Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PSICOLOGIA APLICADO AO DIREITO ROTEIRO DE AULA: O QUE É PSICOLOGIA? Um breve percurso histórico quanto a formação da Psicologia enquanto ciência: Psicologia entre os Gregos, Império Romano e Idade Média, Renascimento e a Origem da Psicologia Científica Psicologia cientifica vs. Senso comum Objetos de estudo da Psicologia e fenômenos psicológicos O QUE É PSICOLOGIA? UM BREVE PERCURSO HISTÓRICO o Definição de Psicologia pode ser dada por sua origem grega: Ψυχολογία = Psyche + logia ➢ Psyche quer dizer alma ou mente e também era o nome da Deusa Psiquê; ➢ Logia vem de logos, que quer dizer: discurso, conhecimento, ciência. Psicologia é a ciência da mente. É a ciência que estuda a mente e o comportamento. IMPÉRIO ROMANO E IDADE MÉDIA: SÉC V - XV Aparecimento e desenvolvimento do Cristianismo. Psicologia relacionada com o conhecimento religioso. A igreja católica monopolizava o saber. A Igreja Católica monopolizava o saber e, consequentemente, o estudo do psiquismo. IMPÉRIO ROMANO E IDADE MÉDIA SANTO AGOSTINHO (354-430 D.C) • A alma era mais que razão, era manifestação divina no homem. Era imortal, e ligava o homem à Deus. • Inspirado em Platão, separava alma e corpo. • A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. • E, sendo a alma também a sede do pensamento, a Igreja passa a se preocupar também com sua compreensão. IMPÉRIO ROMANO E IDADE MÉDIA SÃO TOMÁS DE AQUINO (1225- 1274 D.C) • Ruptura da igreja católica, o aparecimento do protestantismo —transição para o capitalismo, com a revolução francesa e a revolução industrial na Inglaterra. • Questionamentos da Igreja e dos conhecimentos produzidos por ela. • O homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência. Somente Deus seria capaz de unir essência e existência. A busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus. • São Tomás de Aquino encontra argumentos racionais para justificar os dogmas da Igreja e continua garantindo para ela o monopólio do estudo do psiquismo. RENASCIMENTO SÉC XIII-XVII • Descoberta de novas terras, acúmulo de riquezas pelas nações em formação como França, Itália, Espanha, Inglaterra. • Dá-se, também, um processo de valorização do homem. • As transformações ocorrem em todos os setores da produção humana A REVOLUÇÃO COPERNICANA DO CONHECIMENTO A tradição antiga considerava que o mundo era limitado e a Terra se encontrava no centro do mundo. Sendo o Planeta Terra o centro de tudo, imóvel, tudo girava em torno dela. Esta teoria levava o nome de Geocentrismo. Copérnico surgiu então apontando que tais teorias estavam incorretas. O mundo não é finito, mas infinito O centro do universo não é ́ a Terra O Sol não é um planeta Os astros não são presos em esferas. Sol se move, mas não ao redor da Terra. A REVOLUÇÃO COPERNICANA DO CONHECIMENTO Deste modo, o sistema de Copérnico foi chamado de Heliocentrismo (em grego, helio = sol) e tais teorias fizeram uma grande revolução em sua época, já que modificaram ideias que toda a sociedade possuíam a respeito do funcionamento do planeta. Primeira ferida narcísica (segundo Freud): o golpe cosmológico De Copérnico. RENÉ DESCARTES (1596-1650) o Começam a se estabelecer métodos e regras básicas para a construção do conhecimento científico. o Postula a separação entre mente (alma, espírito) e corpo, afirmando que o homem possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina. o Torna possível o estudo do corpo morto, permitindo o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria Psicologia. INFLUÊNCIAS FISIOLÓGICAS A Fisiologia destaca o estudo do cérebro, onde se localizam as propriedades e as funções da alma. As influências da Fisiologia, na Psicologia, ocorrem em virtude das diferenças individuais dadas pelos fatores pessoais e sobre as quais não se tem controle. Trata-se da subjetividade influenciando na percepção dos fatores cognitivos. Os cientistas, no final do século XIX, passaram à investigação e ao estudo dos órgãos dos sentidos, através dos quais recebemos a informações acerca do mundo. Método experimental no campo da Psicologia - estudos sobre o comportamento, os movimentos involuntários, os reflexos, a memória, o desenvolvimento infantil, entre outros. CIÊNCIA MODERNA Influências Filosóficas o O Positivismo é uma corrente filosófica que tem como base a exaltação dos fatos. O conhecimento se afirma em uma verdade comprovada, utilizando o método experimental como um caminho para o pensamento científico, no qual a verdade comprovada é inquestionada. o A doutrina do Empirismo determinava que todas as pessoas, ao nascerem, o fazem sem saber de absolutamente nada, sem impressão nenhuma, sem conhecimento algum. Todo o processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido pela experiência, pela tentativa e erro. INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS Positivismo e empirismo converteram-se nos alicerces filosóficos de uma nova Psicologia, na qual os fenômenos psicológicos eram constituídos de provas factuais, observacionais e quantitativas. WILHELM WUNDT (1832-1926) O PAI DA PSICOLOGIA MODERNA OU CIENTÍFICA o Primeiro laboratório psicológico foi fundado pelo médico alemão Wilhelm Wundt, em 1879, em Leipzig, na Alemanha. o Seu interesse se havia transferido do funcionamento do corpo humano para os processos mais elementares de percepção e a velocidade dos processos mentais mais simples. o Esse laboratório formou a primeira geração de psicólogos preocupados com a Fisiologia. PSICOLOGIA CIENTÍFICA Passa a definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência) e delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia. Irá formular métodos de estudo e formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área. Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da metodologia científica, isto é, deve-se buscar a neutralidade do conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação, e o conhecimento deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisas na área. PRIMEIRAS ESCOLAS NA PSICOLOGIA Embora a Psicologia científica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avanço econômico que colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É nos EUA que surgem as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente. PRIMEIRAS ESCOLAS NA PSICOLOGIA: O ESTRUTURALISMO O estruturalismo de Edward Bradford Titchener (1867–1927) define a Psicologia como ciência da consciência ou da mente, definição herdada de Wundt. Mostra-nos que a mente seria a soma dos processos mentais. Edward Titchener - o objetivo da Psicologia seria a tarefa de descobrir quais são os elementos mentais, o conteúdo e a maneira pela qual se estruturam. Usa-se a introspecção para chegar a eles, que é o ato pelo qual o sujeito observa os conteúdos de seus próprios estados mentais, tomando consciência deles. Possíveis conteúdos mentais passíveis de introspecção - as crenças, as imagens mentais, memórias (sejam visuais, auditivas, olfativas, sonoras, táteis), as intenções, as emoções e o conteúdo do pensamento em geral (conceitos, raciocínios, associações de ideias). PRIMEIRAS ESCOLAS NA PSICOLOGIA: O FUNCIONALISMO Tem por base a afirmação de William James de que a consciência é subjetiva, está constante movimento de evolução, é seletiva na escolha dos inúmeros estímulos que a bombardeiam e tem como função principal a adaptabilidade dos indivíduos aos seus ambientes. Estudo dos processos conscientes não se limitava a uma descrição de elementos, conteúdos e estruturas.Na Psicologia, deveria haver espaço para as emoções, a vontade, os valores, as experiências religiosas e místicas — enfim, tudo o que faz cada ser humano único. PRIMEIRAS ESCOLAS NA PSICOLOGIA: O ASSOCIACIOSMO Thorndike (1874 - 1949) Formulação da primeira teoria da Aprendizagem Formulou a Lei do efeito - todo comportamento tende a se repetir se for recompensado. Se for castigado, tenderá a não ocorrer mais. Pensamento de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista (Behaviorismo). A aprendizagem se dá por um processo de associação de ideias. Para aprender uma coisa complexa, ela precisaria aprender primeiro as ideias mais simples. E, pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes. A PSICOLOGIA DO SÉCULO XX A Psicologia científica, que se constituiu de três escolas: • Associacionismo, • Estruturalismo e • Funcionalismo Foi substituída, no século XX, por novas teorias. • Behaviorismo ou Teoria (S-R) (do inglês behaviour — comportamento), • Gestalt e • Psicanálise. BEHAVIORISMO Iniciado com John Watson, ficou conhecido como Behaviorismo Metodológico. Tem um desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em função de suas aplicações práticas. Tornou-se importante por ter definido o fato psicológico, de modo concreto, a partir da noção de comportamento (behaviour). Burrhus F. Skinner publicou, em 1945, o livro Science and Human Behavior. A publicação desse livro marca o início do Behaviorismo Radical. GESTALT Nomes de destaque: Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka Tem seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada pelo movimento Behaviorista, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. A Gestalt é a tendência teórica mais ligada à Filosofia. PSICANÁLISE Propulsor do movimento Psicanalítico: Sigmund Freud • Outros nomes de destaque: Jacques Lacan Melanie Klein Carl Jung •Freud, na Áustria, a partir da prática médica no trabalho com as neuroses, postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão. MAS AFINAL, O QUE É PSICOLOGIA? É uma disciplina, uma profissão, uma área do conhecimento que, ao estudar o homem, convive com a Antropologia, com a Filosofia, com a Fisiologia, com a Medicina, com a Sociologia, com a Física, com o Direito numa relação horizontalizada e de atravessamentos. Singularidade do saber psicológico - centra-se nos estudos do Homem, seus desejos, percepções, discursos/práticas enquanto um ser social, historicamente capaz de influenciar e ser influenciado por diferentes atores e cenários socioeconômicos-políticos. OBJETO DE ESTUDO: O HOMEM O objeto de estudo da Psicologia - o Homem em sua integralidade/humanidade. Homem - ser simbólico - capaz de perceber, de refletir, de sentir e de significar e resignificar o mundo constantemente. Sua capacidade de linguagem e raciocínio o possibilita transformar suas relações com o mundo e com os outros homens. Homem - ser histórico - capaz de criar história, de perceber passado, presente e futuro, de ter planos, projetos, medos, sonhos, expectativas e desejos. FENÔMENOS PSICOLÓGICOS Alguns estudiosos - atribuem as características humanas a nossa herança genética, e o seu desenvolvimento a um processo de maturação. Para esses, os fenômenos psicológicos são basicamente fenômenos orgânicos (neuropsicológicos) como: a percepção, a memória, as emoções, a atenção, dentre outros. Outros apontam o meio ambiente como o responsável pelo desenvolvimento de habilidades e de competências. Os problemas que o indivíduo apresenta passam a ser interpretados como crises individuais, ignorando-se que possam ser decorrentes das condições sociais do sujeito. Outros apostam na visão sistêmica, isto é, sem negar a herança genética, propõem que nos tornamos pessoas por intermédio de outras pessoas. interações estabelecidas com os outros seres humanos, em ambientes físicos e sociais, culturalmente e historicamente construídos. CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS... A Psicologia no Brasil Interseção entre a Psicologia e o Direito A formação do indivíduo Desenvolvimento humano Personalidade: algumas abordagens PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO PROF.A: CAROL GRIZ carolina.griz@estacio.br mailto:carolina.griz@estacio.br ROTEIRO DE AULA A Psicologia no Brasil Interseção entre a Psicologia e o Direito A formação do indivíduo Desenvolvimento humano Personalidade: conceitos-chave A Psicologia enquanto área de atuação Prática psicológica foi se constituindo enquanto uma ferramenta de adequação e ajustamento do homem ao seu contexto social - crença de uma dicotomia entre normal/patológico. Testes psicológicos - ganharam força e visibilidade sendo utilizados em diferentes. Espaços e estabelecimentos - instrumentos de avaliação da “normalidade”, da inteligência, da personalidade, dentre outros. Abordagem reducionista de sujeito - sustentada por teorias que têm o seu foco voltado para a descrição dos comportamentos patológicos. A Psicologia no Brasil Meados da década de 1980 - presença dos movimentos sociais - algumas incursões na área da Psicologia Social foram experimentadas fortalecendo-se a relação indivíduo/sociedade. Essa concepção, portanto, também individualizava e responsabilizava os indivíduos por seus sucessos ou fracassos. Até o fim do século XX, a Psicologia vinha apresentando uma prática que frequentemente neutralizava o social. A Psicologia que nasceu basicamente no campo da clínica tem ainda, nessa área de atuação, sua maior concentração profissional ainda que fundamentada em diferentes abordagens. A Psicologia enquanto área de atuação Atualmente - o psicólogo encontra espaço e legitimidade nas escolas, nas universidades, nas organizações, nos hospitais, nos conselhos tutelares, no judiciário, nas políticas públicas... Deslocamento do privado para o público. Interseção entre a Psicologia e o Direito Em 1967 - foi referendada por Mira y Lopes como uma importante ferramenta no campo do Direito. Psicologia Jurídica - intensamente influenciada pelo ideário positivista e privilegiando o método científico empregado pelas Ciências Naturais, particularmente a Biologia, teve sua origem ligada à aplicação de testes. Compreensão dos comportamentos passíveis de ação jurídica - aferida através de instrumentos de medida desenvolvidos pela Psicologia. Interseção entre a Psicologia e o Direito A primeira demanda que se fez à Psicologia em nome da justiça ocorreu no campo da psicopatologia. O diagnóstico psicológico servia para classificar e controlar os indivíduos. No passado, a doença mental e a criminalidade foram o universo de atuação da Psicologia no judiciário. Hoje são as crianças, os jovens e as famílias os principais protagonistas da intervenção psi. Interseção entre a Psicologia e o Direito Na instituição justiça, a demanda encaminhada à Psicologia está concentrada, basicamente, na solicitação de laudos psicológicos que orientam o juiz em suas decisões (situações – problemas). Os psicólogos do judiciário vêm construindo outra prática psicológica — uma intervenção que venha a dar a palavra, dar legitimidade a pessoas que habitualmente não têm a possibilidade, de dizer o que para elas é a realidade, ouvir suas trajetórias, suas ansiedades, suas formas de perceber e estar no mundo. Interseção entre a Psicologia e o Direito O psicólogo no judiciário tem o papel de interlocutor entre a instituição para a qual presta serviço e a criança, adolescente e ou família, seu cliente. As intervenções do profissional psicólogo na esfera do Judiciário devem estar de acordo com os estudos e as práticas reconhecidas pela Psicologia e referendadas pelo Conselho Federal de Psicologia, dentre elas o Código de Ética do Profissional Psicólogo(CEPP 2005) e a Resolução CFP 007/2003 que instituiu o Manual de Elaboração de Documentos Escritos. O processo formação da consciência (segundo Hegel) Tríplice dialética, consistindo em três elementos básicos: 1. As relações morais, isto é, a família, ou a vida social; 2. A linguagem, ou os processos de simbolização; 3. O trabalho, ou a maneira como o homem interage com a natureza para dela extrair seus meios de subsistência, elemento que será valorizado fundamentalmente por Marx. O processo histórico de formação da consciência: as relações morais As relações morais explicam o papel do outro na formação da consciência de um indivíduo, que só se torna um sujeito na medida em que é reconhecido como tal pelo outro, ou seja, pelas outras consciências. Este reconhecimento se dá inicialmente na família e posteriormente na vida social. A identidade da consciência individual subjetiva depence portanto desse reconhecimento. A identidade do eu é possível apenas através da identidade do outro que me reconhece e que por sua vez depende que eu o reconheça. O processo histórico de formação da consciência: a linguagem A linguagem, os sistemas de representação, as relações simbólicas, revela como a síntese do múltiplo de nossa experiência sensível depende do emprego de símbolos que nós próprios produzimos. O processo histórico de formação da consciência: o trabalho O trabalho mostra como a consciência é formada igualmente pelo modo como o homem interage com a natureza e a considera como o objeto do qual pode extrair os meios de sua subsistência. Ética e moral em Hegel Hegel constrói os conceitos de ética, moral e direito justificando-os historicamente. Trabalha uma confluência do direito clássico dos gregos, romanos e modernos e suas conexões subjetivas e intersubjetivas. Estas conexões são tratadas problematizando a autonomia dentro da oposição individual/ universal. Na perspectiva hegeliana, o universal, ao concretizar-se, se individualiza. Isso significa que a concretização sempre se dá num conteúdo determinado, num povo, numa comunidade ética, numa instituição. Assim pode-se falar em moralidade objetiva e subjetiva. Ética e moral em Hegel Há uma inter-relação das vontades: minha vontade livre tem que mediar-se com a vontade livre do outro, a fim de se universalizar. A lei moral, portanto, não tem validade apriorística ou que poderíamos chamar de validade natural imediata. O critério de moralidade passa a ser a possibilidade de universalização a posteriori, isto é, a universalização resultante da mediação das vontades envolvidas e afetadas. Ética e moral em Hegel Há uma coincidência entre deveres e direitos. "Por meio do ético, o homem tem direitos, na medida em que tem deveres, e deveres, na medida em que tem direitos". Só pode ter deveres quem tem, ao mesmo tempo, direitos. Desenvolvimento humano Caracteriza o desenvolvimento como um processo que tem início na concepção e só termina com a morte. O estudo do desenvolvimento humano é o conhecimento da história do homem desde o seu nascimento (mesmo antes dele), até a sua morte. Na verdade, é compreender o que ocorre em cada idade, cada fase da vida. Personalidade: etnologia ORIGEM DA PALAVRA “persona” Nome dado à máscara que os atores do antigo teatro romano usavam para representar seus papéis. PERSONALIDADE PARA O SENSO COMUM - aparência externa da pessoa PERSONALIDADE PARA PSICOLOGIA - a personalidade pode ser definida como um padrão de características duradouras que produzem consistência nas atitudes, comportamentos e individualidade. Nossa personalidade é única e nos diferencia dos outros. Personalidade: conceito Para Trindade (2009, p. 64), “personalidade é um conjunto biopsicossocial dinâmico que possibilita a adaptação do homem consigo mesmo e com o meio, numa equação de fatores hereditários e vivenciais”. Existem vários significados para a palavra personalidade, dependendo do campo de estudo em que ela esteja sendo usada, por exemplo, no Direito, na Filosofia, na Teologia, na Sociologia ou na Psicologia. Personalidade: conceito Nossa personalidade: recebe influências do meio e de nossa bagagem genética; está em contínua transformação, fundamentada em uma construção que tem início com a vida, se modificando e se aperfeiçoando ao longo do desenvolvimento; é um grupo de características adquiridas a partir do nascimento, que se transformam; inclui várias abordagens teóricas. Como o psicólogoavaliaa personalidadede umapessoa? Será que podemosmedirtudoo que somos? Certamente que não. No entanto, algumas características podem ser avaliadas. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE ENTREVISTAS ESCALAS DE AVALIAÇÃO GRÁFICA INVENTÁRIOS DE PERSONALIDADE TESTES PROJETIVOS TESTES SITUACIONAIS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE A avaliação psicológica é feita com entrevistas e testes que embasam as entrevistas finais de orientação psicológica, além de um relatório por escrito. CENAS PARA OS PRÓXIMOS CAPĪTULOS Algumas Teorias da Personalidade: Psicodinâmicas, Sócio- cognitivas, Biológicas e Evolucionistas, e Traços da Personalidade Psicologia social: algumas questões Questionamentos sobre a noção de normalidade Lei Antimanicomial ROTEIRO DE AULA Algumas Teorias da Personalidade Psicologia social: algumas questões Questionamentos sobre a noção de normalidade Lei Antimanicomial PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO Prof.a: Carol Griz carolina.griz@estacio.br mailto:carolina.griz@estacio.br ALGUMAS TEORIAS DA PERSONALIDADE: PSICODINÂMICAS A personalidade é formada por forças e conflitos internos sobre as quais as pessoas têm pouco conhecimento e, consequentemente, sobre os quais têm pouco controle. Freud descreveu a estrutura da personalidade em três componentes que são apresentados, de forma didática, em separado, mas são interativos e relacionados a aspectos conscientes e inconscientes. São eles: Id, Ego e Superego. ALGUMAS TEORIAS DA PERSONALIDADE: PSICODINÂMICAS Id, Ego e Superego - são conceitos abstratos que descrevem uma interação que motiva o nosso comportamento. o Id é a parte mais primitiva da personalidade, buscando o máximo de satisfação. O Ego busca equilibrar os desejos do Id e a realidade do mundo objetivo externo, mantendo o indivíduo em segurança e integrado à sociedade. E o Superego representa o que é certo e errado em uma sociedade, conforme o que foi apresentado pelo ambiente. ALGUMAS TEORIAS DA PERSONALIDADE: SÓCIOCOGNITIVAS Enfatizam a influência da cognição — pensamentos, sentimentos, expectativas e valores — e da observação do comportamento de outras pessoas na determinação da personalidade. A base da personalidade está na habilidade humana consciente e automotivada de mudar e se aprimorar. As pessoas têm uma necessidade fundamental de buscar a autorrealização. Esse processo pode ser vitalício para alguns, e outros podem nunca alcançar. Outra necessidade básica, nessas teorias, é o desejo de ser amado e respeitado. ALGUMAS TEORIAS DA PERSONALIDADE: SÓCIOCOGNITIVAS Um aspecto importante, nessas abordagens, diz respeito à consideração positiva incondicional em relação ao outro. A consideração positiva incondicional implica um cuidado não possessivo, uma forma de apreciar o outro como uma pessoa individualizada a quem se permite ter os seus próprios sentimentos, suas próprias experiências. ALGUMAS TEORIAS DA PERSONALIDADE: BIOLÓGICAS E EVOLUCIONISTAS Sugerem que os componentes da personalidade são herdados. A personalidade é determinada, em parte, pelos nossos genes. As características da personalidade que tiveram sucesso entre os nossos ancestrais apresentam mais chances de serem preservadas e passadas para as próximas gerações. Alguns pesquisadores afirmam que existem genes específicos relacionados à personalidade.ALGUMAS TEORIAS DA PERSONALIDADE: TRAÇOS DA PERSONALIDADE Traços - para os teóricos dessa abordagem, seriam características do comportamento consistentes, que aparecem em diferentes situações. O grau em que os traços se apresentam nas pessoas varia. Principal desafio - é identificar os principais traços predominantes em nossa personalidade. Os teóricos ,nesta área, explicam a personalidade em termos de traços, mas diferem em termos de quais e quantos traços são considerados mais flexíveis. ALGUMAS TEORIAS DA PERSONALIDADE:TRAÇOS DA PERSONALIDADE Uma das abordagens mais conhecidas nesta área de estudo é a dos cinco traços ou fatores. Estes traços são: • Socialização/amabilidade • Extroversão • Realização/conscenciosidade • Abertura para experiências • Neuroticismo PSICOLOGIA SOCIAL É o estudo das condutas humanas que são influenciadas por outras pessoas. Objeto de estudo Somos nós mesmos, participando das mais variadas interações sociais. Um dos principais temas de pesquisa da Psicologia Social é o das atitudes sociais. ATITUDE ATITUDES As atitudes são construídas ao longo da história de vida do sujeito. São aprendidas por meio da vivência da pessoa, da imitação e da observação. Conhecer, poder explicar e prever são acontecimentos ligados a variáveis ideológicas, políticas e morais, que fazem parte de nossas atitudes. PRECONCEITO Preconceito - atitude que apresenta duas características específicas: se forma sempre em torno de um núcleo afetivamente negativo; e, é dirigido contra um indivíduo ou grupo de pessoas. Exemplos: preconceitos étnicos, religiosos, políticos, culturais, ideológicos e profissionais. A PSICOLOGIA SOCIAL E O ESTUDO DOS PRECONCEITOS Interesse social em relação ao preconceito - investigar as suas causas e construir técnicas como forma de prevenção, controle ou extinção. ESTEREÓTIPOS Estereótipos são colocações de certas características a pessoas pertencentes a determinados grupos sociais. Os estereótipos podem ser definidos por atitudes positivas ou negativas, em relação a estas pessoas. Os estereótipos nos permitem simplificar a realidade social. Por meio deles, reconhecemo-nos em determinado grupo e nos diferenciamos de outros grupos. Sempre que nos sentimos pertencentes a um grupo, desenvolvemos sentimentos de proteção com quem nos identificamos, e de hostilidade e rejeição em relação aos diferentes de nós. DISCRIMINAÇÃO Discriminação - que é o comportamento que deriva do preconceito e do estereótipo. Geralmente, a discriminação é negativa e pode intensificar-se em situações de crise (política, econômica, social e emocional). Em cada cultura, em cada época, existem diferentes formas de discriminação e diferentes grupos-vítimas desta atitude. ESTIGMA A palavra estigma representa algo de mal, que deve ser evitado. A sociedade estabelece um modelo de categorias e tenta catalogar as pessoas de acordo com os atributos considerados naturais e comuns para ela. Demonstra pertencer a uma categoria com atributos incomuns ou diferentes e pouco aceitos pelo grupo social, ou em casos extremos, é considerado mau e perigoso. Quanto mais visível for a “marca”, menor será a possibilidade de reverter esta situação. Questionamentos sobre os critérios de normal e patológico As ideias e os critérios de avaliação destes termos foram sendo construídas com base no desenvolvimento científico, na cultura e nos comportamentos daqueles que avaliam os indivíduos. O conceito de normal e patológico é relativo. Sob o ponto de vista cultural, o que em uma sociedade é considerado “normal”, aceito e valorizado, em outra sociedade, ou na mesma sociedade, em outro momento histórico, pode ser considerado anormal, desviante ou patológico. CRITÉRIOS DE NORMALIDADE Normalidade como ausência de doença Normalidade “ideal” Normalidade estatística Normalidade como “bem estar” Normalidade funcional Normalidade como processo Normalidade subjetiva Normalidade como liberdade Normalidade operacional SAÚDE MENTAL E RESILIÊNCIA A saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo para apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as suas atividades e os seus esforços para atingir a resiliência psicológica. A resiliência é um conceito psicológico, emprestado da Física, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas — choque, estresse etc. — sem provocar danos psicológicos. O conceito de Saúde Mental é mais amplo que a ausência de transtornos mentais. SAÚDE MENTAL Em Psiquiatria e em Psicologia prefere-se falar em transtornos ou perturbações ou disfunções ou distúrbios psíquicos no lugar de doença. Transtorno revela um conceito que descreve um comportamento diferente. Os transtornos mentais são um campo de investigação interdisciplinar que envolve várias áreas das Ciências, como a Psicologia e a Psiquiatria. O que fazem os profissionais da Psiquiatria e da Psicologia? Quais as diferenças de tratamento em relação aos transtornos mentais? O psiquiatra é um profissional da Medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em Psiquiatria. Esta é realizada em 2 ou 3 anos e abrange estudos em Neurologia, Psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar os transtornos mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos no seu tratamento. O que fazem os profissionais da Psiquiatria e da Psicologia? Quais as diferenças de tratamento em relação aos transtornos mentais? O psicólogo tem formação superior em Psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura, e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. O que fazem os profissionais da Psiquiatria e da Psicologia? Quais as diferenças de tratamento em relação aos transtornos mentais? No decorrer do curso, a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras atividades, relacionadas aos transtornos mentais. Como não é um médico, não pode prescrever medicamentos. MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL Algumas abordagens críticas como a Antipsiquiatria e a Psiquiatria Social denunciaram o saber científico, nesta área, como manipulação, retirada da humanidade e dignidade dos portadores de transtornos mentais, além das condições inadequadas de tratamento e internação. Uma das conquistas deste Movimento foi a Lei nº 10.216/2001, que determinou o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços substitutivos. Em 1987, em um Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, nasceu o Movimento da Luta Antimanicomial. LEI 10.216/2001 – LEI ANTIMANICOMIAL MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL Essas abordagens não negam que os transtornos mentais existam, mas se propõem a enfrentá-los, utilizando uma postura crítica aos métodos tradicionais. Acreditam que o portador de transtorno mental não é um “monstro”, por isso, não deve ser desumanizado, mas, sim, avaliado por meio de sua história de vida. A partir desta lei, o Brasil tem eliminado leitos psiquiátricos e substituído pelos serviços dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), residências terapêuticas, programas de redução de danos, centros de convivência, oficinas de geração de renda, entre outros programas. MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL A lei nº 10.216/2001 surgiu como uma garantia de direitos e de reinserção social das pessoas estigmatizadas por serem portadoras de transtorno mentais. Ainda se faz necessária uma luta mais ampla pelo respeito e garantia de direitos à diversidade e à singularidade de cada um. CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOSa. O princípio constitucional do melhor interesse da criança b. Guarda compartilhada c. Alienação parental d. Alguns exemplos para reflexão Paradoxos da contemporaneidade que merecem uma discussão Palestra ministrada pela promotora de Justiça Gabriela Lima Lapenda Figueiroa P SI C O LO GI A A P L I C A D A A O D I R E I T O P R O F. A : C A R O L G R I Z C A R O L I N A . G R I Z @ E S TA C I O . B R mailto:CAROLINA.GRIZ@ESTACIO.BR ROTEIRO DE AULA ➢ A FAMÍLIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES: UM BREVE HISTÓRICO ➢TIPOS DE FAMÍLIAS ➢ A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS FAMÍLIA(S) • A família é, em princípio, o primeiro grupo ao qual o ser humano pertence. • A família, enquanto instituição, pode ser entendida como uma construção social que varia ao longo da história da humanidade: 1. Na civilização romana antiga, a consanguinidade (o parentesco biológico) não era necessária para o pertencimento à família. • Se partirmos da família patriarcal, observaremos que esta não era composta apenas de marido, mulher e filhos. • Ela se caracterizava como família extensa e poderia incluir parentes, criados, escravos, e todos aqueles que vivessem sob o comando do patriarca. FAMÍLIA(S) • A família, enquanto instituição, pode ser entendida como uma construção social que varia ao longo da história da humanidade: 2. Até a Idade Média, o casamento era um contrato articulado pelos pais dos noivos para servir de base a alianças entre as famílias. • O pai da jovem transferia a tutela de sua filha para o marido, sem que a existência de amor e a possibilidade de escolha fossem consideradas. UM PARÊNTESES O sentimento de família, como nós o conhecemos, começou a ser desenvolvido a partir do século XVI. Antes disso, a família não era entendida como um espaço privado. O PATRIARCADO Supremacia do patriarcado permaneceu por vários séculos. A partir da Revolução Francesa os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade e o respeito à singularidade de cada um na rede social ganharam força e o patriarcado foi lentamente entrando em declínio. Individualismo - é um conceito que exprime a afirmação e a liberdade do indivíduo frente a um grupo, à sociedade ou ao Estado. O exercício da liberdade individual implica, necessariamente, na possibilidade de fazer escolhas e por elas se responsabilizar. CE L'AMOUR: A FAMÍLIA NUCLEAR BURGUESA O casamento por amor foi se estabelecendo como o desejável e, entre os séculos XVIII e XIX, o amor romântico se torna o ideal de casamento e deu sustentação ao casamento monogâmico e à família nuclear burguesa, ou seja, aquela composta por pai, mãe e filhos. Com a modernidade e o crescimento do individualismo, amor, sexualidade e casamento se associaram. Um novo ideal de conjugalidade fez do casamento o lugar de promessa de felicidade onde o amor e a sexualidade são condições fundamentais. DEMARCANDO TERRITÓRIO • No final do século XIX e início do século XX - passamos de uma sociedade repressiva para uma sociedade mais permissiva. • Início do declínio do modelo patriarcal no meio doméstico - a relação entre pais e filhos se modificou. • O domínio do homem neste terreno se enfraqueceu e a mulher se consagrou como rainha do lar. • Espaço privado passou a ser o território feminino, enquanto o espaço público se consolidou como território masculino. A INVENÇÃO DA MATERNIDADE • Invenção da maternidade - quando se exaltou a importância da mãe na criação dos filhos. • A criança tornava-se propriedade exclusiva da mãe, havendo praticamente um desconhecimento do pai no início de sua vida. • A família se firmou como base de sustentação da sociedade. • A família patriarcal evoluiu e deu lugar à família caracterizada como um grupo vinculado pelo afeto. A FAMÍLIA E O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO • A família moderna passou a ser compreendida como uma entidade socioafetiva que tem o dever de afeto entre os seus membros. • Base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações. • A família tornou-se responsável pela garantia da ordem e pela formação educacional e afetiva de sua prole. CE L'AMOUR? • Até meados do século passado, era desejado que o amor, e consequentemente, o casamento, durassem para sempre e se sustentassem em projetos comuns. • Trocava-se uma parcela de felicidade por segurança. • A inserção da mulher no mercado de trabalho e as possibilidades por ela adquiridas de controle da natalidade contribuíram para o declínio progressivo do patriarcado. CE L'AMOUR? • Pode-se dizer que a estrutura familiar tradicional foi redefinida com a diluição da supremacia do homem no contexto familiar. • As exigências atuais do individualismo pressionam os parceiros no sentido da ruptura de uma relação que não se encaixe nos moldes considerados ideais. • A contemporaneidade produz a crença de que a conjugalidade não deve interferir na individualidade e, cada vez mais, os indivíduos parecem acreditar que não se deve abrir mão do prazer em nome da estabilidade da relação conjugal. CE L'AMOUR? Feres-Carneiro - os ideais individualistas de relação conjugal enfatizam mais a autonomia e a satisfação de cada cônjuge do que os laços de dependência entre eles. Ehrenberg - estimula-se a busca de prazer constante, o que, paradoxalmente, resulta em uma experiência de insuficiência e fracasso. Bauman - hoje, vive-se uma espécie de modernidade líquida, fluida e com um consumismo exacerbado. A exacerbação do individualismo e a cultura do descartável repercutem na conjugalidade e na parentalidade. TIPOS DE FAMÍLIA Nuclear - família padrão, dita tradicional. Pais casados morando com seus filhos biológicos. Monoparental - é aquela em que apenas um dos pais de uma criança arca com as responsabilidades de criar o filho. Podem ser beneficiadas por uma rede de apoio social e afetiva, ou seja, pela presença de pessoas significativas, sejam da família extensa, amigos ou membros da comunidade, com os quais possam manter relações afetivas. TIPOS DE FAMÍLIA Família recomposta (ou família reconstituída) - define-se pela presença, no lar, de filhos provenientes de uniões anteriores de um ou de outro cônjuge, ou seja, uma pessoa que já tem uma família leva seus filhos, oriundos desta família, para conviverem com a sua nova relação, que pode também já ter filhos. Não existe uma família recomposta típica. Famílias homoafetivas colocam em questão o modelo tradicional fundado na reprodução biológica e a heterossexualidade do casal, pois as crianças não nasceram de sua união sexual. ESCUTEM COM ATENÇÃO A opção por não constituir família - o casamento contemporâneo não necessariamente envolve um projeto de filiação e descendência e vem crescendo o número de casais que optam por não ter filhos. Há muita estigmatização e pressão social sofrida por casais que optam por não ter filhos. ESCUTEM COM ATENÇÃO Conjugalidade - Dois sujeitos, com suas diferentes histórias de vida, se unem e estabelecem uma relação. Parentalidade - é a relação estabelecida entre pais e filhos O MITO DO AMOR MATERNO • Mito do amor materno (Badinter) - o amor materno enquanto instinto (universal e natural), é um mito construído sóciohistoricamente. • O amor materno, portanto, não é inato nem inscrito desde sempre na natureza feminina. • A mulher era feita para ser mãe, e uma boa mãe. • As exceções eram consideradas patológicas. • O amor materno, portanto, não é uma norma, mas é adquirido ao longo dos dias passados ao lado do filho, e por ocasião dos cuidados que lhe são dispensados. MITO DA ESSÊNCIA MASCULINA OU FEMININA NÃO SE PODE FALAR DE UMA ESSÊNCIA MASCULINA OU FEMININA, DE CARÁTER ABSTRATO E UNIVERSAL, MAS, SIM, DE PESSOAS, SITUADAS TEMPORAL E RELACIONALMENTE. MASCULINO E FEMININOSÃO CATEGORIAS INSCRITAS NO SOCIAL QUE GANHAM SIGNIFICADOS DIVERSOS EM FUNÇÃO DO CONTEXTO. SOBRE A PARENTALIDADE Parentalidade - não se estabelece automaticamente a partir da chegada de um filho, mas é um complexo e lento processo. Tornar-se pai ou mãe é investir afetivamente na criança, reconhecendo- a como filho. A filiação não está apoiada apenas na realidade genética, mas deve ser fundada no desejo e na disponibilidade de assumir a função parental. SOBRE A PARENTALIDADE Ao nascer, a criança recebe o direito à cidadania, ou seja, é natural de algum lugar. Nome e sobrenome indicam pertencimento a um grupo familiar. Quando nomeada, a criança é incluída em uma rede de parentesco a qual se vinculará, e a família será responsável pela produção de sua identidade social. Filiação socioafetiva - aqueles que se intitulam pais que irão inscrever o sujeito em uma família. É necessário também que tenha sido tratado, educado e mantido por aqueles como filho e, portanto, reconhecido como tal pela sociedade e pela família. FILIAÇÃO AFETIVA • A filiação afetiva ganha cada vez mais espaço e diferentes adultos podem assumir funções parentais, mesmo não sendo os pais legais nem os genitores. • No caso de uma adoção não existe gestação, mas os pais adotivos vão falar de uma “gestação psicológica”, que indica seu desejo de receber a criança adotada como filho. • Qualquer processo de construção da parentalidade se inicia com uma criança imaginária, sonhada durante a gravidez ou durante o período de espera da adoção. CONJUGALIDADE X PARENTALIDADE • O fracasso conjugal dos pais não impede que se continue a assegurar conjuntamente as funções parentais. • Os laços conjugais se rompem, mas há necessidade de cuidar dos laços parentais. • Mesmo que o laço conjugal se desfaça, espera-se que o laço parental se fortaleça e, idealmente, os ex- cônjuges devem permanecer pais em conjunto e de comum acordo. C ONJUGALIDADE X PARENTALIDADE • Um aspecto importante ainda a ser considerado é o justo desejo de ambos ex-cônjuges de terem suas vidas afetivas refeitas. • A criança irá se defrontar com a multiplicação dos papéis parentais e a distribuição da função de pai e mãe para outros homens e mulheres, na medida em que padrastos e madrastas passam a conviver com ela. C ONJUGALIDADE X PARENTALIDADE • O sucesso dessas construções dependerá do tipo de relação estabelecida entre os pais, entre estes e os novos cônjuges e do lugar que a criança ocupará em cada uma das suas novas famílias. • É fundamental que a figura parental que estiver provisoriamente ausente do cotidiano do filho, em decorrência da separação, deva poder continuar convivendo com ele sem que se faça um movimento de tentar substituí-lo pelo novo parceiro do pai ou da mãe. PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA • Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança - o direito da criança à sua identidade, inclui, enquanto elementos básicos da identidade de um indivíduo, a nacionalidade, o nome e as relações familiares. • Princípio do Melhor Interesse da Criança, previsto na Constituição em seu artigo 227, mas também no Estatuto da Criança e do Adolescente em seus artigos 4º e 5º - a convivência familiar foi entendida como um direito fundamental da infância, e a filiação sócioafetiva foi valorizada. No processo de dissolução do vínculo conjugal por separação judicial ou pelo divórcio consensual, espera-se que os pais possam entrar em acordo sobre a guarda dos filhos. Até recentemente, o mais comum era a adoção do modelo de guarda unilateral, geralmente concedida à mãe, por se acreditar que ela teria melhores condições para exercê-la. As mulheres foram conquistando, em nossa sociedade, igualdade de direitos e oportunidades, mas também os homens têm buscado ocupar um maior espaço no cotidiano familiar e igualdade de direitos na participação da educação dos filhos. A lei nº 11.698/2008 representou uma nova compreensão do modelo de família e estabeleceu como preferencial o modelo de guarda compartilhada, que permitiu repensar a concepção vigente até então quanto aos papéis de pai e de mãe na formação de um filho. A QUESTÃO DA GUARDA Atualmente temos a Lei nº 13.058, de 22 de dezembro de 2014 que surgiu para estabelecer o significado da expressão “guarda compartilhada” e dispor sobre sua aplicação. Com a guarda compartilhada, pretende-se atenuar o impacto negativo da ruptura conjugal, mantendo ambos os pais envolvidos na criação dos filhos. Sua proposta é corresponsabilizar ambos os genitores em todas as decisões e nas atividades referentes aos filhos, de modo que possam participar em igualdade de condições. O que se compartilha é a guarda jurídica, seus deveres e direitos legais em relação à assistência prestada aos filhos e não, necessariamente, à guarda física. A QUESTÃO DA GUARDA ALIENAÇÃO PARENTAL • A Alienação Parental fere o melhor interesse da criança, pois o interesse dos pais prevalece sobre os interesses dos filhos, provocando danos em seu desenvolvimento. • O termo alienação parental foi utilizado em meados dos anos 1980 por Richard Gardner. • O autor denominou de Síndrome de Alienação Parental (SAP) o que seria um distúrbio infantil provocado em menores de idade expostos às disputas judiciais entre seus pais. • A criança demonstraria uma intensa rejeição a um dos genitores (o genitor alienado) como resultado de manipulação psicológica realizada pelo outro genitor (o genitor alienador), sem que houvesse uma justificativa para isso. • A menos que um dos pais seja física ou psicologicamente nocivo para o filho, NADA justifica a privação do exercício da função parental, sendo a convivência com ambos os pais um direito inalienável atribuído à criança. • A criança tem o direito de continuar ligada às duas famílias e ser impregnada por suas histórias. O que é Psicologia? Psicologia cientifica vs. Senso comum Teorias da Psicologia: Funcionalismo, Estruturalismo, Associacionismo, Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise Interseção entre a Psicologia e o Direito A formação do indivíduo: Desenvolvimento humano, Teorias da Personalidade (Psicodinâmicas, Sóciocognitivas, Biológicas E Evolucionistas, e Traços da Personalidade) Questionamentos sobre a noção de normalidade e a Lei Antimanicomial A família e suas transformações, a construção de parentalidade e Conjugalidade vs. Parentalidade. O princípio constitucional do melhor interesse da criança Alienação parental PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Vamos iniciar com dois conceitos: Conjugalidade - Dois sujeitos, com suas diferentes histórias de vida, se unem e estabelecem uma relação. Parentalidade - é a relação estabelecida entre pais e filhos PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Mito do amor materno (Badinter) - o amor materno enquanto instinto (universal e natural), é um mito construído sóciohistoricamente. O amor materno, portanto, não é inato nem inscrito desde sempre na natureza feminina. A mulher era feita para ser mãe, e uma boa mãe. As exceções eram consideradas patológicas. O amor materno, portanto, não é uma norma, mas é adquirido ao longo dos dias passados ao lado do filho, e por ocasião dos cuidados que lhe são dispensados. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Não se pode falar de uma essência masculina ou feminina, de caráter abstrato e universal, mas, sim, de pessoas, situadas temporal e relacionalmente. Masculino e Feminino são categorias inscritas no social que ganham significadosdiversos em função do contexto. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Parentalidade - não se estabelece automaticamente a partir da chegada de um filho, mas é um complexo e lento processo. Tornar-se pai ou mãe é investir afetivamente na criança, reconhecendo-a como filho. A filiação não está apoiada apenas na realidade genética, mas deve ser fundada no desejo e na disponibilidade de assumir a função parental. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Ao nascer, a criança recebe o direito à cidadania, ou seja, é natural de algum lugar. Nome e sobrenome indicam pertencimento a um grupo familiar. Quando nomeada, a criança é incluída em uma rede de parentesco a qual se vinculará, e a família será responsável pela produção de sua identidade social. Filiação socioafetiva - aqueles que se intitulam pais que irão inscrever o sujeito em uma família. É necessário também que tenha sido tratado, educado e mantido por aqueles como filho e, portanto, reconhecido como tal pela sociedade e pela família. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS A filiação afetiva ganha cada vez mais espaço e diferentes adultos podem assumir funções parentais, mesmo não sendo os pais legais nem os genitores. No caso de uma adoção não existe gestação, mas os pais adotivos vão falar de uma “gestação psicológica”, que indica seu desejo de receber a criança adotada como filho. Qualquer processo de construção da parentalidade se inicia com uma criança imaginária, sonhada pela mãe durante a gravidez ou durante o período de espera da adoção. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Conjugalidade X Parentalidade: separações e recasamentos O fracasso conjugal dos pais não impede que se continue a assegurar conjuntamente as funções parentais. Os laços conjugais se rompem, mas há necessidade de cuidar dos laços parentais. Mesmo que o laço conjugal se desfaça, espera-se que o laço parental se fortaleça e, idealmente, os ex-cônjuges devem permanecer pais em conjunto e de comum acordo. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Um aspecto importante ainda a ser considerado é o justo desejo de ambos ex-cônjuges de terem suas vidas afetivas refeitas. A criança irá se defrontar com a multiplicação dos papéis parentais e a distribuição da função de pai e mãe para outros homens e mulheres, na medida em que padrastos e madrastas passam a conviver com ela. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS O sucesso dessas construções dependerá do tipo de relação estabelecida entre os pais, entre estes e os novos cônjuges e do lugar que a criança ocupará em cada uma das suas novas famílias. É fundamental que a figura parental que estiver provisoriamente ausente do cotidiano do filho, em decorrência da separação, deva poder continuar convivendo com ele sem que se faça um movimento de tentar substituí-lo pelo novo parceiro do pai ou da mãe. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança - o direito da criança à sua identidade, inclui, enquanto elementos básicos da identidade de um indivíduo, a nacionalidade, o nome e as relações familiares. Princípio do Melhor Interesse da Criança, previsto na Constituição em seu artigo 227, mas também no Estatuto da Criança e do Adolescente em seus artigos 4º e 5º - a convivência familiar foi entendida como um direito fundamental da infância, e a filiação sócioafetiva foi valorizada. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS No processo de dissolução do vínculo conjugal por separação judicial ou pelo divórcio consensual, espera-se que os pais possam entrar em acordo sobre a guarda dos filhos. Até recentemente, o mais comum era a adoção do modelo de guarda unilateral, geralmente concedida à mãe, por se acreditar que ela teria melhores condições para exercê-la. Guarda Compartilhada PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS As mulheres foram conquistando, em nossa sociedade, igualdade de direitos e oportunidades, mas também os homens têm buscado ocupar um maior espaço no cotidiano familiar e igualdade de direitos na participação da educação dos filhos. A lei nº 11.698/2008 representou uma nova compreensão do modelo de família e estabeleceu como preferencial o modelo de guarda compartilhada, que permitiu repensar a concepção vigente até então quanto aos papéis de pai e de mãe na formação de um filho. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Atualmente temos a Lei nº 13.058, de 22 de dezembro de 2014 que surgiu para estabelecer o significado da expressão “guarda compartilhada” e dispor sobre sua aplicação. Com a guarda compartilhada, pretende-se atenuar o impacto negativo da ruptura conjugal, mantendo ambos os pais envolvidos na criação dos filhos. Sua proposta é corresponsabilizarambos os genitores em todas as decisões e nas atividades referentes aos filhos, de modo que possam participar em igualdade de condições. O que se compartilha é a guarda jurídica, seus deveres e direitos legais em relação à assistência prestada aos filhos e não, necessariamente, à guarda física. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS A Alienação Parental fere o melhor interesse da criança, pois o interesse dos pais prevalece sobre os interesses dos filhos, provocando danos em seu desenvolvimento. O termo alienação parental foi utilizado em meados dos anos 1980 por Richard Gardner. O autor denominou de Síndrome de Alienação Parental (SAP) o que seria um distúrbio infantil provocado em menores de idade expostos às disputas judiciais entre seus pais. Alienação Parental PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS A criança demonstraria uma intensa rejeição a um dos genitores (o genitor alienado) como resultado de manipulação psicológica realizada pelo outro genitor (o genitor alienador), sem que houvesse uma justificativa para isso. Questiona-se a classificação de tal comportamento como uma síndrome, pois se entende que existem muitos fatores que podem contribuir para sua ocorrência e não apenas a patologia dosgenitores. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Na lei nº 12.318/2010, que dispõe sobre a alienação parental, ela é descrita como sendo a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com ele. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS Existem 7 itens elencados, no parágrafo único do Art. 2, da referida lei, em que são exemplificadas formas de alienação parental: • Realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; • Dificultar o exercício da autoridade parental; • Dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; • Dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; • Omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS • Apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; • Mudar o domicílio para local distante, sem justificativa,visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. O fato de deter uma guarda unilateral acaba conferindo ao guardião um poder que pode ser utilizado para dominar a situação e provocar inúmeros constrangimentos ao outro genitor. PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS A menos que um dos pais seja física ou psicologicamente nocivo para o filho, nada justifica a privação do exercício da função parental, sendo a convivência com ambos os pais um direito inalienável atribuído à criança. A criança tem o direito de continuar ligada às duas famílias e ser impregnada por suas histórias. AULA 07: A CONSTRUÇÃO DA PARENTALIDADE: RELAÇÕES AFETIVAS AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
Compartilhar