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fisiologia de memoria

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Fisiologia 
Caso SI 3 
1. Descrever os mecanismos fisiológicos da memória utilizados 
para adquirir ou deletar informações 
Introdução 
A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e evocar 
informações. Adquirimos informações pelo aprendizado e 
evocamos elas pelas lembranças. As memórias nada mais são 
que transmissões sinápticas. Memórias novas são chamadas 
de traços de memória, e elas são importantes pois, quando 
se estabelecem por meio de reações bioquímicas, ficam 
armazenadas no córtex, podendo ser resgatadas quando 
necessário para que se reproduza uma memória. 
Tipos de Memória 
Memória Positiva X Memória Negativa 
A classificação das memórias em positivas ou negativas não 
tem a ver com o conteúdo delas. Uma memória negativa, 
resultante do processo de habituação, nada mais é que uma 
informação que seu córtex aprende a ignorar graças a 
inibição de vias sinápticas. Uma memória positiva, por outro 
lado, é aquela informação importante, relacionada a dor ou 
prazer por exemplo, que o cérebro considera relevante e 
armazena por meio do processo de facilitação de vias 
sinápticas chamado de sensibilização da memória. 
Memórias de Curto Prazo, Prazo Intermédio e Longo Prazo 
Essa classificação se baseia na duração da memória. 
Memórias de curto prazo são aquelas que duram segundos 
ou minutos, memórias de prazo intermédio duram dias ou 
semanas e depois são esquecidas, já memórias de longo 
prazo são aquelas que, ao serem armazenadas, podem ser 
lembradas até anos depois. 
Memória Declarativa X Memória de Habilidades 
Essa classificação se baseia no conteúdo das memórias. A 
memória declarativa é aquela com vários pensamentos 
integrados relacionados a uma experiência importante, que 
pode ser verbalizada. Essa memória inclui a memória espacial, 
memória de relações temporais, memórias de dedução, 
memórias de resultados e significados de experiências. 
A memória de habilidades é aquela que se associa a atividades 
motoras que geralmente se tornam automáticas, como 
aprender a andar de bicicleta ou praticar algum esporte, que 
dificilmente são verbalizadas 
Memória de Curto Prazo 
Quando vemos um número de telefone e guardamos ele 
por alguns segundos até discar, é esse tipo de memória que 
funciona. Dificilmente esse número será lembrado mais tarde, 
pois essa memória não será consolidada. 
Teorias Fisiológicas 
Existem duas teorias para a causa dessas memórias. A 
primeira é que ela resulta de atividades neurais contínuas que 
se propagam por circuitos de neurônios reverberantes. A 
segunda é que essa memória se baseia nos mecanismos de 
facilitação ou inibição pré-sináptica. 
Memória de Prazo Intermédio 
Essas memórias podem durar até semanas, e elas 
dependem da não consolidação dos traços de memória, isto 
é, as sinapses não podem ser muito ativadas para que ela 
não se consolide. Para que isso aconteça, devem acontecer 
alterações químicas e físicas temporárias (duram entre 
minutos e semanas) nas sinapses. 
Mudanças Químicas 
A memória baseada em mudanças químicas no terminal pré-
sináptico ou na membrana pós-sináptica envolvem dois 
terminais pré-sinápticos. O chamado terminal sensorial vem 
de um neurônio sensorial, enquanto o terminal facilitador fica 
na superfície do sensorial e vai regular sua transmissão. 
Quando temos um pensamento, inicialmente o terminal 
sensorial envia vários estímulos ao terminal pós-sináptico, 
porém, caso o terminal facilitador não atue, o terminal pós-
sináptico sofre habituação e perde a sensibilidade àquele 
estímulo. Com isso, a memória se torna negativa. 
Por outro lado, se um estímulo excita o terminal facilitador 
no mesmo momento que o terminal sensorial está 
estimulado, ao invés do sinal sensorial ir perdendo a 
intensidade, ela vai aumentando de tal forma que a memória 
pode permanecer por semanas. 
Habituação 
A habituação nada mais é que o fechamento de canais de 
cálcio no terminal sensorial. Com a menor entrada de cálcio, 
acontecem menos potenciais de ação e menos 
neurotransmissores são liberados por ele, o que diminui a 
quantidade de sinapses consequentemente. 
.
Facilitação 
O terminal facilitador é estimulado ao mesmo tempo que o 
sensorial, isso provoca liberação de serotonina pelo facilitador 
na superfície do sensorial. A serotonina promove a ativação 
da Adenil ciclase que causa a formação de AMPc no terminal 
sensorial. O AMPc ativa uma enzima que fosforila proteínas 
dos canais de potássio, com isso, a saída de potássio da célula 
é bloqueada. Esse bloqueio pode durar até semanas. 
Isso é importante pois a célula só sai do potencial de ação 
com a saída de potássio dela. Com a saída bloqueada, os 
potenciais duram muito mais tempo e muito mais 
neurotransmissores são liberados na sinapse. 
Memória de Longo Prazo 
Esse tipo de memória, diferente da anterior, se consolida 
pelo fato de acontecerem alterações estruturais ao invés de 
químicas nas sinapses, alterações essas que vão intensificar 
ou inibir a condução de sinais. 
*As alterações estruturais acontecem nas sinapses e, caso existam 
um fármaco na circulação que impeça a formação de proteínas 
pelo neurônio pré-sináptico, essas alterações não acontecerão e 
o traço de memória permanente também não. 
As mudanças estruturais mais importantes são o aumento 
de terminais pré-sinápticos, aumento do número de 
vesículas transmissoras e mudanças nos dendritos que 
permitem a transmissão de sinais mais fortes. 
Alteração no número de neurônios e conexões neurais 
Sabe-se que o número de neurônios e conexões neurais 
são determinados por fatores de crescimento neurais 
específicos. Durante o primeiro ano de vida, o cérebro está 
multiplicando muitos neurônios e expandindo suas 
ramificações para que se estabeleçam diversas conexões. 
Caso um neurônio não faça conexões adequadas, ele morre. 
Com isso, pode-se afirmar que no primeiro ano de vida 
acontece o princípio de “uso ou perda” para regulação do 
número final de neurônios do indivíduo. 
Consolidação da memória 
Para converter uma memória de curto prazo é preciso 
consolidar ela ativando-a repetidamente para promover 
mudanças químicas e físicas nas sinapses responsáveis pela 
memória a longo prazo. Essa consolidação leva cerca de uma 
hora para ser adequada. 
Sobre a repetição mencionada, ela é a ferramenta usada 
para conversão da memória a curto prazo em longo prazo. 
Isso acontece porque ao repetir a mesma informação várias 
vezes se acelera e potencializa a conversão. Quando se tem 
uma nova memória acerca de algo já aprendido, essa nova 
memória se consolida próxima da anterior, facilitando aos 
centros de controle a comparação entre as duas 
Hipocampo e Amnésia Anterógrada 
O hipocampo é a parte medial do lobo temporal que é 
responsável pela capacidade de armazenar as formas 
declarativas de memória (não se relaciona com as memórias 
de habilidades já consolidadas nem com a aprendizagem de 
habilidades) em área de memória a longo prazo (ou prazo 
intermédio). Lesões no hipocampo não afetam memórias já 
consolidadas, apenas impedem novas consolidações, o que 
recebe o nome de amnésia anterógrada. 
O hipocampo consegue cumprir essa função pois ele é uma 
área importante que se conecta com o sistema de 
recompensa e punição do s. límbico. Estímulos que excitem 
esses centros límbicos moldam o humor e a motivação 
individual. Dentro da motivação existe a necessidade de 
lembrar de eventos importantes. 
Amnésia retrógrada 
Essa amnésia é a incapacidade de se lembrar de memórias 
a longo prazo. O indivíduo perde principalmente as memórias 
a longo prazo mais recentes, porque as mais antigas já 
passaram por tantas repetições que seus traços de memória 
se tornaram mais estáveis. Lesões corticais tem a capacidade 
de produzir esse tipo de amnésia. 
2. Investigar os constituintes, função e local de ação da 
secreção pancreática exócrina 
Introdução 
O pâncreas é uma grande glândula mista que se encontra 
inferior ao estômago. A porção exócrina representa 98% do 
órgão. Os ácinos pancreáticos são as estruturas 
responsáveispela secreção de enzimas digestivas, enquanto 
os ductos que partem dos ácinos secretam uma solução de 
bicarbonato de sódio. 
O produto formado a partir da união das duas secreções é 
chamado de suco pancreático (secretado cerca de 1,5 L/dia) 
e segue pelo ducto pancreático, depois para a ampola 
hepatopancreática e ao duodeno em seguida. O estímulo 
para a secreção do suco é a presença de quimo no duodeno 
e os tipos de alimento presentes no quimo determinam as 
características do suco. 
Função do Suco Pancreático 
Existem três principais grupos de alimentos, as proteínas, 
carboidratos e gorduras, e cabe às enzimas pancreáticas 
digerir esses alimentos. Ao bicarbonato, fica a função de 
neutralizar o pH do quimo que veio do estômago, que é um 
ambiente ácido. 
.
Enzimas Digestivas Pancreáticas 
Digestão de proteínas 
Enzimas proteolíticas representam 90% das enzimas 
secretadas pelo pâncreas. Existem quatro principais, a tripsina 
(mais abundante), elastase, quimiotripsina e 
carboxipolipeptidase. Quando sintetizadas, essas enzimas se 
encontram na forma inativa (tripsinogênio, pró-elastase, 
quimiotripsinogênio e pró-carboxipolipeptidase), elas só se 
ativam ao chegar no duodeno. Quando o quimo chega no 
duodeno ele libera enterocinase, e essa enzima ativa o 
tripsinogênio. Cabe à tripsina ativar as outras duas enzimas. 
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam proteínas e peptídeos 
e não levam à liberação de aminoácidos individuais, já a 
carboxipolipeptidase leva, o que é importante para completar 
a digestão de algumas proteínas. 
Digestão de carboidratos 
Para a digestão de carboidratos, existe a enzima amilase 
pancreática. Essa enzima hidrolisa carboidratos (com exceção 
da celulose) para formar dissacarídeos e trissacarídeos. 
Digestão de gorduras 
Existem três principais enzimas que fazem a digestão de 
gorduras, a lipase pancreática que hidrolisa gorduras neutras 
em ácidos graxos, a colesterol esterase que hidrolisa ésteres 
em colesterol, e a fosfolipase que cliva ácidos graxos de 
fosfolipídios. 
Inibidor de Tripsina 
As enzimas proteolíticas do pâncreas não devem ser 
ativadas antes de chegar ao intestino porque se não elas 
iriam digerir o próprio pâncreas. Para que não aconteça essa 
ativação, os ácinos secretam uma substância chamada de 
inibidor de tripsina, a qual inativa a tripsina antes mesmo dela 
sair das células secretoras. Como é a tripsina que ativa outras 
enzimas proteolíticas, inibindo ela inibe-se a ativação das 
outras também. 
Solução Íons Bicarbonato 
Tanto a água quanto os íons bicarbonato dessa solução são 
secretados pelas células dos ductos que partem dos ácinos. 
Quando se estimula o pâncreas a secretar suco pancreático, 
se estimula também a secretar essa solução com o objetivo 
de neutralizar a acidez do quimo provocada pelo ácido 
clorídrico do estômago. 
Para formação da solução, as células dos ductos combinam 
o CO2 vindo do sangue com água para formar ácido 
carbônico, que se dissocia em íons bicarbonato e íons 
hidrogênio, que são trocados por íons sódio por transporte 
ativo. Os íons sódio se combinam com os íons bicarbonato 
para que ele seja transportado para a luz dos ductos. Esse 
transporte leva água junto, formando a solução desejada. 
*É importante ter em mente que a solução possui, além de água 
e bicarbonato, uma quantidade constante de íons Na+ e K+, além 
de uma quantidade variável de íons Cl-. 
Regulação da Secreção Pancreática 
Existem 3 estímulos para a secreção pancreática, a 
acetilcolina, a colecistoquinina (CCK) e a secretina. A 
acetilcolina é liberada pelas terminações parassimpáticas do 
nervo vago principalmente. A colecistoquinina é secretada 
pela mucosa duodenal e jejunal superior quando o alimento 
entra no intestino delgado. Por fim, a secretina é secretada 
pelas mesmas estruturas da colecistoquinina, porém quando 
alimentos muito ácidos entram no intestino (graças ao ácido 
clorídrico do estômago) e tornam o pH de seu conteúdo 
menor que 4,5/ 5. 
*Quando todos os estímulos acontecem ao mesmo tempo há 
uma potencialização da secreção das três substâncias 
Secretina 
A secretina é importante pois estimula uma secreção 
abundante de solução de bicarbonato. A reação de 
neutralização que acontecerá é: 
O ácido carbônico se dissocia em CO2 e água, então o CO2 
segue para o sangue para ser expirado pelos pulmões. Com 
isso, resta no duodeno uma solução neutra de cloreto de 
sódio. O suco gástrico é bloqueado e deixa de agir no quimo. 
Isso é importante pois a mucosa intestinal não tem proteção 
contra o ácido clorídrico do estômago. 
Além disso tudo, a neutralização do pH torna o ambiente 
intestinal favorável para a ação das enzimas pancreáticas que 
só operam em meio neutro ou alcalino. 
.
Colecistoquinina 
É a enzima liberada quando produtos da digestão parcial de 
proteínas e gorduras chegam ao intestino. Assim como a 
secretina, a CCK chega ao pâncreas pela circulação 
sanguínea e nele vai provocar a secreção de enzimas 
pancreáticas. Essa enzima provoca cerca de 80% da 
secreção total de enzimas pancreáticas após uma refeição. 
Fases da Secreção Pancreática 
Fase Cefálica 
Durante essa fase, pela estimulação visual, olfativa, gustativa 
e até mesmo imaginária, o córtex cerebral, sistema límbico 
e hipotálamo estimulam o núcleo do nervo vago. Então, sinais 
nervosos descendem pelo nervo vago até o pâncreas, onde 
liberam acetilcolina. Isso estimula a secreção de cerca de 20% 
do total de enzimas necessárias após uma refeição. Como 
pouca quantidade de água é secretada, somente um pouco 
da secreção enzimática flui para o intestino. 
Fase Gástrica 
Quando o alimento chega no estômago, receptores da 
mucosa gástrica identificam essa chegada e enviam sinais 
pelo nervo vago até o pâncreas. O alimento na luz gástrica 
ainda estimula células G a secretarem gastrina no sangue, 
que também vai ao pâncreas estimular ele. Cerca de 10% da 
secreção enzimática necessária após uma refeição 
acontece. Assim como na fase anterior, pouca quantidade de 
enzimas chega ao duodeno pela falta de líquido para 
transportar elas. 
Fase Intestinal 
Assim que o quimo chega no intestino delgado, íons H+ 
estimula células S a secretarem secretina, e o próprio 
alimento estimula células I a secretarem CCK, ambas 
substâncias que irão até o pâncreas para estimular ele. Por 
estímulos da secretina, a secreção pancreática fica 
abundante e finalmente se tem quantidades adequadas dela 
chegando ao intestino para cumprir suas funções. 
Cenário de Fisiologia da Memória 
Introdução 
Segundo Lent, memória é a capacidade que o homem tem 
de armazenar informações que podem ser recuperadas e 
utilizadas posteriormente. O aprendizado, é o mecanismo 
pelo qual obtemos as memórias. 
Processo de Formação da Memória 
De todas as informações que chegam no organismo cerca 
de 95% são descartadas. Por esse motivo, quando se estuda 
os processos da memória, inicialmente deve-se 
compreender os mecanismos que selecionam quais 
informações são relevantes. 
A partir da seleção (realizada pelo córtex pré-frontal 
principalmente), a informação será encaminhada para a 
aquisição/ retenção onde se forma uma memória, ou 
encaminhada para o descarte. A retenção se baseia no 
mecanismo de sensibilização, já o descarte no mecanismo 
de habituação. 
Uma memória negativa, resultante do processo de 
habituação, nada mais é que uma informação que seu córtex 
aprende a ignorar graças a inibição de vias sinápticas. Uma 
memória positiva (também chamada de engrama ou traço 
de memória), por outro lado, é aquela informação 
importante, relacionada a dor ou prazer por exemplo, que o 
cérebro considera relevante e armazena por meio do 
processo de facilitação de vias sinápticas chamado de 
sensibilização da memória. 
Sensibilização 
Quando o SNC recebe uma informação que é considerada 
importante pelo córtex pré-frontal, por gerar um importante 
sentimento de prazer ou dor por exemplo, ocorre uma 
ativação de vias sinápticas cujo efeito resultante é a 
sensibilização delas.Com isso, forma-se uma memória 
positiva. 
Habituação 
Quando o SNC recebe uma informação que não é 
considerada importante pelo córtex pré-frontal, essa 
informação será ignorada sem gerar consequências por 
meio da inibição de vias sinápticas, cujo efeito resultante é a 
habituação delas. Forma-se, então, uma memória negativa. 
Um mecanismo molecular da habituação é o seguinte: 
quando o córtex pré-frontal considera a informação 
desnecessária, ele promove um fechamento dos canais de 
cálcio na membrana terminal do neurônio pré-sináptico, com 
isso há uma menor entrada de cálcio nele e uma menor 
.
secreção de neurotransmissores pelo neurônio. Outro 
mecanismo de habituação é a inibição pós-sináptica. Nessa 
situação existe um neurônio que libera um neurotransmissor 
inibitório (o principal é o GABA), que não conduz a sinapse 
adiante. 
O GABA se liga a receptores pós-sinápticos e bloqueia a 
entrada de íons positivos por eles, permitindo somente a 
entrada de íons negativos. Com isso, o neurônio pós-sináptico 
não consegue iniciar um potencial de ação por estar 
hiperpolarizado. 
Classificação das Memórias 
Existem diversas formas de classificar as memórias, as 
principais são com relação ao tempo de retenção da 
informação e com relação a natureza da informação. Quanto 
ao tempo de retenção, a memória pode ser de curto prazo, 
prazo intermediário e de longo prazo. Quanto à natureza da 
informação, existem várias classificações. 
A memória explícita é aquela que pode ser descrita, 
temporalmente, espacialmente, emocionalmente, etc. A 
memória implícita, por outro lado, não pode ser descrita, ela 
foi aprendida, pode ser reproduzida, mas dificilmente é 
verbalizada. A relação neuroanatômica com a memória de 
longa duração é a seguinte: 
*Quanto a memória de curto prazo (inclui a sensorial e a 
operacional), ela é de responsabilidade do córtex pré-frontal 
Memória a Curto Prazo 
Também chamada de memória de trabalho ou memória 
operacional, é aquela memória que é retida por segundos ou 
minutos, geralmente apenas para a execução de alguma 
atividade, e depois ela é deletada. 
A teoria mais aceita que explica o processo de memória a 
curto prazo é aquela que diz que os sinais neurais se 
propagam em círculos durante o tempo que é necessário 
ter aquela informação em mente. 
Outra teoria diz que um neurônio libera o neurotransmissor 
e recaptura ele. Faz isso durante o tempo que é necessário 
ter a informação em mente. Uma terceira teoria diz que um 
neurônio apenas fica se estimulando continuamente para 
manter aquela informação viva enquanto é necessário. 
Memória Intermédio e Longo Prazo 
A memória de prazo intermédio é a memória que fica retida 
por horas ou até mesmo semanas, e depois é esquecida. Ela 
pode ser resultante de mudanças temporárias químicas, 
tanto nos terminais pré quanto pós-sinápticos. A memória de 
longo prazo é aquela que fica consolidada na memória, que 
pode durar até anos. 
Mecanismo Molecular da Memória de Intermediário Prazo 
Quando um neurônio sensitivo recebe uma informação, ele 
libera um neurotransmissor que estimula o neurônio seguinte. 
Quando você utiliza a informação mais de uma vez, isto é, 
repete ela na sua mente, você faz novamente essa sinapse, 
seu SNC percebe que aquela informação é importante e 
deve ser concretizada. 
Com isso, um terminal facilitador passa a realizar uma 
facilitação dessa sinapse, liberando serotonina, 
neurotransmissor que vai ativar a Adenil ciclase dentro do 
neurônio. Uma cascata de reações é desencadeada e no final 
acontece um fechamento dos canais de potássio, o neurônio 
tem seu potencial de ação prolongado, isso deixa os canais 
de cálcio ativos por mais tempo, o que promove a liberação 
de mais neurotransmissores. 
Mecanismo Molecular da Memória de Longo Prazo 
Uma estimulação repetitiva dos neurônios, a longo prazo, 
provoca um aumento dos locais onde as vesículas liberam 
neurotransmissores, um amento do número de vesículas e 
dos terminais pré-sinápticos. Além disso, acontecem 
mudanças nos dendritos que permitem a transmissão de 
sinais mais fortes. 
.
Consolidação da Memória 
Para que uma informação seja memorizada, deve acontecer 
uma consolidação dela. A consolidação é o processo de 
passagem da informação do hipocampo para áreas 
neuronais específicas que armazenam informações, que 
acontece principalmente durante o sono REM. Esse processo 
pode ser rápido ou lento, e depende do tempo, repetição, 
codificação e do sono. 
A consolidação rápida, geralmente associada a atividades 
motoras, leva algumas horas e provoca mudanças 
morfológicas dos neurônios. A consolidação lenta é gradual, 
envolve várias estruturas cerebrais (principalmente o 
Neocórtex) e nela as informações são retidas por um tempo 
no hipocampo e depois, lentamente, são transferidas para 
áreas neocorticais. 
Evocação da Memória 
A evocação das memórias é realizada pelo córtex pré-
frontal, hipocampo, amígdala basolateral, córtex entorrinal, 
parietal e cingulado anterior. Segundo o Guyton, o tálamo é 
a principal estrutura. 
Link com o caso integrador 
A atrofia cortical provocada pelo etilismo crônico é causada 
por vários motivos, a redução da absorção de tiamina 
(vitamina importante para o SNC) pelo trato gastrointestinal 
lesado pelo álcool, a liberação excessiva do neurotransmissor 
GABA e ainda as lesões celulares que a intoxicação pelo 
álcool provoca. Com essa situação, acontece morte neuronal 
intensa e progressiva.

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