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Leucemias na infância PROFA. ANA LUÍSA BATISTA PENA HEMATOLOGISTA PEDIÁTRICA DECPA Hematopoiese Definição: processo renovação celular contínuo, proliferação e diferenciação celular -> níveis estáveis leucocitos, eritrocitos e plaquetas. Mecanismo: cél tronco hematapoioetica pluripotente -> linhagens hematopoiéticas Em resposta a estímulo (hipóxia, sangramento ou infecção) -> aumento produção individual Resposta hematopoiética -> atributo das células tronco (progenitoras pluripotentes) ◦ Autorenovação (proliferação) ◦ Diferenciação em cels com funções especializadas (fatores reguladores de crescimento hematopoiético específicos) ◦ Diferenciação: não se replica indefinidamente, vida media limitada Cél progenitora pluripotente -> unidades formadoras de colônias ( céls comprometidas), que sob ação de citocinas especificas( fatores reguladores de crescimento hematopoiético- FRCH)-> diferenciar em células especificas do sangue FRCH: glicoproteínas essenciais replicação e diferenciação ◦ Identificados e clonados, disponíveis para uso clinico: Eritropoietina e o G-CSF ( fator estimulante de colônias de granulócitos) UNIDADE FORMADORA DE COLÔNIA DE GRANULÓCITOS, ERITRÓCITOS, MONÓCITOS E MEGACARIOÓCITOS Leucemias na infância Leucemias agudas: 30% de todas neoplasias na infância ◦ Leucemias linfóides: 80% leucemias infância. ◦ Leucemias mielóides: 15% leucemias na infância. → 65-70% sobrevida ◦ Terapias e dosagens especificas ◦ Transplantes de celulas tronco hematopoieticas ◦ Suporte Leucemia Linfoblástica Aguda LLA é 5x mais comum infancia que LMA LLA: linhagem B, T ou natural killer 2500-3500 casos/ano EUA: incidencia 3,4 casos/100000 Pico incidência: 2-5 anos Meninos > meninas Fatores de risco: LLA -> sem etiologia especifica: aumento incidencia associado a fatores genéticos e ambientais ◦ Idade paterna avançada ◦ Perdas fetais materna ◦ GIG ao Nascimento Sd geneticas: Sd Down, Neurofibromatose tipo 1, Sd Bloom, telangiectasia ataxia Mutações genéticas: PAX5, ETV6 e TP53 Variantes polimórficas: ARID5B, CDKN2A e IKZF1 Apresentação clinica Achados pouco específicos -> dificeis de diferenciar de sintomas comuns da infância Hepatomegalia : 64%; esplenomegalia: 61% Adenomegalias: 50% Febre: >50% Dor musculoesquelética: 43% Alterações hematológicas: ◦ Sufusões hemorrágicas: 50% ◦ Anemia ( palidez, fadiga): >50% ◦ Leucopenia: > 50% ; Leucocitose 20% Anorexia, perda ponderal, distensão ou dor abdominal. Menos comuns: Cefaléia, vômitos, letargia, rigidez de nunca e anormalidade de pares cranianos. Aumento testicular indolor unilateral Massa mediastino -> dor, disfagia, dispneia, sudorese. Quando suspeitar? Palidez, febre, sangramento/hematomas, dor óssea, hepatoesplenomegalia e/ou linfadenopatia. Aumento testicular, sudorese, alterações neurológicas, alterações sugestivas de massa mediastinal. Clínica + alterações laboratoriais -> imediatamente hematologista/oncologista pediátrico. História Clínica e Exame físico Hepatoespleno: ◦Exame fisico ◦Anorexia, perda ponderal ◦Distensão ou dor abdominal ◦→ exames de imagem e laboratoial Adenomegalia: persistente ou progressive, sem resposta a antibioticoterapia -> suspeita ◦Endurecido, aderido, localizações nao habituais. Febre: recorrente, persistente, sudorese ou perda de peso. Achados hematologicos: palidez, fadiga, sangramentos/sufusões hemorrágicas ou rash petequial. Dor musculoesquelética: dor óssea, dificuldade de deambular, dor articular. Achados neurológicos: hipertensão intracraniana, cefaleia, vomitos, letargia, rigidez de nuca -> exames de imagem/ LCR. Aumento testicular: persistente, indolor, massa. Desconforto respiratório: taquipneia, estridor, sibilância. Edema face, pescoço e extremidades. Avaliação laboratorial Hemograma completo com diferencial de leucócitos Esfregaço periférico Mielograma Adenomegalia -> biopsia Morfologia celular: sangue periférico e medula óssea. Linfoblastos : podem ser morfologicamente indistinguiveis de outras celulas: ◦ Citoquimica: ◦ Reações quimicas nas celulas ◦ Citometria de fluxo: ◦ Imunofenotipar linfoblastos: ags marcadores de linhagens celulares e maturação. Citogenética e biologia molecular: ◦ Cariótipo ◦ Rearranjos genéticos Diagnóstico: ◦Morfologia ◦ Imunofenotipagem ◦LLA -> > 20% blastos no sangue periférico Avaliação complementar: ◦ Coagulação: coagulograma completo e fibrinogênio ◦ Bioquimica: eletrolitos, função hepatica e renal, calcio, fosforo, potassio, LDH e acido urico. ◦ Sorologias: citomegalovirus, Epstein-Barr, HIV e hepatitis B ◦ Punção lombar: envolvimento de SNC. ◦ Cardiologica: ecocardiograma ◦ Tc de tórax: se suspeita ◦ HLA Leucemia mieloide aguda Sintomas: crescimento celulas leucêmicas Semelhantes aos da LLA: ◦ Febre, nausea, dor musculoesqueletica, adenopatias, hepatoesplenomegalias e sangramentos. ◦ Exames laboratoriais: anemia, trombocitopenia e leucopenia/leucocitose ◦ Mieloblastos no sangue periférico CIVD Leucostase (> 100000 leucocitos) ◦ Cefaleia, letargia, paralisia de pares cranianos ◦ Insuficiencia renal História e exame físico Exames laboratoiais: hemograma, bioquimica com eletrolitos, função renal e hepatica, glycemia, coagulograma, fibrinogenio, proteinas totais e frações, acido urico e LDH. Punção lombar: SNC Mielograma: morfologia,imunofenotipagem e citogenetica. Exames imagem: doença extramedular Screening LMA familiar: screening para mielodisplasia e leucemias familiars Imunofeno + citogenética -> ◦ Diferenciar LLA ◦ Definir prognostico ◦ Definir tratamento Avanços no tratamento e suporte -> aumento da sobrevida ◦ Hiperleucocitose ◦ Infecções bacterianas ◦ Infeccções fungicas Diagnósticos diferenciais: ◦ Linfomas ◦ Outras neoplasias ◦ Doenças infecciosas ◦ Imunodeficiencias ◦ Osteomielites … Conclusão Diagnóstico e tratamento precoce -> prognóstico Tratamento -> protocolos estabelecidos Lembrar: efeitos adversos a longo prazo Carneiro, J. D. (2013). Hematologia Pediátrica. São Paulo: Manole.
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