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A02_Tarefa_01_GA(ANA LUIZA OLIVEIRA)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA 
Centro de Ciências Exatas e Tecnologias – CCETC 
Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 
Disciplina de Gestão Ambiental 
 
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Disciplina: Gestão Ambiental. Profa. Dra Roseane Sarges. Aula 02 (18/03/2024) 
 
ATIVIDADE 01 – MEIO AMBIENTE 
 
DISCENTE / MATRÍCULA: 
Ana Luiza Oliveira Guimarães O’Farrell (2023098261) 
 
DATA DE ENTREGA: 
24/03/2024 
 
 
ENUNCIADO: 
Meio Ambiente é um conceito que tem evoluído a partir da necessidade humana de buscar conhecer o seu 
ambiente natural. Sabemos que entender este ambiente natural é de fundamental importância para a sobrevivência 
humana. 
Para operacionalizar estudos e atividade ambientais, a Legislação Brasileira apresenta a definição de meio 
ambiente como “conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que 
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” (BRASIL, Lei Federal 6.938/81– Política Nacional de 
Meio Ambiente). 
Contudo, a conceituação que temos sobre meio ambiente, bem como de muitos termos relacionados às questões 
ambientais, foram resultantes de uma série de estudos que fomentaram diversos debates históricos. As reuniões e 
conferências promovidas pala ONU constituíram e constituem o principal palco dos debates históricos, que 
resultaram em documentos ambientais de relevância global. 
Dentre estes documentos, podemos destacar: a Declaração de Estocolmo (1972, na 1ª Conferência); o Relatório 
Nosso Futuro Comum (1987, informalmente denominado de Relatório Brundtland); a Carta da Terra, a 
Declaração de Princípios sobre Florestas; a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a 
Agenda 21 (1992, na 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento - Rio-92). 
 
 
QUESTÃO: 
I) Faça a leitura da “Declaração de Estocolmo (1972)” e elabore uma síntese deste documento. 
 
Realizada em junho de 1972 na cidade de Estocolmo (Suécia), a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente Humano tem grande relevância histórica por representar o momento em que as questões ambientais 
passaram a integrar a agenda política internacional. Ao reunir, pela primeira vez, chefes de Estado para debater a 
temática, foi reconhecida por estes a necessidade de uma declaração universal sobre a defesa e o melhoramento 
do meio ambiente humano, o que levou à “Declaração de Estocolmo” – principal produto do encontro. Tal 
documento traz em seu preâmbulo sete esclarecimentos iniciais e, em seguida, vinte e seis princípios gerais, 
escritos no intuito de oferecer às nações um guia de comportamentos/responsabilidades e nortear decisões 
relativas à questão ambiental; em outras palavras, buscava-se estabelecer padrões de conduta adequados à 
conservação do meio ambiente e, consequentemente, da população humana no contexto global. 
Quanto às definições preliminares, é estabelecido que os dois aspectos do meio ambiente (o natural e o artificial) 
são essenciais para o bem-estar dos povos e pleno gozo dos direitos humanos fundamentais, assim como para o 
desenvolvimento econômico do mundo inteiro. Além disso, destaca-se diversas evidências da degradação 
ambiental causada por ação antrópica, a citar: níveis perigosos de poluição de ecossistemas, desequilíbrio 
ecológico da biosfera, esgotamento de recursos insubstituíveis, entre outras. Posto isso, no âmbito de países em 
desenvolvimento, tais danos são atribuídos ao subdesenvolvimento, ao passo que, para países industrializados, a 
maioria dos problemas ambientais estaria relacionada com o processo de industrialização e desenvolvimento 
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tecnológico. Ainda, a declaração reconhece a importância do ser humano como agente transformador do meio 
ambiente, capaz de promover o progresso e criar riquezas sociais, além de assegurar o contínuo desenvolvimento 
da ciência e tecnologia. Ademais, esse preâmbulo não apenas faz referência a metas e objetivos amplos baseados 
nos ideais de paz, desenvolvimento econômico e social – “[A proteção] e o melhoramento do meio ambiente 
humano para as gerações presentes e futuras (...)” (ONU, 1972) –, como também defende a importância da 
cooperação internacional para alcançá-los. 
Os princípios expressos na Declaração de Estocolmo podem ser divididos em cinco subtópicos, descritos 
brevemente de forma sequenciada a seguir. 
01) Qualidade de vida e desenvolvimento econômico – Liberdade, igualdade e condições de vida adequadas em 
um meio ambiente de qualidade são direitos fundamentais do homem, que, por sua vez, tem a obrigação de 
proteger e melhorar o meio ambiente para as gerações atuais e futuras. Portanto, o desenvolvimento econômico 
deve considerar a conservação da natureza, isto é, um planejamento integrado e coordenado é fundamental 
para garantir a compatibilidade entre as demandas do desenvolvimento e a necessidade de proteção ambiental. 
No âmbito social, políticas que promovem opressão são condenadas e devem ser erradicadas. 
02) Uso de recursos naturais – Os recursos naturais devem ser preservados para o benefício de todas as gerações, 
por meio de uma cuidadosa planificação ou ordenamento. Sempre que possível, deve-se tentar restaurar a 
capacidade do planeta de produzir recursos renováveis, enquanto evita-se o esgotamento de recursos não 
renováveis, garantindo que todos compartilhem dos benefícios de sua utilização. Os Estados têm o direito 
soberano de explorar seus próprios recursos, contudo, têm a obrigação de garantir que suas atividades não 
prejudiquem o meio ambiente de outros Estados ou de áreas além de sua jurisdição. 
03) Poluição e armamento nuclear – Deve-se encerrar a descarga de substâncias tóxicas ou outros materiais que 
liberam calor em quantidades que o meio não possa neutralizar, de forma a evitar danos graves e irreparáveis 
aos ecossistemas (especialmente o marinho). Quantos às armas nucleares e outros meios de destruição em 
massa, é crucial acordar sua eliminação e destruição completa. 
04) Países desenvolvidos e em desenvolvimento (Cooperação Internacional) – As deficiências ambientais que 
decorrem do subdesenvolvimento e desastres naturais representam sérios problemas, passíveis de enfretamento 
pelo desenvolvimento acelerado resultante dos esforços internos de países em desenvolvimento, 
complementados pelo apoio financeiro e tecnológico de países desenvolvidos. Para estes últimos, estabilidade 
de preços e receitas adequadas são essenciais para o ordenamento do meio ambiente. De forma geral, as 
políticas ambientais não devem restringir o crescimento econômico dos países em desenvolvimento e seu 
potencial de conquistar melhores condições de vida para sua população. A cooperação internacional é 
indispensável para lidar com as consequências econômicas das medidas ambientais. As nações devem se 
envolver igualmente para assegurar que as organizações internacionais realizem um trabalho coordenado e 
eficaz no monitoramento e prevenção de danos ambientais. 
05) Crescimento demográfico e educação ambiental – Em áreas onde as taxas de crescimento demográfico e 
concentração populacional prejudiquem o meio ambiente ou impeçam seu melhoramento, devem ser aplicadas 
políticas demográficas que respeitem os direitos humanos fundamentais e sejam aprovadas pelos governos 
interessados. É essencial que haja um esforço para a educação de todas as gerações sobre questões ambientais, 
particularmente o setor menos privilegiado da população, de modo a fundamentar as bases de uma opinião 
pública bem-informada e comportamentos sustentáveis. Os meios de comunicação precisam exercer sua 
influência positivamente a partir da difusão de informações educativas sobre a temática. Por fim, a pesquisa 
científica neste campo deve ser incentivada globalmente,com apoio ao livre intercâmbio de informações. 
 
Referências Bibliográficas: 
 
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente Humano. 
In: Anais Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano. 1972.

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