferente por compressão. RESUMO GERAL • Plexo lombossacral: L1 a S4 • Nervo femoral: flexão da coxa e extensão da perna • Nervo obturatório: adução da coxa • Nervo glúteo superior: abdução da coxa e rotação medial do quadril • Nervo glúteo inferior: extensão do quadril e rotação externa do quadril. • Nervo isquiático: flexão da perna • Nervo tibial: inerva musculatura posterior da perna e planta do pé; flexão plantar • Nervo fibular superficial: inerva músculos laterais da perna (fibulares) • Nervo fibular profundo: inerva músculos anteriores da perna e musculatura extensora do dorso do pé. • Nervo pudendo: inerva musculatura pélvica Relação entre o problema do Sr. José nos membros inferiores e o plexo lombossacral: O Sr. Jose sente dores, força muscular diminuída e perda de coordenação na perna. Para que estas funções sejam normais na perna, devem estarintactas as vias neurotransmissoras, tanto periféricas como centrais. Portanto se faz importante conhecer os componentes desta via, seja periférica como os respectivos nervos espinais que inervam a perna, como o tracto corticoespinal (via eferente) e vias aferentes.
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