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Plexo Lombossacral e Coccígeo Introdução • São as conexões da medula espinal com as estruturas abaixo do pescoço; • Os nervos formados nesses plexos são destinados a inervação dos membros superiores; • Tem origem na intumescência lombossacral e no cone medular (ápice da intumescência lombossacral), onde estão os segmentos de origem (raízes) que formarão os plexos lombossacral e coccígeo; • O plexo lombar é formado pelos segmentos de L1 – L4, o plexo sacral pelo L4 – S4 e, por fim, o plexo coccígeo é formado de S4 – CO1; • A saída pelos forames intervertebrais ocorre no plexo lombar pelo LI – LIV, no plexo sacral por LIV – SIV e, no plexo coccígeo por SIV – COI. Marianne Barone (15A) Disciplina – Prof. Marianne Barone (15A) Anatomia Descritiva II – Prof. Osvaldo Pelozo Júnior Plexo lombar • Os ramos anteriores dos nervos de L1 – L4 formam as raízes do plexo, de forma que, pode ocorrer uma contribuição de T12. → Nervo subcostal: • 1º nervo; • Formado pelo ramo anterior de T12 (12º segmento torácico), estando inferiormente à 12ª costela; • Ele possui inervação motora e sensitiva, de forma que: - Inervação motora: músculos da parede anterolateral do abdome (músculo oblíquo interno, músculo oblíquo externo e músculo transverso do abdome, principalmente a alça inferior do obliquo externo); - Inervação sensitiva: área entre a crista ilíaca e a cicatriz umbilical. Possui uma área menor de inervação, na porção anterior da crista ilíaca e o trocanter maior. → Nervos da parede posterior do abdome: Nervo ilio-hipogástrico: • 2º nervo; • Formado pela contribuição de T12 e com origem de L1; • Inervação motora: músculo transverso do abdome e músculo oblíquo interno do abdome; • Inervação sensitiva: região sobre a crista ilíaca, região inguinal e região púbica. Nervo ilioinguinal: • 3º nervo; • Tem como origem a raiz de L1; • Inervação motora: músculo transverso do abdome e músculo oblíquo interno do abdome; • Inervação sensitiva: região inguinal, monte do púbis, parte anterior do escroto (sexo masculino à nervos escrotais anteriores) e lábios maiores do pudendo (sexo feminino à nervos labiais anteriores). Nervo genitofemoral: • 4º nervo; • Tem como origem as raízes de L1 e L2; • Possui uma referência no músculo psoas maior, que não é inervado por ele, mas está na face anterior do músculo, logo depois de perfurar suas camadas; • Na região inguinal é dividido em ramo femoral (lateral) e genital (medial); • Ramo genital: envoltórios do testículo e da túnica dartos (sexo masculino) e lábios maiores do pudendo (sexo feminino); • Ramo femoral: pele do trígono femoral (sobre o hiato safeno). Nervo cutâneo femoral lateral: • 5º nervo; • Tem como origem as raízes de L2 e L3; • Possui importância na inervação sensitiva cutânela; • Passa anteriormente ao músculo ilíaco e medialmente a espinha ilíaca anterossuperior, seguindo em direção da coxa; • Inervação sensitiva: face anterolateral da coxa. Exclusivamente sensitivo. Nervo femoral: • 6º nervo; • Tem como origem as raízes de L2 – L4; • Ele possui um componente motor e outro componente sensitivo; • Inervação motora: inervação dos músculos do compartimento anterior da coxa (músculos iliopsoas [ilíaco + psoas maior], músculo pectíneo, músculo sartório, músculo articular do joelho, músculo reto femoral, músculo vastolateral, músculo vasto intermédio e músculo vasto medial). Ele passa profundamente ao ligamento inguinal, distribuindo seus ramos para o compartimento anterior da coxa. Existem ramos que são destinados exclusivamente para o músculo ilíaco e músculo psoas maior; • Ao ultrapassar o ligamento inguinal, ele penetra o trígono femoral, onde está localizado o feixe vasculonervoso femoral (NAV à nervo, artéria e veia); * OBS: nervo pala o músculo vastomedial: ramo do nervo femoral destinado para o músculo vastomedial. • Inervação sensitiva: - Ramos cutâneos anteriores: inervam a face medial da coxa, mais superiormente; - Nervo safeno: é um ramo sensitivo terminal do nervo femoral, sendo exclusivamente cutâneo, seguindo em direção do joelho e terminando na perna, na face medial. Ele possui uma sintopia com a veia safena magna, na face medial da perna. Nervo obturatório: • 7º nervo; • Tem como origem as raízes de L2 – L4; • Ele entra na cavidade pélvica, atravessa o forame obturatório (lateral) e distribui os ramos na face medial da coxa • Inervação motora: inerva todos os músculos do compartimento medial da coxa (músculo adutor longo, músculo adutor curto, músculo adutor mínimo, músculo obturador externo, músculo pectíneo, músculo adutor magno, músculo grácil e músculo pectíneo); • Inervação sensitiva: cápsula da articulação do quadril e terço médio da face anterior da coxa. Plexo sacral • Os ramos anteriores dos nervos de L4 – S4 formam as raízes do plexo, de forma que, pode ocorrer uma contribuição de T12. → Nervo glúteo superior: • Tem como origem as raízes de L4 – S1; • Inervação motora: responsável pela inervação do músculo tensor da fáscia lata, músculo glúteo médio e músculo glúteo mínimo; - Os músculos glúteo médio e glúteo mínimo são responsáveis pela abdução da goxa • Ele emerge na margem superior do músculo piriforme; • Lesão: apresenta o chamado sinal de Tredelenburg, que é causado pela fraqueza ou paralisia dos músculos glúteo médio e glúteo mínimo. Na circunstância normal, enquanto andamos, ocorre um alinhamento da pelve ao retirar um membro inferior da pelve, enquanto o outro fica apoiado ao chão, sendo que, os principais músculos responsáveis pelo alinhamento são os músculos glúteo médio e glúteo mínimo que são contraídos e estabilizam o fêmur para que não haja o desalinhamento da pelve. Porém, quando há a fraqueza desses músculos, ocorre o desalinhemento da pelve, em que o ponto de iniciação distal é afastado do ponto de iniciação proximal do movimento = projeção lateral da pelve. Pode ser observado ao pedir para que o indivíduo levante um membro inferior. → Nervo glúteo inferior: • Tem como origem as raízes de L5 – S2; • Inervação motora: responsável pela inervação do músculo glúteo máximo, responsável pela extensão da coxa; • Ele emerge na margem inferior do músculo piriforme; • Lesão: pode provocar uma fraqueza ou paralisia do músculo glúteo máximo, dificultando ou impedindo o movimento de extensão da coxa, que pode ser percebido ao levantar da cadeira ou subir escadas (=sinal); → Nervos clúnios: • São os nervos responsáveis pela inervação sensitiva cutânea da região glútea (das nádegas); • Nervos clúnios superiores: são formados pelos ramos posteriores de L1 – L3, inervando a pele da região superior das nádegas; • Nervos clúnios médios: são formados pelos ramos posteriores de S1 – S3, inervando a pele da região sobre o sacro; • Nervos clúnios inferiores: são formados pelos ramos anteriores de S2 – S3 (nervo cutâneo femoral superior), inervando a pele metade inferior das nádegas até o trocanter maior. → Nervo para o músculo piriforme: • Tem como origem as raízes de S1 – S2; • Inervação motora: músculo piriforme. → Nervo para o músculo quadrado femoral: • Tem como origem as raízes de L4 – S1; • Inervação motora: músculo quadrado femoral e músculo gêmeo inferior. → Nervo para o músculo obturador interno e para o músculo gêmeo superior: • Tem como origem as raízes de L5 – S2; • Inervação motora: músculo obturador interno e músculo gêmeo superior. → Nervo cutâneo femoral posterior: • Tem como origem as raízes de S1 – S3; • Inervação sensitiva: pele da porção inferior da região glútea e pele da região posterior da coxa até a fosse poplítea; • Ele emerge no forame isquiático e possui ramos chamados de ramos perineais. → Tronco lombossacral: • Tem como origem as raízes de L4 – L5; • Possuem origemnos segmentos lombares e contribuem para a formação do plexo sacral, juntamente com os ramos anteriores de S1, S2, S3 e S4, passando anteriormente à asa do sacro. → Nervo isquiático: • Tem como origem as raízes de L4 – L5; • É o principal nervo do membro inferior; • Também conhecido como “nervo ciático” e recebeu esse nome por atravessar o forame isquiático maior, sobre o músculo piriforme, percorrendo todo o compartimento posterior da coxa, profundamente a cabeça longa do bíceps femoral; • Ele é formado por duas partes: parte tibial do nervo isquiático (divisões anteriores à pintada de verde no desenho) e parte fibular comum do nervo isquiático (divisões posteriores à mais lateral e pintada de amarelo no desenho), que são formados na pelve; • A união das duas partes, já na pelve, forma o nervo isquiático, que é bifurcado na região poplítea, originando o nervo tibial e o nervo fibular comum; • Lesão: síndrome do piriforme à o músculo piriforme (emerge na margem inferior do piriforme) comprime o nervo isquiático, já que ele emerge sob margem inferior (onde também emerge o nervo glúteo inferior) do músculo piriforme (rotador lateral da coxa); • Ele realiza a inervação motora do compartimento posterior da coxa; - Músculo bíceps femoral: ▷ Cabeça longa: parte tibial do nervo isquiático; ▷ Cabeça curta: parte fibular comum do nervo isquiático; - Músculo semitendíneo: parte tibial do nervo isquiático; - Músculo semimembranáceo: parte tibial do nervo isquiático; - Músculo adutor magno: parte tibial do nervo isquiático; • O único músculo inervado pela parte fibular comum do nervo isquiático é a cabeça curta do bísceps femoral; • Os nervos tibial e fibular comum são responsáveis pela inervação da perna e do pé. Nervo tibial: • Tem como origem as raízes de L4 – S3; • Mais medial; • Realiza a inervação da perna e do pé; • Inervação motora: todos músculos do compartimento posterior da perna (músculo gastrocnêmio, músculo sóleo, músculo poplíteo, músculo tibial posterior, músculo flexor longo dos dedos e músculo flexor longo do hálux) e da região plantar do pé; - O nervo tibial contorna o maléolo medial e segue para a região do pé, sendo dividido em nervo plantar medial (4 músculos à músculo abdutor do hálux, músculo flexor curto dos dedos, músculo lumbrical medial/1º lumbrical e músculo flexor curto dos dedos) e nervo plantar lateral (7 músculos à músculo abdutor do dedo mínimo, músculo flexor curto do dedo mínimo, músculo quadrado plantar, músculos lumbricais laterais, músculo adutor do hálux, músculos interósseos dorsais e músculos interósseos plantares), que realizam a inervação motora os músculos da planta do pé; • Inervação sensitiva: no pé é realizada pelos nervos plantar medial e plantar lateral. Nervo fibular comum: • Tem como origem as raízes de L4 – S2; • Mais lateral; • Realiza a inervação da perna e do pé; • Inervação motora: músculos do compartimento anterior e lateral da perna; • Ele passa posteriormente ao côndilo lateral do fêmur e contornar a cabeça da fíbula posteriormente, ele é dividido em 2 ramos: - Nervo fibular superficial: músculos do compartimento lateral da perna (músculo fibular longo e músculo fibular curto); - Nervo fibular profundo: músculos do compartimento anterior da perna (músculo tibial anterior, músculo extensor longo do hálux, músculo extensor longo dos dedos e músculo fibular terceiro) e do dorso do pé (músculo extensor curto dos dedos e músculo extensor curto do hálux); • O nervo fibular comum passa entre perióstio da cabeça da fíbula, de forma que, ele pode ser facilmente comprimido, já que está muito próximo da pele; • Lesão: a lesão do nervo fibular comum afeta os nervos fibular superficial e profundo. Os músculos do compartimento lateral que são inervados por esse nervo são responsáveis pela eversão (desvio lateral da planta do pé) da perna. Os músculos tibial anterior, extensor longo do hálux e músculo extensor longo dos dedos são responsáveis pela flexão dorsal (aproximar os dedos da perna) também são afetados. Assim, ocorre uma dificuldade na eversão e impossibilidade de flexão dorsal, resultando no chamado “pé caído”. Nervo sural: • Trata-se de um nervo cutâneo formado por umas contribuições, tendo a função de inervação sensitiva no compartimento posterior da perna; • Nervo cutâneo sural medial: é um ramo do nervo tibial e passa entre as cabeças do músculo gastrocnêmio; • Nervo cutâneo sural lateral: é ramo do nervo fibular comum; • Ramo fibular comunicante: é um ramo do nervo cutâneo sural lateral que interliga os nervos cutâneos sural medial e lateral; • O nervo sural é formado pela junção entre o nervo cutâneo sural medial e o ramo fibular comunicante; • Possui uma importante sintopia com a veia safena parva. → Nervo pudendo: • Tem como origem as raízes de S2 – S4; • Inervação motora: músculos do períneo (região urogenital e região anal); • Esse nervo é anestesiado em intervenções obstétricas; • Ele deixa a pelve pelo forame isquiático maior, contorna posteriormente a espinha isquiática e retorna para a pelve pelo forame isquiático menor. → Nervo para os músculos levantador do ânus e isquiococcígeo: • Tem como origem as raízes de S3 e S4; • Inervação motora: ramos para os músculos do diafragma da pelve (músculo levantador do ânus e isquiococcígeo); • Pode ser chamado de nervos sacrais, na literatura antiga.
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