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LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA

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LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA
INTRODUÇÃO
· A leucemia mieloide crônica é um tipo de câncer de células do sangue raro e de progressão lenta que começa na medula óssea.
· A LMC geralmente afeta idosos. É causada por uma mutação de cromossomos que ocorre espontaneamente. 
· Muitas pessoas não desenvolvem sintomas até as fases posteriores, e o diagnóstico é feito somente por exames de sangue de rotina. Quando ocorrem, os sintomas incluem sangramento fácil, sensação de fraqueza ou cansaço, perda de peso, pele pálida e sudorese noturna.
· Os tratamentos incluem medicamentos direcionados, transplante de células-tronco, quimioterapia e terapia biológica.
· A definição parte-se por:
· Leucemia malignidade proveniente de células tronco hematopoiéticas;
· Mieloide proveniente da linhagem mieloide;
· Crônica atinge células maduras que provavelmente são manifestadas apenas em idosos.
· Pertencem a um grupo de neoplasias mieloides que abarcam as síndromes mielodisplásicas;
· Caracterizada pelo gene de fusão BCR-ABL – resultado de translocação balanceada dos cromossomos 9 e 22 – t(9;22)(q34;q11)
FISIOPATOLOGIA
· A translocação no gene BCR-ABL dos cromossomos 9 e 22 leva a uma tradução errônea tirosina-quinase (proteína necessária ao ciclo celular); 
· O erro de tradução leva a uma desregulação no ciclo celular e consequente apoptose das células;
· A falta de regulação leva a uma replicação monoclonal excessiva;
· A desregulação do sítio mitótico celular de precursores mieloides a longo prazo da origem à LMC.
EPIDEMIOLOGIA
· Doença de caráter insidioso;
· Incidência de 2,3 – 100.000 em homens e 1,2 – 100.000 em mulheres;
· Corresponde a cerca de 15% das Leucemias nos Adultos;
· Normalmente diagnosticada entre 5ª e 6ª décadas de vida (55-70 anos);
· Corresponde a < 3% das Leucemias na Infância;
· Fatores de risco:
· Exposição à radiação ionizante;
· Fraca relação com derivados do benzeno: inseticidas, organofosforados, quimioterápicos.
	MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
· Assintomáticos – identificação por alterações laboratoriais
· Sintomas comuns:· Priapismo
· Esplenomegalia
· Alterações visuais
· Artrite gotosa
· Eventos trombótico-hemorrágicos
· Fadiga
· Febre
· Plenitude pós prandial
· Sudorese noturna
· Perda de peso
MANIFESTAÇÕES LABORATORIAIS
· Marcos diagnósticos para suspeita de Leucemia Mieloide Crônica:
· Leucocitose (comumente com neutrofilia)
· Desvio até formas imaturas no Hemograma (Ex: Metamielócitos, Mielócitos, Bastões e, às vezes, até blastos)
· Basofilia
· Eosinofilia
· Trombocitose (> 450.000/mm3)
· Sinais laboratoriais de alto turn over celular:
· Lactato Desidrogenase;
· Ácido Úrico.
DIAGNÓSTICO
· Clínico:
· Esplenomegalia, perda de peso, sudorese, plenitude pós-prandial, fadiga, adinamia.
· Laboratorial:
· Leucocitose + formas jovens mieloides circulantes + anemia ou trombocitopenia/trombocitose;
· Baixa fosfatase alcalina leucocitária.
· Molecular:
· PCR qualitativo para BCR-ABL1;
· p210 kDa;
· p230 kDa;
· p190 kDa.
· Repetir a cada 3 meses.
· Genético:
· Presença da translocação t(9;22) – cromossomo Ph (Philadelphia).
· Histológico:
· Mielograma + Biópsia de Medula Óssea.
FASES DA LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA
· Fase Crônica
· Mais comum ao diagnóstico;
· Geralmente assintomática ou oligoassintomática;
· Blastos < 10% no sangue periférico ou medula óssea.
· Fase Acelerada
· Queixas de adinamia, fadiga, piora de plenitude pós-prandial por esplenomegalia;
· Sintomas constitucionais como febre, perda de peso e sudorese;
· Blastos 10-19% sangue periférico ou medula óssea;
· Aumento de Leucocitose apesar de tratamento alvo;
· Basófilos > 20%;
· Trombocitose > 1.000.000/mm3 ou Trombocitopenia < 100.000/mm3.
· Crise Blástica
· Clínica de insuficiência medular;
· Blastos > 20% no sangue periférico ou medula óssea;
· Proliferação de blastos extramedular (ex: sarcoma granulocítico).
TRATAMENTOTRATAMENTO DA CRISE BLÁTICA:
Tratamento mais aceito é conduzir como Leucemia Aguda associado a ITK’s;
Pode haver transformação de LMC para Leucemia Mieloide Aguda (~70% dos casos) ou para Leucemia Linfoblástica Aguda (~30% dos casos);
Conduzir com protocolo de indução orientado para cada subtipo de Leucemia Aguda + ITK vs. ITK’s isolado;
Considerar transplante de medula óssea alogênico durante primeira remissão.
· Inibidores de Tirosina kinase (ITK’s)
· 1ª Geração:
· Imatinibe;
· Pode ocasionar toxicidade
medular e edema periorbital ou periférico
· 2ª Geração:
· Dasatinibe;
· Pode ocasionar derrame pleural.
· Nilotinibe;
· Pode ocasionar eventos cardiovasculares.PRINCIPAIS PONTOS:
Neoplasia Mieloide constituída por síndrome mieloproliferativa de células maduras, porém nem sempre funcionais;
Evolução com esplenomegalia, sintomas constitucionais e, em casos mais graves, manifestações clínicas de insuficiência medular: febre, sangramentos, astenia ou adinamia;
Advento de terapia alvo com inibidores de tirosina quinase modificaram a história natural da doença e melhorou a sobrevida global desses pacientes;
Doença de caráter crônico, mas precisa atenção para manejo correto.

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