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Farmacologia de Penicilinas em Odontologia

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CURSO DE ODONTOLOGIA 
MARINA HORN
PORTFÓLIO FARMACOLOGIA APLICADA A ODONTOLOGIA II
Santa Cruz do Sul
2018
BETA-LACTÂMICOS
PENICILINAS:
· São antibióticos do grupo dos beta-lactâmico;
·  Utilizados no tratamento de infecções causadas por bactérias sensíveis;
· Constituem um dos mais importantes grupos de antimicrobianos, sendo de uso prevalente em Odontologia;
· Penicilina G (benzilpenicilina): Foi nomeada como protótipo dos antibióticos do grupo das penicilinas;
· Penicilina V: Utilizada para “compensar” certas limitações inerentes á Penicilina G;
Ação biológica
· Constitui os antibióticos de mais ampla indicação em Odontologia;
· Agem contra cocos e bacilos gram-negativos aeróbios;
· Cocos gram-negativos aeróbios;
· Cocos e bacilos gram-positivos anaeróbios;
· Cocos e bacilos gram-negativos anaeróbios;
· Espiroquetas e outros microorganismos da cavidade oral;
· Penicilina V e amoxicilina são amplamente utilizadas nas infecções odontogênicas devido suscetibilidade da microbiota oral às penicilinas;
Mecanismo de Ação
· Todas as penicilinas possuem o mesmo mecanismo básico de ação, inibindo a síntese da parede celular bacteriana;
· O principal mecanismo de resistência de bactérias à penicilina baseia-se na produção de beta-lactamases, enzimas que degradam a penicilina impedindo sua ação;
· Inativa o inibidor das enzimas autolíticas na parede celular, que resulta em uma lise celular;
· A lise celular é intensificada pelo fato de que as penicilinas e outros antibióticos betalactâmicos também promovem atividade de enzimas que estão relacionadas com o crescimento e divisão das células. A atividade dessas enzimas provoca lesão da parede celular e promove lise.
Espectro de ação
· Penicilina G e V são antibióticos de espectro estreito, pois afetam principalmente microorganismos aeróbios e facultativos gram-positivos, alguns anaeróbios e espiroqueta;
· As penicilinas são eficazes contra numerosos microorganismos anaeróbios, como a maioria dos anaeróbios encontrados na cavidade oral, associados a doenças dentárias e periodontais;
· A penicilina G apresenta maior eficácia microbiológica;
· A benzatina é utilizada para tratamento de sífilis e faringite e profilaxia de febre reumática. Não deve ser usada em tratamento ou profilaxia de infecções odontológicas;
Espectro de ação
· A amoxicilina e ampicilina ficam reservadas à quimioprofilaxia antimicrobiana oral;
· Oxacilina e dicloxacilina é indicada em infecções por estafilococos produtores de penicilinase e, por isso, resistentes as penicilinas G, V, ampicilina e amoxicilina;
· Outras penicilinas, como carbenicilina, ticarcilina e piperacilina não tem uso odontológico;
Indicações
· Os efeitos terapêuticos se traduzem por diminuição de febre, melhora do estado geral, desaparecimento de adenopatias e sinais inflamatórios locais;
· Indicada para tratamento de infecção urinária, de ouvido ou respiratória;
· Quase todas infecções dentárias podem ser tratadas com uso das penicilinas;
· Infecções dentárias comuns, particularmente as que ocorrem em decorrência de cáries, são causadas por cocos gram-positivos aeróbios e microorganismos anaeróbios cuja maioria é sensível a penicilina. Nessas infecções é usada penicilina V, pois a absorção da penicilina G por via oral é precária;
· Em casos que a penicilina G e V são ineficazes, opta-se por um antibiótico diferente da penicilina, como a clindamicina;
· Infecções periodontais causadas por microorganismos gram-positivos e gram-negativos é utilizado fármaco com espectro antimicrobiano mais amplo, como a amoxicilina;
Contra-Indicações
· São contra-indicados para pacientes com hipersensibilidade às penicilinas;
Uso Pediátrico
· Recomenda-se para crianças até 27Kg injeção única de 300.000 a 600.000 unidades de benzetacil para tratamento de infecções estreptococicas. Para crianças maiores, injeção única de 900.000 unidades.
· Para crianças até 3 anos, a dose recomendada de amoxicilina é de 5mL da suspensão 125 mg/5 mL de 8 em 8 horas;
· Para crianças dos 3 aos 12 anos, a dose recomendada é de 5 mL da suspensão 250 mg/5mL de 8 em 8 horas;
Prescrição (Posologia)
· Penicilina G: 300.000 UI via intra-muscular, com intervalo de 12-24 horas;
· Penicilina V: 400.000-800.000 UI via oral, com intervalo de 6 horas;
· Ampicilina: 250-500mg via oral, com intervalo de 6 horas;
· Amoxicilina: 250mg via oral, com intervalo de 8 horas;
Nomes comerciais
Benzetacil:
CEFALOSPORINAS:
Ação biológica: bactericida 
Mecanismo de ação: estimula produção autolisina bacteriana inibindo ligação peptidoglicanosimpedindo síntese da parede celular 
Espectro de ação: largo espectro, variando gradativamente de primeira (mais gram-positivo) a quarta geração (mais gram-negativo) 
Contra indicações: alérgicos a penicilina ou a outros antibióticos beta-lactâmicos; gestantes, lactantes e idosos administrar com cautela (em odontologia – em que se usa somente primeira e segunda geração [terceira e quarta é restrito a ambulatórios e hospitais]) 
Indicações: 
· Infecções odontogênicas, pós-operatório, profilaxia pré-operatório 
· Primeira geração: infecções odontogênicas, pós-operatório, infecções por alguns moos. 
· Segunda geração: infecções respiratórias, cirurgias, infecções mistas (moosanaerobios + moos aeróbios) 
Prescrição:
· Cefalexina (1ª geração) – principal 
· Suspensão 250 mg /25 mg - kg peso – dia de 8/8horas/ por 7 dias 
· ADULTO: 1 comprimido 500 mg a cada 6 horas, durante 7 dias no máximo 
· CRIANÇA: 25-100 mg/kg/dia 
Nomes comerciais das cefalosporinas
Cefazolina = Kefazol
Cefalexina = Keflex
Cefuroxima = Zinacef
Cefoxitina = Mefoxin
Ceftazidima = Fortaz
Ceftriaxone = Rocefin
Cefepima = Maxcef
Cefalexina/ Keflex: 
MACROLÍDEOS
ERITROMICINA:
· Mais utilizada. 
Ação Biológica: Bacteriostática 
Espectro de ação: bactérias gram-positivas que incluem estreptococos, estafilococos, clostrídeos, corinebactérias, listéria; bactérias gram-negativas que incluem gonococo e meningococo e espiroquetas que incluem treponemas e leptospiras. 
Mecanismo de ação: inibem a síntese de proteínas em moos. sensíveis ligam-se a subunidade 50S do ribossomo bacteriano. A concentração intracelular nas bactérias gram-negativas é aproximadamente 100 vezes aquela obtida nas bactérias gram-negativas. 
Indicações: 
· Infecções por germes gram-negativos; 
· Profilaxia de febre reumática; 
· Profilaxia e tratamento do tétano; 
· Sífilis; 
· Difteria; 
· Coqueluche; 
· Blenorragia; 
· Amebíase; 
· Infecções da vesícula biliar; 
Contra-indicações: 
· Paciente com doença hepática; 
Posologia: 
· Via oral – 40 a 50mg/kg/dia de 6/6h. 
· Via intramuscular – 10 mg/kg/dia de 6 a 8h. 
· Via intravenosa - semelhante a da via oral. 
AZITROMICINA:
· Possui propriedades melhores que a eritromicina 
Ação biológica: tem ação bacteriostática, podendo apresentar ação bactericida em moos. sensíveis. 
Espectro de ação: atividade bactericida maior que a eritromicina e a claritromicina contra bacilos gram-negativos, em particular o H. Influenzae. 
Mecanismo de ação:inibe a síntese proteica; ligam-se a subunidade 50S; impedem a translocação dos peptídeos. 
Indicações: 
· Infecções causadas por organismos suscetíveis; 
· Bronquite e pneumonia; 
· Infecções de pele e tecidos moles; 
· Otite média; 
· Sinusite e faringite; 
Contra-indicações: 
· Indivíduos com história de reação alérgica; 
· Hipersensibilidade a azitromicina, eritromicina ou a qualquer um dos antibióticos macrolídeos; 
· Pacientes com problemas hepáticos, principalmente com hepatite ou cirrose; 
· Pacientes com miastenias grave; 
Posologia: 
· Via oral e intravenosa; 
· Dose inicial de 500mg a cada 24h, seguida de doses diárias de 250mg, por 4 dias
CLARITROMICINA: 
Ação biológica: bacteriostática. 
Espectro de ação: é quatro vezes mais potente que a eritromicina contra bacilos gram-negativos. 
Mecanismo de ação: liga-se a subunidade 50S dos agentes patogênicos sensíveis suprindo-lhes a síntese proteica. 
Indicações: 
· Infecções das vias aéreas superiores e inferiores; 
· Infecçõesde pele e tecidos moles; 
Contra-indicações: 
· Hipersensibilidade aos antibióticos macrolídeos ou aos demais componentes da formulação; 
· Hipocalemia; 
Posologia: 
· Via oral, porém em casos mais graves pode ser utilizada por via intravenosa; 
· 500mg de 12/12h. Formulação de liberação prolongada pode ser dada na dose de 1g a cada 24h
Nomes comerciais:
Azitromicina = Zitromax
Claritromicina = klaricid
TETRACICLINA
Ação biológica: bacteriostática
Mecanismo de ação: atuam impedindo a ligação do RNA transportador ao complexo formado pelo RNA mensageiro e ribossomo, inibindo a introdução de aminoácidos e consequentemente a síntese de proteínas nos micro-organismos sensíveis ao fármaco.
Posologia: 1 comprimido de 500mg de 6 em 6 horas ou de 12 em 12 horas de acordo com indicação médica. 
Espectro de ação: bactérias gram-positivas, gram-negativas aeróbicas e anaeróbicas, espiroquetas, micoplasma, clomídias e alguns protozoários.
Indicações: granuloma lingual, tratamento de acne vulgares, sífilis.
Contra-indicações: gestantes e crianças com menos de 8 anos de idade, devido à sua afinidade pelo cálcio, podendo danificar os ossos.
Nomes comerciais das Tretraciclinas:
· Tetrex 
ANAEROBICIDAS
CLINDAMICINA:
Ação biológica: bacteriostática ou bactericida
Mecanismo de ação: inibe a síntese proteica bacteriana, atuando em ribossomo 50S
Espectro de ação: atua em estreptococos, aeróbios cocos gram-positivos e anaeróbios gram-positivos e negativos
Contra indicações: gestantes 
Indicações:
· Infecções de tecidos moles
· Infecções de origem odontogênica que se disseminam para mandíbula, maxila e outras regiões da cabeça e pescoço
· Periodontites (ainda está sendo estudado)
Prescrição:
· Adultos: 1 comprimido de 300mg a cada 8 horas
METRONIZADOL:
Ação biológica: bactericida
Mecanismo de ação: ao penetrar nas células, é degradado por ação de nitrorredutases. gerando compostos polares citotóxicos (que determinam perda da estrutura elicoidal do DNA bacteriano, quebra de filamentos e comprometimento concomitante de sua função, além de inibir a síntese de ácidos nucleicos)
Espectro de ação: atua em microorganismos anaeróbios
Contra indicações: gestantes e mulheres que amamentam, pacientes com histórico de convulsões ou outros distúrbios do sistema nervoso central
Indicações: infecções no periodonto
Prescrição:
· Adultos: 1 comprimidos de 400 a 800mg a cada 8 horas, durante 5 a 10 dias 
Nomes comerciais: 
· Helmizol
· Metrogel
· Flagyl
PACIENTES DIABÉTICOS
Características do paciente:
· Boca seca (xerostomia);
· Aumento súbito do número de cáries;
· Manifestações virais (herpes simples e recorrente) e fúngicas (candidíase)
· Doença periodontal de difícil controle; 
· Alteração na visão; 
ANTIBIÓTICOS:
· Antibióticos: (paciente sem histórico de alergia aos derivados de penicilina) 
· Cefalexina, comp. 500mg – 1 comp. de 6/6 horas, 7 dias
· Amoxicilina associado ao clavulanato de potássio comp. 500mg – 1 comp. de 8/8 horas, 7 dias
· Amoxicilina cap. 500mg – 1 comp. 8/8 horas, 7 dias
· Antibióticos: (pacientes com histórico de alergia aos derivados de penicilina)
· Clindamicina comp. de 300mg – 1 comp. 8/8 horas, 7 dias
· Azitromicina comp. de 500mg – 1 comp./ dia, 3 dias 
· OBS: Não subestimar qualquer problema infeccioso; controle da glicemia; contate sempre o clínico geral ou o endocrinologista do paciente. 
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
· Betametazona comp. de 2mg – 2 comp. dose única
· Dexamatazona comp. 4mg – 1 comp. dose única
ANALGÉSICOS:
· Paracetamol comp. de 500mg – 1 comp. 6/6 horas, enquanto houver dor
· Dipirona comp. ou gota de 500mg (com restrições) – 1 comp. 6/6 horas ou 35 gotas de 6/6 horas enquanto houver dor
· OBS: Cuidado com uso da dipirona, pois são discretos hiperglicemiantes; não utilizar AAS, pois além de aumentarem o metabolismo e serem hiperglicemiantes, se sinergem com a insulina, podendo, nos pacientes insulino-dependentes, provocar um choque hiperglicemico; em caso de procedimentos invasivos, realiazar a profilaxia antibiótica mais antibióticoterapia
ANESTÉSICOS LOCAIS:
· Prilocaína com vasocontritor – Citonest, Citocaina, Biopressin
· OBS: Evitar o uso de vasoconstritores derivados de adrenalina, mas usar sempre vasopressor; o uso de anestésico sem vasopressor não controla a dor de forma efetiva e a liberação de adrenalina endógena sob stress é algo a ser evitado.
ANSIOLÍTICOS:
· O uso de benzodiazepínicos como o diazepam, midazolam são indicados para pacientes diabéticos:
· Diazepam comp. de 5 a 10mg por dia 
ANTIVIRAIS:
· Tamiflu cápsulas 20mg
FARMACOS CONTRA-INDICADOS
ANTIBIÓTICOS:
· Claritromicina e Levofloxacino: O uso da claritromicina em conjunto com agentes hipoglicêmicos orais (medicamentos que controlam os níveis de açúcar no sangue usados no tratamento de diabetes) tais como: nateglinida, repaglinida e rosiglitazona e/ou uso de insulina, pode causar hipoglicemia.
ANTI-INFLAMATÓRIO:
· Ibuprofeno comp. 400mg;
· Hidrocortisona comp. 20mg;	
ANALGÉSICOS:
· Neosaldina comp. 300mg.
· Neolefrin xarope.
· Buscopan drágeas 10mg.
ANESTÉSICOS LOCAIS:
· Lidocaina com vaso constritor(adrenalina) 2%;
· Mepivacaína com vaso constritor(adrenalina) 2%;
ANSIOLÍTICO:
· Clonazepan: rivotril e clonotril (está associado ao maior risco de câncer quando usado a longo prazo);
ANTIVIRAIS:
· Antivirais como Aciclovir são contra indicados para pacientes diabéticos;
CARDIOPATAS/HIPERTENSOS 
Em pacientes não compensados não se faz o tratamento odontológico, com exceção dos casos de urgência quando se recomenda que o tratamento odontológico seja realizado em ambiente hospitalar. 
· Paciente descompensado: quando há a frequência de crises instáveis, paciente sintomático, crises próximas e mudança de medicamento ou toma e há frequência dos sintomas.
· Paciente compensado: seis meses após o infarto, angina estável, insuficiência cardíaca congestiva estável, hipertensão arterial controlada, frequência cardíaca menor que 100 batimentos por minuto, três meses após a cirurgia de revascularização, outras cardiopatias medicadas e estável e nenhuma mudança recente de orientações médicas ou medicamentos. 
ANTIBIÓTICOS:
Pacientes sem histórico de alergia aos derivados de penicilina
	Apresentação
	Posologia
	Cefalexina comp. 500 mg
	1 comp. de 6/6 horas 7 dias V.O.
	Amoxicilina associada ao clavulanato de potássio comp. 500 mg
	1 comp. de 8/8 horas 7 dias V.O. 
	Amoxicilina cap. 500 mg 
	1 comp. de 8/8 horas 7 dias V.O. 
Pacientes com histórico de alergia aos derivados de penicilina 
	Apresentação 
	Posologia 
	Clindamicina comp. 300 mg
	1 comp. de 8/8 horas 7 dias V.O.
	Azitromicina comp. 500 mg 
	1 comp. por dia durante 3 dias V.O. 
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
	Apresentação 
	Posologia 
	Nimesulida comp. 100 mg
	1 comp. 12/12 horas 3 dias V.O.
	Ácido Mefenâmico 500 mg (Ponstan)
	1 comp. de 8/8 horas 3 dias V.O.
Obs: Evitar Diclofenacos, Piroxicams e Corticóides, pois geram retenção hídrica e podem aumentar a pressão arterial do paciente. 
ANALGÉSICOS: Todos liberados, devendo ser prescrito baseado na anamnese do paciente. Cuidado se o paciente faz uso de anticoagulantes. Neste caso, evitar o uso de Ácido Acetil-Salicílico. E lembre-se: evite a dor em seu paciente. 
ANESTÉSICOS LOCAIS:
	Apresentação
	Nomes comerciais 
	Prilocaína com Vasoconstritor 
	Citanest, Citocaína, Biopressin
	Mepivacaína 3% sem Vasoconstritor 
	Mepicaíne 3%, Scandicaíne 3%
Obs: Recomenda-se o uso, sempre que possível, do vasoconstritor. A quantidade de vasopressor é tão ínfima e seus efeitos são tão benéficos, no sentido do controle da dor e se de evitar a adrenalina endógena que devemos transmitir isso ao Cardiologista. 
Obs: Prilocaína com felipressina a 3%: não exceder 3 tubetes.
Obs: Tranquilização prévia (dependendo do stress do paciente). 
ANSIOLÍTICOS:
	Apresentação
	Posologia
	Diazepam comp. 5 mg
	1 comp. na noite anterior e 1 comp. 1 hora antes do atendimento, ou apenas 1 comp. 1 hora antes do tratamento. 
Obs: Pela gravidade dos quadros envolvidos contate semprecom o cardiologista. Evite sessões longas e dolorosas, evite stress e a liberação de Adrenalina endógena. 
ANTICOAGULADOS
· Muitos que fazem o uso de anticoagulantes podem ter trombose venosa, arritmia no coração ou já tiveram um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
· prótese de válvulas cardíacas ou fibrilação atrial
· O uso de anticoagulantes deixa o paciente mais propenso a sangramentos, desde sangramento nasal até hematomas, sangue na urina e até anemia. 
· Pacientes com insuficiência ou transplantados renais.
· Transplantados cardíacos ou hepáticos 
· Analgésicos
· Contra-indicado o uso de AAS, por aumentar risco de sangramento
· Indicação de Paracetamol ou Dipirona (com restrições por conta de danos hepáticos)
· Paracetamol 500mg de 6 em 6 horas 
· Dipirona 500mg comprimido ou em 35 gotas, de 6 em 6 horas
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
· Não receitar AINEs. Todos os AINEs atuam nas plaquetas, diminuindo sua atividade.
· É indicado uso de Betametazona 2 mg, com uso de 2 comprimidos em dose única 
· Dexamatazona 4mg, 1 comprimido em dose única 
· Anestésicos locais
· Evitar derivados de ADRENALINA
· Ultiliza-seprilocaina com vasoconstritor
· Ultiliza-seMepivacaina 3% sem vasoconstritor
ANSIOLÍTICOS:
· Não há nenhuma interação com anticoagulantes, porém deve-se estar atento à situação fisiológica do paciente, visto que alguns ansiolíticos, são contra indicados para quem tem algum problema hepático
· Alguns efeitos colaterais dos ansiolíticos podem ser justamente aquilo que se quer combater, como o aumento da ansiedade, podendo causar o aceleramento cardíaco, sendo contra indicado para quem tem arritmia, fibrilação atrial e próteses de válvula.
· Rivotril® (clonazepam)
ANTIMICROBIANOS:
· Amoxicilina 500mg de 8 em 8 horas, durante 7 dias;
· Caso o paciente conter alergia a penicilina, deve-se utilizar clindamicina 300mg de 8 em 8 horas durante 7 dias.
PROFILAXIA:
· Amoxicilina 2g, ou 4 comprimidos, duas horas antes do procedimento;
· Clindamicina, 300mg, 2 comprimidos, duas horas antes do procedimento
ANTIVIRAL:
· AciclovirAciclovir​ ​creme​ ​dermatológico​ ​deve​ ​ser​ ​levemente​ ​aplicado​ ​sobre​ ​as​ ​lesões​ ​de​ ​herpes simplex​ ​e​ ​aos​ ​sinais​ ​de​ ​futuras​ ​lesões​ ​tão​ ​logo​ ​sejam​ ​percebidos. 
· Recomenda-se​ ​a​ ​aplicação​ ​do​ ​creme​ ​dermatológico​ ​cinco​ ​vezes​ ​ao​ ​dia​ ​em​ ​intervalos​ ​de​ ​4 horas,​ ​por​ ​cinco​ ​dias. Apresentação:​ ​creme​ ​dermatológico:​ ​bisnagas​ ​com​ ​10​ ​g,​ ​5​ ​g​ ​e​ ​2​ ​g. 
ANTIFÚNGICOS:
· Para​ ​tratamento​ ​de​ ​candidíase​ ​albica
· Nistatina: adultos:​ ​dose​ ​varia​ ​de​ ​1​ ​a​ ​6ml​ ​(100.000​ ​a​ ​600.000UI​ ​de​ ​NISTATINA)​ ​quatro​ ​vezes​ ​ao​ ​dia. 
· A​ ​solução​ ​deve​ ​ser​ ​bochechada​ ​e​ ​mantida​ ​por​ ​algum​ ​tempo​ ​na​ ​cavidade​ ​oral​ ​antes​ ​de​ ​ser engolida. Suspensão​ ​Oral:​ ​frasco​ ​com​ ​50ml,​ ​acompanhado​ ​de​ ​conta-gotas.
CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL:
· Não há necessidade de suspender AAS
· Deve-se fazer o INR, valores de 2-3 são desejáveis
· Vitamina K
· Ampola (1ml com 10mg)
· Adultos: administras 1-2 ampolas, 2 dias asntes do procedimento. Repetir após a cirurgia, se necessário.
· Crianças (acima de 4 anos): peso da crian (kg) X dose do adulto/ 70
GESTANTES
ANTIBIÓTICOS:
· Apresentação: Amoxicilina comprimido 500mg
· Posologia: 1 comprimido de 8 em 8h, durante 7 dias. Via oral.
Alergia à penicilina
· Apresentação: Cefalexina comprimido 500mg
· Posologia: 1 comprimido de 6 em 6h, durante 7 dias. Via oral.
· Apresentação: Clindamicina comprimido 300mg
· Posologia: 1 comprimido de 8 em 8h, durante 7 dias. Via oral
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
· Apresentação: Betametasona comprimido 2mg.
· Posologia: 2 comprimidos, dose única. Via oral
· Apresentação: Dexametasona comprimido 4mg.
· Posologia: 1 comprimido, dose única. Via oral.
· Os AINES devem ser usados com precaução e não usar no último trimestre da gravidez. Neste período empregar os corticosteróide em dose única de 4mg.
ANALGÉSICOS:
· Apresentação: Paracetamol comprimido 500 mg.
· Posologia: 1 comprimido de 6 em 6h enquanto houver dor. Via oral.
· Apresentação: Dipirona comprimido ou gota 500mg (com restrições).
· Posologia: 1 comprimido de 6 em 6h ou 35 gotas de 6 em 6h enquanto houver dor. Via oral.
· O ácido acetil-salicílico é contra indicado.
ANESTÉSICOS LOCAIS:
· Apresentação: Lidocaína 2% com vasoconstritor adrenalina 1:100.000.
· Nomes comerciais: Xylocaína, lidocaína com vasoconstritor.
· Evitar o uso de Prilocaína (Citanest, Biopressin) e Felilefrina (vasopressor do Novacol). São tóxicos ao feto e ao recém-nato.
· Ansiolíticos
· Não são indicados para gestantes e lactantes pois retardam o crescimento da criança.
PROFILAXIA ANTIMICROBIANA:
· Indicação: Penicilina G benzatina, penicilina G procaína, penicilina G cristalina, penicilina G potássica, ampicilina, entre outros.
· No caso de alérgicas a penicilina a profilaxia pode ser feita com cefalexina do grupo cefalosporinas. 
· Contra-indicação: neomicina e tetraciclina.
ANTIVIRAIS:
· Aciclovir creme 10g.
· Via de administração: tópica
ANTIFÚNGICOS:
· Nistatina
· Posologia Lactantes: A dose recomendada é de 1mL ou 2mL (100.000 a 200.000U.I. de nistatina) quatro vezes ao dia.
· Somente utilizar sob orientação médica.
PACIENTES EPILÉTICOS E NEUROLÓGICOS
Metabolismo:
· A crise epilética é definida como reativa quando é provocada por fatores agudos e/ou potencialmente reversíveis. Para auxiliar nessa identificação, deve-se questionar sobre outros sintomas sistêmicos no momento da crise (como febre ou suspeita de focos infecciosos), comorbidades (especialmente que possam causar distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos como insuficiência renal e diabetes), medicamentos em uso, história de trauma cranioencefálico e acidente vascular cerebral (AVC) prévio. 
· As principais causas de crise epiléptica reativa são: 
· • febre, 
· • abstinência de álcool ou outras drogas (cocaína, anfetamina), 
· • medicamentos (ver quadro 1 a seguir), 
· • acidente vascular cerebral 
· • trauma cranioencefálico,
· • infecções do sistema nervoso central (como meningite) ,
· distúrbios metabólicos/eletrolíticos: hipo/hipernateremia, hipomagnesemia, hipocalcemia, hipoglicemia, hiperglicemia não-cetótica, uremia, hipóxia, hipertireoidismo, desidratação.
· As principais causas de crise epiléptica reativa são: 
· Febre;
· Abstinência de álcool ou outras drogas (cocaína, anfetamina);
· Medicamentos (ver quadro 1 a seguir); 
· Acidente vascular cerebral;
· Trauma cranioencefálico;
· Infecções do sistema nervoso central (como meningite);
· Distúrbios metabólicos/eletrolíticos: hipo/hipernateremia, hipomagnesemia, hipocalcemia, hipoglicemia, hiperglicemia não-cetótica, uremia, hipóxia, hipertireoidismo, desidratação. 
Indicaçõese contra indicações:
· O tratamento para a epilepsia visa diminuir a excitabilidade neuronal e os disparos de impulsos elétricos no cérebro;
· Muitos pacientes com medicamentos anticonvulsivantes podem vivem uma vida normal, sem apresentar nenhuma outra crise. Outros pacientes apresentam redução da freqüência e da intensidade das crises convulsivas. Algumas das drogas usadas para o tratamento da epilepsia são: fenobarbital, ácido valpróico, lamotrigina, topiramato, carbamazepina e levetiracetam; *
· Efeitos colaterais: fadiga, tontura, ganho de peso, rash cutâneo, falta de coordenação e problemas na fala e depressão; 
· Para pacientes refratários às drogas, uma alternativa é a cirurgia. Ela se consiste na retirada da parte afetada do cérebro (desde que essa seja uma parte pequena e que não afete o funcionamento global do cérebro) ou na implantação de eletrodos que regulam os impulsos elétricos;
· Um fármaco novo está sendo testado para a epilepsia e tem mostrado bons resultados. Trata-se da vinpocetina, originalmente empregada para tratar disfunções cérebro vasculares leves;
· Outras terapias adicionais incluem a estimulação do nervo vago e a dieta cetogênica;
* Fenobarbital: foi um dos primeiros barbitúricos a ser lançado. Sua ação sobre as crises convulsivas dá-se afetando a duraçãoe a intensidade das crises artificialmente induzidas causando sedação (RANG; DALE, 2007). É um fármaco eficaz e de baixo custo, seu mecanismo de ação deve-se à inibição neuronal em decorrência do aumento da neurotransmissãogabaérgica. 
* Fenitoína: foi o primeiro fármaco não sedativo no arsenal de drogas anticonvulsivantes com um amplo espectro de ação. Seu mecanismo de ação dá-se afetando a excitabilidade da membrana de ação sobre os canais de sódio dependentes de voltagem. Para ficar mais claro, esse bloqueio ocorre preferencialmente na excitação das células que estão disparando repetitivamente e quanto maior for a frequência de disparo, maior será o bloqueio produzido sem interferir nos disparos de baixa frequência de neurônios no estado normal (RANG; DALE, 2007). 
* Carbamazepina: é um dos anticonvulsivantes mais amplamente usados, sendo um derivado químico dos antidepressivos tricíclicos. Age através da inibição dos canais de sódio e cálcio controlados pela voltagem que levam à corrente de entrada necessária para geração de um potencial de ação (RANG; DALE, 2007). 
* Valproato: é um ácido monocarboxilíco simples. Possui um vasto espectro de ação, sendo eficaz na maioria dos tipos de crises como, por exemplo, do grande e pequeno mal. O seu mecanismo de ação dá-se pela inibição fraca de dois sistemas enzimáticos que inativa o GABA: GABA transminase e a desidrogenasesemialdeídosuccínico. Há algumas evidências que ele aumenta a ação do GABA por ação pós-sináptica e que também inibe fracamente os canais de sódio. 
· Evitar o stress e o uso de drogas estimulantes do SNC, tais como cafeína, condeína, adrenalina, etc. Além disso, o paciente deve estar compensado e sob acompanhamento familiar.
Antibióticos: use conforme a contaminação e condição clínica.
ANTI INFLAMATÓRIOS:
Obs.: observe apenas as restrições clínicas do paciente.
ANALGÉSICOS:
 Todos estão liberados, apenas evite analgésicos que contenham cafeína e codeína.
ANESTÉSICOS LOCAIS:
Obs.: evitar anestésicos que usem adrenalina ou seus derivados.
Como tomar e melhores horários:
· Trileptal: O tratamento deve ser iniciado com 10 mg / kg de peso por dia e a posologia aumentada gradualmente. Não precisa acompanhar com nenhuma refeição.
· Carbamazepina: A dosagem média para adultos é de 200 mg, 2 a 3 vezes ao dia. Deve se tomar sempre durante ou após as refeições.
NEFROPATAS
· Doenças e/ou lesões que atingem o rim;
Principais:
· Nefropatia diabética;
· Nefropatialúpica;
· Nefropatia hipertensiva;
· Nefropatia por analgésicos
ANALGÉSICOS:
Indicados: 
· Tramadol;
· Codeína;
· Oxicodona;
· Metadona;
· Fentanil;
· Morfina;
· Meperidina. 
ANTIBIÓTICOS E PROFILAXIAANTIMICROBIANA:
Indicados:
· Os antibióticos beta-lactâmicos - do grupo das penicilinas- são os antibióticos mais indicados nos doente com insuficiência renal, por possuírem uma larga margem de segurança e uma boa eficácia terapêutica; 
· Azitromicinaé bastante indicado;
· A maioria das penicilinas, incluindo a Amoxicilina - com ou sem associação ao ácido clavulânico- pode ser administrada a estes doentes, à exceção da penicilina G que, pelo seu teor de potássio, a sua aplicação;
· Deve ser restringida a pequenas doses ou a uma curta utilização, de modo a evitar arritmias cardíacas;
· A Eritromicina e a Clindamicina são também antibióticos que apresentam uma boa margem de segurança e que podem ser administrados na dose habitual, já que o seu metabolismo é hepático.
Contra- Indicados:
· Não é recomendado profilaxia antibiótica, para a realização de tratamentos dentários, em pacientes a fazer hemodiálise;
· Cefalexina é contra indicado, pois tem excreção renal.
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
Indicados:
· Dipirona e Paracetamol.
Contra- Indicados:
· Os AINEs podem aumentar o risco de sangramento em pacientes com uremia, por seus efeitos sinérgicos sobre a inibição da agregação plaquetária.
ANSIOLÍTICOS:
Indicados:
· Zolpidem (triazolam).
Contra-indicados:
· Clonazepam ;
· Lorazepam;
· Diazepam ;
· Alprazolam;
· Midazolam.
ANESTÉSICOS LOCAIS:
· Anestésicos locais do tipo ésteres são metabolizados diretamente no plasma, através do mecanismo de hidrolise pela ação da enzima colinesterase plasmática. Pacientes com doenças hepáticas e insuficiência renais crônicas, apresentam deficiência na produção da enzima colinesterase plasmática requisitando na diminuição do processo de hidrolise.
· Pacientes com doença renal crônico para procedimentos com anestésicos locais deve-se verificar se a pressão arterial está controlada, realizando verificação antes e durante o procedimento, com base em que a maioria dos doentes renais crônicos é hipertenso. 
ANTIVIRAIS E ANTIFÚNGICOS:
Antifúngicos
· Cetoconazol – diminuição das doses;
· Fluconazol – diminuição das doses.
Antivirais
· Aciclovir – aumentar o intervalo.
HEPATOPATAS
· São doenças que atingem o fígado, descrevendo a presença de uma doença crônica deste, independente de sua etiologia;
Principais:
· Hepatites virais ( A, B, C, delta, F, E e G);
· Hepatite alcoolica;
· Fígado gorduroso (esteatose);
· Hemocromatose hereditária tipo I;
· Fibrose.
ANALGÉSICOS:
· Alguns Opióides podem atenuar também Insuficiência hepática, como é o caso do Sulfato de Morfina. A Dipirona é um analgésico não-opióide que é contraindicado para pacientes hepatopatas (porfiria hepática, por exemplo). O uso do Ácido Acetil Salicílico pode atenuar disfunções hepáticas. Assim como o Paracetamol que tem apresenta algumas reações adversas (hepatotoxidade, Icterícia, hepatite).
ANTIBIÓTICOS E PROFILAXIA ANTIMICROBIANA:
Indicados:
· Aminoglicosídeos;
· Anfotericina B;
· Doxiciclina;
· Fosfomicina;
· Tianfenicol;
· Penicilinas E;
· Cefalosporinas (com exceção de outras Cefalosporinas de segunda e terceira gerações que têm o radical Metiltiotetrazolil em sua molécula).
Contra- Indicados:
· As Tetraciclinas não devem ser usadas (com exceção da doxiciclina e da minociclina) em pacientes com insuficiência hepática, nem em pacientes com obstrução das vias biliares (com exceção da doxiciclina).
· Ansiolíticos:
· Indicados:
· Clonazepam; 
· Lorazepam;
· Diazepam;
· Alprazolam;
· Midazolam.
· Contra – indicados:
· Zolpidem (triazolam).
ANESTÉSICO LOCAL:
· Anestésicos locais do tipo amido desempenham metabolismo hepático, mediante a boa condição os anestésicos do tipo amido apresentam depuração diminuída em presença de insuficiência hepática ou deficiência de perfusão sanguínea. Nestas condições os efeitos anestésicos aumentam, devendo ser realizado uma análise criteriosa da condição clínica do paciente considerando um possível ajuste nas doses administradas.
· A epinefrina, apresenta ação oposta à da insulina, por determinar estimulação da neoglicogenese e glicogênese hepática. A probabilidade de ocorrerem alterações metabólicas após a administração de epinefrina nas concentrações adequadas é baixo, mas deve-se administrar mediante a uma análise cautelosa, utilizando pequenas doses de vasoconstritores. Com vasoconstritores o uso de anestésicos em hepatopatas com doenças controlada é seguro.
ANTIFÚNGICOS:
· Fluconazol – ajustar a dose de acordo com a capacidade do rim filtrar;
· Itraconazol – usar com cautela, ajustar a dose;
· Miconazol – bem tolerado.
ANTIVIRAIS:
· Aciclovir – sem restrições;
· Penciclovir – sem restrições.
ASMÁTICOS 
ANTIBIÓTICOS:
Pacientes sem histórico de alergia aos derivados de penicilina
· Amoxicilina associada ao clavulanato de potássio comp. 500 mg - 1 comp. de 8/8 horas 7 dias V.O.
· Amoxicilina cap. 500 mg - 1 comp. de 8/8 horas 7 dias V.O.
Pacientes com histórico de alergia aos derivados de penicilina 
· Clindamicina comp. 300 mg - 1 comp. de 8/8 horas 7 dias V.O.
· Azitromicina comp. 500 mg - 1 comp. por dia durante 3 dias V.O.
ANESTÉSICOS LOCAIS:
· Prilocaina a 3% com felipressina;
· Mepivacaina 3% sem vaso
ANTI-INFLAMATÓRIOS:
· Paracetamol 750 mg - 1 comp. 6/6horas por até 7 dias V.O.
· Paracetamol com fosfato de codeína 30 mg - 1 comp. 6/6 por 1 a 2 dias V.O.
ANSIOLÍTICOS:
Pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônicaou insuficiência respiratória de grau leve. Deve-se entrar em contato com o médico que trata o paciente, para em conjunto, avaliar esse benefício da sedação pode justificar o risco potencial das reações adversas.
Esquema de profilaxia antimicrobiana
· Para pacientes não alérgicos a penicilinas:
Quando a profilaxia antibiótica for indicada, recomenda-se o regime de dose única de amoxicilina 1g, uma hora antes do início da intervenção. 
· Para pacientes alérgicos a penicilinas:
Em pacientes alérgicos a penicilina com necessidade de profilaxia antimicrobiana, recomenda-se o regime de dose única de claritromicina 500mg ou clindamicina 600mg, uma hora antes do início da intervenção. 
Cascata da coagulação 
O objetivo da cascata da coagulação é transformar o sangue num gel com consistência gelatinosa para parar uma hemorragia.
Na verdade, este coágulo sanguíneo irá reforçar o tampão de plaquetas.
O termo cascata é utilizado porque existe uma sucessão de acontecimentos (reações químicas) até à formação do coágulo final.
Os principais intervenientes na cascata da coagulação são os fatores de coagulação.
Os fatores de coagulação são proteínas presentes no sangue.
Existem vários fatores de coagulação, sendo classificados numericamente através da numeração romana.
– Fator I  (Fibrinogénio)
– Fator Ia (Fibrina)
– Fator II (Protrombina)
– Fator IIa (Trombina)
– Fator VII
– Fator III (Fator tecidual)
– Fator IV (Cálcio)
– Fator V
– Fator VI
– Fator VIII
– Fator IX
– Fator X
– Fator XI
– Fator XII
– Fator XIII
De uma forma muito simples o que acontece em cada etapa é que um fator na sua forma inativa é ativado e convertido numa enzima (substância química) capaz de atuar e permitir a passagem para o patamar seguinte. Ou seja, todos os fatores são necessários para que a cascata chegue ao fim.
No final, depois de todos os fatores de coagulação terem sido ativados, vamos ter um coágulo sanguíneo reforçado por uma substância chamada fibrina que tem o aspeto de uma rede. A fibrina permite fazer um reforço bastante eficaz do coágulo sanguíneo impedindo que o sangue continue a sair para o exterior do vaso sanguíneo.
A função principal da coagulação ou hemóstase é evitar a perda de sangue quando ocorre algum trauma vascular em pequenos vasos sanguíneos. Este processo é muito complexo e envolve mudanças físicas e químicas do sangue, evitando hemorragia pela formação do coágulo com objetivo de interromper a perda de sangue. Após o trauma vascular ocorre uma constrição vascular imediata e em aproximadamente 15 segundos as plaquetas formam um tampão plaquetário no local onde as células endoteliais foram danificadas, o que é denominado hemostasia primária. A hemostasia secundária é o desencadeamento de uma cascata de reações envolvendo componentes do plasma, que culmina com a formação de uma rede de fibrina que aprisiona eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Esta massa é o coágulo formado que adere às paredes dos vasos sanguíneos para controlar a perda de sangue.
A cascata de coagulação pode ser desencadeada por 2 vias distintas (via intrínseca e via extrínseca), que podem ser estimuladas simultaneamente ou não. O final da reação em cascata iniciada pelas 2 vias, é uma via comum para a formação do coágulo sanguíneo. A via intrínseca é desencadeada pelo contato com plaquetas ativadas ou componentes do tecido subendotelial. Os fatores participantes da via intrínseca estão presentes no sangue circulante e é a ativação do fator XII que inicia esta via. As proteínas e íons envolvidas nesta via  são: Fatores XII, XI, IX, VII e X, pré-cralicreína, cininogênio (CAPM), fator 3 plaquetário, cálcio e fosfolipídeos, além da vitamina k.
A via extrínseca da cascata de coagulação é uma via do fator tecidual, estimulada pela tromboplastina tissular. Estão envolvidos nesta via a ativação dos fatores VII e X, na presença dos Fatores III, VII, cálcio e fosfolipídeos.A via comum da cascata de coagulação, iniciada pela ativação do fator X, envolve os Fatores VIIIa e Va, protrombina, cálcio, fosfolipídeos e fibrinogênio.
-Medicações (ex: Heparina, Warfarin, Ácido Acetil Salicílico, vitamina k, dentre outros), doenças hemorrágicas e purpúricas podem interferir na cascata de coagulação, impedindo a hemostasia. A investigação clínica de deficiência de fatores de coagulação, assim como o acompanhamento de terapias anticoagulantes são realizadas pela solicitação de provas de coagulação, por laboratórios de análises clínicas, como a Determinação do Tempo de Protrombina (TP) e Tempo de Tromboplastina Parcial ativada TTPa).
A determinação do Tempo de Protrombina (TP), também denominado “Tempo de Quick de um estágio”, avalia a atividade coagulante do sistema extrínseco da cascata de coagulação. O reagente para análise in vitro contem fator tecidual, fosfolípides e cálcio, enquanto o plasma em análise, se for normal, fornecerá os Fatores V, VII e X, protrombina (Fator II) e fibrinogênio (Fator I).A deficiência ou ausência de qualquer um desses fatores prolongará o tempo de coagulação do ensaio. A comparação de resultados de TP obtidos entre diferentes fabricantes só deve ser realizada utilizando o RNI (Razão Internacional Normalizada), calculando com base no Índice Internacional de Sensibilidade (ISI) dos reagentes experimentalmente. O ISI deve ser fornecido pelo fabricante do reagente, sendo preferencial o reagente com ISI mais próximo de 1.00.A determinação do Tempo de Tromboplastina parcial ativada (TTPa), também denominada “Tempo de Kaolin-Cefalina”, é uma prova que avalia a via intrínseca da coagulação, pela recalcificação, onde as variáveis constituídas pelo número de plaquetas e pelo grau de ativação dos fatores XI e XII são eliminadas na adição de um fosfolípede e de um ativador (Ácido Elágico), que levam a resultados mais reprodutíveis e a uma maior sensibilidade do que nas determinações do Tempo de Recalcificação do Plasma (TRP) e Tempo de Tromboplastina Parcial (TTP)
Cascata da inflamação 
Inflamação é uma reação do tecido vivo vascularizado a uma injuria local, ou seja, é o mecanismo de defesa (resposta protetora normal) do organismo contra uma lesão tecidual causada por agentes físicos (trauma mecânico, radiação, calor, frio), químicos (substâncias irritantes, álcalis e outros) ou biológicos, provocada por microorganismos tais como fungos, bactérias, vírus ou protozoários. No processo de inflamação, células imunologicamente competentes são acionadas e agem no sentido de inativar ou destruir microrganismos invasores, remover substâncias irritantes e proteínas antígenas, além de iniciar a reparação tecidual. Esse processo possui quatro sinais característicos, descritos há mais de 2000 anos por CELSUS: rubor, calor, tumor e dor. Quando o processo reparatório se completa, naturalmente o processo inflamatório e seus sinais desaparecem (Zanini& Oga,1994).
A inflamação é desencadeada pela liberação dos mediadores químicos originados nos tecidos lesados e nas células migratórias, que provocam distúrbios na membrana celular ocasionando a ativação da fosfolipase A2 e liberação de ácido araquidônico e seus metabólitos, PAF-acéter (fator ativador de plaquetas) e enzimas lisossômicas.
Essas enzimas têm potente atividade citotóxica e destroem células vizinhas, liberando assim novas enzimas. O metabolismo do ácido araquidônico dá origem a inúmeras substâncias biologicamente ativas como prostaglandinas (PGs), tromboxanas (TXs), ácido hidroxieicosatetraenóicos(HETEs) e hidroperoxieicosatetraenóicos (HPETEs), leucotrienos (LTs), lipoxinas (LXs) e ácidos epoxieicosatetraenóicos (EETs), que tem importante papel na fisiopatologia da inflamação.
A ação antiinflamatória de muitos fármacos acontece pela inibição da síntese das
PGs, que são ácidos graxos insaturados contendo 20 átomos de carbono e uma estrutura cíclica incorporada2, e o entendimento da biossíntese desta substância é fundamental para a compreensão da ação desses fármacos antiinflamatórios.
As PGs e os compostos correlatos são produzidos em quantidades ínfimas em potencialmentetodos os tecidos. Em geral agem diretamente nos tecidos onde são sintetizados, sendo rapidamente metabolizados a produtos inativos em seus sítios de ação. Assim, as PGs não circulam no sangue em concentrações significativas.
As PGs são sintetizadas a partir de um precursor primário, o ácido araquidônico. Este ácido é liberado dos fosfolipídeos das membranas celulares pela ação da fosfolipase A2, através de um processo controlado por hormônios e outros estímulos.
1 Atividade de ação atrativa ou repulsiva demonstrada por certas células vivas em relação a outras células ou substâncias que exercem uma influência química. 2 Estes compostos são também denominados eicosanóides; o prefixo “eicosa” refere-se aos 20 átomos de carbono.
Pode-se observar na Figura 1, que há duas vias principais para a síntese de PGs a partir do ácido araquidônico:
- Via da cicloxigenase: As PGs, TXs e prostaciclinas (PGI2) são obtidas através da ação catalítica das enzimas cicloxigenases. Foram identificadas duas cicloxigenases, a COX-1, que é constitutiva e amplamente distribuída e a COX-2, que é produzida em resposta a um estimulo inflamatório (Harvey et al.,1998).
- Via da lipoxigenase: As lipoxigenases podem atuar sobre o ácido araquidônico para formar 5-HPEYE, 12-HPETE e 15-HPETE, que são derivados peroxidados instáveis que são convertidos em seus correspondentes derivados hidroxilados ou, na dependência do tecido, em leucotrienos ou lipoxinas (Harvey et al.,1998).
Nos pacientes com artrite reumatóide, é provável que a inflamação envolva a combinação de um antígeno (gamaglobulina) com um anticorpo (fator reumatóide), causando a liberação local de fatores quimiotáticos que atraem leucócitos. Os leucócitos fagocitam os complexos antígeno-anticorpo e complemento e, como consequência, liberam muitas enzimas contidas em seus lisossomas. Essas enzimas lisossômicas causam, então, danos à cartilagem e a outros tecidos, aumentando o grau da inflamação. As PGs também são liberadas durante esse processo e estão envolvidas na inflamação (Goodman & Gilman, 1987).
A migração de leucócitos para a área inflamada é um aspecto importante do processo inflamatório. No entanto é pouco provável que PGs sejam os principais envolvidos na resposta quimiotática, pois outro produto do metabolismo do ácido araquidônico, o leucotrieno B4, é uma substância quimiotática muito potente. Outra evidência desse fato é que a enzima lipoxigenase, que gera os leucotrienos, é insensível às drogas tipo aspirina; portanto, concentrações dessas drogas que suprimem a formação de PGs em geral não diminuem a migração celular (Higgs et al., 1980). A ausência da migração celular costuma ser observada com a presença de maiores concentrações de PGs, mas a inibição da lipoxigenase não parece estar envolvida. Entretanto, as drogas que inibem a lipoxigenase e a cicloxigenase possuem ações antiinflamatórias superiores (Gooldman& Gilman, 1987).
As PGs estão particularmente associadas ao desenvolvimento da dor que acompanha lesão ou inflamação. Estudos envolvendo a mensuração eletrofisiológica da descarga nervosa sensorial na presença de PGs indicaram que quando as PGs foram administradas, os receptores da dor se tornaram mais sensíveis a estímulos químicos ou mecânicos (Gooldman& Gilman, 1987).
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CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
MARINA HORN
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO FARMACOLOGIA APLICADA A ODONTOLOGIA II
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Cruz do Sul
 
2018

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