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ENTES FEDERATIVOS resumo 2

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ENTES FEDERATIVOS – AULA 2 
1. Intervenção 
A intervenção em entes da federação é medida drástica e excepcional que só 
poderá ocorrer nas hipóteses restritas previstas na Constituição Federal e com 
a finalidade de preservar a integridade da federação e dos seus princípios 
fundantes. 
1.1. Intervenção federal: hipóteses e procedimentos 
As hipóteses de intervenção federal são aquelas estritamente previstas no art. 
34 da Constituição, quais sejam (BRASIL, 1988, documento online): 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública: não é qualquer 
ameaça ou acontecimento que justifica a intervenção 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 
consecutivos, salvo motivo de força maior. 
O conceito de dívidas fundadas, correspondente às determinações da Lei n. 
4.320/1964, refere-se ao compromisso de exigibilidade ser maior que doze 
meses e deriva de desequilíbrio orçamentário de obras e serviços, como bem 
ressalta Branco (2017). 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 
Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial (BRASIL, 
1988, documento online). 
B 
Branco (2017) aponta que a recusa à aplicação de lei, que justifique a 
intervenção, é aquela que gera prejuízo generalizado. 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde (BRASIL, 
1988, documento online). 
A União pode intervir apenas nos estados, no Distrito Federal e em municípios 
integrantes de território federal: não cabe intervenção da União em municípios 
integrantes dos estados-membro. 
Em relação ao procedimento, a autoridade competente para decretar a 
intervenção é o Presidente da República, que poderá agir de forma espontânea 
(ex officio) ou mediante provocação, a depender da hipótese de intervenção. 
Quando a intervenção é espontânea, o presidente deverá promover a oitiva de 
dois conselhos: o da República e o de Defesa Nacional, conforme determina o 
art. 90, I e o art. 91, §1º, II da Constituição. Por outro lado, quando a intervenção 
decorrer do descumprimento de ordem judicial, esta poderá ser requisitada pelo 
Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou Tribunal 
Superior Eleitoral (TSE) (art. 36, II). 
 
Em 2018 houve um caso de intervenção no Brasil. O Governo Federal avocou, 
por cerca de dez meses, competências do governador do Rio de Janeiro em 
relação à gestão da segurança pública. A medida foi instrumentalizada pelo 
Decreto n. 9.288, de 16/02/2018, fundamentado no art. 84, X c/c art. 34 da 
CF/88. 
Conforme disciplina o art. 3, §1º da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 
1988, documento online), 
O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições 
de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à 
apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no 
prazo de vinte e quatro horas. 
Caso cessadas as causas que motivaram a intervenção, as autoridades 
afastadas poderão voltar a seus cargos, salvo em caso de impedimentos legais. 
1.2. Intervenção estadual nos municípios e intervenção da União nos 
municípios localizados em território federal: hipóteses e procedimentos 
A intervenção estadual nos municípios, bem como a intervenção da União nos 
Municípios dos Territórios, só poderá ocorrer nas seguintes situações: 
Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios 
localizados em Território Federal, exceto quando: 
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a 
dívida fundada; 
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; 
III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção 
e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; 
IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a 
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a 
execução de lei, de ordem ou de decisão judicial (BRASIL, 1988, documento 
online). 
Nesse último caso, Branco (2017) aponta que a competência para tal 
circunstância é do Procurador Geral do Ministério Público Estadual, por simetria 
com a competência prevista no art. 129, IV da Constituição. 
2. Administração Pública 
Conforme define Maria Sylvia (2011), é possível pensar em pelo menos dois 
sentidos para o termo Administração Pública: subjetivo ou objetivo. O subjetivo, 
formal ou orgânico refere-se aos entes que exercem atividade administrativa. 
O objetivo, material ou funcional, por outro lado, corresponde à natureza da 
atividade exercida pelos referidos entes. Assim, a Administração Pública é a 
própria função administrativa, que incumbe predominantemente (mas não 
apenas) ao poder executivo. 
2.1. Princípios constitucionais da Administração Pública 
O art. 37 da Constituição de 1988 estabelece expressamente alguns 
dos princípios aplicáveis à Administração Pública: legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência. 
 
a) Princípio da legalidade 
Condiciona toda a atuação da Administração Pública, que só pode exercer suas 
atribuições nos limites das normas jurídicas aplicáveis. A legalidade abarca 
normas e princípios e não apenas a legislação em sentido estrito. Por força 
desse princípio, a liberdade de atuação da Administração é menor que a dos 
particulares que, por sua vez, atuam no exercício de autonomia privada. 
b) Princípio da impessoalidade 
Consiste no tratamento isonômico daqueles que se relacionam com a 
Administração. Deriva do próprio princípio da igualdade, vedados quaisquer atos 
de discriminação ou benefícios derivados de aspectos pessoais. Segundo Di 
Pietro (2012), a impessoalidade implica em objetividade no atingimento dos fins 
públicos, e se coloca em duas vertentes: I) a administração não deve atuar em 
benefício ou malefício de pessoas determinadas; II) a atuação administrativa não 
é imputada ao agente público, mas ao órgão ou entidade da Administração. O 
agente é um órgão que manifesta a vontade estatal: sua vontade individual não 
é a vontade do Estado. Esse princípio é concretizado em alguns institutos que 
visam a promover igualdade de acesso (concursos públicos e licitações). 
c) Princípio da moralidade 
A atuação da Administração deve ocorrer de acordo com princípios éticos que 
integram o ordenamento jurídico. Da moralidade derivam subprincípios da 
lealdade e da boa-fé e o dever de probidade administrativa. 
d) Princípio da publicidade 
A Administração Pública não admite a ação em segredo: pelo princípio da 
publicidade, os atos administrativos devem ser divulgados e/ou acessíveis pelos 
cidadãos, existindo verdadeiro dever de transparência, que só pode ser 
afastando em situações excepcionais previstas pela Constituição e pela 
legislação (ex: dados sigilosos relativos à segurança nacional). Além do art. 37, 
caput, outras disposições constitucionais estão relacionadas ao princípio da 
publicidade, como é o caso do direito de acesso à informação e os instrumentos 
para sua garantia (habeas data, por exemplo), consoante o art. 5º, XXXIII e XXII 
da CF/88. 
e) Princípio da eficiência 
O princípio da eficiência foi inserido na Constituição pela Emenda Constitucional 
n. 19/1998 e tem relação com a otimização da atividade administrativa.Nesse 
sentido, Onofre Alves Batista Júnior (2012) afirma que a eficiência se relaciona 
ao dever de ampliar, no maior nível possível, o bem comum, com o uso 
adequado dos meios disponibilizados à Administração para atingir seu fim 
máximo: o interesse público. 
2.2. Classificação dos agentes públicos 
Segundo aponta Araújo (2011, p. 31), “agentes públicos são todos os indivíduos 
que, sob diferentes títulos e regimes jurídicos, atuam em nome do estado”. Em 
classificação proposta por Carvalho Filho (2018), os agentes públicos podem ser 
classificados da seguinte forma: 
 
Agentes políticos 
Aqueles que ocupam seus cargos fundamentais na estrutura do Estado e que 
definem as diretrizes do poder público, seja pela formulação de normas, 
metas, políticas públicas e outros. Tais funções estão em grande medida 
previstas na Constituição e, em regra, a investidura desses agentes se dá por 
meio das eleições (exceção: Secretários e Ministros de Estado, por exemplo) 
e o exercício de suas funções normalmente é transitório. 
 
 
Exemplo de agentes: chefes do poder executivo e seus auxiliares (presidente 
e ministros, governador e secretário de Estado), prefeito e secretário 
municipal, membros do poder legislativo (vereadores, deputados estaduais e 
federais e senadores). 
 
Agentes particulares colaboradores 
Particulares que exercem colaboração com o Estado, com algum tipo de 
função ou múnus público. Por vezes, a função é exercida de forma temporária 
e sem remuneração. Exemplos: jurados, mesários convocados para auxiliar no 
processo eleitoral, concessionários de serviço público, titulares de cartórios, 
dentre outros. 
Servidores públicos 
Nas palavras de Araújo (2011), os servidores são quaisquer agentes públicos 
que exerçam atribuição do poder público voluntariamente, a título profissional, 
mediante remuneração, estando inseridos de maneira subordinada nos 
quadros da Administração Pública. Há, portanto, uma relação profissional de 
trabalho com o Estado, exercida mediante remuneração. 
2.3. Acessibilidade a cargos, empregos e funções públicas: concurso público 
Por força do princípio da isonomia, o ingresso em cargos, empregos e funções 
públicas deve ser, em regra, precedido de concurso público, procedimento criado 
para garantir iguais condições de acessibilidade às pessoas que desejam ser 
agentes públicos. 
O art. 37, II da Constituição estabelece que a investidura de agentes público em 
cargos ou funções públicas deverá ser antecedida de um concurso, que pode 
envolver provas ou provas e títulos, de acordo com a complexidade da função a 
ser exercida. A própria Constituição estabelece a exceção a este dever em 
relação às nomeações para cargo em comissão, que seja de livre nomeação e 
exoneração, conforme previsão legal. Estes cargos têm natureza de confiança e 
sua ocupação é precária, o que significa que o agente público pode ser desligado 
da Administração livremente, não adquirindo qualquer tipo de estabilidade. 
Outra exceção constitucional à regra dos concursos públicos como condição de 
provimento de cargos é a previsão de nomeação de membros de Tribunais, 
conforme os arts. 73, § 2º, art. 94, 101, 101, 104, parágrafo único, II, 107, 111-
A, 119-II, 120, III e 123 da CF/88. Por outro lado, o art. 37, IX prevê que a 
legislação apresentará os “casos de contratação por tempo determinado para 
atender necessidade temporária de excepcional interesse público” (BRASIL, 
1988, documento online). 
2.4. Sistema remuneratório do servidor público 
Existem dois regimes básicos para contraprestação do trabalho dos servidores 
públicos: o regime tradicional de remuneração e o regime de subsídios. 
Conforme ensinam Souza e Fidalgo (2018, p.774), sistema de remuneração não 
apresenta uma definição consensual na doutrina, sendo uma “remuneração 
genérica que abrange diversas parcelas pecuniárias que compõem o valor final 
percebido pelo agente público”. Na legislação aplicável aos servidores públicos 
federais (at. 41 da Lei n. 8.112/90), prevê-se que a remuneração é a soma entre 
o vencimento correspondente ao cargo e às demais vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei, como é o caso das gratificações, 
indenizações, adicionais e retribuições. 
O sistema de subsídio tem por essência a fixação de contraprestação única, na 
qual não se podem realizar quaisquer acréscimos de natureza remuneratória. De 
acordo com o art. 39, §4º da Constituição Federal, 
O membro de poder, o detentor de mandato eletivo, os ministros de estado e os 
secretários estaduais e municipais serão remunerados exclusivamente por 
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, 
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória (BRASIL, 1988, documento online). 
O sistema de subsídio foi instituído no contexto da Emenda Constitucional n. 
19/98 e objetiva conferir maior transparência às verbas pagas aos agentes 
públicos, permitindo, assim, um maior controle dos gastos públicos. 
2.5. Direito dos servidores, garantias e vedações constitucionais 
Os principais direitos e garantias constitucionais dos servidores podem ser assim 
sintetizados conforme a tabela “Direitos e Garantias dos Servidores”. 
 
No entanto, há vedações constitucionais, quais sejam (BRASIL, 
1988, documento online): 
- remuneração acima do teto constitucional previsto pelo art. 37, XI; 
- proibição de critérios não isonômicos para a aposentadoria, permitida criação 
de critérios diferenciados apenas para: 
a) servidores portadores de deficiência; 
b) servidores que desempenham atividades de risco; ou 
c) servidores com funções desempenhadas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física (art. 40, §4º); 
- acumulação irregular de cargos públicos remunerados (art. 37, XVI); 
- Acumulação irregular de proventos de aposentadoria previstos pelo art. 40 ou 
pelos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública. 
Essa vedação não se aplica para as hipóteses de cargos acumuláveis na forma 
da Constituição da República e nem para os cargos eletivos e cargos em 
comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração (art. 37, § 10). 
2.7. Responsabilidade civil da Administração 
Segundo Souza (2018, p.1113), pode-se conceituar “a responsabilidade civil do 
Estado como um dever jurídico sucessivo de reparar um dano, consequente da 
violação de uma obrigação antecedente” e que pode ser de natureza contratual 
ou extracontratual. 
Conforme dispõe o art. 37, § 6º da Constituição, a Administração Pública e as 
pessoas jurídicas privadas, que prestarem serviço público, respondem de forma 
objetiva por suas condutas comissivas lesivas (não depende a investigação da 
culpa). Devido a esta disposição, considera-se que a Constituição adotou a teoria 
do risco administrativo. 
Em relação à responsabilidade civil da Administração relativa aos danos 
causados por omissão, a doutrina majoritária entende que esta tem natureza 
subjetiva por aplicação da teoria da culpa administrativa (culpa anônima ou da 
falta do serviço). Nesse sentido, confira-se o precedente consolidado no Recurso 
Extraordinária n. 179147. 
Conforme aponta Maria Sylvia Zanella di Pietro (2012, p. 707), “são apontadas 
como causas excludentes da responsabilidade a força maior, a culpa da vítima e 
a culpa de terceiros. Como causa atenuante, é apontada a culpa concorrente de 
terceiros”. 
Em relação à ação de indenização contra o Estado, firmou-se entendimento de 
que 
A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal (CF), a ação por 
danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a 
pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, sendo parte 
ilegítima para a ação o autor do ato, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa (STF. RE 1.027.633. Relator min. Marco 
Aurélio. Julgamento: 14/08/2019. Publicação: informativo 947, Tema 940). 
O prazo prescricional paraas ações de indenização por dano causado pela 
Administração é de cinco anos, conforme decidido pelo STF na ADI 2.418. 
2.8. Improbidade administrativa 
A improbidade administrativa é espécie de ilícito previsto pela Constituição (art. 
37, §4º) e que implica em violação ao princípio da moralidade. 
Conforme leciona Di Pietro (2012, p. 889), a improbidade é um ato lesivo ou 
danoso que se enquadra em uma das tipologias prescritas na Lei n. 8.429/92 e 
que pode gerar, dentre outras questões, enriquecimento ilícito para o agente que 
o comete, prejuízo ao Erário, concessão indevida de benefícios tributários ou 
atentado contra os princípios da Administração Pública. Isso pode ser visto no 
quadro “Principais aspectos referentes à ação de improbidade”. 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=12036655
Conforme a gravidade do ato de improbidade, varia a extensão das penalidades 
aplicáveis e que são previstas pelo art. 37, §4º da Constituição Federal: 
“importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a 
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação 
previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível” (BRASIL, 1988, documento 
online). 
3. Organização dos poderes e dos órgãos autônomos 
A organização dos poderes e dos órgãos autônomos é essencial para que o 
Estado possa desempenhar sua finalidade máxima de atingir o bem comum. 
Esse estudo inicia-se pela compreensão das diversas funções estatais 
(executiva, judiciária e legislativa), bem como pelo estudo de órgãos autônomos 
relevantes para a estabilidade institucional do país. 
3.1. Separação das funções estatais: poder legislativo, poder executivo, poder 
judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas 
A separação das funções estatais, sejam elas típicas ou atípicas, atende à 
necessidade de distribuir os feixes de competência em instituições 
especializadas e com a missão de concretizá-las. 
3.2. Funções típicas e atípicas 
O núcleo duro do Estado, formado pelo poder legislativo, poder executivo, poder 
judiciário, além dos órgãos Ministério Público e Tribunal de Contas possui 
funções predominantes para as quais foram criados e funções atípicas, que 
destoam deste rol de atribuições essenciais e, muitas vezes, são 
desempenhadas de forma típica por outros órgãos. 
As entidades do poder executivo desempenham, tipicamente, as chamadas 
funções administrativas, mas podem, eventualmente de forma atípica, exercer 
funções legislativas como, por exemplo, a edição de medidas provisórias e (art. 
62) e de leis delegadas (art. 68). 
3.5. Condições de elegibilidade, processo eleitoral, posse e vacância da 
presidência da República e atribuições do presidente 
Em relação ao presidente da República, devem-se destacar os seguintes 
aspectos, os quais constam na tabela “Requisitos aplicáveis à presidência da 
República”. 
 
 
3.8. Governador 
O governador é a autoridade superior do poder executivo, organizado no âmbito 
dos Estados-membros. Tem condições de elegibilidade iguais às aplicáveis para 
o presidente da República, com exceção da idade mínima, que é de trinta anos 
no caso dos governadores. 
Suas competências são regulamentadas pela Constituição da República e pela 
Constituição Estadual, e envolvem a materialização das competências 
administrativas estaduais, bem como no controle da atuação da Assembleia 
Legislativa Estadual (ex: sanção e veto de leis estaduais). 
3.9. Prefeito 
O prefeito é a autoridade superior do poder executivo organizado no âmbito dos 
municípios. 
Tem condições de elegibilidade iguais às aplicáveis para o presidente da 
República, com exceção da idade mínima, que é de vinte e um anos no caso dos 
prefeitos. Exercem as competências administrativas municipais, bem como o 
controle da atuação da Câmara dos Vereadores (ex: sanção e veto de leis 
municipais).

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