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1 202 4 .1 2 202 4 .1, 20.01.202 4 3 INDICAÇÃO DOS PRINCIPAIS ARTIGOS TABELAS E JURISPRUDÊNCIA REDAÇÃO SIMPLIFICADA LEGISLAÇÃO COM DESTAQUES NAVEGAÇÃO POR MARCADORES Avance no estudo das legislações e organize todas as suas anotações em um só lugar. Criamos este formato de CADERNO DE ESTUDOS em 2018, combinando a letra da lei, jurisprudência, tabelas e o espaço dedicado para anotações que se tornou marca da Legislação 360. Além de todas as demais marcações, destacamos com uma estrela os artigos com maior incidência em provas e que merecem atenção especial. Para aprofundar seus estudos, incluímos a jurisprudência relacionada aos dispositivos e tabelas esquematizando a doutrina. Desenvolvemos uma diagramação especial para as legislações, facilitando muito a sua leitura. Além disso, também simplificamos a redação dos dispositivos, especialmente nos números. NEGRITO Ẋ ROXO Ẋ LARANJA Ẋ CINZA SUBLINHADO Ẋ Utilizado para realçar termos importantes . Aplicado para destacar números, incluindo datas, prazos, percentuais e outros valores numéricos. Expressões que denotam negação, ressalva ou exceção. Indica vetos e revogações. Dispositivos cuja eficácia está prejudicada, mas não estão revogados expressamente. Uma ferramenta adicional para leitores digitais . Nossos materiais foram desenvolvidos para garantir uma leitura confortável quando impressos, mas se você prefere ler em dispositivos eletrônicos, conheça esta funcionalidade. Implementamos em todos os nossos conteúdos o recurso de navegação por marcadores, um componente interativo do leitor de PDF (cujo nome pode variar de acordo com o programa utilizado). Nesta ferramenta, títulos, capítulos, seções e artigos das legislações, assim como súmulas e outros textos relevantes de jurisprudência, são organizados na barra de marcadores do leitor de PDF. Isso permite que você localize cada item de forma mais rápida. Além disso, a funcionalidade VOLTAR, presente em alguns leitores de PDF, facilita o retorno ao ponto de leitura onde você parou, sem a necessidade de ficar rolando páginas. ESPAÇO PARA ANOTAÇÕES CINZA TACHADO Ẋ 4 GUIA DE ESTUDOS Se você está começando a se preparar para concursos ou busca uma melhor organização e planejamento, este guia será de grande ajuda em sua jornada. Disponibilizamos o conteúdo gratuitamente em nosso site: www.legislacao360.com.br CONTROLE DE LEITURA DAS LEGISLAÇÕES Incluído no Guia de Estudos, o PLANNER METAS DA LEGISLAÇÃO é uma planilha desenvolvida para ajudar você a organizar suas leituras e revisões. Este material é gratuito e está disponível para download em nosso site. No guia você encontrará também sugestões de como utilizar a planilha. Veja algumas das características principais: BIBLIOGRAFIA PARA CONCURSOS PÚBLICOS E OAB ORIENTAÇÕES PARA ESTUDAR JURISPRUDÊNCIA COMO OTIMIZAR A RESOLUÇÃO DE QUESTÕES MODELO DE CICLO DE ESTUDOS PLANNER PARA A LEITURA DE INFORMATIVOS (STF E STJ) PLANNER PARA O ESTUDO DAS LEGISLAÇÕES Desenvolvimento editorial e todos os direitos reservados a 360 EDITORA JURÍDICA LTDA. Material protegido por direitos autorais. É proibida a reprodução ou distribuição deste material, ainda que sem fins lucrativos, sem a expressa autorização da 360 Editora Jurídica Ltda. Lei 9.610/98 ģ Lei de Direitos Autorais. www.legislacao360.com.br ģ editora@360.ltda 5 SUMÁRIO ÍNDICE DAS TABELAS ........................................................................................................................................................................... 6 Lei 10.406/02 - Direito Empresarial no Código Civil .............................................................................................................. 12 Lei 6.404/76 - Lei das Sociedades por Ações (SA) .................................................................................................................. 77 LC 123/06 - Estatuto Nacional da ME e da EPP ..................................................................................................................... 173 Lei 13.966/19 - Lei de Franquias .................................................................................................................................................. 227 Lei 8.934/94 - Registro Público de Empresas Mercantis .................................................................................................... 233 Lei 11.101/05 - Lei de Falência e Recuperação de Empresas ............................................................................................. 248 Lei 6.024/74 - Intervenção e Liquidação Extrajudicial de Instituições Financeiras .................................................. 328 Lei 9.279/96 - Lei de Propriedade Industrial .......................................................................................................................... 342 Lei 12.529/11 - Lei Antitruste ....................................................................................................................................................... 396 Lei 9.019/95 - Antidumping .......................................................................................................................................................... 427 Lei 6.099/74 - Arrendamento Mercantil (Leasing) ............................................................................................................... 433 Lei 9.492/97 - Protesto de Títulos .............................................................................................................................................. 441 Decreto 2.044/1908 - Letra de Câmbio e Nota Promissória .............................................................................................. 454 Decreto 57.663/66 - Lei Uniforme de Genebra - Letra de Câmbio e Nota Promissória .......................................... 466 Lei 5.474/68 - Lei das Duplicatas ................................................................................................................................................. 481 Lei 13.775/18 - Duplicata Escritural ........................................................................................................................................... 489 Lei 7.357/85 - Lei do Cheque ........................................................................................................................................................ 494 Lei 10.931/04 - Patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias, Letra de Crédito Imobiliário, Cédula de Crédito Imobiliário e Cédula de Crédito Bancário ......................................................................................... 510 Lei 8.929/94 - Cédula de Produto Rural ................................................................................................................................... 525 DL 167/67 - Títulos de Crédito Rural ........................................................................................................................................ 534 DL 413/69 - Título de Crédito Industrial .................................................................................................................................. 549 Lei 6.840/80 - Títulos de Crédito Comercial ........................................................................................................................... 560 Lei 6.313/75 - Títulos de Crédito à Exportação ..................................................................................................................... 562 6 ÍNDICE DAS TABELAS Lei 10.406/02 - Direito Empresarial no Código Civil ................................................................. 12 Ã Títulos de crédito * ................................................................................................................................. 13 Ã Espécies de títulos de crédito * .......................................................................................................... 13 Ã Princípios informadores dos títulos de crédito * .......................................................................... 14 Ã Exceções à inoponibilidade de exceções pessoais ao terceiro de boa-fé * ........................... 14 Ã Classificações dos títulos de crédito *.............................................................................................. 19 Ã Súmulas sobre títulos de crédito ....................................................................................................... 20 Ã Jurisprudência em Teses do STJ - Edição 56 - Títulos de Crédito ........................................... 20 Ã Evolução histórica do Direito Empresarial no mundo * ............................................................. 22 Ã Teoria da empresa .................................................................................................................................. 22 Ã Evolução histórica do Direito Empresarial no Brasil * ................................................................ 23 Ã Fontes de Direito Empresarial *......................................................................................................... 23 Ã Princípios do Direito Empresarial * .................................................................................................. 23 Ã Empresário *............................................................................................................................................. 24 Ã Vedações ao exercício de empresa ................................................................................................... 27 Ã O incapaz na atividade empresarial * ............................................................................................... 28 Ã Extinção da EIRELI * .............................................................................................................................. 29 Ã Sociedades no CC ................................................................................................................................... 30 Ã Classificação das Sociedades .............................................................................................................. 30 Ã Súmulas sobre sociedades ................................................................................................................... 30 Ã Pontos relevantes sobre a sociedade * ............................................................................................ 32 Ã Sócio ostensivo x Sócio participante ................................................................................................ 34 Ã Poderes do sócio administrador ........................................................................................................ 38 Ã Responsabilidade dos sócios na comandita simples.................................................................... 42 Ã Sociedade Limitada * ............................................................................................................................. 43 Ã Designação de administradores não sócios ................................................................................... 46 Ã Deliberação dos sócios na LTDA ....................................................................................................... 48 Ã Instalação da assembleia dos sócios ................................................................................................. 48 Ã Quórum de votação - Art. 1.076 ........................................................................................................ 49 Ã Sociedade anônima * ............................................................................................................................. 52 Ã Sociedade Cooperativa * ...................................................................................................................... 53 Ã Estabelecimento empresarial * .......................................................................................................... 61 Ã Atos de registro * .................................................................................................................................... 64 Ã Registro obrigatório x Registro facultativo * ................................................................................. 64 Ã Dupla subordinação das juntas comerciais * ................................................................................. 65 Ã Competência para julgar atos da junta comercial * ..................................................................... 65 Ã Princípios norteadores do nome empresarial * ............................................................................ 66 Ã Proteção do nome empresarial x Da marca* ................................................................................. 66 Ã Nome empresarial .................................................................................................................................. 67 Ã Livros comerciais .................................................................................................................................... 71 Ã Eficácia probatória dos livros empresariais * ................................................................................ 72 Ã Exibição dos livros .................................................................................................................................. 73 7 Ã Súmulas sobre livros comerciais ........................................................................................................ 73 Ã Desconsideração da Personalidade Jurídica (disregard doctrine) ............................................ 73 Ã Modalidades da Desconsideração da Personalidade Jurídica ................................................. 74 Ã Contratos bancários * ........................................................................................................................... 74 Ã Contratos bancários e o CDC * .......................................................................................................... 75 Ã Súmulas sobre Contratos Bancários ................................................................................................ 75 Lei 6.404/76 - Lei das Sociedades por Ações (SA) ...................................................................... 77 Ã Sociedade anônima * ............................................................................................................................. 78 Ã Governança corporativa * ................................................................................................................... 79 Ã Fixação de preço de emissão das ações sem valor nominal ...................................................... 81 Ã Mercado de capitais ou mercado de valores mobiliários ........................................................... 81 Ã Mercado de capitais .............................................................................................................................. 81 Ã Classificação das ações * ...................................................................................................................... 84 Ã Divisão em classes de ações * ............................................................................................................. 85 Ã Debêntures * ............................................................................................................................................ 95 Ã Órgãos sociais * .................................................................................................................................... 115 Ã Competência para convocação da assembleia-geral ............................................................... 117 Ã Convocação da assembleia geral * ................................................................................................. 118 Ã Quórum da assembleia geral na Sociedade Anônima ģ Art. 125.......................................... 118 Ã Eficácia da renúncia do administrador ......................................................................................... 127 Ã Ação social reparatória * ................................................................................................................... 130 Ã Jurisprudência relevante sobre ação de responsabilidade civil contra o administrador130 Ã Dissolução da sociedade anônima ................................................................................................. 147 Ã Tagalong * ............................................................................................................................................... 159 Ã Responsabilidade das sociedades consorciadas........................................................................ 165 Ã Antes e depois da LC 182/21 ........................................................................................................... 169 LC 123/06 - Estatuto Nacional da ME e da EPP ........................................................................ 173 Ã Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) .............................................................................. 176 Ã Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM) .................................................................................................. 176 Ã Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte .......................... 177 Ã Receita bruta na definição de ME e EPP ...................................................................................... 179 Ã Constitucionalidade o inciso V, do art. 17, da LC 123/06 * .................................................... 187 Ã Créditos .................................................................................................................................................. 201 Ã Comunicação da exclusão do Simples Nacional à SRFB.......................................................... 206 Lei 13.966/19 - Lei de Franquias ........................................................................................................ 227 Ã Franquia *............................................................................................................................................... 228 Ã Validade de notificação por e-mail para o exercício de direito de preferência * ............. 230 Lei 8.934/94 - Registro Público de Empresas Mercantis ..................................................... 233 Ã Atos de registro * ................................................................................................................................. 234 Ã Registro obrigatório x Registro facultativo * .............................................................................. 234 Ã Dupla subordinação das juntas comerciais * .............................................................................. 236 Ã Competência para julgar atos da junta comercial * .................................................................. 237 Ã DREI (antigo DNRC) x Juntas Comerciais * ................................................................................ 240 Ã Pedido de reconsideração ................................................................................................................ 244 8 Ã Recurso ao plenário ............................................................................................................................ 244 Ã Recurso ao Departamento Nacional ............................................................................................. 245 Lei 11.101/05 - Lei de Falência e Recuperação de Empresas ............................................. 248 Ã Competência absoluta ....................................................................................................................... 249 Ã Procedimentos * .................................................................................................................................. 249 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 250 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 251 Ã Contagem dos prazos em dias corridos ........................................................................................ 251 Ã Data da decretação de falência ....................................................................................................... 255 Ã Prazo para ação de habilitação retardatária de crédito .......................................................... 256 Ã Recuperação judicial * ........................................................................................................................ 266 Ã Fases da recuperação judicial * ....................................................................................................... 266 Ã Bem de capital * ................................................................................................................................... 268 Ã Bem imóvel alienado fiduciariamente .......................................................................................... 268 Ã Créditos sujeitos à recuperação judicial *.................................................................................... 269 Ã Jurisprudência sobre valores dos prêmios securitários não repassados à empresa seguradora e sua sujeição à recuperação judicial * ................................................................... 269 Ã Jurisprudência relevante sobre créditos e recuperação judicial ......................................... 270 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 273 Ã Termo inicial da contagem do prazo para pagamento dos créditos trabalhistas na recuperação judicial * ......................................................................................................................... 274 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 275 Ã Apresentação de certidões negativas de débitos tributários................................................ 276 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 277 Ã Cramdown * ............................................................................................................................................ 277 Ã Novação no Código Civil X Novação na Recuperação Judicial ............................................. 278 Ã Retirada do nome da empresa dos cadastros de proteção ao crédito * ............................. 278 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 281 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 282 Ã Pressupostos da falência * ................................................................................................................ 285 Ã Sistemas determinantes da insolvência *..................................................................................... 285 Ã Efeitos da falência *............................................................................................................................. 286 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 287 Ã Exceções ao juízo universal da falência * ..................................................................................... 287 Ã Quadro geral de credores * .............................................................................................................. 289 Ã Jurisprudência relevante sobre créditos e falência .................................................................. 289 Ã Agravo de instrumento em processo falimentar e recuperacional ..................................... 295 Ã O devedor falido pode praticar atos processuais em defesa dos seus interesses próprios . ................................................................................................................................................................... 296 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 296 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 307 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 307 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 308 Ã Antes e depois da Lei 14.112/20 .................................................................................................... 308 Ã Não aplicação da Teoria da Ubiquidade * .................................................................................... 320 Ã Súmulas sobre Falência e Recuperação Judicial ........................................................................ 322 Ã Enunciados da I Jornada de Direito Comercial sobre falência e recuperação judicial .. 324 Ã Jurisprudência em Teses do STJ ..................................................................................................... 325 9 Lei 6.024/74 - Intervenção e Liquidação Extrajudicial de Instituições Financeiras .... ........................................................................................................................................................................... 328 Ã Responsabilidade do BACEN * ........................................................................................................ 336 Ã Arrolamento de bens * ....................................................................................................................... 337 Ã Competência para processar e julgar o pedido de falência de empresa em liquidação extrajudicial .......................................................................................................................................... 339 Ã Competência para processar e julgar o pedido de falência de Sociedade de Econônomia Mista em liquidação extrajudicial .................................................................................................. 339 Lei 9.279/96 - Lei de Propriedade Industrial .............................................................................. 342 Ã Direito de Propriedade Intelectual * ............................................................................................. 343 Ã Espécies do Direito de Propriedade Intelectual ........................................................................ 343 Ã Proteção à propriedade industrial * .............................................................................................. 343 Ã Registro sob o sistema pipeline ........................................................................................................ 345 Ã Patente *................................................................................................................................................. 351 Ã Marco inicial e prazo de vigência das patentes mailbox * ........................................................ 351 Ã Requisitos do registro do Desenho Industrial * ......................................................................... 362 Ã Princípios limitadores do uso da marca * ..................................................................................... 367 Ã Finalidade e função da marca *........................................................................................................ 367 Ã Trade dress * ........................................................................................................................................... 367 Ã Princípio da especialidade das marcas ......................................................................................... 368 Ã Espécies de marca ............................................................................................................................... 369 Ã Jurisprudência relevante sobre marcas * .................................................................................... 370 Ã Conceito de alto renome ................................................................................................................... 371 Ã Reconhecimento de marca de alto renome * .............................................................................. 372 Ã Marca de alto renome x Marca notoriamente conhecida ...................................................... 372 Ã Proteção do nome empresarial x Proteção da marca .............................................................. 373 Ã Publicidade comparativa * ................................................................................................................ 374 Ã Princípio da exaustão e importação paralela * ........................................................................... 375 Ã Registro *................................................................................................................................................ 376 Ã Renúncia da marca x Nulidade da marca *................................................................................... 377 Ã Jurisprudência relevante sobre caducidade de marca ............................................................ 377 Ã Ação de nulidade de registro de marca * ...................................................................................... 381 Ã Jurisprudência relevante sobre ação de nulidade de registro de marca ........................... 382 Ã Contratação de links patrocinados pode caracterizar concorrência desleal ................... 385 Ã Concorrência desleal x Parasitismo * ............................................................................................ 386 Ã Uso indevido da marca....................................................................................................................... 388 Ã Eficácia contra terceiros dos contratos de transferência de tecnologia * ......................... 389 Ã Jurisprudência em Teses do STJ ..................................................................................................... 391 Lei 12.529/11 - Lei Antitruste ............................................................................................................. 396 Ã Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) * ..................................................... 397 Ã Acordo de leniência *.......................................................................................................................... 420 Lei 9.019/95 - Antidumping ................................................................................................................. 427 Ã Dumping * ............................................................................................................................................... 428 Ã Retenção de mercadoria importada até o pagamento dos direitos antidumping * ......... 430 Lei 6.099/74 - Arrendamento Mercantil (Leasing) ................................................................. 433 10 Ã Arrendamento Mercantil (leasing) * ............................................................................................... 434 Ã Cobrança de tarifa bancária pela liquidação antecipada do saldo devedor * ................... 438 Ã Jurisprudência relevante sobre arrendamento mercantil ..................................................... 439 Ã Súmulas sobre Arrendamento Mercantil .................................................................................... 439 Lei 9.492/97 - Protesto de Títulos .................................................................................................... 441 Ã Protesto de Título * ............................................................................................................................. 442 Ã Protesto extrajudicial de certidão de dívida ativa (CDA) * .................................................... 442 Ã Cadastro de inadimplentes x Registro de protesto * ............................................................... 449 Ã Enunciados da I Jornada de Direito Notarial e Registral ........................................................ 453 Decreto 2.044/1908 - Letra de Câmbio e Nota Promissória ............................................... 454 Ã Espécies de letra de câmbio quanto ao seu vencimento * ...................................................... 455 Ã Endosso * ................................................................................................................................................ 456 Ã Endosso x Cessão civil ....................................................................................................................... 457 Ã Aceite * ................................................................................................................................................... 457 Ã Pagamento de uma letra de câmbio * ............................................................................................ 460 Ã Protesto * ............................................................................................................................................... 460 Decreto 57.663/66 - Lei Uniforme de Genebra - Letra de Câmbio e Nota Promissória ................................................................................................................................................. 466 Ã Prescrição * ........................................................................................................................................... 478 Ã Jurisprudência sobre datas de vencimento distintas em nota promissória ...................... 479 Ã Nota Promissória * .............................................................................................................................. 480 Lei 5.474/68 - Lei das Duplicatas ...................................................................................................... 481 Ã Duplicata * ............................................................................................................................................. 482 Ã Jurisprudência relevante sobre requisitos da duplicata ......................................................... 482 Ã Aceite * ................................................................................................................................................... 484 Ã Protesto na duplicata * ...................................................................................................................... 486 Lei 13.775/18 - Duplicata Escritural ................................................................................................ 489 Ã Duplicata escritural * ......................................................................................................................... 490 Ã Jurisprudência relevante sobre duplicata escritural ............................................................... 493 Lei 7.357/85 - Lei do Cheque ............................................................................................................... 494 Ã Cheque * ................................................................................................................................................. 495 Ã Princípio da inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé * .................... 498 Ã Possibilidade de opor exceções pessoais ao portador de cheque prescrito * .................. 498 Ã Prazo de apresentação *.................................................................................................................... 500 Ã Prazo prescricional para a execução do cheque ........................................................................ 500 Ã Pós-datação regular x Pós-datação extracartular .................................................................... 500 Ã Protesto * ............................................................................................................................................... 503 Ã Termo inicial na cobrança de cheque * ......................................................................................... 504 Ã Jurisprudência relevante sobre juros de mora e correção monetária ................................ 504 Ã Prazo prescricional na ação de locupletamento * ..................................................................... 506 Ã Cobrança de cheque prescrito * ..................................................................................................... 506 Ã Cheque x Prescrição * ........................................................................................................................ 507 Ã Jurisprudência em Teses do STJ ..................................................................................................... 508 11 Lei 8.929/94 - Cédula de Produto Rural ........................................................................................ 525 Ã Espécies de Cédula de Produto Rural (CPR) ............................................................................... 529 Ã Divergência jurisprudencial sobre os juros de mora nas CPR-F........................................... 530 Ã CPR como operação de hedge * ....................................................................................................... 531 DL 167/67 - Títulos de Crédito Rural ............................................................................................. 534 Ã Títulos Rurais * ..................................................................................................................................... 535 Ã Características dos títulos de crédito rurais * ............................................................................ 535 Ã Capitalização de juros crédito rural * ............................................................................................ 536 Ã Cédulas de Crédito Rural .................................................................................................................. 537 Ã Prazo prescricional para ação de repetição de indébito envolvendo contrato de cédula de crédito rural * .................................................................................................................................. 538 Ã Aval em cédula de crédito rural *.................................................................................................... 545 DL 413/69 - Título de Crédito Industrial ...................................................................................... 549 Ã Títulos de Crédito Industrial * ......................................................................................................... 550 Ã Cédula de crédito industrial x Nota de crédito industrial ...................................................... 552 Lei 6.840/80 - Títulos de Crédito Comercial ............................................................................... 560 Ã Títulos de Crédito Comercial * ........................................................................................................ 561 Lei 6.313/75 - Títulos de Crédito à Exportação ........................................................................ 562 Ã Títulos de crédito à exportação *.................................................................................................... 563 12 Lei 10.4 06 / 0 2 - Direito Empresarial no Código Civil Código Civil - Arts. 887 a 926 (Títulos de crédito) e arts. 966 a 1.195 (Direito de empresa) Atualizado até a Lei 14.754/23. 13 PARTE ESPECIAL - Livro I - Do Direito das Obrigações (...) TÍTULO VIII - DOS TÍTULOS DE CRÉDITO TÍTULOS DE CRÉDITO * CONCEITO Segundo Cesare Vivante, título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado. Tal conceito foi adotado pelo Código Civil, que em seu art. 887 dispõe que Ĩo título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da leiĩ. Entretanto, André Santa Cruz ressalta que, apesar de ter-se baseado no famoso conceito de título de crédito dado por Vivante, o CC, na verdade, afastou-se um pouco dele ao usar a palavra Ĩcontidoĩ, e não a palavra Ĩmencionadoĩ. Há quem critique essa opção do legislador, já que o título, realmente, não Ĩcontémĩ um crédito, mas apenas o Ĩmencionaĩ, em razão do princípio da autonomia. CARACTERÍSTICAS ı Natureza essencialmente comercial, pois sua função primordial é a circulação de riqueza com segurança; ı Documentos formais , por precisarem observar os requisitos essenciais previstos na legislação cambiária; ı Natureza de bens móveis, segundo disposto nos arts. 82 a 84 do CC; ı São títulos de apresentação , por serem documentos necessários ao exercício dos direitos neles contidos; ı Constituem títulos executivos extrajudiciais , nos termos do art. 784 do CPC, por configurarem uma obrigação líquida e certa; ı Representam obrigações quesíveis, cabendo ao credor dirigir -se ao devedor para receber a importância devida; ı Natureza pro solvendo, isto é, não implica novação no que se refere à relação jurídica que deu origem ao título: a relação jurídica que originou o título, portanto, não irá se confundir com a relação cambiária representada pelo título emitido; ı É título de resgate, porque sua emissão pressupõe futuro pagamento em dinheiro que extinguirá a relação cambiária; ı É título de circulação, uma vez que sua principal função é a circulabilidade do crédito. * Conforme ensina André Santa Cruz. ESPÉCIES DE TÍTULOS DE CRÉDITO * TÍTULOS DE CRÉDITOS TÍPICOS (NOMINADOS) TÍTULOS DE CRÉDITOS ATÍPICOS (INOMINADOS) São aqueles criados por uma legislação específica, que os regulamenta. Exs.: letra de câmbio, nota promissória, cheque, duplicata, cédulas e notas de crédito São aqueles criados pela vontade dos próprios particulares, segundo seus interesses. Isso é permitido, desde que não violem as regras do Código Civil. Como não são regulados por uma legislação específica, devem obedecer as normas do CC que tratam sobre títulos de crédito. * Conforme ensina Márcio Cavalcante. 14 PRINCÍPIOS INFORMADORES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO * CARTULARIDADE Também conhecido como documentariedade, esse princípio dispõe que o exercício de qualquer direito representado no título pressupõe a sua posse legítima. O titular do crédito representado no título deve estar na posse deste (ou seja, da cártula), que se torna, pois, imprescindível para a comprovação da própria existência do crédito e da sua consequente exigibilidade. Em obediência a esse princípio temos: ı A posse do título pelo devedor presume o pagamento do título; ı Só é possível protestar o título apresentando-o; ı Só é possível executar o título apresentando-o, não suprindo a sua ausência nem mesmo a apresentação de cópia autenticada. LITERALIDADE O direito decorrente do título é literal no sentido de que, quanto ao conteúdo, à extensão e às modalidades desse direito, é decisivo exclusivamente o que dele consta. Assim, só existe para o mundo cambiário o que está expresso no título. AUTONOMIA O princípio da autonomia é considerado a pedra fundamental de todo o regime jurídico cambial. Por esse princípio, entende-se que o título de crédito configura documento constitutivo de direito novo, autônomo, originário e completamente desvinculado da relação que lhe deu origem. Abstração Segundo o subprincípio da abstração, entende-se que quando o título circula, ele se desvincula da relação que lhe deu origem. Essa abstração desaparecerá com a prescrição do título. A prescrição do título opera, pois, não apenas a perda da sua executividade, mas também a perda da sua cambiaridade, ou seja, o título perde as suas características intrínsecas de título de crédito, dentre elas a abstração. Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé André Santa Cruz ensina que se trata da manifestação processual do princípio da autonomia, assegurada pelo art. 17 da Lei Uniforme, segundo o qual Ĩas pessoas acionadas em virtude de uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedorĩ. No mesmo sentido, dispõe o art. 916 do CC que Ĩas exceções fundadas em relação de devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título tiver agido de má-féĩ. * Conforme ensina André Santa Cruz. EXCEÇÕES À INOPONIBILIDADE DE EXCEÇÕES PESSOAIS AO TERCEIRO DE BOA-FÉ * EXCEÇÕES À INOPONIBILIDADE ı Endosso com efeito de cessão de crédito; ı Títulos causais, como a duplicata; ı Título prescrito; ı Para habilitação na falência; ı Título de crédito vinculado a um contrato; ı Vícios de nulidade ou inexistência. * Conforme ensina Edilson Enedino. 15 Capítulo I - Disposições Gerais ĊArt. 887 O TÍTULO DE CRÉDITO, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. ĊArt. 888 A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. ĊArt. 889 Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente. § 1º. É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento. § 2º. Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. § 3º. O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo. ĊArt. 890 Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações. ĊArt. 891 O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados. Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. Art. 892 Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado. Art. 893 A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. Art. 894 O portador de título representativo de mercadoria tem o direito de transferi-lo, de conformidade com as normas que regulam a sua circulação, ou de receber aquela independentemente de quaisquer formalidades, além da entrega do título devidamente quitado. Art. 895 Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou mercadorias que representa. Art. 896 O título de crédito não pode ser reivindicado do portador que o adquiriu de boa -fé e na conformidade das normas que disciplinam a sua circulação. ĊArt. 897 O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval. 16 Parágrafo único. É vedado o aval parcial. Art. 898 O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título. § 1º. Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista. § 2º. Considera-se não escrito o aval cancelado. ĊArt. 899 O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final. § 1°. Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores. § 2º. Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma. Art. 900 O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado. Art. 901 Fica validamente desonerado o devedor que paga título de crédito ao legítimo portador, no vencimento, sem oposição, salvo se agiu de má-fé. Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir do credor, além da entrega do título, quitação regular. ĊArt. 902 Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento. § 1º. No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial. § 2º. No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em separado, outra deverá ser firmada no próprio título. Art. 903 Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. Capítulo II - Do Título ao Portador Art. 904 A transferência de título ao portador se faz por simples tradição. ĊArt. 905 O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a sua simples apresentação ao devedor. Parágrafo único. A prestação é devida ainda que o título tenha entrado em circulação contra a vontade do emitente. Art. 906 O devedor só poderá opor ao portador exceção fundada em direito pessoal, ou em nulidade de sua obrigação. ĊArt. 907 É NULO o título ao portador emitido sem autorização de lei especial. 17 Art. 908 O possuidor de título dilacerado, porém identificável, tem direito a obter do emitente a substituição do anterior, mediante a restituição do primeiro e o pagamento das despesas. Art. 909 O proprietário, que perder ou extraviar título, ou for injustamente desapossado dele, poderá obter novo título em juízo, bem como impedir sejam pagos a outrem capital e rendimentos. Parágrafo único. O pagamento, feito antes de ter ciência da ação referida neste artigo, exonera o devedor, salvo se se provar que ele tinha conhecimento do fato. Capítulo III - Do Título À Ordem ĊArt. 910 O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título. § 1º. Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante. § 2º. A transferência por endosso completa-se com a tradição do título. § 3º. Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente. ĊArt. 911 Considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com série regular e ininterrupta de endossos, ainda que o último seja em branco. Parágrafo único. Aquele que paga o título está obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas. ĊArt. 912 Considera-se não escrita no endosso qualquer condição a que o subordine o endossante. Parágrafo único. É nulo o endosso parcial. ĊArt. 913 O endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, completando -o com o seu nome ou de terceiro; pode endossar novamente o título, em branco ou em preto; ou pode transferi-lo sem novo endosso. Art. 914 Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. § 1º. Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidário. § 2º. Pagando o título, tem o endossante ação de regresso contra os coobrigados anteriores. Art. 915 O devedor, além das exceções fundadas nas relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor a este as exceções relativas à forma do título e ao seu conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito de capacidade ou de representação no momento da subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da ação. Art. 916 As exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. Art. 917 A cláusula constitutiva de mandato, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída. 18 § 1º. O endossatário de endosso-mandato só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu. § 2º. Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde eficácia o endosso-mandato. § 3º. Pode o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o endossante. Art. 918 A cláusula constitutiva de penhor, lançada no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título. § 1º. O endossatário de endosso-penhor só pode endossar novamente o título na qualidade de procurador. § 2º. Não pode o devedor opor ao endossatário de endosso-penhor as exceções que tinha contra o endossante, salvo se aquele tiver agido de má-fé. Art. 919 A aquisição de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil. Art. 920 O endosso posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anterior. Capítulo IV - Do Título Nominativo ĊArt. 921 É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente. Art. 922 Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. ĊArt. 923 O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatário. § 1º. A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a autenticidade da assinatura do endossante. § 2º. O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, comprovada a autenticidade das assinaturas de todos os endossantes. § 3º. Caso o título original contenha o nome do primitivo proprietário, tem direito o adquirente a obter do emitente novo título, em seu nome, devendo a emissão do novo título constar no registro do emitente. Art. 924 Ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa. Art. 925 Fica desonerado de responsabilidade o emitente que de boa-fé fizer a transferência pelos modos indicados nos artigos antecedentes. Art. 926 Qualquer negócio ou medida judicial, que tenha por objeto o título, só produz efeito perante o emitente ou terceiros, uma vez feita a competente averbação no registro do emitente. 19 CLASSIFICAÇÕES DOS TÍTULOS DE CRÉDITO * QUANTO À FORMA DE TRANSFERÊNCIA OU CIRCULAÇÃO Ao portador É aquele que circula pela mera tradição (art. 904 do CC). ı Cheque até o limite de R$ 100,00 por tradição. Nominal à ordem A transferência da titularidade do crédito depende do endosso, além da tradição (art. 910 do CC). ı Letra de câmbio; ı Nota promissória; ı Cheque; ı Duplicata, por tradição + endosso. Nominal não à ordem A transferência da titularidade do crédito depende da cessão civil de crédito e da tradição. Nominativos São aqueles emitidos em favor de pessoa determinada. Nesse caso, portanto, a transferência só se opera por meio de termo no referido registro, que deve ser assinado pelo emitente e pelo adquirente do título (arts. 921 e 922 do CC). QUANTO AO MODELO Livres A lei não estabelece uma forma específica para sua emissão. ı Nota promissória; ı Letra de câmbio. Vinculados Se submetem a uma rígida padronização fixada por legislação cambiária específica. ı Cheque; ı Duplicata. QUANTO À ESTRUTURA Ordem de pagamento Caracterizam-se por estabelecerem três situações jurídicas distintas a partir da sua emissão: em primeiro lugar, tem-se a figura do sacador, que emite o título, ou seja, ordena o pagamento; em segundo lugar, tem-se a situação do sacado, contra quem o título é emitido, ou seja, trata-se da pessoa que recebe a ordem de pagamento; por fim, tem-se a figura do tomador (ou beneficiário), em favor de quem o título é emitido, isto é, pessoa a quem o sacado deve pagar, em obediência à ordem que lhe foi endereçada pelo sacador. ı Letra de câmbio; ı Cheque; ı Duplicata. Promessa de pagamento Existem apenas duas situações jurídicas distintas: de um lado tem-se a figura do sacador ou promitente, que promete pagar determinada quantia; de outro, tem-se a situação do tomador, beneficiário da promessa que receberá o valor prometido. ı Nota promissória. QUANTO ÀS HIPÓTESES DE EMISSÃO Casuais É aquele que somente pode ser emitido nas restritas hipóteses em que a lei autoriza a sua emissão. ı Duplicata. Abstratos É aquele cuja emissão não está condicionada a nenhuma causa preestabelecida em lei. ı Cheque; ı Nota promissória. * Conforme ensina André Santa Cruz. 20 SÚMULAS SOBRE TÍTULOS DE CRÉDITO Súmula 189 do STF Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos. Súmula 387 do STF A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. Súmula 600 do STF Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária. Súmula 16 do STJ A legislação ordinária sobre crédito rural não veda a incidência da correção monetária. Súmula 26 do STJ O avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato figurar como devedor solidário. Súmula 60 do STJ É nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário vinculado ao mutuante, no exclusivo interesse deste. Súmula 93 do STJ A legislação sobre cédulas de crédito rural, comercial e industrial admite o pacto de capitalização de juros. Súmula 299 do STJ É admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito. Súmula 370 do STJ Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado. Súmula 475 do STJ Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas. Súmula 476 do STJ O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário. Súmula 503 do STJ O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal , a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula. Súmula 504 do STJ O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal , a contar do dia seguinte ao vencimento do título . Súmula 531 do STJ Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula. JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ - EDIÇÃO 56 - TÍTULOS DE CRÉDITO 1. Os títulos de crédito com força executiva podem ser cobrados por meio de processo de conhecimento, execução ou ação monitória. 2. O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do devedor principal do título de crédito prescrito é quinquenal nos termos do art. 206, § 5º, I, do Código Civil, independentemente da relação jurídica fundamental. 3. As duplicatas virtuais possuem força executiva, desde que acompanhadas dos instrumentos de protesto por indicação e dos comprovantes de entrega da mercadoria e da prestação do serviço. 4. O devedor do título crédito não pode opor contra o endossatário as exceções pessoais que possuía em face do credor originário, limitando-se tal defesa aos aspectos formais e materiais do título, salvo na hipótese de má-fé. 5. O devedor pode alegar contra a empresa de factoring as exceções pessoais originalmente oponíveis contra o emitente do título. Tese superada. A 2ª Seção do STJ, no julgamento do EREsp 1.439.749/RS, Relatora Ministra Maria Isabel Gallotti, DJe de 6/12/2018, firmou o entendimento no sentido de que se a transmissão dos títulos de créditos em favor da empresa de factoring por endosso, sem questionamento a respeito da boa-fé da endossatária (factoring), ou quanto ao aceite voluntariamente aposto no título, aplicam-se as normas próprias do direito cambiário, sendo incabível a oposição de exceções pessoais à endossatária. 21 STJ. 3ª Turma. AgInt no AREsp 1593148/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 30/03/2020. 6. A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. (Súmula 387/STF) 7. O avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também responde pelas obrigações pactuadas, quando no contrato figurar como devedor solidário. (Súmula 26/STJ) 8. O avalista não responde por dívida estabelecida em título de crédito prescrito, salvo se comprovado que auferiu benefício com a dívida. 9. É válido o aval prestado por pessoa física nas cédulas de crédito rural, pois a vedação contida no § 3º do art. 60 do DL 167/67 não alcança o referido título, sendo aplicável apenas às notas promissórias e duplicatas rurais. 10. A autonomia do aval não se confunde com a abstração do título de crédito e, portanto, independe de sua circulação. 11. É indevido o protesto de título de crédito prescrito. 12. O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário. (Súmula 476/STJ) (Recurso Repetitivo - Tema 463) 13. Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas. (Súmula 475/STJ) (Recurso Repetitivo - Tema 465) 14. O protesto indevido de título enseja indenização por dano moral que se configura in re ipsa. Atenção para esse julgado: protesto de cheque prescrito, mas que ainda podia ser cobrado por outros meios, não gera dano moral. (...) embora, no particular, tenha sido indevido o protesto, pois extemporâneo, a dívida consubstanciada no título permanecia hígida, não estando caracterizado, portanto, abalo de crédito apto a ensejar a caracterização do dano moral. STJ. 3ª Turma. REsp 1713130/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 10/03/2020. 15. A prescrição da pretensão executória de título cambial não enseja o cancelamento automático de anterior protesto regularmente lavrado e registrado. 16. Incumbe ao devedor providenciar o cancelamento do protesto após a quitação da dívida, salvo pactuação expressa em contrário. (Recurso Repetitivo - Tema 725) 17. A vinculação da nota promissória a um contrato retira-lhe a autonomia de título cambial, mas não a sua executoriedade, desde que a avença seja liquida, certa e exigível. 18. A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou. (Súmula 258/STJ) 19. É nula a obrigação cambial assumida por procurador do mutuário vinculado ao mutuante, no exclusivo interesse deste. (Súmula 60/STJ) (...) 22 PARTE ESPECIAL - Livro II - Do Direito de Empresa EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL NO MUNDO * DIREITO CONSUETUDINÁRIO Ocorre na Idade Média, com o renascimento mercantil e o ressurgimento das cidades. Trata-se de uma compilação de usos, costumes e práticas mercantis dos mercadores burgueses medievais. Nesse período histórico existia o monopólio da jurisdição mercantil a cargo das corporações de ofício e a aplicação dos usos e costumes ocorria por meio dos tribunais consulares. Aqui temos o período subjetivo do direito comercial, ou seja, a mercantilidade era definida pela qualidade dos sujeitos da relação jurídica e o direito comercial era o direito aplicado aos membros das Corporações de Ofício. TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO Representa um marco na era das codificações da Europa e tem seu berço no Código Comercial de 1807 na França. Na Idade Moderna, a codificação napoleônica dividiu o direito privado em direito civil, centrado no direito de propriedade, e direito comercial, que regulava as relações jurídicas que envolvessem a prática de alguns atos definidos em lei como atos de comércio. Nesse momento histórico temos o período objetivo do direito comercial, no qual o centro do sistema jurídico-mercantil está nas práticas definidas como atos de comércio e não no comerciante. No Brasil, o Código Comercial de 1850 adotou a teoria francesa dos atos de comércio. A teoria dos atos de comércio foi alvo de muitas críticas pois os doutrinadores afirmam que ela nunca conseguiu definir satisfatoriamente o que são atos de comércio, uma vez que não abrangia atividades econômicas tão ou mais importantes que o comércio de bens, tais como a prestação de serviços, a agricultura, a pecuária e a negociação imobiliária. TEORIA DA EMPRESA A insuficiência da teoria dos atos de comércio forçou o surgimento de outro critério identificador do âmbito de incidência do direito comercial, que fosse capaz de acompanhar a efervescência do mercado, sobretudo após a Revolução Industrial. Em 1942 surge na Itália um novo Código Civil trazendo um novo sistema delimitador da incidência do regime jurídico comercial: a teoria da empresa. Para essa teoria, o direito comercial não se limita a regular apenas as relações jurídicas em que ocorra a prática de um determinado ato isolado, mas com uma forma específica de exercer uma atividade econômica: a forma empresarial. Assim, ocorre a transposição para o mundo jurídico de um fenômeno que é socioeconômico: a empresa como centro fomentador do comércio. No Brasil a legislação e a jurisprudência já vinham se aproximando da teoria da empresa, em um processo lento e gradual que se consolidou com a entrada em vigor do CC, em 2002. * Conforme ensina André Santa Cruz. TEORIA DA EMPRESA REGRA Adoção de critério material para enquadramento dos agentes econômicos. Requisitos Profissionalmente Atividade econômica Organizada Produção ou circulação de bens e serviços 23 EXCEÇÃO Adoção de outros critérios para determinados agentes econômicos específicos. Não se sujeitam ao regime jurídico empresarial Profissionais intelectuais (regra) Exercente de atividade rural Cooperativas Sociedades por ações Sociedades de advogados Sujeição ao regime jurídico empresarial Profissionais intelectuais quando o exercício da profissão constitui elemento de empresa Exercente de atividade rural quando optar por registro na junta comercial (natureza constitutiva) EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO EMPRESARIAL NO BRASIL * ORDENAÇÕES DO REINO ı Aplicação das Leis de Portugal; ı Inspiração do direito estatutário italiano. CÓDIGO COMERCIAL DE 1850 ı Inspiração do Code de Commerce napoleônico; ı Adoção da teoria dos atos de comércio; ı Regulamento 737: rol dos atos de comércio. CÓDIGO CIVIL DE 2022 ı Transição da teoria dos atos de comércio para a teoria da empresa; ı Tentativa da unificação formal do direito privado; ı Definição do empresário como aquele que exerce profissionalmente atividade econômica organizada. * Conforme ensina André Santa Cruz. FONTES DE DIREITO EMPRESARIAL * FONTES MATERIAIS Se refere aos mais variados elementos e fatores que influenciam e determinam a criação de normas jurídicas. FONTES FORMAIS São a forma pela qual se manifestam e exteriorizam as normas jurídicas. Fontes Primárias ou Diretas ı Código Civil (direito de empresa e títulos de crédito); ı Código Comercial de 1850 (só comércio marítimo); ı Legislação esparsa (ex: Lei 8.934/94, LC 123/06, Lei 6.404/76, Lei 11.101/05 e Lei 13.775/18). Fontes Secundárias, Subsidiárias ou Indiretas ı Normas civis compatíveis, especialmente no campo das obrigações e dos contratos; ı Analogia; ı Princípios gerais de direito; ı Usos e costumes mercantis: podem ser usos de direito, ou de fato. Segundo o STJ (REsp 877.074/RJ), admite- se prova testemunhal para demonstrar a existência de um costume, desde que não assentado na junta comercial e, excepcionalmente, admite-se costume contra legem, desde que não se trate de norma cogente. * Conforme ensina André Santa Cruz. PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL * LIVRE- INICIATIVA Trata-se de princípio fundamental do Direito Empresarial, expressamente destacada no caput do art. 170 da CF. A livre-iniciativa, nos termos do parágrafo único do art. 170 da CF, garante que é assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Assim, o princípio da livre-iniciativa possui 2 restrições no ordenamento jurídico brasileiro: uma quanto ao atendimento de qualificações profissionais, chamado de licenciamento ocupacional, e outra quanto à excepcional necessidade de 24 autorização prévia de órgãos públicos. A imposição de restrições, como a exigência de diploma ou de filiação compulsória a um órgão regulamentador, só é legítima quando há potencial lesivo no exercício de certa atividade, isto é, quando houver a possibilidade de ocorrer dano à sociedade. FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA A função social da empresa decorre da combinação dos princípios da propriedade privada e da função social da propriedade e se refere à atividade empresária em si, que decorre do uso dos chamados bens de produção dos empresários. Segundo Fábio Ulhoa Coelho, a função social estará satisfeita quando houver criação de empregos, pagamento de tributos, geração de riqueza, contribuição para o desenvolvimento econômico, social e cultural do entorno, adoção de práticas sustentáveis e respeito aos direitos dos consumidores. Nesse sentido, a empresa não deve, segundo os defensores desse princípio, apenas atender os interesses individuais do empresário, mas também os interesses difusos e coletivos de todos aqueles que são afetados pelo exercício dela (trabalhadores, contribuintes, vizinhos, concorrentes, consumidores etc.) LIVRE CONCORRÊNCIA A livre concorrência é um princípio geral da atividade econômica. Existem basicamente duas formas pelas quais o Estado se propõe a utilizar e concretizar esse princípio: coibição das práticas de concorrência desleal, inclusive tipificando-as como crimes, e repressão ao abuso de poder econômico, caracterizando-os como infração contra a ordem econômica. PRESERVAÇÃO DA EMPRESA O princípio da preservação da empresa tem como objetivo principal proteger a atividade empresarial. Esse princípio vem sendo amplamente difundido, inspirando alterações legislativas como a Lei 11.101/05 e também fundamentando diversas decisões judiciais, como, por exemplo, o impedimento da busca e apreensão de bens considerados necessários para as atividades produtivas (STJ, CC 149.798); o entendimento pela inadequação, em execução fiscal, dos atos de constrição que possam afetar, de alguma forma, o plano de recuperação judicial da sociedade empresária (STJ, REsp 1.592.455); e a suspensão das execuções de empresas em recuperação judicial, com o objetivo de viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira (STJ, REsp. 1.548.587). André Santa Cruz adverte que o princípio da preservação da empresa é uma construção importante, mas sua aplicação deve limitar -se às situações em que o próprio mercado, espontaneamente, encontraria soluções para a crise de um agente econômico. * Conforme ensina André Santa Cruz. TÍTULO I - DO EMPRESÁRIO Capítulo I - Da Caracterização e da Inscrição ĊArt. 966 Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. EMPRESÁRIO * CONCEITO De acordo com a teoria da empresa, em regra, adota-se critério material para o enquadramento dos agentes econômicos, ou seja, considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 25 serviços. Assim, os elementos indispensáveis à caracterização do empresário são: ı Atividade econômica ; ı Exercida de maneira profissional ; ı Organizada; ı Produção ou circulação de bens e serviços. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA O art. 966 do Código Civil, ao conceituar empresário, não está se referindo apenas à pessoa física que explora atividade econômica, mas também à pessoa jurídica. Portanto, temos que empresário pode ser um empresário individual (pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada) ou uma sociedade empresária (pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade cujo objeto social é a exploração de uma atividade econômica organizada). Quando se está diante de uma sociedade empresária, é importante atentar para o fato de que os seus sócios não são empresários: o empresário, nesse caso, é a própria sociedade, ente ao qual o ordenamento jurídico confere personalidade e, consequentemente, capacidade para adquirir direitos e contrair obrigações. Assim, pode- se dizer que expressão empresário designa um gênero, do qual são espécies o empresário individual (pessoa física) e a sociedade empresária (pessoa jurídica). AGENTES ECONÔMICOS EXCLUÍDOS DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO O critério material previsto no art. 966 do CC não se aplica a determinados agentes econômicos específicos, para esses agentes a lei optou por critérios outros para a determinação de sua submissão ou não ao regime jurídico empresarial. Profissionais intelectuais Os profissionais intelectuais não serão considerados empresários, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Ou seja, o profissional intelectual só será considerado empresário se der forma empresarial ao exercício de suas atividades, impessoalizando sua atuação e passando a ostentar mais a característica de organizador da atividade desenvolvida, e, nesse caso, passará a ser regido pelas normas do direito empresarial. Sociedades simples São sociedades cujo objeto social é a exploração de atividade intelectual dos seus sócios, também chamadas de sociedades uniprofissionais. Nesses casos, falta o requisito da organização dos fatores de produção, de forma que não são consideradas sociedades empresárias. No entanto, seguindo a diretriz do art. 966, parágrafo único, do CC, nos casos em que as sociedades uniprofissionais explorarem seu objeto social com empresarialidade, elas serão consideradas sociedades empresárias. Exercente de atividade econômica rural Em regra, o exercente de atividade econômica rural não é empresário, salvo se requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede. Associação futebolística Associação que desenvolva atividade futebolística em caráter habitual e profissional não será considerada empresária, salvo se requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede. Sociedades cooperativas As sociedades cooperativas seguem o critério legal, segundo o qual, independente do seu objeto, serão consideradas sociedades simples. Dessa forma, pouco importa se exercem atividade empresarial de forma organizada e com intuito de lucro, a sociedade cooperativa sempre será sociedade simples. 26 Sociedades de advogados O CC não faz menção expressa nesse sentido, entretanto, a Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia e a OAB), em seus arts. 15 a 17, determina que a sociedade de advogados é uma sociedade simples de prestação de serviços de advocacia, submetida à regulação específica prevista na referida lei. Diante disso, afirma-se que a sociedade de advogados é uma sociedade simples, organizada sob a forma de sociedade em nome coletivo, ou seja, respondem todos os sócios de maneira solidária e ilimitada pelas obrigações sociais. * Conforme ensina André Santa Cruz. ĊArt. 967 É OBRIGATÓRIA A INSCRIÇÃO do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Art. 968 A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha: I. o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; II. a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1º do art. 4º da LC 123/2006; (LC 147/14) III. o capital; IV. o objeto e a sede da empresa. § 1º. Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos. § 2º. À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes. § 3º. Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (LC 128/08) § 4º. O processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar 123/2006, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na
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