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MICOLOGIA aula 15

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Mico aula 15
Coccidioides immitis
● Área endêmica no nordeste (semi-árido e agreste)
● Cães, equinos e humanos.
25°C – forma micelial - Fotomicrografias de artroconídios de Coccidioides
In vivo –esférula (esporângio) - Repletas de endosporos
Ao amadurecer, a hifa vai se fragmentando e forma os artroconídios. E cada um é uma
forma infectante.
Faz infecção por inalação. Como ele gosta de solo seco, terá a suspensão dessas
estruturas favorecendo a infecção.
Sendo observado em animais domésticos dá para ter uma noção do risco de
contaminação em humanos.
● Fungo geofílico – encontra-se no solo
● A forma parasitária característica é a esférula
● Preferencialmente bifásico
o Não produz forma de levedura
o Grandes esférulas contendo endósporos são desenvolvidas nos tecidos
Quando o artroconídeo entra no indivíduo, ele não vai fazer a forma de levedura. Difere
um pouco dos dimórficos, ele é chamado de bifásico. Entra conídeo e se transforma em
esférula e tem esdósporos dentro. Dentro do tecido se rompe e cada estrutura dessa
gera outra área. Terá uma reação inflamatória devido a presença dessa estrutura.
Pode formar nódulos de caseificação no pulmão.
Há relatos de casos isolados em diversos animais de produção: ovinos, suínos,
equinos, felinos e bovinos (relatos benigna – o organismo elimina o fungo de forma
satisfatória).
● Habitat
o *Áreas de clima árido, solo seco s alcalino e regiões de baixo índice
pluviométrico
o Piauí, Ceará, Maranhão, Bahia
o Considerada endêmica de áreas semiáridas do continente americano
o Norte do México e Américas Central e do Sul
A coccidioidomicose não é uma doença de notificação compulsória.
Os casos ocorrem predominantemente em áreas de caatinga.
Coccidioidomicose
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● Brasil, o primeiro caso natural da doença em humanos foi descrito no Estado da
Bahia (1978) e o segundo, em 1979 no Piauí
● o número de casos publicados aumentou bastante
● Concomitantemente a doença passou a ser mais diagnosticada em cães
● somente em 1998 o Brasil foi incluído no mapa da distribuição geográfica da
coccidioidomicose, após o relato dos primeiros surtos da doença que ocorreram
no Piauí e no Ceará.
● Atualmente esta micose é considerada endêmica na região nordeste
Início da década de 80 começou dissipação desses casos em humanos.
Formas clínicas:
● Aguda – muitas vezes confundida com uma gripe/virose
o Febre
o Sintomas respiratórios
Pode-se ter uma evolução satisfatória e eliminar o microrganismo. Porém, pode se
tornar crônica, maior parte dos casos.
● Crônica
o Granulomatosa generalizada
o Letal
● Pulmões: focos calcificados
● Já foi isolado de fígado, baço, rim, ossos e cérebro
Na fase aguda, o próprio organismo tende a controlar e eliminar a infecção. A forma
crônica, mais frequente, pode ser letal.
Lesão em focinho e doença sistêmica em cães farejadores em toca de tatus.
Coccidiomycosis. A-pulmão
Coccidioidomicose
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Formas Clínicas
● Coccidioidomicose Pulmonar Primária
o Em cães mais jovens(até 4 anos de idade) -a infecção limitada a área
focal do pulmão.
No cão normalmente fica no pulmão. Se o organismo não controla a infecção, ela se
dissemina.
o sistema imune pode combater o agente
o sinais clínicos serão brandos ou estarão ausentes
● Coccidioidomicose Disseminada
o inalação de muita quantidade artroconídeos ou o animal imunossuprimido
– a infecção será mais severa. Terá comprometimento pulmonar e
disseminada grave.
o Poderá haver disseminação por toda árvore pulmonar
o Ou órgãos distantes A inoculação cutânea direta de artroconídios(
● Coccidioidomicose cutânea primária (é rara)
● Aparentemente os gatos são resistentes
Diagnóstico:
● Observação direta do microorganismo
o Principal método
o Por citologia ou biopsia
o Amostras clínicas preparadas com potassa (exame direto)
o Cortes histológicos (dá a maior certeza) corados com hematoxilina e
eosina (HE), ácido periódico de Schiff(PAS) ou com Gomori-Grogott
Qualquer secreção pulmonar, ou biópsia consegue visualizar o microorganismo.
Observando as esférulas.
● Cultivo fúngico
o Coccidioidesspp., Saboroud + antibiótico inoculando a 25° - forçando as
esférulas voltarem na forma micelial. Crescidas em agar Mycosel®.
● Testes sorológicos (imunodifusão em ágar-gel)
Nódulos de calcificação o organismo tenta destruir/eliminar com o processo
inflamatório, não consegue e joga cálcio para impedir a disseminação.
Pode causar osteomielite em cães.
Histoplasma capsulatum
In vivo – levedura
25°C no ambiente – filamentos
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Forma pontas de apoio no conídeo que facilita a penetração e estabelecimento no
pulmão.
Faz a forma de levedura
Atinge sistema respiratório, com a infecção avançado, pode atingir vários órgãos.
Inclusive o cérebro. As lesões oculares e cerebrais são as mais severas.
Ocorrência
● distribuição mundial
● principalmente em regiões de clima tropical e temperado,
● endêmico no Continente Americano,
● casos isolados de histoplasmose clássica relatados na Europa e Ásia
Epidemiologia
• ampla distribuição mundial
• 90% população adulta já teve contato com o fungo. Significa que ele pode ficar
dentro do macrófago “protegendo-o” se mantendo. Qualquer baixa de ressistência
severa, pode fazer a forma clínica.
Histoplasmose
● Histoplasmose primária – febre, mal estar. Pode confundir com uma virose.
o Afeta o sistema respiratório
● Histoplasmose disseminada
o Forma grave
o Progressiva
o Atinge fígado, baço, linfonodos, mucosas, medula óssea,
o Em indivíduos hígidos, a infecção tem bom prognóstico
o Importante infecção oportunista associada à Aids
Fontes de infecção:
● Inalação de esporos ou por fragmentos de micélio, presentes em aerossóis
formados por solos contaminados com excretas de galinhas e morcegos.
● Dentro dos alvéolos, muda para levedura, espera que o macrófago digere-o,
pois o macrófago não consegue destruí-lo, ai ele fica armazenado no macrófago,
com baixa do sistema imune pode levar a febre e mal estar.
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Habitat
● Caverna com morcegos
● Solo aerado de galpões, pH pouco ácido, matéria orgânica (fezes de morcegos e
aves favorecem exporulação)
● Alto teor de nitrogênio e fosfatos
● Grutas
● Galinheiros
Habitat: fezes do morcego. Cavernas, galinheiros, etc.
Onde tem fezes de aves pode ter a presença do histoplasma
Ambientes com alto teor de nitrogênio e fosfato.
CÃES
● Endêmica em áreas extensas dos EUA
● Ohio, Missouri e ao longo Rio Mississippi
● Ontario, Canada e Austrália
GATOS
● Área central da Califórnia
Formas clínicas:
● Aguda
● Progressiva disseminada
● Crônica cavitária
Sintomas
Depende da quantidade ingerida.
● AGUDA: 3-21 dias após inalação (febre, tosse).
● PROGRESSIVA: lactentes, indivíduos baixa imunidade (rara em adultos sadios);
hepato e esplenomagalia;
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Ulcerações nas mucosas oral e intestinal –90% fatal. Chegando a esse caso só 10%
sobrevivem.
● CRÔNICA: o organismo não consegue eliminar tudo. Fica uma pequena
quantidade fazendo a infecção. Evolução por semanas (tosse, perda de peso e
febre baixa); pode haver cura expontânea (2 –6 meses). Quadro clínico
semelhante a tuberculose.
Lesão pulmonar com/sem invasão bacteriana -óbito
Histoplasma capsulatum var. capsulatum,
● Histoplasmose em cães e gatos
● Assintomática na maioria dos casos
● Lesões pulmonares granulomatosas
● Ulcerações intestinais em cães
● Gatos –dispnéia, depressão, febre, perda de peso
● Pode ser disseminada
Histoplasma capsulatum var.farciminosum,
● Linfangite epizoótica equina
Histoplasma capsulatum var.duboisii,
● Humanos
Histoplasmose
Patogenicidade (assintomática –90-95%)
Crônica, disseminada, cutânea
Gato Siamês de três anos de Idade apresentando lesão nasal de aspecto esponjoso,
com áreas de inflamação.
Diagnóstico
● Microscopia direta - Macrófagos abarrotados de fungos
Levedura cai na corrente sanguínea, logo, pode-se coletar sangue e tentar identificar o
microrganismo.
Lesões crônicas há nódulos caseificados. Segurando o ponto de infecção.
Histoplasmose em gatos
Animal de 4 anos, inapetente por 3 semanas; óbito 5 semanas após apresentar
sintomas. Pulmões com granulomasmultifocais.
Citologia
Pulmão: seção com granulomas
Cérebro: meningite supurativa difusa
Pode causar osteomielite em cães
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Se suspeitar no cérebro, pode usar o líquor para diagnóstico.
Não tem predileção por tecido.
Histopatologia
Coloração padrão para fungos
Sangue, pulsão de linfonodo, material de biópsia.
Histoplasmose ocular
Lesão ocular: zona de desprendimento sero-hemorrágico para macular
● Isolamento:
o Ágar Sabouraud dextrose + clorafenicol + ciclohexamida a 25ºC.
o Colônias brancas a amareladas algodonosas
● Identificação:
o Ágar Infusão de Cérebro e Coração a 37ºC.
o Ágar Sabouraud Dextrose a 25ºC.
Para todos deve-se confirmar o dimorfismo.
Forma filamentosa com estruturas fáceis de reconhecer.
● Microscopia

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