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Resumo de Terapêutica Medicamentosa

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Resumo De Terapêutica Medicamentosa
prescrição odontológica 
· Ordem escrita dada ao paciente com indicações para o farmacêutico fornecer a medicação corretamente, e para o própria paciente usa lá corretamente
· Assim, o farmacêutico atenta para o nome da medicação e sua dosagem, e o paciente compreende a posologia, o modo de uso e o tempo durante o qual a medicação deve ser mantida
· A prescrição é feita em formulários específicos designados RECEITUÁRIOS
tipos de receituários 
· Receituário profissional (comum): Para medicamentos não controlados em geral.
· Este receituário deve ter cor branca, e conter os dados do profissional de saúde
· Cabeçalho: Im presso, contendo nome e endereço do Cirurgião Dentista ou da instituição onde trabalha; e o número do CRO
· A especialidade também pode ser indicada;
· Superinscrição: Identificação do paciente, com nome e endereço;
· Começa se a prescrição com os termos: “Uso Oral”, “uso interno”, “uso intramuscular”, “uso externo”
· Inscrição: Nome do fármaco quantidade por unidade posológica e a forma farmacêutica
· Subinscrição: Quantidade de medicamento que deve ser fornecido ao paciente. No caso de medicamentos controlados, deve se escrever em algarismos arábicos e, em seguida, por extenso entre parênteses. Tem se o hábito de expressar a quantidade total em número de embalagens ( caixa)
· Adscrição: Esta é a parte onde o profissional orienta o paciente quando ao modo de usar o medicamento, a frequência de uso e sua relação com horário do dia ou com as refeições etc.
· As explicações são dadas oralmente, ao final da consulta, e ratificadas por escrito na prescrição.
· É importante ler junto ao paciente e certificar se de que as instruções foram claramente entendidas.
· Data, assinatura e carimbo: Esses elementos finalizam formalmente a receita, e na ausência de algum deles, o medicamento não é dispensado ao paciente
prescrição medicamentosa (CRosp)
· A receita faz parte da documentação odontológica e deve ser encarada como um documento odontolegal.
· Na elaboração do Receituário Profissional, deve constar obrigatoriamente o que estabelece o capítulo XIV do Código de Ética, nos artigos da Seção I, quanto a impressos. É obrigatório: o nome do profissional, meios de comunicação ao profissão (Cirurgião Dentista) o número de inscrição no Conselho Regional de Odontologia (CRO).
· É facultativo (não obrigatório) informar: a expressão clínico geral;
as especialidades nas quais o CD esteja inscrito os títulos de formação acadêmica stricto sensu, lato sensu; horário de trabalho, convênios, credenciamentos e atendimento domiciliar logomarca e ou logotipo;
· Do ponto de vista legal, a receita deve seguir algumas normas: deve constar o nome completo do paciente, por extenso; deve constar a via de administração da droga; o nome comercial da droga deve ser grafado corretamente entre o nome comercial da droga e a quantidade indicada deve vir um traço sobre o qual deve ser especificada a concentração do medicamento; nome genérico da droga; em relação à indicação, deve se considerar a quantidade 1 cápsula), o intervalo (de 8 em 8 horas) e o tempo (durante 7 dias) deve ser datada e assinada se sobrar espaço em branco, deve ser anulado com um risco
tipos de receituário
· Receituário TIPO A: Para medicamentos controlados, em geral de uso hospitalar (ex morfina), o receituário tem cor amarela e é fornecido por especialistas
· O CD pode também receitar psicotrópicos Portaria
SVS/MS 344 98
· Para alguns psicotrópicos (ex ritalina), o receituário tipo A também pode ser em forma de talonário, sendo que a prescrição é retida para controle da Secretaria de Vigilância Sanitária
· Receituário TIPO B: Para medicamentos sob controle da ANVISA, como ansiolíticos,
( tem cor azul e apresenta se em talonário, sendo a prescrição retida para controle
· O CD está apto a prescrever ainda os ansiolíticos ( inclusive os prescritos através da notificação de receita B (que são os benzodiazepínicos como o diazepam (Valium® bromazepan (Lexotan® alprazolam (Frontal® lorazepam (Lorax® e outros do mesmo grupo)
· Para providenciar a licença para imprimir o receituário azul necessário, procurar a ANVISA, munido de RG, carteira de CRO e carimbo.
· O bloco do receituário azul deve ser feito em uma gráfica, conforme o modelo fornecido pela ANVISA.
· Receituário de controle especial: Para controle da ANVISA, por exemplo, a codeína, o receituário tem cor branca, e a prescrição deve ser emitida em duas vias, sendo que uma delas é retida
· Esse tipo de prescrição também pode ser feita no próprio talonário ou em formato padrão
prevenção e controle da dor
IMUNIDADE INATA ( OU NATURAL)
· Resposta natural
· 1ª linha de defesa: BARREIRAS
· 2ª linha de defesa: INFLAMAÇÃO, FEBRE
· Inespecífica 
· Não possui memória imunológica
· Rápida
· Barreiras e Inflamação
INFLAMAÇÃO
5 SINAIS CARDINAIS DA INFLAMAÇÃO
· Calor
· Rubor
· Tumor
· Dor 
· Perda de função
- INFLAMAÇÃO: toda intervenção cirúrgica odontológica provoca destruição tecidual, gerando respostas inflamatórias agudas
- PROCEDIMENTOS POUCO INVASIVO: analgésico de ação periférica 
- INTERVENÇÕES MAIS COMPLEXAS: analgésico de ação periférica ou central + anti-inflamatório
- MECANISMO DA DOR INFLAMATÓRIA: nociceptores estimulados por uma ameaça em potencial ao organismo 
- A HIPERALGESIA É CAUSADA PELA: 
- Maior entrada de Ca nos nociceptores, propiciando maior estimulação de monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) no tecido neuronal 
- Essas alterações provém de alterações bioquímicas deocorrentes de mediadores químicos originários de células envolvidas nos processos inflamatórios, OS AUTACOIDES 
ACIDO ARAQUIDÔNICO:
- O ácido araquidônico dará origem aos produtos, como prostaglandinas, leucotrienos, que farão maior quantidade de Ca entrar nos nociceptores
- A liberação do Ácido Araquidônico ocorre através da ativação da enzima fosfolipase 
- O Ácido Araquidônico sofre também ação das enzimas cicloxigenases e o da lipoxigenases, produzindo autacoides, e assim HIPERALGESIA
A VIA CICLOXIGENASE (COX)
- A síntese de prostaglandinas é medida por uma família de enzimas chamadas de ciclo-oxigenases (COXs)
- A COX 1 e a COX 2 estão presentes em diversos órgãos.
- A COX 1 faz parte da constituição do TGI, sendo associada a produção do muco protetor e inibição da secreção gástrica.
- PORTANTO DROGAS QUE INIBEM ESSA ENZIMA CAUSAM DISTÚRBIOS DIGESTIVOS!!!
- Nas plaquetas, a COX 1 está associada a síntese de tromboxano, substância que favorece adesão plaquetária, portanto a inibição está associada ao sangramento cutâneo e no TGI.
- A COX 2 também está presente em muitos tecidos, e está aumentada em processos inflamatórios, tanto nas articulações, como no endotélio vascular e tecido renal.
- A inibição pode levar a problemas cardiovasculares, e trombose cerebral.
A VIA 5-LIPOXIGENASE (LOX)
- Nesta via de metabolização do Acido Araquidônico, são gerados autacoides denominados leucotrienos.
- Os leucotrienos estão envolvidos no processo da hiperalgesia e como um potente quimiostático para neutrófilos.
tipos de anti-inflamatórios e analgésicos 
AINES ( Anti-inflamatórios Não Esteroidais) 
- Fármacos que inibem a síntese da CICLOXIGENASE (COX)
- AINES INIBIDORES COX 1 E COX 2:
- Ácido acetilsalicílico (AAS): atividade anti-térmica e analgésica 
- Diclofenaco
- ibuprofeno 
Classificação dos AINEs mais comumente empregados na Clínica Odontológica, com base na seletividade sobre a cicloxigenase-2 (COX2)
	AÇÃO FARMACOLÓGICA
	NOME GENÉRICO
	Inibidores não seletivos para a COX-2
	Ibuprofeno, Cetoprofeno, Diclofenaco, Cetorolaco, Piroxicam e Tenoxicam
	Inibidores seletivos para a COX-2
	Etoricoxibe, Celecoxibe, Meloxicam e Nimesulida 
AINES INIBIDORES COX-1 E COX-2 – EFEITOS ADVERSOS:
- Irritação gastrointestinal
- Gastrites, úlceras, náuseas, vômitos
- Hipersensibilidade
- Asma
- Reação anafilática
- Inibição da agregação plaquetária (Maior sangramento)
- Gestantes?
- Diabéticos?
- Hipertensos?
AINES INIBIDORES DE COX-2
- Coxibes (celecoxibe, rofecoxibe, valdecoxibe, parecoxibe,etoricoxibe e lumiracoxibe)
- A vantagem era a seletividade da COX-2
- A COX-2 também está presente em muitos tecidos, e está aumentada em processos inflamatórios, tanto nas articulações, como no endotélio vascular e tecido renal. Porém, a inibição pode levar a problemas cardiovasculares, e trombose cerebral 
AINES INIBIDORES DE COX-2 – EFEITOS ADVERSOS 
- Eventos cardiovasculares
- Hipertensão
- Insuficiência rena
-Edema periférica
- Urticárias
- Reações alérgicas
- Redução de reparação óssea
- Contrações uterinas
- Deve ser evitados em pacientes hipertensos, ou deve se usar o menor tempo possível!
PROTOCOLOES DOS AINEs 
- Indicados para controle de dor aguda moderada a severa
- Analgesia preventiva (administrada ao final do procedimento, ainda sob efeito de anestesia)
- *USO EM CRIANÇAS: IBUPROFENO
DURAÇÃO DO TRATAMENTO
- Período máximo de 48 a 72 horas (3 dias)
PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
- O uso dos coxibes deve ser considerado exclusivamente para pacientes com risco aumentado de sangramento gastrointestinal, mas sem risco de doença cardiovascular.- Não há estudos que mostram segurança em usar inibidores de COX 2 em pacientes menores de 18 anos
PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES
- Na prescrição de inibidor de COX 2, deve se usar a menor dose possível no menor tempo possível
- É contraindicado o uso de AINEs em pacientes que fazem uso contínuo de antiagregantes plaquetários, potencializando o efeito anticoagulante e provocando hemorragia.
- Todos os AINES podem causar retenção de líquido, e aumento da pressão arterial
POSOLOGIA DOS AINEs
corticosteróides
FÁRMACOS QUE INIBEM A AÇÃO DA FOSFOLIPASE A2
- Anti-inflamatórios Esteroidais (AINES)
- CORTICOSTERÓIDES
- CORTICÓIDES
- Análogos sintéticos da nossa molécula de
cortisona (hormônio anti-inflamatório)
AÇÃO INIBITÓRIA DA ENZIMA FOSFOLIPASE
- Redução do Acido Araquidônico, fazendo com que haja menor produção de AUTACÓIDES (PROSTAGLANDINAS E LEUCOTRIENOS), relembrando que estas são substâncias inflamatórias.
- Essa propriedade terapêutica de reduzir
dramaticamente a resposta inflamatória e suprimir a imunidade é a mais importante.
- Diminuição e a inibição dos linfócitos e macrófagos.
- Em termos clínicos, a administração de corticoesteróides tem efeitos paliativos, pois a
causa permanece e as manifestações anti
inflamatórias são meramente suprimidas.
- São também utilizados no tratamento dos sintomas das reações alérgicas a fármacos, soro e transfusões, da asma brônquica e da rinite alérgica.
USO DE CORTICOSTERÓIDES NA ODONTOLOGIA 
- Indicados para PREVENIR a hiperalgesia e
controlar o edema inflamatório em casos de
intervenções específicas (exodontias de inclusos, implantes múltiplos, enxertos)
- Dexametasona e Betametasona são os mais usados
- Analgesia Preemptiva : 4 a 8 mg, 1 hora antes do procedimento.
VANTAGENS 
- Quando usados em dose ÚNICA (pré operatória) OU TEMPO RESTRITO, há benefícios, como:
- Não alteram a ação plaquetária, diminuindo risco de hemorragia pós operatória.
- Redução dos efeitos alérgicos provocados pelos leucotrienos
- Mais seguros em GESTANTES, LACTANTES, HIPERTENSOS, DIABÉTICOS, NEFROPATAS, HEPATOPATAS.
CONTRAINDICAÇÕES 
- Incapacidade de produção do próprio cortisol, pela atrofia da adrenal
- Osteoporose
- Perda da massa muscular, fraqueza
- Cataratas no olho
- Obesidade
- Euforia alternada com depressão
- Retenção de líquido
- Pacientes imunodeprimidos
ANALGÉSICOS 
DIPIRONA
- Eficaz e seguro na Odontologia
- Diminui a pressão arterial em administrações parenterais
- Nos 3 primeiros meses e nas últimas 6 semanas da gestação a dipirona deve ser evitada. Mesmo fora desse período, a dipirona não é indicada para gestantes
- Pode causar AGRANULOCITOSE (acentuada queda na taxa de granulócitos no sangue, causando maiores taxas de infecção devido a queda das células de defesa) Anemia, leucopenia
- Não indicados a pacientes alérgicos a derivados de pirazolônicos ( aminopirinas, dipironas)
- Crianças menores de 3 meses ou pesando menos de 5 kg (prejudica função renal)
- Condições circulatórias instáveis (PA 10 mmHg)
- Distúrbios hematopoiéticos
- Hipersensibilidade
- Choque anafilático
Quando isto ocorrer suspender o tto, colocar o paciente deitado com as pernas elevadas e as vias aéreas livres Diluir 1 mL de adrenalina 1 1000 em 10 mL de água para injeção e aplicar 1 mL desta diluição por via endovenosa, e a seguir, uma dose de glicocorticoide
PARACETAMOL 
- Inibe a síntese de prostaglandinas no SNC e na periferia por meio da inibição da ciclo oxigenasse (COX 3 levando a analgesia
- Inibe a síntese de prostaglandinas no HIPOTÁLAMO, regulando a temperatura, então também é anti térmico
- Seguro para gestantes e lactantes
- HEPATOXICIDADE: Pode causar danos ao fígado, no entanto, é seguro até 3,25 g/dia em adultos.
- Evitar uso concomitante do paracetamol com álcool ou outras substâncias
- Contraindicado para pacientes que fazem uso do anticoagulante Varfarina Sódica, pelo risco de provocar hemorragia
IBUPROFENO 
- Dar em menores doses para obter apenas efeito analgésico 200 mg)
- Contraindicado para pacientes com história de gastrite ou úlcera
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
- Ação CENTRAL (se ligam a receptores opioides e inibem a recaptação da norepinefrina e serotonina) da mesma forma que a endorfina atua, aliviando a dor
- Codeína e Tramadol
- Seu início ocorre 1 h após a administração de uma dose de 50 mg
EFEITOS ADVERSOS 
- Náuseas
- Constipação intestinal
- Vômito
- Alterações de humor
- Sonolência
- Depressão respiratória
- Evitar em pacientes idosos, hepatopatas, nefropatas, e portadores de depressão respiratória.
ANALGÉSICOS – POSOLOGIA 
ANTIBIÓTICOS 
- Os antibióticos devem ser considerados apenas como auxiliares na terapêutica das infecções, destruindo os microrganismos (ação bactericida) ou apenas impedindo sua reprodução (ação bacteriostática).
- Os antibióticos são substâncias químicas, obtidas de microrganismos vivos ou de processos semissintéticos, que têm a propriedade de inibir o crescimento de microrganismos patogênicos ou destruí-los.
ANTIBIÓTICOS CLASSIFICAÇÃO
- Ação biológica
- Bactericidas: causam a morte dos MO
- Bacteriostáticos: inibem o crescimento e a multiplicação dos MO sensíveis, sem destruí-los
ANTIBIÓTICOS- ESPECTRO DE AÇÃO
- Ação principal contra bactérias GRAM positivas:
penicilina G, penicilina V, macrolídeos , lincosaminas , rifamicina ,vancomicina 
- Ação principal contra bactérias GRAM Negativas: quinolonas ciprofloxacina , levofoxacina ) em aminoglicosídeos (gentamicina).
- Ação similar contra bactérias GRAM
Positivas e GRAM Negativas: ampicilina, amoxicilina, cefalosporinas, tetraciclinas.
- Ação contra bactérias Anaeróbias: penicilinas, clindamicina, tetraciclinas, metronidazol (especialmente contra bacilos gram negativos).
- Ação contra Espiroquetas: penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas.
- Ação sobre Fungos: nistatina , cetoconazol
ESPECTRO DE AÇÃO
ANTIBIÓTICOS – MECANISMO DE AÇÃO
- Os antibióticos de uso odontológico podem ser divididos em três grupos: os que atuam na parede celular, na síntese de proteínas ou na síntese de ácidos nucleicos
- O ideal seria que tivessem máxima toxicidade seletiva, atingindo apenas o MO invasor, sem causar dano ao hospedeiro.
ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA PAREDE CELULAR:
- Esses medicamentos inibem a síntese da parede celular . Esses medicamentos agem mais nas Gram Positivas, pois as gram negativas possuem parede celular fina, porém muito mais complexas.
- Esse processo acontece durante a divisão celular (reprodução assexuada: fissão binária)
- Bactericidas
Ex: Penicilinas, Cefalosporinas, Vancomicinas (restrito a ambiente hospitalar), Ácido clavulânico
ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA SÍNTESE PROTEICA: 
- Eles agem dificultando a tradução da informação genética que permite a síntese proteica.
- Bacteriostáticos (impedem reprodução e crescimento)
- Ex : Tetraciclinas, Lincosamidas (Clindamicina), Macrolídeos (azitromicina), Aminoglicosídicos
ANTIBIÓTICOS QUE ATUAM NA SÍNTESE DOS ÁCIDOS NUCLEICOS :
- Penetra nas bactérias aeróbias e anaeróbias , intoxicando ase interrompendo a síntese de DNA
- Bactericidas
-Ex : Metronidazol , Quinolonas ex : ciprofloxacina
RESISTÊNCIA BACTERIANA 
- Os antibióticos podem causar toxicidade ou alergia, iniciar uma superinfecção ao selecionar bactérias resistentes, promover a expressão de genes latentes de resistência ou estimular a transferência de genes de resistência para espécies suscetíveis.
- Superbactérias ex. KPC
- Um mecanismo comum de resistência é o de mutações e modificação do alvo que resultam em redução de afinidade do fármaco. Ex : os que alteram sítios ribossomais
- Pode tb haver modificação e degradação do fármaco por enzimas, impedindo a ligação do fármaco com o sítio alvo. Ex: Betalactamases , que inativam antibióticos betalactâmicos
ANTIBIÓTICOS DE USO ODONTOLÓGICO
BETALACTÂMICOS 
- São assim chamados por possuírem um anel betalactâmico em sua estrutura química.
- Atuam na parede celular
- Constituem uma ampla classe de antibióticos:
Ex: Penicilinas, Cefalosporinas, Clavulanato de Potássio
PENICILINAS 
- São compostos naturais ou semissintéticos que têm em comum, como núcleo molecular, o ácido 6 aminopenicilânico.
- Bactericida
- Bactérias aeróbias, anaeróbias estritas e facultativas
- EFEITOS ADVERSOS DA PENICILINA 
- Tontura
- Dor abdominal 
- Náuseas 
- Vômito
- Diarréia
PENICILINA SEMISSINTÉTICA – PENICILINA V
-A Fenoximetilpenicilina potássica
-N De espectro reduzido, age muito bem contra os estreptococos gram positivos que em geral dão início aos processos infecciosos bucais.
- De especial interesse é sua apresentação comercial no Brasil, ou seja, comprimidos com 500 mil Unidades Internacionais (UI), equivalentes a 325 mg.
AMPICILINA E AMOXICILINA 
- São discretamente menos ativas do que a penicilina V com relação aos cocos gram positivos, mas, em compensação, seu espectro é estendido aos cocos e bacilos gram negativos.
- Por não serem inativadas pelo suco gástrico, podem ser administradas por via oral.
- A amoxicilina é mais bem absorvida por via oral e não sofre modificações no organismo, em relação a ampicilina.
- Cerca de 90% da dose usual de amoxicilina são absorvidos, mesmo na presença de alimentos no trato digestório.
- A amoxicilina no soro e nos tecidos são quase duas vezes maiores do que as da ampicilina, o que permite seu emprego em intervalos de 8 h em vez de 6 h.
- Embora a amoxicilina seja o antibiótico mais prescrito pelos dentistas, a penicilina V ainda é tida como a penicilina mais segura e ainda muito eficaz contra as bactérias causadoras de infecções bucais em fase inicial.
- Amoxicilina: Em concentrações de 500 mg, utiliza se de 8 em 8 horas
- Ampicilina: em concentração de 500mg, utiliza-se de 6 em 6 horas
 INATIVADORES DAS BETALACTAMASES
- As penicilinas G e V, a ampicilina e a amoxicilina não são eficazes no tratamento de infecções bucais causadas por bactérias que produzem betalactamases
- Para combater essas bactérias, os laboratórios farmacêuticos criaram a associação de penicilinas com substâncias que inativam a ação enzimática das betalactamases .
- EX: CLAVULANATO DE POTÁSSIO
CEFALOSPORINAS 
- São bactericidas
- Espectro de ação um pouco mais aumentado em relação às penicilinas. São menos sensíveis à ação das betalactamases
- As cefalosporinas são classificadas de acordo com sua ordem cronológica de produção e também com base no espectro de atividade contra bacilos gram negativos, que vai aumentando da primeira para a quarta geração.
1ª geração: cefadroxil , cefalexina , cefalotina ,
cefazolina .
2ª geração: cefaclor , cefuroxima , cefoxitina .
3ª geração: ceftriaxona , ceftazidima .
4ª geração: cefepima , cefpiroma
EFEITOS ADVERSOS DA CEFALOSPORINA
 - São nefrotóxicas se empregadas em altas doses e por tempo prolongado.
AMINOGLICOSÍDICOS 
- Bactericidas ativos contra aeróbias Gram negativas e algumas gram positivas.
- São praticamente inativas em meio anaeróbio.
- Via parenteral
- Diversos efeitos colaterais: SNC, rins, orelha interna (equilíbrio e audição)
- Ex : Estreptomicina, Neomicina, Gentamicina
MACROLÍDEOS 
- Apresentam ótima absorção e biodisponibilidade, quando administrados por via oral.
- Distribuem se para a maioria dos tecidos, com o pico de concentração plasmática sendo atingido 2 3 h após a tomada do medicamento.
- São excretados através da urina e da bile.
- Eritromicina, Espiramicina , Azitromicina
- Os macrolídeos possuem espectro de ação similar ao das penicilinas.
- A produção de betalactamases não tem efeito sobre a atividade antibacteriana da azitromicina.
- São bacteriostáticos.
MACROLÍDEOS – AZITROMICINA 
-São macrolídeos com espectro de ação aumentado em relação à eritromicina, indicados para pacientes alérgicos às penicilinas no tratamento das infecções bucais ainda em fase inicial.
- Em razão de uso indiscriminado, especialmente na área médica, tem aumentado o número de cepas bacterianas resistentes à azitromicina.
EFEITOS ADVERSOS DA AZITROMICINA 
- Tanto a eritromicina quanto a claritromicina são potentes inibidores irreversíveis de algumas enzimas do sistema microssomal hepático.
- Aparentemente, nenhuma interação de significância clínica parece ocorrer entre esses fármacos e a azitromicina.
LICOSAMINAS 
CLINDAMICINA 
- É muito bem absorvida por via oral e atravessa facilmente as barreiras teciduais, apresentando a propriedade de penetrar no interior dos macrófagos e leucócitos polimorfonucleares, o que explica sua alta concentração em abscessos.
- É biotransformada pelo fígado e excretada na bile . Por essa razão, a relação risco/benefício de seu emprego deve ser bem avaliada em pacientes com alterações da função hepática e biliar.
- Bacteriostática
-Seu espectro de ação é semelhante ao das penicilinas, com a diferença que atingem o Staphylococcus aureus e outras bactérias produtoras de penicilinases .
- Também atuam contra bacilos anaeróbios gram negativos, como o Fusobacterium nucleatum
EFEITOS ADVERSOS DA CLINDAMICINA 
- Diarréia grave, colite e vômito
- Atravessa a placenta ??
TETRACICLINAS 
- De interesse para a clínica odontológica, apenas a doxiciclina e a minociclina , que possuem ótima absorção por via oral.
- Seu espectro de ação é mais amplo do que o das penicilinas e o dos macrolídeos .
- Agem em infecções causadas por Actinomyces , Actinobacillus , Fusobacterium , Clostridium, Propionibacterium , Eubacterium e Peptococcus .
- São bacteriostáticas.
REAÇÕES ADVERSAS 
- Distúrbios gastrintestinais, incluindo anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, ulcerações da boca e irritação da região perianal.
- Devem ser empregadas com precaução em pacientes com histórico de doença hepática ou renal.
- As tetraciclinas se depositam sob a forma de um ortofosfato complexo nos ossos e dentes, durante o desenvolvimento, provocando como resultado manchas marrons e hipoplasia de esmalte dental.
- Em vista disso, as tetraciclinas não podem ser administradas durante a gravidez e devem ser evitadas em crianças no estágio de desenvolvimento ósseo e dental.
METRONIDAZOL
-É muito bem absorvido por via oral, atravessando as barreiras teciduais rapidamente e em grandes concentrações, sendo distribuído na saliva e no fluido do sulco gengival (Gengivites e Periodontites).
- Após metabolização hepática, é eliminado pela via renal.
- É bactericida e seu espectro de ação atinge praticamente todos os bacilos anaeróbios gram negativos.
- Não age contra bactérias aeróbias e microaerófilas
EFEITOS ADVERSOS DO METRONIDAZOL
- Gosto metálico, dor estomacal, náuseas e vômitos
- Pode potencializar o efeito dos anticoagulantes 
- Sua interação com álcool é grave, ocorrendo desconforto abdominal, rubor, vômitos e cefaleia 
QUINOLONAS
- Bactericidas para tratamento de infecções do trato urinário, osteomielite.
- Deste grupo de antibióticos, os mais citados para uso odontológico são ciprofloxacina e levofloxacina
QUANDO PRESCREVER OS ANTIBIÓTICOS?
USO TERAPÊUTICO
- Os antibióticos têm sido prescritos pelo período de 5 10 dias.
- Usado quando o paciente apresentar sinais como edema pronunciado (celulite), limitação da abertura bucal, linfadenite , febre, taquicardia, faltade apetite, disfagia ou mal estar geral, indicativos de que as defesas imunológicas do hospedeiro não estão conseguindo, por si só, controlar a infecção.
SELEÇÃO DO ANTIBIÓTICO
- A fenoximetilpenicilina (penicilina V) 
- Ampicilina ou a amoxicilina ainda são bastante eficazes contra cocos aeróbios gram positivos e bacilos anaeróbios gram negativos
- AMOXICILINA 8 EM 8 horas
- AMOXICILINA 12 EM 12 horas
- AMPICILINA 6 EM 6 HORAS
- As cefalosporinas não devem ser consideradas como a primeira escolha no tratamento das infecções odontológicas, em nível ambulatorial.
- São reservadas para a profilaxia cirúrgica em cirurgias ortognáticas ou para o tratamento de infecções graves na região da cabeça e pescoço (em ambiente hospitalar).
SELEÇÃO DO ANTIBIÓTICO
- São também empregadas na profilaxia da endocardite bacteriana , como alternativa às penicilinas em pacientes alérgicos, de acordo com as recomendações atuais da American Heart Association (AHA).
- O metronidazol é extremamente eficaz contra os bacilos anaeróbios gram negativos, sendo de muita utilidade no tratamento de infecções bacterianas agudas como as pericoronarites , os abscessos periapicais e a gengivite ulcerativa necrosante, sendo geralmente associado às penicilinas ou cefalosporinas.
- A escolha pela associação da amoxicilina ou ampicilina a um inibidor de betalactamases clavulanato de potássio, sulbactam sódico, etc.) não deve ser uma prática comum em odontologia, devendo se reservar seu uso para aquelas infecções que não respondem clinicamente ao tratamento com as penicilinas (isoladamente ou associadas ao metronidazol), ou quando se identificar a presença de bactérias produtoras de betalactamases penicilinases ), por meio de culturas microbiológicas.
- Atualmente, a claritromicina e a azitromicina são os antibióticos de escolha no tratamento dos abscessos periapicais agudos, em pacientes com história de alergia às penicilinas.
- Além do mais, o emprego da claritromicina e da azitromicina está associado a uma menor incidência de efeitos adversos gastrintestinais, outro inconveniente da eritromicina.
- A clindamicina geralmente é selecionada para o tratamento de infecções mais avançadas, na clínica odontológica.
- Seu emprego deve ser criterioso, por se constituir muitas vezes na primeira alternativa de escolha aos alérgicos às penicilinas, seja no tratamento de infecções graves (às vezes em ambiente hospitalar) ou na profilaxia da endocardite bacteriana. Seu uso indiscriminado, em odontologia, só irá contribuir para a seleção de bactérias resistentes. Normalmente é empregada de forma isolada, sem necessidade de associação com o metronidazol.
- As tetraciclinas são efetivas contra muitas espécies anaeróbias, mas sua eficácia tem diminuído devido ao aparecimento de algumas espécies resistentes.
- Das tetraciclinas disponíveis no mercado farmacêutico, a doxiciclina é a mais empregada na clínica odontológica. Seu uso está restrito ao tratamento das periodontites agressivas ou crônicas, como alternativa aos pacientes alérgicos às penicilinas ou que apresentam efeitos adversos ao metronidazol.
DOSAGEM E INTERVALO
- As doses e os intervalos entre as doses devem ser estabelecidos em função da gravidade da infecção e das condições gerais do hospedeiro.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO - INFECÇÃO AGUDA
- 3 a 5 dias
- 7 a 10 dias
DURAÇÃO DO TRATAMENTO - INFECÇÃO CRÔNICA
- 7 dias 8 dias
POSOLOGIA
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
GESTANTES:
- As penicilinas, as cefalosporinas, a eritromicina , a azitromicina e a clindamicina são antibióticos considerados seguros para uso clínico em pacientes grávidas.
- As tetraciclinas e as eritromicinas são contraindicados em qualquer período da gestação, enquanto o metronidazol deve ser evitado apenas no 1 º trimestre da gravidez.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
IDADE:
- Os pacientes idosos podem apresentar diversas alterações funcionais degenerativas, requerendo normalmente uma redução nas doses ou um aumento dos intervalos com os antibióticos primariamente excretados pelos rins, como é o caso das penicilinas e das cefalosporinas.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
DISFUNÇÕES HEPÁTICAS:
- Interferem no metabolismo de alguns antibióticos. Na presença de doença hepática severa, as doses de metronidazol e de eritromicina devem ser diminuídas.
DISFUNÇÕES RENAIS:
- As penicilinas, a clindamicina e o metronidazol devem ser usados com precaução. As cefalosporinas só devem ser empregadas após troca de informações com o nefrologista. As tetraciclinas estão contraindicadas na presença de doença renal.
USO PROFILÁTICO
- O uso profilático de antibióticos em odontologia pode ser instituído com o objetivo de prevenir infecções na própria região operada (profilaxia cirúrgica) ou na prevenção de infecções à distância, em pacientes suscetíveis.
- Profilaxia cirúrgica: Prevenir infecções decorrentes de intervenções como remoção de terceiros molares inclusos, cirurgias periodontais, implantes
- Se as medidas de assepsia e antissepsia forem seguidas a risca, a profilaxia não é necessária, a não ser que o sistema imune do paciente esteja comprometido.
- Profilaxia de infecções a distância: Somente é indicado para pacientes que apresentam determinadas patologias ou condições de risco, quando há expectativa de bacteremia transitória decorrente de intervenções odontológicas invasivas ( ex : cardiopatias
- Endocardite infecciosa: alteração inflamatória proliferativa do endocárdio causada pela infecção de MO cujo índice de mortalidade ainda é alto, mesmo após o advento dos antibióticos.
- Condições de risco para endocardite infecciosa:
- Portadores de próteses valvares cardíacas
- História prévia de endocardite
- Valvopatia adquirida em pacientes transplantados cardíacos
- Portadores de cardiopatias congênitas
- Expectativa de Sangramento excessivo
- Má higiene dentária e periodontal.
USO PROFILÁTICO - PROTOCOLO
- Amoxicilina 2 g 1 hora antes (adulto)
- Amoxicilina 50 mg/kg 1 hora antes (criança)
- Clindamicina 600 mg 1 hora antes (adulto)
- Cefalexina 2 g 1 hora antes (adulto)
- Cefalexina 50 mg/kg 1 hora antes (criança)
- Azitromicina 500 mg 1 hora antes (adulto)
- Azitromicina 15 mg/kg 1 hora antes (criança)
RESPEITAR O INTERVALO DE DOSES E DIAS!!!
- As penicilinas, por exemplo, por atuarem na síntese da parede celular bacteriana, requerem que as bactérias se encontrem em processo de divisão celular e devem estar continuamente presentes no local infectado, uma vez que as bactérias se dividem em tempos e quantidades diferentes.
- É importante lembrar que os antibióticos não causam mutação em microrganismos, nem induzem o aparecimento de qualquer nova característica na bactéria. O que acontece é que os antibióticos exercem a chamada pressão seletiva, ou seja, em contato com bactérias, eles matam ou impedem o crescimento de cepas sensíveis, e as resistentes sobrevivem. Com o uso frequente, essa seleção leva ao predomínio das cepas que sobreviveram, multiplicaram se e agora são maioria. Portanto, fica claro por que, em ambientes hospitalares ou comunidades sem qualquer controle no uso de antibióticos, o aparecimento de cepas multirresistentes é mais frequente e complexo.

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