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Fundoscopia: Anatomia e Patologias

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Fundoscopia 
Revisão da anatomia 
OBS.: rima 
neural = 
corresponde aos 
axônios das 
células 
ganglionares da 
retina. 
Se a escavação 
papilar (espaço 
vazio do meio) 
aumentar de 
tamanho, 
significa que a 
rima neural está 
diminuindo →As 
células 
ganglionares 
estão morrendo 
→ Glaucoma. 
A alta definição da fóvea é devido a grande 
quantidade de fotorreceptores. 
• Quando a fundoscopia é indicada? Deve ser 
rotina no exame oftalmológico. Além disso, 
utiliza-se quando há baixa visual a esclarecer, 
suspeita de hipertensão intra-craniana e 
vasculopatias (HAS, DM). 
Tipos de exame 
Oftalmoscopia indireta 
• Feita no consultório 
• A imagem sai invertida 
Oftalmoscopia direta 
No exame normal: 
Vemos o contorno e a rima do nervo óptico. Avaliar 
coloração (roseo-alaranjado), olhar a escavação 
papilar (região pálida central) 
Olhar a os vasos: a relação arterio-venosa (artéria 
deve ser 2/3 da veia correspondente), calibre e 
contorno dos vasos, cor, cruzamentos arterio-
venosos) 
Olhar a mácula e a retina: pedir para olhar para luz 
e dá para ver a fóvea (colororação, depressão 
foveal, zona avascular) 
Principais patologias 
Edema de nervo óptico 
• Não dá para ver bordas nitidamente, estão 
irregulares 
• Se for de um olho só: Podemos pensar em 
uma neurite. 
• Se for dos 2 olhos: Fala a favor de um 
papiledema → aumento da pressão intra-
craniana 
Escavação muito grande 
Deve ter uma escavação de 0,8 a foto de baixo → 
suspeita 
de 
glaucoma 
Rima neural pequenina 
Tem uma escavação muito grande também. 
Só dá para ver a esclera. 
Chance enorme de ser glaucoma. 
Retinopatia hipertensiva 
 
Na foto de cima, dá para ver um estreitamento 
arteriolar → primeiro achado de retinopatia 
hipertensiva. O problema disso é que há aumento 
das chances de fazer um evento tromboembólico. 
Facilita surgimento de arteriosclerose. 
Essa aterosclerose pode evoluir para aumento do 
reflexo → fio de cobre → fio de prata. Ou, pode 
fazer compressão arteriovenosa → cruzamento A-
V patológico. 
Nessa foto, temos as áreas branquinhas → 
exsudatos algodonosos = áreas de infarto da 
retina (a pressão está tão alta que faz um infarto 
da retina). Esses 2 pontinhos vermelhos são 
hemorragias. 
Esse vaso que está embaixo está esbranquiçado 
→ deposição de material hialino na camada média 
do vaso → é a artéria em fio de cobre. 
Esse outro vasinho está mais branco ainda → 
significa que não tem mais fluxo sanguíneo → é o 
vaso em fio de prata, por conta da hipertensão 
arterial. 
Cruzamento AV patológicos 
• A arteríola e a vênula compartilham a 
adventícia onde existe o cruzamento AV. 
Existem 3 patológicos: 
Apagamento da vênula → sinal de Gunn 
• Quer dizer que estão se comprimindo quando 
se cruzam 
Deflexão da vênula → sinal de Sallus 
• Forma tipo um cotovelo quando passa pela 
artéria. 
• Significa que nesse ponto está tendo uma 
compressão 
Dilatação da vênula → sinal de Bonnet 
 
Classificação da retinopatia hipertensiva 
Grau 1: Tem estreitamento e alteração do reflexo 
arteriolar. 
Grau 2: Há aumento reflexo e estreitamento do 
cruzamento AV patológico → já tem o sinal de 
Sallus. 
Grau 3: Arteríola em fio de cobre e cruzamento AV 
patológico → sinais de Gunn e de Bonnet. Pode 
dar para ver hemorragias retinianas e exsudatos 
algodonosos. 
Grau 4: Artéria em fio de prata. Pode ter 
papiledema. 
Retinopatia diabética 
É a maior causa de cegueira reversível entre os 
20-65 anos 
Quais os fatores de risco? Tempo de doença; 
Controle glicêmico; Raça 
(negro>branco>japonês); Sexo; Gravidez; HAS; 
Tabagismo 
Tem presença de hemorragias, exsudato, 
microaneurismas. Pode ter a forma proliferativa de 
novos casos e não proliferativa. 
Não proliferativa 
Proliferativa 
Presença de neovasos. Esses neovasos podem 
romper, causar hemorragias e cegar o paciente. 
Cicatrizes maculares 
Maior causa? Toxoplasmose ocular. Sinal de roda 
de carroça 
Descolamento de retina 
Gel do humor vítreo passa a ser mais viscoso, e 
pode se soltar da retina

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